The cheating game escrita por Corujinha


Capítulo 8
A Caçada


Notas iniciais do capítulo

E aí, pequenos traiçoeiros? Tudo bem? Desculpe se tiver erros ortográficos. Alguns são propositais. Se vocês perceberem algo errado podem me falar, não me sinto ofendida. Alguma teoria de quem é o assassino? Quero ver o que se passa na mente de vocês.



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—QUE ÓTEMO! –exclama Liam fingindo felicidade com palavras expressadas erradas.

—Acho que era pra ter um “i” aí. –informo.

—Precisamos de um novo lugar pra nos encontrar. –fala Brian.

—Que tal a gente se falar pelo whatsapp? –pergunta Connor.

—Eu não tenho whatsapp. –diz Jack.

—Como assim você não tem whatsapp?—questiona Peter.

—Mas você sempre foi tão conectada. –comenta Henry.

—Existe messenger, instagram, facebook. –numera Jack, sendo irônica. –Tem as mensagens comuns do celular, se bem que eu nunca tenho crédito pra mandar esse tipo de mensagem.

—Pode ser na casa de quem? –pergunto.

—Meus pais acabaram de viajar a negócio, então, pode ser na minha casa. –oferece Peter.

—Precisamos avisar isso pra Flore. –afirmo. E todos me encaram. Ah é, eu briguei com ela ontem. Droga. –Eu vou resolver isso. Florence vai ter alta depois de amanhã, né? –asseguro. –Por enquanto nada de reuniões. Vamos recitar o código?

                                                                       *

—Prova surpresa? –indago.

—Pois é. –confirma Daisy.

—Val, você anda sumida. O que aconteceu? –pergunta Brooke.

—Nada.

—Ah qual é, eu te conheço desde que eu nasci. Sei quando está mentindo. –comenta Daisy. –Você parece preocupada, como se alguém estivesse te incomodando.

—Olha se for aquele bêbado te perseguindo de novo, eu juro que dou uma surra nele. –promete Brooke.

—Senti cheiro de treta. –informa Paul, aparecendo (novamente) do nada.

—EU OUVI TRETA? Savanah chama a Ellie porque tem babado forte por aqui! –avisa Johanna.

—Gente, que babado o quê? Tem babado nenhum. –nego.

—Humm, é novo boy? Se for apresenta pras migas. –Johanna tenta adivinhar.

—Claro que não!

—Sinto que sim. –avisa Savanah.

      E o sinal toca. SANGUE DE JESUS TEM PODER. Amém, Senhor.

                                                                       *

—É Ellie claro que três vezes três é seis. –ironiza Liam.

—Eu falei errado. Arg, você me entendeu, Liam.

—Não entendi não. –Liam continua implicando.

—Liam deixa a Ellie em paz. –pede Brooke.

—Mas irritar ela é tão legal.

—Liam, pelo amor, né? –indaga Candy.

      Ele revira os olhos. Parece que eles ainda estão brigados. Henry, Paul, Brian, Jack e Connor não fazem essa aula, eu nem sei o que o Liam tá fazendo aqui, ele odeia essa matéria, deve ser pela Candice. Ainda não sei o que eu acho de tão falso nela. Ela parece uma boneca de porcelana. Muito perfeita para ser de verdade, não digo isso da beleza dela, ela não é tão bonita assim, mas sim de sua personalidade, de suas roupas.

—Liam. –ela o chama, sussurrando.

—Liam. –ela insiste, gritando no sussurro.

—LIAM! –ela levanta a voz, e professor olha pra ela.

—Algum problema Srta. Vega? –pergunta Gerard Dupont, meu professor de francês.

—Nenhum Sr. Dupont. –ela nega.

      Só vejo Liam virando para o lado esquerdo dele para olhar o rosto de Candice e ouço um:

—Precisamos conversar.

     EITA! Agora o bagulho ficou sério. Ela paralisa completamente, dos pés a cabeça. Pior lugar possível de se discutir em público. Daisy só vira pra mim e sussurra:

—É treta. –ela diz. Brooke arregala os olhos e inclina a cabeça levemente, assentindo.

                                                                       *

      Choveu mensagens nos meus grupos whatsapp sobre a separação do casal perfeito. “Depois de Brad Pitt e Angelina Jolie, Bob’s e Ovomaltine, Calvin Harris e Taylor Swift, agora vem separação de Candice e Liam, segura o coração, porque 2016 está de matar”. O Liam é bem popular na escola, na verdade. Mas a maioria o chama de Harper, pelo fato dele ser parte do time de basquete.

—Val, você soube do fim de Candiam? –questionou Charlie descendo as escadas.

—Claro. –falo trocando de canal, deitada no sofá em frente a TV.

—O que você acha disso? –indaga, e se joga em cima de mim, também se deitando no sofá. Não tem espaço para duas pessoas, e eu cheguei primeiro. Empurro a Charlotte e ela cai no chão.

—Ai. –ela reclama.

—Não mandei deitar em cima de mim. Não acho nada sobre a separação deles, não é da minha conta, não tenho nada haver com isso.

—A minha dupla de matemática acha que você é o pivô do término de relacionamento deles. –ela informa.

—Sua dupla de matemática não tem nada melhor pra fazer do que ficar inventando história sobre a vida alheia, não? Eu não tenho nada com o Liam. Só amigos, vejo ele como um irmão. –digo. –E suas amiguinhas, aquela com o nome estranho não ia estudar comigo? Não vi ela em nenhuma das aulas, nem minhas fontes viram.

—Aarin. –informa se sentando no chão. –Ela me disse que houve complicações e que vai semana que vem, Nina decidiu que vai entrar na minha escola também. Só que ela é da minha idade.

—Que bom. –comemoro ironicamente. Essas meninas são suspeitas, surgiram do meio do nada. –Toma cuidado com as companhias, Charlie.

—Tá me dizendo isso só por que elas vieram do San George? Que preconceito. Hoje eu vou lá pra ver a Aarin, ela teve um problema no joelho, eu acho.

—Não, não é isso. Todo mundo sabe que tem um assassino a solta. Cuidado, Charlie, qualquer um pode ser ele. Me dê licença tenho que fazer dever.

                                                                       *

      Aproveitei e dei uma estudada em história. Tem prova semana que vem, preciso estar preparada. Esse assassino, o Karma, não podia ter aparecido nas férias, não? Tinha que ser quando eu não tenho tempo pra lidar com ele. Melhor, ele podia não ter aparecido nunca.

      Recebo uma ligação. É a Jack, tenho até medo de atender de novo e ser a mesma pessoa com o sotaque carregado que atirou na Flore, ou um pedido de socorro como o da Ash. Por via das dúvidas, atendo.

—Oi? Valerie Morgan cadê você? –ela pergunta.

—Em casa, por quê?

—Ué, menina. Você tinha me mandado uma mensagem pra eu te encontrar pra conversarmos no posto de gasolina. Até achei estranho, você odeia o cheiro de gasolina. Sempre falou que é horrível, eu nunca liguei muito pra...

—Jack, eu não te mandei uma mensagem.

—Claro que mandou. Tá no seu número. Tá brincando comigo? Se tá saiba que não tem graça nenhuma, aparece logo palhaça eu sei que você tá atrás do carro preto.

—Jack, eu não falei com você hoje. Jack corre! É ele, Jack foge! –aviso e só ouço um grito no outro lado da linha. A ligação é encerrada.

                                                                       *

—Filha foi bom você ter me falado. –ela disse. Já faz uma hora que ela desapareceu. -Já liguei pra polícia. Eles não podem procurá-la se não completou 48 horas do desaparecimento.

—Mãe, eu não posso perder mais ninguém, não posso. Se eles esperarem tanto tempo vão achar o corpo morto dela.

—Fique aqui. Eu e Will vamos falar com o delegado. A Charlotte tá na casa de uma amiga. Vamos tentar convencê-lo.

      Sinto meu celular vibrar em meu bolso. Uma mensagem.

       Tic toc. Vamos jogar um jogo, mon amour? Chama-se A Caçada. Eu te dou dicas e se você for inteligente o suficiente você acha a sua tão amada Jack. Lembre-se que ela deve ter meia-hora até ir pelo mesmo caminho que a Ashley.

      O lugar onde ela está é profundo e nojento. O lugar do sol. Não acho que você se lembra. Ah, mais uma coisa, está dentro da floresta. Bom, aqui estão as suas dicas, mon amour. Marque o tempo no relógio. Cuidado por aí, dizem que tem um assassino a solta.  Adeus, por enquanto. Tic toc.

      Se as autoridades não saem em busca da Jack, saio eu.


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Notas finais do capítulo

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