Amor & Orgulho escrita por RaihC, Izzy Lancaster Hutcherson


Capítulo 18
XVIII


Notas iniciais do capítulo

E retorno do limbo após anos kkkk Inúmeros eventos aconteceram e eu realmente me afastei de muitas coisas, pretendo retornar aos poucos. Enfim, responsabilidades da vida adulta.
Olá de novo galerinha, espero que gostem do capítulo



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A semana se passou sem mais delongas, Katniss ficava ao lado de sua mãe com uma devoção admirável.A condessa além dos cuidados da filha e dos criados, era constantemente visitada pelo médico, porém não apresentava melhoras e passava boa parte do dia em um profundo sono.Seus demais filhos foram informados por meio de cartas e seu marido encontra-se a caminho. Enquanto isso, Sr. Mellark tentava conciliar os deveres de estado e os deveres familiares da melhor forma possível, mal tinha tempo para pensar, sua mente se revezava em maneiras de manter a fé da esposa viva e em organizar finanças e números do reino. 

Todos ao redor notaram que algo acontecia com o duque e seu lar, embora mantivessem a discrição. A alta sociedade sempre foi tentada aa fofocas, adoravam escândalos e qualquer faísca de um a caminho mantinha os olhos da corte em alerta. O rei não era uma pessoa muito aberta e sequer era de questionar sobre a vida familiar de seus parentes, mas demonstravam um controle absoluto sobre as coisas ao seu redor e isso inclui seu meio sobrinho e sua interessante noiva, cujo os traços lhe eram familiar. 

—Diga-me senhor Mellark, o que passa em sua residência? O duque encontra-se em um bom estado de saúde? - questiona o rei quando Peeta foi levar os relatórios semanais no gabinete real

—Estamos bem, vossa Majestade - garantiu o sobrinho o observando com certo espanto

—Sabe que a corte adora escândalos, estão supondo que algo de errado acomete seu casamento e que pela primeira vez em toda a história de nossa dinastia haverá uma mancha na nossa imaculada família - Snow sempre fora preocupado com a reputação de sua família, até mesmo quando sua filha se fora e uma grande mentira teve de ser criada para encobrir qualquer tipo de suspeita alheia.

—Que tolice, nada de errado com seu meu casamento. Minha sogra encontra-se em um estado debilitado de saúde, estamos evitando que a notícia se alastre como fogo pelos corredores do salão. Preciso preservar minha esposa e sua família.

— A condessa encontra-se enferma?

—O médico relatou ser uma infecção nos pulmões

— Minha solidariedade a sua esposa.

— Obrigada Majestade.

 

A primeira coisa que fez ao ver Mellark foi abraçá-lo com uma intensidade que nunca fizera antes. Katniss segurou as costas do marido como se sua vida dependesse daquilo e de fato dependia. Sentia-se fraca e incapaz, tentava ser forte por sua mãe, mas não vê-la demonstrar qualquer sinal de melhora lhe matava por dentro. Escrever para seu pai foi a coisa mais difícil que já fez em seus jovens anos de vida, não conseguiu a escrever a punha, apenas ditou com uma voz engasgada e chorosa enquanto Mags escrevia com pena e tinta. Cada visita médica era uma fagulha de esperança apaga e todos os dias se questionava o porquê aquilo estava acontecendo com sua família.

 

Peeta retribuiu o abraço com a mesma intensidade, apesar de ser este seu papel, ele não o fazia por obrigação. Katniss tornou-se alguem especial em sua vida, a ponto de fazer com que ele queira protegê-la dos males da vida e até mesmo ceder sua vida a ela.

— Irá ficar tudo bem o mais rápido possível. Soube que seu pai está a caminho, o criado me entregou a mensagem assim que cheguei - falou em uma tentativa de confortá-la. Em sua mente a presença paterna irá lhe dar mais força para o que podia vir acontecer, ambos se apoiarão juntos e enfrentarão seus sentimentos.

— Ela apenas dorme e tosse, eu tento de medo de não ver seus olhos abertos todas ás vezes que ela os fecha para dormir - confessou

— Sua mãe não irá padecer, os Everdeen são as pessoas mais teimosas em todo o reino - afirma Peeta olhando em seus olhos

— Eu nunca poderia te agradecer o suficiente - sussurrou

— Eu sou seu marido, Katniss.

— Sinto muito por ter sido rude com você durante nosso casamento.

— Não se preocupe com isso, senhora Mellark

— Tem sido um ótimo amigo, Senhor Mellark.

 

Amigo, aquela palavra ardeu seus ouvidos e inflamou seu peito a ponto de derretê-lo como uma larva quente. Algo que Peeta não entendeu com clareza, já que era isso que eram, amigos. Sequer consumaram o casamento, poderia ser senhor e senhora Mellark para todos, menos para eles mesmos. E seus pensamentos foram embora assim que  perfume suave e marcante de Katniss toma suas narinas, suas mão passearam pelo braço coberto pelo tecido e sua mente o pregou uma maldosa peça ao imaginar os possíveis lugares em que a esposa seria macia como o tecido que seus dedos tocavam.

— Vamos jantar, preciso retornar para o quarto de mamãe - falou se afastando de seus braços e caminhando em direção a sala de jantar

— Fico contente que tenha me esperado e esteja disposta a me fazer companhia.

— Você faz com que as coisas pareçam estar prestes a melhorar - confessou - Não me deixe, Peeta. Fique comigo por favor, eu não sei se consigo suportar se ela se for.

— Sempre ficarei com você, Katniss - prometeu e essa promessa seria sua jura eterna

 

...

 

Clara sentia-se fraca, como se caminhasse através de um longo vale que a separasse da morte. Antes disso sentia necessidade de contar toda a verdade, ao seu marido, a seus filhos e a pequena Katniss. Precisava lhe contar sobre a rosa, sobre os espinhos passados e sobre o motivo de tudo isso. Eram tantos grãos de areia que precisavam ser retirados dos seus segredos, desenterrados em meio a suas muralhas. O homem que sempre amou, compartilhou e construiu uma história sequer fazia ideia de sua origem, para ele apenas era uma órfã plebeia que lhe roubou o coração em uma esbarrada inesperadas nos campos nortenhos do país. Rosa, tudo aquilo tinha origem com uma maldita rosa branca e prata.

 

Elizabeth sempre morou no Norte, longe de qualquer outro membro de sua família. A jovem moça não conhecia nada sobre seu local de origem, a cidade em que nasceu e onde seus pais e irmão vivem. Seu olhar virou-se para o grande brasão de ferro, uma rosa branca com fios pratas embaixo de suas pétalas alguns espinhos em ramos saem pelas laterais. Era frágil e forte ao mesmo tempo, parecia esconder um profundo segredo  em meio a suas dobras.´´ A rosa nunca socumbe ao inverno e sempre estará segura enquanto estiver próxima do roseiral``. Conseguia ouvir sua mãe dizendo tais palavras ao fundo. 

 

Ela, no entanto, era uma rosa solitária sem estar próxima de nenhum roseiral. Era uma rosa abandonada em um deserto verde, um buquê esquecido de um botânico. Sequer lembrava o rosto de seu irmão, fazia anos que não via seu pai. Já não era mais uma criança, tinha seus completos dezoito anos e já podia trocar os vestidos de cintura alta por espartilhos e cintura baixa. Em sua mente qualquer risco que chegara a correr se foi junto com o tempo, restava apenas retornar a uma vida digna e normal, sem estar escondida como uma prisioneira a espera da morte. Entretanto, retornar significa tomar seu lugar de direito, um lugar que ela detestava, um título que ela não detestava,um prometido que ela repudiava como o diabo repudiava o Criador. Ela apenas desejava fugir, sumir pelos bosque e nunca mais ser encontrada. 

O cair da noite foi rápido e conforme as horas se arrastavam ela sentia seu coração saltar de aflição. Sabia que se conseguisse, se seu destino fosse refeito por si mesma, ela estaria morta, Elizabeth Sophie Charlotte nunca mais existiria, seria esquecida por seus amigos e odiada por seus pais.

Após o jantar e ao recolher dos empregados, Elizabeth pegou uma mediana bolsa, colocou os dois vestidos mais simples que possuía no armário, algumas joias foram postas juntas como garantia. Prendeu os cabelos e pegou sua longa capa com capuz, seu olhar vagou pelo quarto, gravando na memória os detalhes do cômodo que foi sua casa por muitos anos. Seu coração estava apertado e imaginou se deveria deixar uma carta de despedida ou apenas o singelo bilhete seria o suficiente. 

— Senhora, precisamos ir agora - chamou Mary, uma jovem criada que havia conquistado seu afeto e a ajudava a fugir de seu destino de uma vez por todas.

— Vamos - pegou sua mão e rumou para o corredor

Foram caminhando com cuidado até a ala dos empregados, desviando dos soldados e saindo pela porta da cozinha. Juntas andaram rapidamente pelos longo jardins da propriedade até chegarem à estrada principal, onde pegaram uma carruagem de aluguel. Segundo o proprietário da carruagem o melhor caminho para quem desejava ser esquecida era Oxfor, uma cidade rural no extremo sudoeste. 

— Precisamos lhe dar um nome - lembra Mary, não podemos correr um risco de reconhecerem o sua verdade identidade

— Também mudará o seu? - perguntou temerosa.

Preciso mudar, se descobrirem que lhe ajudei irei para a forca - comentou e abaixou os olhos

— Nunca esquecerei o que fez e continua fazendo por mim, Mary. É a irmã que eu nunca tive, a pessoa em que terei uma dívida eterna

— Podemos te chamar de Clara, combina com seu jeito doce

— Se eu serei Clara, você deveria ser Brianna. Significa força e nobreza.

— Então assim seja, Clara.

 

 


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam do capítulo e assim que tiver tempo libero o próximo. Espero que tenham gostado ♥



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