Amor & Orgulho escrita por RaihC, Izzy Lancaster Hutcherson


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Peço perdão pela demora, a minha vida esta muito corrida estes dias. Eu vim com mais um capítulo para vocês e agradeço a paciência que tiveram com Peeta, eu sei que ele foi um burro no último capítulo.
Vim também avisar por Izzy sumir é que ela esta sem WiFi (está com problemas )e a internet móvel dela é muito lenta, ela conversou comigo e pediu para que eu os avisassem.
Boa leitura.



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Capítulo X

Os dias se passaram rapidamente e logo o mês já havia terminado. Katniss mal saia do quarto e Rue era sua única campainha. A garota relatava quase todos os dias a infelicidade que sentia dentro da própria casa, que não se sentia mais como ela mesma. Rue ouvia em silêncio e tentava confortar a amiga com abraços, que ajudavam mas não resolviam a situação.

Katniss sempre que podia escrevia em seu pequeno caderno e relatava lá seus sentimentos mais profundos. Deixando que as palavras lhe livrasse de tamanho peso. Assim como estava fazendo agora.

"Os dias vão se passando rapidamente e eu sewuer tenho noção. Ontem fez exatamente um mês que estou casada com o arrogante Marquês  Panem, Peeta Mellark. Também faz exatamente  mês que estou presa nessa prisão sem portões ou correntes.

Desde o dia em que Peeta me viu na cozinha conversando com os empregados, não nos falávamos mais. Eu lhe dirigia a palavra somente o necessário, eu nem sequer me limitava a desejava um bom dia ou boa noite e ele parecia não sentir a menor falta. Ele gritou comigo, humilhou-me na frente dos meus amigos, porém o pior de tudo foi a minha falta de ação. Não sei exatamente o que me fez paralisar,  acho qur o medo ou a vergonha podem ser a solução mais provável. Nas manhãs solitárias, Rue era minha única companhia e a única que me deixava a par da situação. Segundo ela, Peeta  havia proibido que o que havia ocorrido naquele dia se repetisse, deixou bem claro que o Seneca, Greasy e Arielly eram apenas empregados, eles deveriam nos tratar como o que somos, seus patrões . Confesso que isso me deixou triste, raivosa e recepcionada .

Semana passada recebi uma carta de Annie, que contava-me que já conseguia sentir uma leve saliência em sua barriga. Também relatava que estava feliz e por um breve momento me peguei sentindo uma ponta de inveja da felicidade de minha irmã e me senti péssima  por isso. Quando ela me perguntou sobre como eu ia, enquanto escrevia sentia um frio na barriga, ali se encontrava eu outra vez mentindo para minha irmã e por mais que eu odiasse Peeta Mellark, não queria que Finnick o matasse e fosse preso. Porém eu ainda acredito que eu consiga viver e ser feliz, eu ainda conseguirei me livrar e encontrarei minha felicidade, nem que não seja em Panem."

Isso a faz pensar que a verdadeira Katniss nunca abaixaria a cabeça, nem sequer temeria outro alguém que não fosse ela mesma. A garota se levanta e decide sair do quarto antes que toda a coragem que tinha naquele momento, saísse pelo ralo minutos depois. Caminhou pelos corredores a caminho do grande jardim e do pequeno centro de treinamento que sabia que Peeta mantia no lado traseiro da casa. Ela precisava treinar, esvaziar a mente.

Os olhos brilharam quando encontraram facas, espadas e dois arcos. Ela cuidadosamente escolheu um, prateado, não tão pesado e que parecia ter as medidas perfeitas para seu corpo. Observou os distantes alvos e os tiros anteriores, que nunca acertavam o círculo vermelho no centro.

Katniss então colocou-se em posição, pé esquerdo a frente e direito atrás, colocou uma das flechas na corda e posicionou os dedos como uma garra puxando a corda, de modo que a mesma tocasse o nariz. Encheu os pulmões de ar antes de soltar a corda, vendo a flecha partir em uma silenciosa e rápida dança até o alvo. Sua ponta cravou na madeira, bem no centro do círculo vermelho. Ela sorriu, sabendo que mesmo sem treinar não havia perdido o jeito.

Várias flechas eram lançadas contra o alvo, acertando quase todas os círculos vermelhos no centro. Ela estava sorrindo a cada acerto, pensando em como aquilo lhe fazia falta.

Aprendeu a manejar um arco com seu pai, ainda na infância. Logo se apaixonou pela arma, passando a treinar escondida todos os dias, melhorando cada vez mais, ganhando até mesmo de seus irmãos em pequenas competições realizadas pelos mesmo. Sua mãe nunca soube, se soubesse arrancaria os cabelos de tanta raiva que teria. Sua mãe sempre teve Annie para transformar em uma princesa, enquanto Katniss praticamente crescia como um menino, brincando com os irmãos e tornando-se boa em arco e espada. Se o exército tivesse espaço para mulheres, se ela candidatasse talvez fosse aceita, já que era boa em ambas as armas.

Puxou mais mais uma flecha quando ouvi um pequeno barulho. Sem pensar direito, movida apenas pelo medo de ser alguém que pudesse fazer lhe fazer mal, posicionou a flecha na corda rapidamente e puxou se virando para trás. Se ela soltasse a fecha atingiria a pessoa, atingiria Peeta.

Ele fitou a esposa assustando, enquanto a mesma ainda mantia a ponta da flecha em sua direção. Parecia alguém que tivera anos de treinamento com um bom tutor, já que nem ele manejava a arma com tanta agilidade e perfeição. Por um momento se pegou admirando sua esposa, de uma maneira diferente, não era uma frágil Katniss na sua frente, mas sim uma Katniss mortal.

— Tudo bem, sou eu, Katniss. Abaixe o arco – pediu Peeta. Ela logo fez dando um suspiro aliviado.

Por um momento esqueceu a raiva que sentia do marido, se preocupou apenas com o fato de que tivesse soltado a flecha assim que se virou teria matado o próprio marido. O alívio preencheu seu corpo, ela estava bem, mas acima de tudo Peeta também estava.

— Quer se matar Peeta, eu poderia ter atirando em sua cabeça!–  gritou irritada. Que atitude estúpida e imprudente.

— Como eu imaginária que minha esposa podia apontar uma flecha para a minha cabeça? – perguntou olhando para o arco – Como achou meu pequeno centro de treinamento?

— Eu estava andando pelos jardins e vi, queria apenas saber o que era – respondeu colocando o arco onde achou. Temia que ele proibisse ela de voltar aquele lugar, ela se sentia bem ali, sentia que podia pelo menos uma vez ser ela mesma.

— Estava atirando?– perguntou enquanto observava algumas flechas no centro dos alvos. Ele estava impressionado, já que nunca tinha conseguido tal feito.

— Peeta eu...eu só estava olhando, não irá se repetir – garantiu nervosa e ele riu. Isso a irritou, ele estava rindo as suas custas – Se quer mesmo saber, eu estava atirando sim, seu grosso. Bem melhor que você por sinal, não conseguiu ao menos acertar um mísero alvo.

— Surpreendente pequena Katniss, surpreendente. Quem diria que teria um talento para arco – comentou admirado a pegando de surpresa. Nunca esperaria tal atitude de Peeta

Ele foi se aproximando a medida que falava, até estar bem próximo. Tinha o olhar profundo, mas estava sendo sincero em suas palavras, ela tinha certeza disso.

— A maioria das moças tem medo em apenas ouvir a palavra armas, você sabe manejar uma com perfeição. Quando vou para de me surpreender com você? É uma pequena caixa de surpresas – disse afastando uma mecha que caiu em seu rosto, a colocando atrás de uma de suas orelhas.

— Há muitas coisas que não sabe sobre mim, Peeta – sussurrou com o tom de irritação cada vez mais presente. Era impressionante a menina como ele a irritava, mas ao mesmo tempo a deixava intimidada.

— Percebo...pula janelas, anda a cavalo, sabe manejar arco e flecha. Me diga, Katniss, há mais alguma coisa que não sei sobre você?

— Quase tudo, lhe garanto.

— Quero que me dê um exemplo.

— Sei manejar uma espada, posso ser até mesmo melhor do que você. Parece não ser muito bom com armas...

— Está propondo um duelo? Não entraria num duelo com uma moça.

— Dúvida das minhas capacidades? Você é um... idiota. Deve estar com receio que eu tenha mais habilidades que você. Imagine o qual seria vergonhoso para o senhor,afinal para o senhor mulheres são mais fracas e somente fazem besteira...

— Não, tenha certeza que não duvido de suas capacidades. Quase fui morto com uma flecha na cabeça, esse com certeza é um adorável bom dia. Aposto que todo marido adoraria receber da esposa.

Foi impossível não rir. Imaginou seu pai entrando em casa, sua mãe o recebendo no lar com uma flecha apontada na sua cabeça enquanto falava:  Bom dia querido.

— Fico feliz que lhe divirto – comentou Peeta observando a doce risada da mulher a sua frente.

— Então posso vir sempre que desejar? – perguntou direta

— Desde que não me dê uma flechada – respondeu e sorriu – Tem minha autorização.

— Obrigada – agradeceu. Então lembrou-se do episódio da cozinha e a raiva invadiu seu corpo. Rapidamente se afastou andando em direção a casa, deixando um confuso Peeta para traz. Como alguém poderia mudar de comportamento tão facilmente? Era o que ele se perguntava.

Ele a seguiu, em caminho ao casarão. Katniss subiu apressada as escadas a caminho do quarto, nunca ele lhe pareceu tão distante quanto naquele momento. Assim que parou em frente à porta de madeira escura a empurrou com toda sua força, entrou e fechou da mesma maneira.

Por que Peeta fazia aquilo com ela? Era engraçado e doce, depois se mostrava arrogante e orgulhoso. Mudava de comportamento e no modo de agir. Isso a deixava confusa, não sabia   quem realmente era Peeta Mellark, quem realmente era o homem que havia se casado. Era como se dividisse sua casa com um estranho.

Alguns minutos depois Peeta entrou no quarto de Katniss, a vendo sentada na cama, com a cabeça entre as mãos pensando. Assim que ouviu a porta ser aberta levantou a cabeça, vendo Peeta parado a poucos metros de si.

— O que quer Peeta?– perguntou cansada. Ele andou mais alguns passos, quebrando cada vez mais a distância entre ambos. Ele se sentia culpado.

Desde que gritou com Katniss e os empregados, um dia depois do casamento, sentiu que o que havia feito era errado. Porém se deixou levar pela lembrança e a raiva do passado, descontando em pessoas que não mereceram. Duas semanas depois se desculpou com os empregados, mas ninguém se atreveria a repetir aquilo novamente. Somente faltou se desculpar com sua esposa, mas a mesma se negava a dialogar com ele e mal a via em casa. Parecia que estava morando só, já que a via apenas no café da manhã. Isso o machucou, de uma maneira não esperada, ele pegou sentindo falta do que tivera em apena um dia. Como isso era possível? Ele não sabia e isso era assustador.

— Sei que está chateada comigo, não tiro sua razão. Eu errei e só quero seu perdão – falou olhando em seus olhos. Sentiu um peso ser retirado de suas costas, sentiu a culpa indo embora junto ao vento.

— Perdão?– perguntou confusa. Ela não esperava isso – Você não tinha o direito de gritar e ameaçar aquelas pessoas. Não tinha direito de dizer as palavras que disse.

— Eu sei, já pedi perdão para is empregados. Eu sou um homem Katniss, eu sei reconhecer meu próprio erro – afirmou concordando – Eu só preciso do seu perdão, isso está martelado minha cabeça.

— Será perdoando quando mudar, Peeta.

— Mudar?

— Madge sempre comentava o qual bondoso você era, embora eu não lhe desse ouvidos, alguma parte de mim chegou a acreditar nisso. Aquilo que aconteceu destruiu isso, somente você poderá reconstruir, assim terá meu perdão.

— Quer que eu me mostre bondoso? Com você?

— Com todos.

— Tudo bem. Lhe mostrarei que podemos fazer desse casamento uma amizade, não será uma prisão sem chances de liberdade se formos amigos – afirmou. Se aproximou de seu rosto e depositou um casto beijo em sua testa, isso a pegou de surpresa.

— Não será tão fácil – falou em um baixo tom.

Ela o viu andar para fora de seu quarto, a deixando sozinha novamente junto ao silêncio. Ela estava confusa mais do que nunca. Será que iriam conseguir conviver de uma maneira saudável? Poderiam ser amigos?

Ela não sabia se conseguiriam, mas sabia que talvez queria tentar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? O que acharam da ação de Peeta?
Deixem suas opiniões e ate o próximo amores ♥



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