Flor da meia-noite escrita por Tha


Capítulo 34
Amor: uma única palavra


Notas iniciais do capítulo

OPA, TUDO BOM MEUS MINIONS? Compra a pipoca, faz um xixizinho rápido porque... TEM CAPÍTULO NOVOOO



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"O que é a beleza? A beleza não é mais que um truque; uma ilusão; a influência de partículas agitadas e de elétrons colidindo em seus olhos, debatendo-se em seu cérebro como um monte de crianças ansiosas prestes a serem liberadas para o recreio. Você se deixará ser iludido? Você se deixará ser enganado?"

— “Sobre beleza e falsidade”, A nova filosofia , Ellen Dorpshire.

P.O.V. Hazel

O quarto continuava intocado. A cama estava desarrumada, a parte do meio do guarda-roupa estava revirado e uma tábua se encontrava no chão. Resolvi fuçar o que estava no vão que a madeira deixou:

Um livro grande, grosso e antigo, outro bem menor que parecia mais um diário. Ai meu Deus, o diário da Amélia, me lembro como se fosse ontem as horas que ela passava escrevendo isso. Algumas roupas gastas e rasgadas, diferentes tipos de adagas de diferentes lugares do mundo. E lá no fundo um pequeno caderno usado um pouco demais. Coisas de Riverland, percebo.

Cogitei a ideia de abrir o caderninho, seria considerado invasão de privacidade? Ally ficaria brava comigo se eu lesse? E se for um diário? Ah, foda-se, é da Allyson que estamos falando, ela é minha amiga há quase cinco anos, e se ela realmente se lembrou de todas as vidas, é minha amiga há mais de mil.

—Nick e Apolo Fell, gêmeos, dezessete anos, Alcateia Lupa, localização desconhecida, sexo feminino/masculino.

—Holland Gabres, vinte e três anos, clã Khranis, localização desconhecida, sexo masculino.

—Miriel Wood, vinte anos, nephilim, Riverland, sexo masculino.

—Kaleesa Salt, feiticeira de Tubal Cain, localização desconhecida, sexo feminino.

É uma lista? Quem são essas pessoas? O que a Allyson quer com elas?

Guardei o caderno no lugar onde estava antes e desci as escadas com pressa, ansiando saber se algum progresso já havia sido feito, mas ainda estavam discutindo, como deixei há alguns minutos. David e Jason se estranhavam e quase ri da situação.

—Então? – Pigarreio e cruzo os braços, os gritos sessam – Onde mais ela poderia ter escondido isso? Alguém? – Os outros começam a pensar enquanto Kyla franze as sobrancelhas e olha pra cada um de nós – Kyla? Quer dizer alguma coisa?

—A caixa estava com ela, certo? – Ela começa atraindo a atenção de todos. Kyla não gosta de atenção. Mexe no cadarço do tênis – E se ela tirou do guarda-roupa pra levar a algum lugar, não é provável que ainda esteja no carro? Digo, ela foi atacada no carro, não foi?

—Kyla? - Miriel chama e eu o encaro com dúvida, ele está na lista da Ally.

—Sim?

—Eu te amo! Vocês não amam essa garota?

—Eu amo quando ela resolve falar – Sorrio e pego minha bolsa – David, você guardou o carro, certo?

—Sim, podemos ir até a universidade.

—Eu tô um pouco enferrujada mas posso tentar um feitiço de localização, vou com você – Kaleesa logo se apronta e sopra a franja dos olhos.

—Eu também vou, Jason, fique aqui e cuide dos detalhes caso a senhora Hale chegue – Termino de falar quando topo com David imóvel na porta, segurando um celular, estou prestes a lhe dar uma bronca, então ele diz:

—É uma mensagem de vídeo do Adam.

Bufo e volto a me sentar na solfrona, nada que venha do Adam pode ser bom. David centraliza o celular e dá play.

Todos nós arfamos ao mesmo tempo quando o vídeo começa e vemos o estado em que a Allyson está, suja, ferida. Ela está tremendo, mas não deixa de assumir a postura da princesa de gelo que ela sempre foi. Mas convivendo com ela por tanto tempo, sei que no fundo está morrendo de medo, só tem vergonha pra deixar transparecer, é algo a se admirar.

—Meu Deus – Kyla coloca a mão na boca e vira o rosto pro lado quando o estalo de um tapa quebra o silêncio esmagador na sala – Pobre Allyson. Alguém me lembre de o porquê eu já ter seguido ele?

—Segredos, Kyla, segredos – Kaleesa sussurra.

—Eu vou matar esse desgraçado! – David se levanta com raiva e pega as chaves do bolso, assustando momentaneamente a todos.

—Com a força do pensamento? – Jason resmunga e eu encaro – Porque os únicos que ainda podem ter uma chance de entrar naquele covil é a Kaleesa, a Hazel, Miriel, Peter, e talvez o Jake se ele aparecesse.

—É só a gente entregar essa caixa?

—Dar a Caixa de Pandora nas mãos de um insano? Não podemos entregar – Kaleesa dá um passo a frente e levanta os ombros tentando passar um olhar de seriedade – Não ouviu uma palavra do que ela disse? Deve ter algum motivo importante pra isso.

—Eu não ligo, vou tentar salvá-la, pelo menos uma vez eu preciso fazer alguma coisa.

—Mas você vai fazer alguma coisa – Miriel grunhe – Vai achar a caixa e trazer pra gente, aí decidimos que fim ela terá.

—É claro – David ri – Eu não sou bem-vindo aqui, sou só um humano no qual a Allyson confiou pra achar a caixa.

—Qual é David, sabe que... – Começo mas ele me interrompe com um gesto de mão.

—Foi mal gente, não vai rolar – Ele diz, pega o celular da mesa e sai voado pela porta, alguns segundos depois ouço o carro dando partida e os pneus cantando pela rua.

—Jason? – Questiono. Uma pergunta silenciosa, e ele entende.

—Ela vai achar um jeito de voltar pra vira nossa vida de cabeça pra baixo de novo – Ele sorri amarelo e se senta – Estou cansado.

—Mas é a Allyson.

—Exatamente, é a Allyson – Miriel se mete apoiando os braços nas costas do sofá – Em seis meses eu a vi enfrentar coisas que pensei jamais serem possíveis, ela já cansou de me provar que pode se virar sozinha, pode acreditar, isso é tática, e não quero ser o alvo da fúria dela caso alguém entregue essa maldita caixa à esse Adam.

—Vou atrás dele – Kaleesa anuncia e pega as chaves do seu carro. Miriel segue pra cozinha com Kyla ao seu lado.

—Eu a amo, Hazel, mas não consigo mais – Jason apoia os cotovelos no joelhos e se inclina pra frente.

Amor: uma única palavra, algo delicado, uma palavra que não é mais larga ou longa que uma lâmina. É o que ela é: uma lâmina, uma navalha. Ela corre pelo centro de sua vida, cortando tudo em duas partes. Antes e depois. O restante do mundo cai em ambos os lados.

Antes e depois — e durante, um momento que não é mais largo ou longo que uma lâmina.

Não entendo como a Allyson consegue lidar com isso, com dois homens perdidamente apaixonados por ela, por duas versões diferentes dela. Deus, isso é tão clichê. Eu mal consigo lidar com o Zack, e ele é uma parte de mim que não consigo abrir mão.

Mas ele é minha fraqueza, assim como a Allyson é a fraqueza do Jason e vice versa. Um anjo de luz não pode se permitir ter fraquezas, o que aconteceria comigo se eu simplesmente levar isso adiante? Não posso.

Afastar Allyson e Jason foi a pior decisão que já tomei, porque não foi uma decisão por eles, foi por mim, como reflexo dos meus próprios desejos mais profundos, conseguir me desapegar. Agora eu vejo. Mas ao contrário de mim, o amor deles atravessa séculos, é intenso e... lindo. Como pude considerar a ideia de destruir isso?

Allyson me disse uma vez que talvez o sangue não seja a chave, mas o amor.

—Vá atrás dela, vamos tirá-la daquele buraco.

—Mas...

—Não me importa se ela fica se fazendo de forte, vamos lutar por ela, você vai lutar por ela, Jason, vocês merecem um final feliz – Saio da solfrona e me sento ao seu lado.

—Não estamos em um conto de fadas, Hazel, não é tão simples.

—É sim, vocês se amam!

—Ela também sente algo pelo David.

—Para de ser estúpido – Dou um tapa em sua testa e ele sorri – Nem se compara.

—Eu não sei...

—Lute por ela, em todos os sentidos, mas lute.

P.O.V. David

Mas que merda!

Estaciono na frente da colina e saio em disparada até o carro da Allyson, que continua parado no lugar onde deixei, sem o vidro da janela do motorista.

Hoje de manhã levantei mais cedo que o habitual, já que não dormi pensando se o que eu disse foi certo, ou no mínimo entendível. Pois é, não foi.

Quis dar uma de independente pra cima dela, mas só piorei tudo. Ally confiou em mim e eu não ajudei, agora Adam tinha o controle da situação de novo. Eu não suportaria mais vê-la com aquele olhos brilhantes e malignos, parte porque sabia como era a sensação de estar preso, de não ser dono do seu próprio corpo.

Entro no carro dela novamente e encontro tudo como deixei, menos, é claro, a chave na ignição, mas o celular estava no carpete junto com alguns cacos de vidro. Conhecendo bem a Allyson, tudo podia vir a ser uma pista, então me atentei aos detalhes.

Fechei os olhos e tentei me lembrar de como a mente dela funcionava na hora de bolar os planos mais impossíveis que sempre pareciam dar certo no final.

Aí me lembrei d primeira vez que a vi de verdade, na festa no lado Oaks, logo no início das aulas. Eu nem sabia o que tinha ido fazer lá, não tinha tantos amigos assim, e os que tinha, eram mais preocupados com vídeo-game, eu queria passar dessa fase, e pelo menos tinha bebida.

Olhei pro trampolim na hora exata que ela começou a subir, foi como se uma corda invisível puxasse minha atenção pro que ia acontecer.

A Allyson que eu me lembrava na oitava série era meio gorda, usava uns óculos estranhos, andava escondida com Adam e nunca tinha sido notada, chamavam ela de Ally balão, eu sempre fui indiferente, nunca iria sequer imaginar o que ia acontecer anos depois. Mas aquela Allyson, Deus, o verão fez bem pra ela, e naquele dia meu coração saltou pra lua.

Ally estava muito mais alta, muito mais magra e bronzeada, e o cabelo trazia um brilho incrível, que descia em cascatas pelas suas costas, quando o sol batia neles, me cegava,

Todo mundo olhou também, e acho que foi isso que a fez vomitar no meio do caminho. Seu corpo tinha mudado, mas acho que a insegurança não. E aí quando ela saiu da água e fez uma reverência todo mundo começou a rir e a gritar, mas de um jeito bom, acharam ela incrível, eu achei ela incrível.

Lembro que meus pés andaram inconscientemente na sua direção , mas aí Clara Mason entrou bem na minha frente, e depois desse dia, tudo mudou.

De uma hora pra outra as fofocas encheram os corredores, e ela era Allyson Halea rainha do baile de inverno, Allyson Hale, a nova capitã do time de vôlei, Allyson Hale começou a namorar Jake Miller, Allyson Hale assumiu o lugar de Clara Mason depois da formatura, Allyson Hale... me manda limpar suas botas.

A essa altura eu já sabia o que ela era, quando seu olhar cruzou com o meu naquele corredor, eu vi. Ela era a Filha da Profecia, só não tinha conhecimento do poder que emanava dela ainda. E aparentemente nem eu, já que não a deixei mostrar.

Junto com sua ascensão, veio a minha “queda”, eu era invisível, mas o time de lacrosse mudou isso, ficou muito pior. As piadas e os boatos das drogas começaram, logo depois veio o conceito de predador e presa que Allyson criou, o conceito que colocou uma barreira quase palpável entre nós dois, o ponto final. Ela era predadora e eu... presa.

Até o dia do seu aniversário de dezoito de anos. Adam me fez uma proposta irrecusável: eu seria notado. Então nada mais importou. Depois do procedimento eu apareci na janela da casa de Jake e lá estava ela, com ele, dançando se saber completamente de nada. Sorri quando ela se assustou com a minha sombra. Já estava mudando. O quão patético isso parece agora?

Nada mais importou... até eu dançar com Allyson Hale no baile de máscaras. Até eu beijar Allyson Hale. Até Allyson Hale ir embora e me deixar uma simples carta.

A carta!

“Sem me lembrar que o ser humano enxerga apenas 180°”

“Um copo pesado demais pra segurar”

“Bruxas torturando meu sangue”

Me viro na proporção que ela cita na carta e meu olhar para sobre o porta-luvas, onde uma mancha consideravelmente pequena está alojada ali, como o rastro de uma mão. Abri o compartimento mas só encontrei uma blusa vermelha amarrotada.

Ok, estou ficando louco e consequentemente ligando fatos que não tem o menor sentido. Não são pistas, é apenas uma carta. Mas me lembro de mais detalhes assim mesmo.

“Sem me lembrar que seus movimentos podiam ser lentos”

Passo a mão lentamente dentro do porta-luvas agora vazio, esperando ouvir algum click de um botão ou segredo, mas não acho nada. Tento de novo. Nada. Minha testa começa a suar quando, pela quinta vez, só encontro vento. Respiro fundo e tenho não me irritar, passo a mão pela última vez e de novo fico frustrado.

—Droga Allyson! – Bato com o punho cerrado no painel e algo lá dentro cai. Tiro a madeira de dentro do porta-luvas e enfio a mão onde o vão deixou, na parte de cima espaço. Uma caixa cai, exatamente igual a que estava no livro – Eu te amo, Allyson – Começo a rir sozinho enquanto limpo o suor da testa e devolvo a caixa pro esconderijo.

—Achou? – Kaleesa aparece na janela e levo um susto.

—Não, nada.

—Então sai daí pra gente levar um papo – Saio do carro, fecho a porta e me apoio na mesma, claramente impedindo sua entrada. Mesmo assim cruzo os braços e tento parecer menos culpado.

Allyson sabia que o tempo dela estava acabando, e confiou em mim pra guardar esse segredo, confiou para que apenas eu achasse a caixa, e eu iria fazer a coisa certa dessa vez, não falharei de novo. Lutarei por ele, independente de Jason lutar também.

—Eu tenho um plano, não aja sem pensar, por favaor.

—Tudo bem, já me acalmei.

—Tá – Kaleesa sorri minimamente e coloca a mão em meu ombro – Vou esperar ela dormir e entrar no sonhos dela, chegar o mais perto possível da hidroelétrica sem ser vista. Se eu conseguir falar com ela, perguntar o que está acontecendo e como podemos consertar isso... eu não sei, talvez...

—Nós vamos conseguir – A encorajo e olho pro interior do carro sorrateiramente. Eu vou conseguir.

P.O.V. Allyson

Era estranho, mas mesmo cansada eu não conseguia dormir direito. Já estava escurecendo quando Jeff me largou no chão depois de mais uma injeção, como se eu fosse um grande saco de merda. E mesmo assim meus olhos se recusavam a se fecharem. As visões chegavam como raios na minha cabeça. É difícil dormir quando mil anos de lembrança invadem sua cabeça.

Quando finalmente o sono me dominou, sonhei:

—Pense só, Ally, nós dois salvando o mundo – Adam comenta quando pedalamos pelo bosque perto das nossas casas.

—Não podemos salvar o mundo, não temos super-poderes – Sorri quando chegamos à pequena cabana e estendi o cobertor no chão. Devíamos ter uns onze ou doze anos – Agora pare de sonhar e passa essa pizza pra cá.

—Eu tenho super-poderes.

—Você? – Minha cara de surpresa era mais convincente naquela época – Me mostre! – Cruzo os braços em desafio e semicerro os olhos.

—Ah, não aparece quando você quer – Ele resmunga mostrando a língua e sorrio arqueando as sobrancelhas. Nos sentamos.

—Bom, então você é um grande mentiroso, Adam Summers!

—Vamos, Ally, você é minha melhor amiga, quero que salve o mundo comigo.

—Adam, eu sou a sua única amiga – Ele ri e reviro os olhos – Tudo bem, seu nojento, eu salvo o mundo com você.

—Nojenta é você.

—Eu não sou não!

—Todas as garotas são.

—Ah Adam – Falo de boca cheia – Eu vou ser a rainha do baile um dia, vou dançar com o menino mais bonito da escola, e todo mundo vai olhar pra mim e saber quem eu sou, e eu vou usar os melhores vestidos e...

—Que sonho de criança menininha.

—Não é sonho de criança, é apenas a verdade, e então ninguém mais vai me chamar de Ally Balão.

—Mas você é um balão – Adam ri da própria piada.

—Cale a boca! - Reclamo, mas no fim caímos na gargalhada juntos.”

Parece realidade, mas também parece sonho, estou deitada no chão do porão, suja e sangrando do mesmo que eu dormi, é quando Kaleesa chama meu nome e me cutuca que começo a achar muito estranho.

—Kaleesa? - Me levanto e abraço.

—Conseguiu, Ally. Ficará bem.

—Achei que morreria, mas Hazel tem razão, isso é pior.

—Eu não vou deixar.

—Mas isso é um sonho, não pode me ajudar. Não é real, Kaleesa. 

—Algo real está acontecendo - Ela se solta de mim e cruza as pernas.

—Não entendi o que você falou, mas estou feliz que esteja aqui.

—Um sonho é uma experiência, e experiências são reais. Entendeu?

—Talvez. Eu devia ter te escutado - Fecho os olhos - Ka, eu acho que... Adam está tramando algo muito maior e pior do que tudo que imaginamos.

—Você não falou a verdade pra ele, né?

—Talvez seja melhor não sabermos como limparmos o sangue. Porque eu diria, se soubesse. Estou com tanto medo, Ka, odeio essa sensação.

—Eu sei, eu sei - Kaleesa acaricia meu cabelo e me deixo me perder em seu carinho suave.

—Não tem saída.

—Se Adam pode entrar e sair, você também pode. Pense, Allyson, se tem entrada, tem saída, certo?

—Sim, acho que sim.

—Diga.

—Se tem entrada, tem saída.

—Vai precisar de forças pra daqui a pouco. Durma.

—Ficara comigo?

—Sempre.

Deito em seu colo e pego no sono, mais tranquila dessa vez, mas como? Eu já estou dormindo.

É aí que ouço a explosão e tenho dificuldade em saber se ainda estou sonhando, mas me levanto alerta e corro rapidamente até a porta. Está trancada. Mas no último momento ela se abre de repente e cabelos loiros surgem no meu campo de visão. Jake sorri pra mim.

—Por acaso alguma donzela precisa ser resgatada?


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