Como Se Apaixonar Por Gabriel Chase escrita por Miss K


Capítulo 7
Dando um inicio (falho) ao nosso plano


Notas iniciais do capítulo

Como prometido aqui está, até lá embaixo :3



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Gabriel Chase

Sábado.

Não consegui falar nada depois do que ela disse, Amálie passou a me ignorar e continuou a escrever no bloco de notas. Quando a garçonete trouxe a comida Amálie agradeceu e começou a devorar seu hambúrguer e batatas fritas como se nada houvesse acontecido.

 — O que você escreveu ai? — perguntei pegando o bloco de notas.

Havia duas listas escritas ali, a já iniciada mais cedo “Como tornar Gabriel Chase apaixonante” e uma nova “Garotas que poderiam tolerar Gabriel Chase”.

 — Como assim tolerar? — eu falei alto juntei as sobrancelhas enquanto um sorrisinho cínico se formava nos lábios dela.

 — Você não é uma pessoa exatamente agradável Gabriel, e eu tenho plena certeza que sabe disso — ela deu de ombros bebendo seu milk-shake. — E ai está mais um item, 3- Fazer ele ser menos escandaloso.

 — Eu sou uma pessoa extremamente agradável Amálie — protestei de forma infantil.

 — Nem sempre, mas isso não vem ao caso Gabriel. Por que iremos te tornar uma pessoa apaixonável.

 — Por que não pode apenas atirar em mim e em uma garota e ai fazer nós dois nos apaixonarmos e ponto?

 — Porque Gabriel, não é simples. São necessários dezenas de cálculos para que a nossa essência funcione. O amor é o sentimento mais complicado de lidar. Por que se eu não conseguir uma compatibilidade boa a paixão vira raiva, que é o sentimento oposto. E se isso acontecer eu vou estar mais ferrada do que eu já estou.

Eu ia responde-la mas meu celular começou a tocar, Amálie continuou comendo seu hambúrguer e batatas fritas enquanto eu atendia a ligação de um numero desconhecido.

 — Oi Gabe, sou eu a Caroline — escutei sua voz suave pelo autofalante do celular. — A Barbara me deu seu número, espero que não se importe.

 — Não, tudo bem Caroline — Amálie me olhou com um sorriso de canto. — O que foi? Aconteceu alguma coisa?

 — Não nada, é que hoje a banda do meu irmão vai fazer um show na cidade e eu queria saber se você quer ir comigo.

Olhei para Amálie que concordava freneticamente.

 — Claro, onde vai ser? — a cupido me entregou um pedaço de papel e a caneta preta.

 — Me desculpe por te ligar tão em cima da hora, mas é que eu realmente precisava chamar alguém para ir comigo, e só consegui pensar em você — ok aquilo estava indo rápido demais, eu não via ela fazia uns cinco anos e ai eu a vejo por umas duas horas então ela só pensa em mim?

Acabei anotando o endereço e prometendo que eu chegaria lá em uma hora e meia, Amálie pediu que empacotassem as comidas para ela levar pra casa, algo que eu percebi nesse período menor de 48 horas, Amálie pode comer mais do que o inimaginável fisicamente.

Depois de chegar em casa ficamos meia hora discutindo sobre o que eu podia vestir, Amálie me fez escutar algumas músicas da banda do irmão da Caroline, enquanto trocava de roupa cinquenta vezes.

 — Você não vai? — perguntei a ela que estava vestida com a minha blusa, os shorts e chinelos.

 — Vou é claro, só tenho que achar a mina pulseira, por que vou sair invisível é obvio. Finja não me ver por favor — ela estava vasculhando o banheiro de hospedes, então tirou da gaveta do armarinho uma pulseira preta, e a colocou no pulso, eu esperava que ela realmente desaparecesse, mas isso não aconteceu. — Qual é o seu problema? A nevoa devia fechar seus olhos.

Ela suspirou se apoiando no balcão, ela ficou me encarando por longos minutos como se lesse minha mente, aquilo me deixou extremamente desconfortável, seus olhos estavam mais escuros.

 — Então... — pigarreei. — Vamos?

 — Ah claro — ela fechou os olhos por dois segundos, e depois que abriu suas íris estavam amáveis novamente, irônico usar essa expressão com uma cupido não?

Ela entrou no meu carro no banco de trás e não falou anda, deixando a cena do banheiro mais estranha do que realmente era. Parei na frente de um pub bem conhecido, não era nada demais, mas ali era um bom lugar para o início de uma banda, Caroline havia dito que meu nome estaria na lista, então apenas entreguei minha identidade para o segurança e ele me guiou para o backstage.

 — Gabe — Caroline disse em abraçando de forma nada contida, eu retribui tenso, pude escutar Amálie soltar uma risadinha. — Ainda bem que veio, pensei que não vinha mais.

 — Você me convidou, nunca que eu iria recusar — sorri.

 — Para de sorrir tá parecendo um manequim macabro — Amálie disse, e eu tive de me controlar para não responder o nada.

 — Esse é o meu irmão, Charles — ela me levou onde a banda testava os instrumentos, me lembrava de Charles, ele era sete anos mais novo do que Caroline e eu, ele ainda estava no segundo ano do ensino médio. — Charles esse é o Gabriel, lembra dele?

 — Como não vou lembrar do cara que me ensinou a tocar violão? — ele deixou a guitarra que estava afinando em um canto e veio me cumprimentar.

Conversamos um pouco sobre banalidades, Charles contou como estava as aulas e que no último verão finalmente havia juntado coragem o suficiente para enfrentar seus pais e dizer que o que queria da vida era ser o vocalista de uma banda alternativa.

Amálie estava afastada e não falava nada, apenas observava todos os movimentos de Caroline e meus, como se nós fossemos personagens de algum filme que ela assistia, nós saímos do backstage e sentamos em uma das poucas mesas espalhadas pelo pub, eu pedi uma cerveja e Caroline algum drink com nome estranho.

 — O que vai fazer depois da faculdade Gabe? — Caroline agia como se fosse extremamente intima, me chamando por apelidos estranhos.

 — Dar aulas para o primário em alguma escola pequena — bebi um gole da minha cerveja, ela ficou me olhando de um jeito esquisito, pigarreei antes de falar de novo. — E você, o que pretende fazer?

 — Vou abrir um consultório é claro, cuidar dos animaizinhos é tudo o que eu quero — ela sorriu se recuperando da minha vontade de fazer algo extremamente pequeno. — Mas você não se importa com o quanto vai ganhar?

Aquilo me pegou de surpresa, e aparentemente a nossa cupido também, já que ela ficou olhando para Caroline pasma, não sabia o que responder a ela.

 — Como assim quanto vai ganhar? O importante não é ajudar as crianças? — Amálie preencheu unilateralmente o silencio, por que apenas eu podia ouvi-la então tecnicamente a cena era a seguinte, eu olhando para Caroline com a boca entreaberta e ela me olhando de volta com as sobrancelhas arqueadas como se aquilo, nas minhas condições, fosse algo extremamente importante.

 — Obvio que não Caroline — acho que o meu tom de voz saiu um pouco mais rude do que eu queria, então depois tentei suavizar mais o tom. — Trabalhando ou não eu tenho dinheiro, meus pais são ricos, e isso me possibilita fazer algo por prazer, e não por que eu vou ganhar extremamente bem com isso.

 — Desculpe acho que você me entendeu mal. Eu... — Caroline não soube o que falar.

 — Eu entendi exatamente o que ela quis falar e acho que você também Gabriel, diga que está tudo bem e que ela não precisa se explicar — Amálie disse baixo, e foi o que eu fiz, repeti as palavras da cupido e tentei aliviar o clima. — Os mortais me surpreendem mais a cada dia.

Depois disso conversamos apenas sobre o nosso passado, e coisas que não envolviam dinheiro e classe social, já que aparentemente para Caroline havia um grande problema pessoas de classes sociais diferentes se relacionarem.

Amálie me dizia o que responder muitas vezes para que a conversa se tornasse absurdamente perfeita, de forma que eu nunca falava algo errado que poderia irritar Caroline, o que era um verdadeiro problema por que algumas respostas que agradavam Caroline não tinham nada a ver comigo ou com a minha forma de pensar, e a cupido deixou claro que também não gostava de algumas coisas em Caroline.

A banda do irmão dela tocou perfeitamente, eles fizeram um cover do The Strokes e ficou muito bom, eles tocavam bem e cativaram o público, uma coisa boa além da música e da cerveja do local é que e finalmente me lembrei o porquê de ter terminado com a Caroline, ela é extremamente enfadonha e em muitos momentos é muito pouco carismática, como na cena que vou descrever agora.

Eu estava perto do palco com ela, os garotos fizeram uma pausa para trocar alguns instrumentos e beber uma água, eu estava quase rouco de tanto cantar e via a invisível Amálie em cima do palco tendo uma visão privilegiada de todo o show bebendo uma cerveja, Caroline estava um pouco desanimada.

 — Por que tá assim Carol? — perguntei sorrindo para ela.

 — Eu tava pensando que meu pai não devia ter apoiado isso — ela disse revirando os olhos, claramente ela não gostava de rock.

— Isso o que? — eu realmente não tinha entendido.

 — Ela vai falar do irmão — Amálie respondeu sentando na beirada do palco bem na minha frente, me perguntei se ela realmente conseguia ler o pensamento das pessoas.

 — Essa ideia maluca de ser uma estrela do rock entende. As chances de ele conseguir isso são mínimas.

 — Mas existem — eu e Amálie falamos juntos.

 — Mas ele vai se decepcionar, e quem quer ser um roqueiro drogado? Eu não quero ser reconhecida por isso vai ser vergonhoso — ela praticamente gritou.

Então alguém nos empurrou e no instante seguinte Caroline estava encharca de cerveja com essência de canela, ela me olhou para os lados esbravejando, Amálie deixou o copo vazio em cima do palco.

 — Os mortais me surpreendem mais a cada dia — e pelos eu tom de voz tive certeza que não era de um jeito bom.

 

NO PRÓXIMO CAPITULO DE "Como Se Apaixonar Por Gabriel Chase"

— O que vamos jantar?

— Vou ir jantar com a minha mãe. Maia aceitou seu convite para jantar.

— Como assim aceitou o convite Amálie, eu não convidei ninguém para jantar.

— Digamos que eu mandei uma mensagem, ela respondeu.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam, até mais meus amores :3



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