Como Se Apaixonar Por Gabriel Chase escrita por Miss K


Capítulo 6
Nossa cupido tem medo do amor.


Notas iniciais do capítulo

Ai gente eu sumi né? Desculpa, mas eu tive uns problemas na escola e tal e ai como eu coloquei na minha descrição da pagina eu to meio sem tempo e tal, eu sei que tem como eu agendar capitulos, mas eu gosto de portar um por um até por que tem como eu colocar as notas iniciais e agradecer a quem me enviou cometários e tudo mais.
Mas chega de enrolação ai está mais um capitulo pra vocês, e para que eu não seja injusta de ficar tanto tempo sem postar eu já vou postar outro capitulo agorinha mesmo.



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Gabriel Chase

Sábado.

Ela caminhou do meu lado até a porta de casa, eu parei o olhei para ela.

 — Tem certeza que está visível para todos e que eu não vou parecer um louco de conversar com uma adolescente invisível na rua? — perguntei.

 — Um, eu tenho certeza de que eu estou visível para todos, e segundo eu não sou uma adolescente, pare de me tratar como uma — ela fez cruzou os braços andando mais rápido.

 — Ok, quantos anos você tem, eu tenho 23, qualquer idade abaixo de 20 é adolescente — falei passando por ela.

 — Eu tenho 19 — ela falou baixo com raiva o que me fez rir dela.

 — Calma, tá quase saindo da adolescência e, infelizmente, se tornando uma adulta — passei o braço por cima dos ombros dela sem nenhum motivo. — Acho que seremos bons amigos.

 — Desde que você não fique me tocando — ela tentou escapar de mim, mas eu apenas ri e apertei mais. — Não vai ajudar em nada você estar abraçado em mim Gabriel. Todas as garotas vão achar que namoramos, e ai nunca mais vou sair daqui, e você vai ter que me sustentar, por que eles não devem aceitar um currículo que diz que eu trabalhei por seis meses na empresa “Cupidos casamenteiros”.

Eu comecei a rir, que tipo de nome era esse, ela me olhou se perguntando do que eu estava rindo, quando pareceu entender começou a rir junto.

 — O nome da empresa não é esse não — ela começou a explicar movendo as mãos como se aquela mimica maluca fosse me fazer entender alguma coisa.

 — Elas vão achar que você é a minha irmã mais nova, ou prima, pelo menos as minhas vizinhas, elas sabem que todas as garotas que eu trago pra casa e que eu tenho alguma coisa saem antes do sol nascer — pisquei para ela, caminhamos em silencio por mais alguns minutos. — Vocês fazem as pessoas se apaixonarem?

 — Sim, isso mesmo — ela passou o gesso no nariz pra coçar. — Por que?

 — Isso quer dizer que não existe amor de verdade? — ela continuou andando, mas não me respondeu.

 — É mais complicado do que parece Gabriel. O amor existe, mas o amor que as pessoas sentem hoje em dia não é o mesmo amor que Apolo nutre por Ártemis desde os tempos mais remotos — ela falava baixo, como se estivesse me contando um segredo.

 — Como assim? — nós paramos uns instantes na frente das portas de vidro do supermercado esperando que elas abrissem automaticamente.

 — O amor ainda existe, é isso que importa. Não sei como seriam os mundos, de um modo geral, se o amor não existisse — então ela se calou, havia algo sombrio naqueles olhos terrivelmente azuis, seus lábios estavam pressionados um contra o outro e seus ombros estavam tensos.

 — O que você acha de Nutella? Existe no seu mundo Cupidoresco? — perguntei tentando acabar com o assunto tenso.

 — Sim, chamamos de creme de chocolate com avelã, não usamos as marcas para falar sobre o produto — ela deu de ombros. — Nós realmente parecemos namorados, estamos fazendo compras jutos!

Ri dela de novo, mas ela continuou séria, como se aquela ideia realmente a apavorasse, continuei pegando coisas e colocando na cestinha e Amálie andava do meu lado observando as pessoas, casais com crianças, velhos, aborrecentes, mas as crianças pareciam adorar Amálie e ela adorava a atenção infantil que recebia, ela falava com eles e ria dos gritos e palavras tropeças que recebia ao invés de uma resposta coerente.

Nós fomos para o caixa, a fila estava enorme e Amálie parecia não estar acostumada a esperar, ela pegou uma revista de fofocas e começou a folear, quando ela parou em uma página.

 — É disso que precisamos — ela quase esfregou as páginas da revista na minha cara, quando finalmente consegui focalizar o que estava escrito em letras cursivas acabei lendo em voz alta.

 — “Cinco dicas infalíveis para atrair as mulheres” você acha mesmo que isso vai me ajudar? — olhei para ela, seus olhos brilhavam em expectativa. — Tá bom, vamos levar.

Coloquei a revista junto com as outras coisas em cima do balcão do caixa, a personalidade de Amálie parecia ter mudado, já estava de volta a garota de olhos brilhantes e ingênua.

 — Quais são as garotas com maior probabilidade de você sentir uma forte atração? — ela perguntou quando nós chegamos em casa.

 — Não tem — respondi guardando as coisas nos armários e geladeira.

 — Como assim Gabriel? — ela me segurou pelos ombros ficando mais próxima que o necessário para dialogar comigo. — Tem que existir uma garota que você olhe e só consegue pensar no seu sorriso, no brilho dos seus olhos, sem malicia, apenas vendo as coisas pequenas, alguém que você simplesmente olha e consegue se imaginar acordando ao lado dela por um longo período de tempo.

Amálie me olhava de uma forma tão intensa que eu cheguei a cogitar a ideia de como seria conviver com ela por esse um mês, como seria acordar e ver ela antes de qualquer outra pessoa, ela percebeu que estava perto demais e se afastou colocando as mãos na cintura fingindo não estar constrangida.

 — Já temos duas opções Gabriel, Caroline e Maia, mas eu preferiria que tivéssemos mais alguma que a sua irmã não conhecesse — ela me olhou por algum tempo e depois olhou para o relógio. — Já são sete da noite e eu ainda não comi nada. Está com fome? Tem uma ótima lanchonete a quinze minutos daqui.

Eu juntei as sobrancelhas para ela sem realmente entender o que ela queria com aquilo, entretanto apenas esperei que ela pegasse a sua mochila e me guiasse até uma lanchonete com um tema brega cheio de corações e frases românticas.

 — Eu adoro esse lugar — Amálie disse sentando em uma das mesas no canto do local, uma garçonete se aproximou de nós. — Quero dois hambúrgueres e batatas fritas, você bebe refrigerante? Dois refrigerantes médios e dois milk shakes grandes.

 — Por que me trouxe aqui? — perguntei assim que a garçonete se afastou.

 — Acho que aqui seria um ambiente mais adequado de nós conversamos, afinal de contas o lugar já cria um clima propicio — ela deu um sorriso maroto e tirou um bloco de notas e uma caneta do bolso do shorts. — Já temos então Caroline e Maia. Nas últimas semanas eu vi que você saiu com várias garotas e tudo mais, mas existe uma que é fixa?

 — Sim a Charlotte...

 — Mas ela tem namorado, ainda não entendo como ela consegue fazer isso com um cara que gosta tanto dela.

 — Ele trai ela Amálie, isso é apenas um jeito dela se vingar.

 — Não trai mesmo, ela que trai ele, e não adianta me dizer nada que não vou acreditar em você.

 — Por que não consegue acreditar que ele trai ela.

 — Por que ele está apaixonado por ela. Eu mesma atirei nele, mas eu fui precipitada pensei que ela era uma pessoa melhor.

Não falei nada enquanto ela rabiscava algumas coisas nas folhas de papel, como se desenhasse uma estratégia de batalha.

 — Por que mesmo que você tenha tanto receio que pensem que somos namorados, me trouxe até o restaurante mais romântico que pode existir na terra? — perguntei.

 — Por que eu gosto do lugar — ela deu de ombros.

 — Você gosta de ser cupido?

 — Não mesmo, eu não gosto de mexer com sentimentos, embora eu não possa sentir a paixão, tenho receio de fazer ela surgir nos outros.

 — Como assim você não pode sentir a paixão? — ela parou de rabiscar no caderno e me olhou profundamente.

 — Pode-se dizer que eu tenho um defeito de fábrica por conta de uma pequena falha genética que herdei dos meus pais. Quando falam em paixão, ou amor, de qualquer tipo mesmo que fraternal, eu não consigo imaginar o que é isso — de repente ela aparentava ser muito mais velha do que eu pensava que era. — A única coisa que eu consigo sentir é medo.

 

NO PRÓXIMO CAPITULO DE "Como Se Apaixonar Por Gabriel Chase"

— Essa ideia maluca de ser uma estrela do rock entende. As chances de ele conseguir isso são mínimas.

 — Mas existem.

 — Mas ele vai se decepcionar, e quem quer ser um roqueiro drogado? Eu não quero ser reconhecida por isso vai ser vergonhoso!

 — Os mortais me surpreendem mais a cada dia.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam por favor. Nos vemos nó próximo até daqui a pouco :3



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