A Estranha Vida de Carmenny Edmond escrita por Katerrin


Capítulo 2
Coisas esquisitas de ricos


Notas iniciais do capítulo

Hahuahauha.
Aí está.


Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/689221/chapter/2

                                   Carmenny Edmond

Eu estava em um bar, foi meio que a primeira coisa que avistei ao chegar na cidade. Feliz eu estava até meu celular tocar, sim, essa peste ainda estava com bateria.

Alô?-eu falo, até que a voz de minha querida tia responde.

Alô, Anny? Sou eu, sua tia.-ela me chama do maldito apelido que todo mundo ama me chamar. Mas eu detesto.

Hum... Oi tia.

Seus pais me ligaram, dizendo que você não voltou para casa ainda. E Carmenny, eu sei que você fugiu para Livertown.

Sim, tia, eu fugi. Mas eu planejei tudinho. Eu consigo sobreviver, tá?-eu respondo e ela solta um suspiro meio irritado meio preocupado.

Não, Carmenny. Vou te buscar. Onde você está?-ela fala e eu posso ouvir o barulho das chaves.

Num bar...-respondo sussurrando, torcendo para que ela não ouça direito.

Num bar, Carmenny?!-ela grita bem alto. Talvez todos do bar estejam sem orelhas.

Sim, tia. Num bar. Agora você vai me buscar ou não?

Claro... Tá. Só me diz onde é.-eu falo o endereço.-Fica na frente, tá?

Hum-hum. Tchau.-ela desliga, sem me dizer tchau. Que mal-educada.

Vou para a frente do bar, desviando de vários copos e socos. Realmente o pessoal desse bar não é muito amigável.

Espero vários minutos, nesses minutos, eu poderia ficar famosa e ter três filhos. Mas como eu não gosto de crianças e nem de paparazzi, resolvi esperar mesmo.

Ei, Carmen. Carmen!-eu ouço um sussurro e um grito. Fico igual uma louca olhando em volta. O que encontro é um garoto chamando uma garota que está sendo estuprada pelo próprio short.

Anny!-dessa vez é minha tia. Dentro de um carro esquisito de ricos.

Eu abro a porta com dificuldade e fecho com dificuldade.

E aí, tia. E os namoradinhos?-eu, sempre roubando papéis. Risos.

Aham, agora quando você chegar em casa vai tomar um banho.

Espera aí, agora ou quando eu chegar em casa? Tô confusa.-eu falo, colocando o cinto.

Carmenny, você tem que parar com essas brincadeiras se quiser que eu não conte onde você está.

Tá ok, tia.-falo, coçando a sobrancelha. O que não é necessário falar aqui mas eu sou eu.

E eu vou te colocar em uma escola. Você querendo ou não.

Não vai ser uma daquelas escolas de ricos onde tem que usar um uniforme feioso todo bonitinho, é? Porque se for eu levo uma metralhadora.

Não, não vai ser. Eu te conheço, Carmenny.

Hum... Ok.

Ficamos o caminho inteiro conversando sobre coisas chatas. Tipo o que eu iria comer de almoço no dia seguinte. E de janta também.

E enfim chegamos em uma toca de pessoas ricas. Não era exatamente uma toca, mas eu chamo de toca. A partir de agora.

Lá em cima será seu quarto. Nele tem de tudo, até geladeira.-ela diz e minha felicidade fica em um nível desconhecido por mim.

Sério, tia? Nossa. Pode dizer adeus a mim, porque de lá eu não saio.-eu falo e ela dá uma risada.

Tá, Anny. Agora toma seu banho logo que eu não aguento mais esse fedor de bar.

Subo as escadas com dificuldade, pois minha mala estava pesada.

Na porta estava escrito ''C'' com glitter preto. Eu costumava vir aqui quando era pequena. Eu era tipo a Vandinha, sabe?

Ele estava a mesma coisa, paredes azul escuro, cama com lençóis roxos e abajur que parece ter sido feito pelo Tim Burton. Eu tinha um carinho enorme por aquele abajur.

Joguei minha mala num canto e fui para o banheiro, que tinha um espelho na entrada. Eu estava com os mesmos olhos cinzentos de sempre, mesmo cabelo, mesma pele pálida. Até porque eu não costumo mudar de corpo.

Tomei meu banho e desci as escadas.

Tia! Quero comer.-eu grito, procurando minha tia feito uma louca.

Vai querer o que?-pergunta minha tia. Que se materializou na minha frente.

Vou querer massa com... Massa.

Tá. Se você quiser, pode assistir TV ali.-ela fala, apontando para a TV, que ficava em frente à um sofá preto.

Minha tia também é meio gótica, meio engraçadinha, sabe?

Fiquei assistindo um programa sobre bolos, que eu adoro. O programa e os bolos, claro. Só não gosto de bolos que tem aquele negocinho com gosto de nada no meio. Estraga tudo.

Anny, está pronto.-minha tia grita da cozinha esquisita de ricos.

Eu voo para a mesa, comendo igual a um dinossauro feioso. Porque minha versão dinossauro não iria ser fabulosa, não é?

Eu vou dormir, tia.

Tá, até amanhã.-nós não falamos ''boa noite'' porque é tipo uma regra da família que eu nunca entendi.

Eu subo as escadas esquisitas de ricos lentamente, cantarolando uma musiquinha.

Espera, Carmenny!-eu quase caio da escada.-Eu liguei para a escola enquanto você estava no banho e as aulas começam amanhã.

Tá.

Ótimo. Agora teria que enfrentar os olhares queimando a minha cara.

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nossa, gente.
Tô adorando escrever essa historinha. :DDD
Comente. '- ' ta?
Beijinhos e até logo. Amos você



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Estranha Vida de Carmenny Edmond" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.