Minefield escrita por undersevenkeys, Jubs L


Capítulo 14
Capítulo 14. Victória


Notas iniciais do capítulo

Demoramos, não é?
Mas aí está um capítulo maravilhoso ♡♡♡
Esperamos que gostem!
Boa leitura!



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Estar com Derek me trazia uma leveza muito grande, era como se tudo o que ele fazia fosse divertido, ele tinha um bom humor contagiante e me fazia rir o tempo todo. Assistir filme de terror com ele era mais engraçado do que muitos filmes de comédia que eu já assisti com outras pessoas, ele fazia comentários engraçados na maioria do tempo.

“Você não para quieto mesmo, não é?” eu disse tentando conter a risada.

“Ah, para com isso, você tá chorando de rir e agora vem reclamar que eu não paro quieto?”

“Isso é um filme de terror! Não é para ser engraçado.”

“Parece bem cômico pra mim. Vai dizer que não?” ele me cutucou e eu franzi o cenho. “Tudo bem, vou parar de te fazer rir pelo filme.”

“Ah, muito obrigada!” brinquei.

“Mas só pelo filme.”

“Como assim?”

“Porque eu vou continuar te fazendo rir só que agora…” ele levantou as mãos imitando duas garras “ Com um super ataque de cócegas!” ele pulou em cima de mim e começou a cutucar minha barriga e minhas costelas freneticamente.

“Não, Derek! Para!” eu tentava falar no meio de gargalhadas.

“Eu sou ótimo nisso, não sou?” ele falava enquanto me cutucava sem dó.

“Para, por favor!” ele diminuiu o ritmo devagar enquanto eu recuperava o fôlego “Você é muito besta!”

“Olha, não me provoca. Se não…” ele ameaçou voltar a fazer cócegas.

“Tudo bem, tudo bem!” eu interrompi. Depois de parar as cócegas ele continuou em cima de mim, perto o bastante para proporcionar um clima bem constrangedor. Olhei para baixo para não correr o risco de ficar parecendo um pimentão de tão vermelha. Ele colocou um dos cachos que caía nos meus olhos para trás da minha orelha e passou os dedos levemente no meu rosto. Levantei o olhar, seus olhos me examinaram até se encontrarem com os meus, ele se aproximou ainda mais e eu pude sentir sua respiração antes que ele se afastasse em um movimento rápido sentando-se ao meu lado novamente e respirando fundo.

“Meu Deus, me desculpa Vic. Quase fiz merda, me desculpa.”

“A-ah, não… É… Quer dizer, não foi nada…” Ok, o Derek quase tentou me beijar, quase conseguiu me beijar e saiu de perto antes que isso pudesse acontecer. Socorro.

“Sério, é que você estava tão linda que eu…” ele sacudiu a cabeça “Nossa amizade é importante pra mim, tá? Eu gosto de estar com você e não quero estragar isso.”

“Não… Quer dizer, sim… Eu entendo.” eu disse tentando raciocinar normalmente.

“Acho melhor eu ir. Já está ficando tarde e eu preciso ir para casa.”

“Ah tudo bem, você vai se despedir do Aaron?” eu perguntei

“Não. Ele disse que quer ficar sozinho.” ele respondeu levantando do sofá. “Até amanhã, Vic.” ele beijou minha testa e saiu da sala seguindo rápido pela porta de entrada.

Alysha e Richard chegaram, perguntaram sobre Aaron, contaram sobre o dia, perguntaram se eu tinha planos para o fim de semana e em todas as respostas que eu dei e todo o resto que se passou naquela noite pareciam estar em segundo plano. Eu só conseguia pensar no quase beijo do Derek. Que porra foi aquilo?

Liguei para Anna Lee no momento em que entrei no meu quarto.

“Eu não sou amiga do Derek, mas pelo o que eu sei, ele é bem tranquilo.” ela disse no telefone

“Anna, ele tentou me beijar”

“E porque você não beijou de volta?”

“Não foi assim. Ele tentou me beijar e saiu antes que eu pudesse tentar beijar de volta.”

“Ué.”

“Pois é.” eu disse rindo de sua reação. “Ele disse que valorizava demais minha amizade pra fazer alguma burrada."

“Normalmente é o contrário, né?” ela riu.

“Sim. Eu fiquei meio confusa na hora, acho que eu não estava esperando.”

“Não estava esperando ele te beijar ou ele fugir antes?”

“Os dois.” nós rimos juntas.

“Mas você queria beijá-lo?” eu demorei para responder. “Vic?”

“Sei lá…”

“Sei lá sim ou Sei lá não?”

“Ah… Eu nunca teria considerado essa possibilidade se ele não tivesse tentado… Você entende?”

“Claro que entendo. Sabe, a pessoa que eu mais amei em toda minha vida começou do mesmo jeito.”

“Sério? E vocês ficaram juntos?”

“Ficamos.” a voz dela mudou.

“E o que aconteceu?”

“Ah… Deu errado depois de um tempo.” ela respirou fundo. “A gente não precisa falar disso, né?”

“Claro que não.” entendi o recado.

“Obrigada.” ela riu. “Bom, amanhã a gente fala mais sobre o Derek, estou caindo de sono.”

“Ok, obrigada por falar comigo, Anna. Você me salva nesse lugar.”

“Imagina, estou aqui pra isso! Boa noite, Vic!”

"Boa noite, durma bem.”

Quando me deitei, preparada para dormir, pude ouvir batidas na porta do quarto de Aaron, dessa vez era Richard, não demorou para que ele entrasse no quarto ele nem precisou pedir ou algo do tipo. Ele ficou lá dentro durante uns 10 minutos e depois saiu.

Aaron, Aaron… O que estaria acontecendo com ele? Ele estava lá fazia um dia inteirinho, eu só queria entender o que estava acontecendo, queria saber o que estava passando pela cabeça dele e se ele estivesse doente o que ele tinha? Tentei me forçar dormir e não pensar em todos os pontos de interrogação que rodeavam Aaron até agora, inclusive o maior deles: Suzie.

Derek não me acompanhou para a escola no dia seguinte, nem Aaron que ficou no quarto novamente. Eu estava em frente a sala de aula esperando por Anna Lee quando vi que Derek se aproximava como em uma cena de filme adolescente: blusão do time de futebol americano rindo junto com três amigos, ele passou os dedos nos cabelos antes de olhar para mim e sorrir andando na minha direção.

"Eu vejo vocês na quadra, ok?” ele falou para seus outros amigos que acenaram para nós e seguiram o corredor.

“Bom dia.” eu falei.

“Bom dia! Não vai entrar na sala?”

“Vou, estou esperando a Anna.”

“Entendi.” ele apoiou uma das mãos na parede em que eu estava encostada se colocando na minha frente. “O que você vai fazer hoje?”

“Ah, não sei… Acho que vou ler ou assistir alguma coisa.”

“Ou você podia ir lá em casa.” hã? “Hoje é aniversário do meu irmão e vai ser um saco a não ser que…” ele sorriu “Você vá me fazer companhia.”

“Tudo bem.” respondi por impulso. “Eu só tenho que pedir permissão para Richard e Alysha e…”

“Tudo bem! Ótimo! Obrigado, Vic, você é incrível.” ele me abraçou levantando-me do chão.

“De nada…” eu respondi rindo.

“Te vejo mais tarde, tenho que treinar.” ele saiu correndo pelos corredores enquanto eu observava parada. Tocou o sinal e Anna Lee apareceu correndo e me puxou pelo braço para dentro da sala antes do professor. Sentei atrás dela. Literatura era uma das poucas aulas que tínhamos juntas, nós sempre tínhamos alguma coisa para discutir sobre a aula ou alguma crítica ao professor que não abordava os livros de uma forma adequada.

No final do período das aulas encontrei Anna no portão do colégio.

“E aí?” ela perguntou.

“Hã?” eu respondi.

“O que achou da aula?” eu não tinha nem prestado atenção.

“Ah… Legal, eu... Achei legal sim.” eu era uma péssima mentirosa.

“Vic.” ela riu “Por favor, né.”

“Tá legal, eu não consegui prestar atenção na aula… O Derek me chamou para ir na casa dele hoje.”

“Na casa dele?!” ela arregalou os olhos.

“É aniversário do irmão dele e ele não quer ficar sozinho, sei lá.”

“Você vai né?”

“Eu falei que ia, mas agora não sei se quero ir.”

“Por que não?” ela franziu o cenho.

“Não sei se é uma boa ideia eu me envolver com o Derek, ele é o melhor amigo do Aaron.”

“E qual é o problema, garota?” ela disse como se o que eu falei não tivesse sentido algum.

“Eu moro na mesma casa que o Aaron e ele me odeia, agora imagina ele tentando sair com o melhor amigo dele que vai estar sem tempo porque estaria saindo comigo.”

“Vic, isso não tem nada a ver! Para de arranjar desculpas, o Derek tem sido legal com você, ele é um fofo. Pode ser o melhor caminho pra você esquecer toda a história do Danilo de vez.” ela tinha razão.

“Pode ser.”

Almocei um lanche na lanchonete do colégio depois de me despedi de Anna Lee. Sozinha, fiquei pensando no Brasil, nos meus pais que choraram litros de lágrimas sem fim e agora nem se quer mandavam mensagem, nos meus amigos e no que estariam fazendo e em toda a situação que Danilo me proporcionou, ele queria conversar. O que ele teria para conversar comigo depois de toda vergonha que ele já me fez passar? Desbloqueei meu celular e respondi a mensagem que ele me mandara “Não quero falar com você, por favor não me chame mais.” Anna Lee estava certa, eu tinha que sair disso e esquecer os problemas do Brasil, eu só voltaria para lá no fim do ano para prestar vestibular e, se tudo desse certo, entrar direto numa faculdade e esse seria o meu foco para o meu país enquanto eu estivesse na Filadélfia.

Quando cheguei em casa o silêncio era alto demais. A porta de Aaron continuava fechada, de novo, parei na frente da mesma como se eu esperasse um milagre, aquela situação já estava me incomodando mais do que deveria. Três. Dias. Inteiros. Naquele momento eu parei de me importar com as consequências e me preparei para bater na porta, respirei fundo pronta para socar de leve a porta de Aaron quando meu telefone começou a tocar no meu bolso.

“Alô?” atendi entrando no meu quarto. Era Derek.

“Vic, você já falou com seus pais? Quer dizer, os pais de Aaron.”

“Ainda não, acabei de chegar em casa.”

“Fala logo! Quatro horas vou te buscar.” ele desligou.

“Derek, espera…” ótimo. Eu tinha uma hora para ligar para Alysha, tomar banho, escolher uma roupa, arrumar o cabelo, passar maquiagem… Já era.  

Liguei para Alysha enquanto separava minha roupa para a festinha, um vestido simples com um suéter fino, ela deixou rapidamente e ficou feliz por mim, por estar fazendo amigos. Tomei um banho rápido e quando terminei de me arrumar por completo já se passavam das quatro horas. Desci as escadas e fui para a cozinha tomar um copo de água e tomei um susto quando vi que Aaron tomava um gole de suco direto da garrafa em frente a geladeira. Ele fechou a garrafa e devolveu no lugar, fechou a geladeira se virando para a porta em que eu estava parada, seus cabelos estavam sujos, os olhos inchados e vermelhos, ele foi caminhando sem vontade em direção as escadas sem se quer olhar para mim.

“Aaron…” chamei. Ele parou no pé da escada ainda sem me olhar. “Você tá bem?” ah lógico que ele estava bem, Victória, você é um gênio! Ele hesitou em continuar subindo, mas me ignorou e foi para o quarto mesmo assim. Não deu tempo de tentar seguí-lo, Derek estava na porta buzinando.

“Que linda, adoro vestidos.” ele falou quando me sentei no banco do passageiro.

“Obrigada.” eu respondi ainda pensando em Aaron.

“Tá preparada pra festinha de cinco anos do meu irmão?”

“Cinco anos?” eu ri. “Eu nasci preparada.”

A casa de Derek ficava um quarteirão da minha, mesmo assim ele foi me buscar de carro. Era uma casa verde enorme com uma piscina e um quintal na frente. Tudo estava enfeitado com bexigas e serpentinas azuis e brancas. Várias crianças corriam ao redor do jardim.

“Mãe, essa aqui é Victória, ela é a brasileira que está na casa do Aaron.” Derek disse quando entramos no hall de sua casa.

“Bem vinda, Victória.” sua mãe era loira de olhos bem claros, diferente dos de Derek. “É um prazer conhecer você.” ela segurava um bolo gigante nas mãos.

“É um prazer conhecer a senhora também.” eu sorri.

Derek e eu fomos pegar cachorro-quente e depois ele me levou para o quintal dos fundos. Sim, a casa dele tinha dois quintais. Lá estava vazio e nós podíamos escutar o barulho das crianças brincando de longe. Nos fundos do quintal, debaixo de uma árvore, tinha um pequeno coreto com cadeiras estofadas enormes onde nós sentamos.

“E lá no Brasil, vocês tem cachorro-quente?” ele perguntou.

“Eu moro em São Paulo, não no meio da floresta amazônica.” eu respondi.

“E tem diferença?” olhei feio e ele começou a rir na hora. “Por que eu gosto tanto de te ver com essa carinha de brava?”

“E eu sei?” disse jogando um pedacinho de pão e acertando seu nariz.

“Olha, Victória, eu só não saio dessa cadeira agora e te encho de cócegas porque você tá comendo.”

“Uau! Como você me respeita!” ironizei e ele franziu o cenho.

“Tudo bem, mocinha. Você vai ver.” ele disse apertando os olhos.

“Isso foi uma ameaça?”

“Não mesmo, foi um aviso.” ele sorriu malicioso.

Na hora de cantar parabéns, Derek foi para trás da mesa do bolo junto com seu irmãozinho e colocou o mesmo em cima de seus ombros. Eles riam juntos e naquele momento a família toda parecia tão feliz e animada que eu me senti bem por estar lá, agradeci pela primeira vez por ter tido a chance de fazer intercâmbio e ter conhecido Derek e Anna Lee, ambos foram bons comigo e me fizeram sentir em casa.

“Trouxe bolo pra você.” ele me entregou um pedaço enorme de bolo veludo vermelho.

“Obrigada.” eu disse. Nos sentamos na beira da piscina e comemos em silêncio durante alguns minutos.

“Por que você veio pra cá, Vic?” ele me perguntou colocando meus cabelos atrás do meu ombro.

“Ah, eu queria viver fora do Brasil por um tempo, dar um tempo.”

“O que aconteceu?"

“Ah, é uma história meio chata.” eu ri e baixei o olhar.

“Olha se você não quiser contar porque não se sente bem contando, eu respeito, de verdade. Mas se você acha que vai me encher o saco contando alguma coisa da sua vida, você está muito errada, mocinha.” ele me empurrou com o ombro.

“Ninguém merece ficar sentado me ouvindo reclamar do meu passado, Derek. É uma história desnecessária.”

“Eu quero saber tudo sobre você, Vic. Das coisas mais legais e lindas paras as mais chatas, insuportáveis e feias.” ele segurou no meu queixo virando meu rosto para o dele. “Entendeu?”

“Entendi.” eu sorri e segurei sua mão tirando-a do meu rosto. “Meu namorado me traiu com uma menina que eu repugnava.”

“Ele o quê?”

“Eu sei.” soltei uma risada triste. “Chato, né.”

“Chato? Que babaca!” ele passou o braço ao redor do meu pescoço e me puxou para perto. “Como alguém tem coragem de fazer uma coisa dessas com você?”

“Talvez eu não fosse o suficiente.” deixei a insegurança falar por mim.

“Tá brincando, né? Você é mais que suficiente, Victória. Você é incrível!”

“Tá, isso foi fofo.” eu ri.

“Estou falando sério, eu nunca faria isso com você.” não tive coragem de olhar para ele, só passei meu braço pela sua cintura me aninhando debaixo do seu queixo.

“Obrigada.” sussurrei.

Já no fim da festa, Derek e eu fomos para a sala onde seu irmãozinho estava abrindo os presentes. Ele ganhara um carro de bombeiros enorme e não parava de brincar com o mesmo.

“Olha moça, meu caminhão!” ele disse colocando o caminhão no meu colo.

    “Olha só, é um belo caminhão.” eu disse rodando uma das rodinhas. O irmão de Derek chamava-se Rick e me chamou para brincar de caminhão com ele pela casa, mas Derek impediu-me alegando que eu já estava cansada e precisava ir para casa, Rick me abraçou e fez com que eu prometesse que voltaria para brincar com ele e eu prometi sem hesitar. A mãe de Derek se despediu e agradeceu minha visita.

No carro Derek e eu ficamos em silêncio ouvindo músicas no rádio e em poucos minutos chegamos na porta de casa; ele desceu comigo me acompanhando até a porta. Apesar de não ser tarde, somente a luz da televisão da sala estava ligada, eu poderia ver por trás da persiana, mas não sabia quem estava assistindo.

“Bom, está entregue.” ele riu

“Obrigada, por me trazer até aqui e pela festa também, eu gostei muito de tudo.”

“Eu gostei que você foi passar o tempo comigo, de verdade.”

“Eu também gostei.” ele sorriu e eu acompanhei.

“A gente se vê?”

“A gente se vê.”

“Boa noite, vic.”

“Durma bem.” ele virou-se caminhando em direção ao carro, até que ele parou no meio do caminho e se virou novamente para mim.

“Vic, acho que esqueci uma coisa.” ele disse andando em minha direção e parou quando colou seu corpo ao meu.

“Esqueceu?” minha voz falhou.

“Tenho certeza que esqueci.” ele percorreu os dedos pelos meus cabelos parando na minha nuca, me puxou de leve e me beijou delicadamente.

“Derek, a gente não devia...” sussurrei

“Agora sim, vou dormir bem.” ironizou e riu. “Boa noite, vic.”

“Boa noite.” eu sorri. ele percorreu o meu braço com os dedos e os entrelaçou nos meus, beijou minha mão e soltou devagar.

Quando entrei em casa, a luz da cozinha estava acesa, mas não tinha ninguém na sala, só a televisão ligada. Eu estava flutuando com o beijo de Derek até entrar na cozinha e ser puxada violentamente de volta pra o planeta Terra; Aaron estava sentado no balcão tomando um copo d’água, sem camisa. Desculpe, eu mencionei que ele estava sem camisa? Pois é, estava.Seus cabelos estavam molhados e sua aparência estava um pouco melhor… Eu disse um pouco? Então, estava muito melhor do que hoje de manhã.

“Hã… Oi.” eu falei sem saber pra onde olhar, parada na porta.

“Se divertiu?” ele disse num tom diferente sorrindo torto, me olhou de uma forma diferente, meu coração acelerou. O que ele estava fazendo? Eu assenti com a cabeça. Não consegui prestar atenção em outra coisa que não fosse o físico de Aaron, ele desceu do balcão ficando de pé proporcionando uma visão privilegiada de tudo aquilo.  Eu fiquei parada ali olhando pra ele, na maior cara de pau. “Que bom que se divertiu.” ele falou colocando o copo na pia.

“É…” respondi paralisada. “Vou só… É… Beber água.” Meu deus, Victória o que você está fazendo? Peguei o copo e fui em direção ao filtro, onde Aaron estava parado. Exatamente. Do. Lado. Respirei fundo. Era quase impossível pegar água sem encostar em Aaron, ele estava praticamente agarrado com aquela droga de filtro.

“Hã… Pode me dar licença?” pedi praticamente gaguejando.

“Claro que posso.” ele sorriu torto e passou ao meu lado encostando em mim. Isso, ele não podia passar longe, ele teve que passar tocando toda a lateral do meu corpo com o dele. Ele literalmente me fez encostar em tudo aquilo, tudo. “Desculpa, tá meio apertado aqui.” senti meu rosto esquentar.

“Ah… Tá bom, é… Tá.” Que?

“Boa noite.” ele falou num tom irônico e foi para a sala, e eu fiquei lá, tremendo para pegar água sem acreditar no que tinha acabado de acontecer. Qual era o problema desse idiota? Qual era o meu problema que cheguei a me sentir atraída por ele, que nojo, o que passou pela minha cabeça?


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Notas finais do capítulo

Comentem ♡♡
Tentaremos voltar com as postagens normalmente, mas né...
Bjus!
Até!
♡♥♡



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