Olívia tem um sono agitado e não dorme direito, senta na cama às 5h da manhã...

Ed acorda e percebe que sua esposa não está bem.

—- Liv, o que foi? Você mal dormiu!

—- Desculpe meu amor, não queria te acordar. Estou com dor de cabeça.

—- Dor de cabeça? Espera um minuto...Ed levanta e vai ao closet.

—- Ed, não quero tomar remédio...a Serena!

—- Calma meu amor, seu remédio sou eu! Ed pega um óleo de massagem no armário...

—- Deita aqui...Ed a aconchega com a cabeça em seu colo e inicia uma massagem em seu rosto, bem suave. 

—- Olívia reage ao toque, mas aos poucos vai conseguindo relaxar...

—- Está melhor? 

—-Um pouco...onde você aprendeu isso?

—- Pesquisei num site, massagem para bebês e gestantes.

—- Relaxa, respira...Ed massageia sua cabeça, conseguindo relaxa-la.

Massageia seus ombros, pescoço, braços, mãos. 

Olívia está adorando o momento...

Ed a põe sobre o travesseiro e começa a massagear os pés, pernas, coxas.

—- Vira de costas, massagem completa!

Ed retira sua camisola e massageia sua lombar e quadris.

—- Está gostando?

Olívia sorri...acho que essa massagem vai virar outra coisa...

—- Só se você quiser!

—- Hummmmmmmmmmm eu quero!!

—- Quer? Passou a dor de cabeça?

—- Passou! 

—- Me espera, não sai daqui.. Ed vai na cozinha e pega umas balas de menta e coloca uma na boca.

Olívia senta, sua cabeça parou realmente de doer...

Ed olha as crianças, estão dormindo, volta para o quarto e fecha a porta.

Olívia está sentada na cama, só de calcinha, Ed retira a blusa e Liv vai abaixando seu moletom, tocando-o devagar...

—- Ed..

—- Oi?

—- A dor de cabeça passou!

—- Passou? Você estava tensa, precisava relaxar, só isso.

Ed a beija! 

—- Menta? 

—- Aham...você quer ir a lua, não quer?

Olívia morde os lábios.

—- Quero, sussurrando em seu ouvido.

—- Então...Ed senta de frente psra ela, se abraçam, se beijam, acariciam...como se tempo estivesse ali, parado...

—- Eu te amo, não sei viver sem você. Você me completa...

—- Eu te amo, minha vida sem você não existe!

Ed a faz deitar com o seu corpo sobre o dela, beijos quentes, lambidas, mordiscadas.

Ed prende a bala entre os dentes e desce por seu corpo chegando a sua vagina e retira sua calcinha. Liv se arrepia mais, e estremece de prazer.

—- Calma, ainda não...me espera...

—- Espero!! Quero você junto comigo!

Ele abre seus grandes lábios e pousa a bala em seu clitóris, provocando ligeira ardência...

—- Ummmmmhhhhhhhhhhhhhhhhh 

Ed coloca outra bala na boca de Liv...

—- Isso...agora vem para mim.

—- Eu vou...Liv chupa seu pênis, Ed estremece, a ardência da bala o faz pular...

—- Uhhhhhhhhhhhh. Assim.... Ummmmm

—- Calma, te quero dentro de mim! 

—- Uhhhhhhhhhhhhh

—- Vem, vou explodir....

Olívia senta sobre Ed e escorrega-o para dentro de si.

—- Ohhhhhhhhhhhhhhh

—- Ohhhhhhhhhhh uhhhhhhhhhhhh 

Ed segura seus quadris e comanda o ritmo...vem vem vem....

—- Ohhhhhhhhhhh Ed..Ed... Hummmmmmmmmmmmmm

—- Yahhhhhhhhhhhhhhhh vamos vamos ohhhhhhhhhhhhhhhhhh

Olívia cai sobre ele sem forças, estão unidos, tremendo e se arrepiando ainda.

Ed a abraça, beija sua boca, suas línguas se procuram numa dança erótica. Seus corpos estão quentes, acelerados...aos poucos se acalmam e ficam abraçados...adormecem profundamente.

—- Preparada para voltar amanhã? Perguntou Ed a Liv.

—-Sim e não! Sim porque estou pronta pra voltar, não porque meu coração estará em nossos filhos, Noah ficará em tempo integral na creche e, Serena mesmo sabendo que retirei leite pra ela mamar, ficarei muito tempo longe deles...vai ser difícil...

—- Vamos aproveitar nossa tarde de domingo!

—- Vamos...

Ed, Olívia, Noah e Serena vão para a pracinha a uma quadra do apartamento aproveitar o sol no inverno ainda ameno.

Noah aproveita bastante os brinquedos e brinca de futebol com o pai. Serena no carrinho, já espertinha olhando tudo ao seu redor...

—- Quer um café? Pergunta Ed.

—- Hummm quero sim!

—- Vou buscar. Ed vai comprar os cafés...

—- Ei, Liv...tudo bem?

—- Brian? O que faz por aqui?

—- Vim me despedir.

—- Despedir? 

—- Sim, vou pra Califórnia, pedi transferência há algum tempo e agora saiu.

—- Muito linda sua filha! Noah também está lindo, parabéns!

—- Obrigada, Brian! Que você seja muito feliz!!

E se abraçam em despedida...

Ed está voltando com os cafés e presencia o abraço ainda de longe...seu sangue ferve!!

Ed se aproxima quando Brian já foi embora...

—- Perdi alguma coisa?

—- Oi?

—- Perdi alguma coisa? Você é Cassidy se abraçando em plena praça!!

—- Ed, ele apareceu...

—- Quer saber...não precisa me contar, eu vi!

—- Ed??

—- Seu café... Ed dá as costas e vai embora pra casa.

—- Ed!! Ed!! Os olhos de Olívia marejam...

—- Vem meu amorzinho, vamos pra casa, vamos...

Olívia traz o carrinho e Noah pelas mãos. Chega em casa, coloca Serena no berço e vai dar banho em Noah. O deixa no quarto brincando e vai procurar o marido.

—- Ed, o que está havendo? Pode me explicar?

—- Eu? Te explicar? Quem me deve explicação é você!! Ed está arrumando algumas coisas na bolsa de viagem.

—- Ed, o Cassidy apareceu na praça e veio se despedir, disse que está indo pra Califórnia...

—- Cassidy veio se despedir? E você acha isso normal? Porque ele viria se despedir de você? Quer saber...não me interessa...

Ed sai do quarto com a bolsa pronta, passa no quarto da filha e dá um beijo e faz o mesmo em Noah.

—- Tchau amigão, papai precisa sair...

—- Tchau papai!

—- Ed...Ed...Olívia segura-o pelo braço...Ed se esquiva e sai pela porta.

Olívia fica sem chão, encosta na porta e senta no chão chorando, sem conseguir assimilar o que está acontecendo. 

Noah a chama.

—- Mamãe, mamãe, quero meu leite.

—- Já vou querido, já vou...

Olívia faz o leite de Noah aos prantos e leva pro menino no quarto.

—- Mamãe tá chorando? 

—- Não meu querido, foi um bichinho que entrou no meu olho. Já vai passar.

—- Te amo mamãe! 

Olívia o abraça.

—- Te amo meu filho, te amo muito!

 Ela vai ao quarto de Serena, troca sua fralda e senta na poltrona pra amamenta-la...Olívia chora.

Olívia resolve ligar pro marido, mas ele não atende o telefone.

A cama vazia, a cena de Ed saindo pela porta, Olívia não consegue parar de chorar, adormece pelo cansaço.

Lucy chega pra ficar com Serena, Olívia deixa Noah na creche e vai pra central.

Seu olhos inchados escondidos nos óculos de sol.

É recebida com flores e por todos.

—- Bem vinda de volta Tenente! 

—- Obrigada pessoal, muito obrigada! Vamos ao trabalho...Dodds me inteire dos assuntos por favor?

—- Claro...

Encaminham para o escritório de Liv.

Finn bate na porta.

—- Entre!

—- Tenente, temos um chamado, estuprador denunciado, está cercado com vítima como refém, a central pede reforços.

—- Vamos, agora!

Colocam os coletes, verificam as armas e saem Doods e Amanda, Finn e Olívia, Carisi fica na central.

Tucker chega a corregedoria, encontra Cassidy arrumando sua coisas...

—- Bom dia capitão, estou me despedindo.

—- Não precisa se dar a esse trabalho. Você já fez isso ontem, não?

—- Sim, ou melhor, não! Falei com Benson apenas. 

—- Eu sei! Eu vi! Pode ficar com ela se quiser!

—- Você está louco? Estou indo embora pra Califórnia, tenho alguém a minha espera. Você é um babaca, sempre vai ser! Não sabe dar valor a mulher que tem! Adeus Tucker!

Tucker reflete o que fez e se arrepende. Soca a mesa e resolve ir ao andar de Olívia.

Tucker vai direto a sua sala, que está vazia.

—- Ei, Carisi, onde está Benson?

—- Saiu, capitão, recebemos um chamado, só fiquei eu aqui.

—- Ela saiu em seu primeiro dia de volta depois de 3 meses em casa?

—- Sim capitão. 

—- Pra onde? Me dê o local, por favor!

—- Sim senhor...

Tucker volta em sua sala, pega sua arma na gaveta e sai.

Olívia coloca a arma nas costas e entra no apartamento cercado. O criminoso está com a vítima sob sua mira. 

—- Estou desarmada, quero negociar com você.

—- Não se aproxime mais, ou eu  a mato aqui mesmo.

—- Ok, ok, você está no controle.

—- O local está cercado, deixe-a ir.

—- Não. 

—- Você não sairá daqui, deixe-a ir.

—- Feche a porta, se entrar mais alguém e a mato.

—- Ok, ok. Já fechei...já fechei. Disse Liv falando calmamente.

Rollins e Dodds se posicionam no corredor...

Tucker chega ao local.

—- Finn, onde está Benson? 

—- Lá dentro capitão!

—- Como? 

—- Ela foi a única que conseguiu entrar, está negociando.

Claro, a única que conseguiu entrar!! Pensa Tucker, já nervoso...

—- Câmeras? Onde estão as câmeras? 

—- Dentro do furgão capitão, estão monitorando tudo.

—- Os snipers já tem permissão pra atirar?

—- Sim capitão, sinal verde.

Tucker entra no furgão para ver as imagens.

Olívia aparece, desarmada, com as mãos à vista em conversação com o Juan, o criminoso, que está fora da área de tiro.

—- Juan, preciso que confie em mim, ok?

—- Confiar em você? Está brincando comigo?

Olívia se aproxima mais... E verifica o perímetro cercado com os atiradores no telhado.

—- Não, não estou brincando...preciso que confie em mim pra sairmos daqui todos juntos.

—- Eu não acredito em você...Juan da dois passos à frente, mirando a arma em Olívia nesse momento e ficando na linha de tiro do atirador no telhado.

Tucker se desespera ao ver Olivia  sob a mira da arma e corre para dentro do prédio, encontrando Dodds e Amanda no corredor...

O atirador no telhado dispara a arma, acerta-o na cabeça, mas arma de Juan dispara e atinge Olívia .

A refém sai correndo gritando.

—- Socorro..socorro...ele atirou nela, ele atirou nela.

É amparada por Amanda...

Tucker invade o apartamento e vê Olívia caída, atingida por um projetil 9mm no ombro esquerdo, próximo ao peito.

—- Olívia, Olívia, não..não...por favor...Olívia! Grita Ed.

Dodds aciona o rádio.

—- Emergência emergência, tenente ferida, repito, tenente ferida.

Tucker a segura nos braços, desfalecida.

—- Por favor, fica comigo, fica comigo... Tucker pressiona o ferimento.

Paramédicos chegam.

—- Afaste-se senhor, afaste-se.

Tucker está atônito e é amparado por Dodds e Amanda.

Tucker desce atrás dos paramédicos levando Olívia e entrega as chaves do carro a Finn.

Na ambulância, Tucker vai ao lado de Olívia, segura suas mãos implorando seu perdão e chora. 

Estão todos no hospital à espera de notícias, Olívia entra em cirurgia, a bala perfurou e atravessou seu corpo, mas deixou fragmentos.

2 horas de cirurgia e nenhuma notícia de seu estado.

—- Capitão, posso lhe ajudar em alguma coisa? Pergunta Finn comovido com o desespero no rosto de Tucker.

—- Eu não consigo raciocinar, Finn...

—- Preciso pegar Noah na escola e avisar Lucy. Não sei se há leite suficiente para Serena...eu sai de casa ontem, Finn, deixei Liv sozinha...eu não podia ter feito isso... Me arrependi tarde demais...

—- Calma Capitão, não pense o pior, Olívia vai reagir.

—- Não vou me perdoar nunca...

—- Capitão, vou buscar seu filho e aviso Lucy...

—- Obrigado, Finn, obrigado. Leve meu carro.

—- Me dê notícias.

—- Ok, assim que for possível. Obrigado.

A médica cirurgiã sai da sala de cirurgia. Tucker levanta e corre ao seu encontro, está muito nervoso.

—- Dra. ?

—- Sr. Tucker, sua esposa reagiu, está fora de perigo. A bala não atingiu nenhum órgão ou vaso importante, retiramos os fragmentos que se alojaram no ombro. Ela está sedada, e não irá acordar nas próximas horas.

—- Posso ficar com ela?

—- Sim, ela só chama pelo Sr.

Tucker não contém as lágrimas.

—- Me acompanhe, por favor...

—- Dra. Ela está amamentando. Como devo proceder?

—- Eu percebi durante a cirurgia, quanto tempo tem o bebê?

—- 3 meses. Bom, ela ficará aqui por pelo menos 72 horas. Vamos consultar o pediatra de plantão.

A médica o conduz ao quarto onde Olívia está.

—- Sr. Tucker, o sedativo não deixará ela acordar tão cedo, mas ela pode delirar. 

—- Ok, ficarei ao seu lado. Obrigada Dra.

Tucker se emociona ao vê-la...está com soro na veia e oxigênio ainda. Rosto abatido e sereno. Ele pega suas mãos e beija sua testa.

—- perdão meu amor, mais uma vez...perdão!

Finn chega à escola de Noah se identifica e relata a diretora o que está acontecendo o menino é liberado e levado pra casa.

Lucy abre a porta para Finn.

—- Olá detetive, aconteceu alguma coisa?

—- Sim Lucy, melhor levar Noah pro quarto, eu aguardo aqui na sala. 

—- Ok. Vem Noah, vamos tomar seu suquinho e tirar seu cochilo... Noah obedece prontamente.

Tucker avisa Finn sobre Olívia....

—- Pronto sr. Finn, o que houve? Pergunta Lucy, apreensiva.

—- Lucy, Olívia foi atingida no ombro. 

—- Aí meu Deus!! Ela está bem?

—- Acabei de receber a notícia, já acabou a cirurgia e ela está no quarto, sedada.

—- Tucker precisa saber se o leite da menina é suficiente e pra quanto tempo?

—- Meu deus!! Serena!!!

—- Vou ver na geladeira...

—- Temos o suficiente para hoje e mais 2 dias.

—- Ok Lucy, Tucker irá entrar em contato, mas quer saber se pra você está tudo ok ficar aqui.

—- Sim sim, deixe-o tranquilo, cuido das crianças. 

—- Obrigado, Lucy. Vou voltar ao hospital. Pode separar uma muda de roupa para o Capitão? Ele está sujo de sangue e pelo que sei não irá sair daquele hospital. E para Olívia também, pra quando tiver alta.

—- Vou separar, já volto...

Ed não sai do lado de Olívia e não desgruda de sua mão. 

Olívia delira, chora...e o chama.

—- ...Ed...não....Ed....

—- Estou aqui...estou aqui. Ed sussurra em seus ouvidos...me perdoe! Estou aqui.

A enfermeira entra no quarto pra monitora-la e acrescentar medicação ao soro.

Finn bate na porta e entra no quarto.

—- Capitão, como ela está?

—- Sedada, ainda não acordou. 

—- Conversei com Lucy....Ed e Finn se afastam para um canto do quarto...

—- E Noah? O pegou na escola?

—- Sim, o deixei em casa, conversei com a diretora também. Lucy disse ter leite suficiente pra hoje e mais dois dias. E ficará com as crianças o tempo que precisar. Está aguardando seu contato.

—-Ok ligarei mais tarde. 

—- E trouxe isso pro Sr. e pra Olívia , pra quando ela tiver alta. 

—- Bem lembrado, obrigado Finn, muito obrigado.

—- Bom, vou dar a notícia a todos lá embaixo. Se precisar pode me ligar.

—- Ok, obrigado de novo.

—- Não é nada capitão, Benson é uma grande parceira e agora uma chefe incrível. Até...

—- Até...

Ed troca sua roupa, tira o terno todo ensanguentado...

Olívia está recostada na cama, abre os olhos.

—- Ed?

Ed corre para seu lado.

—- Oi minha querida, sou eu! 

Olívia chora...

—- Não chore, não chore. Estou aqui, estou aqui.

Olívia tenta se afastar da cama para abraçá-lo.

—- Ed!!

—- Não faça força, você saiu de uma cirurgia há pouco tempo. 

—- Perdão meu amor, perdão! 

—- Ed, ......preci....preci...samos con...ver...sar.... Sua voz perde a força e adormece novamente.

—- Sim meu amor, iremos conversar. Assim que você acordar. Ed beija seus lábios...te amo...te amo...te amo!

Ed liga pra Lucy, quer notícias das crianças....

—- Oi sr. Tucker, como está Olívia?

—- Ainda sob efeito de remédios, Lucy. Mas está se recuperando.

—- Como estão Noah e Serena?

—- Estão bem Sr. Tucker, Noah pergunta por vocês, mas está tudo bem. Serena sente falta da mãe, esta manhosa, mas mamando direitinho as mamadeiras.

—- Ok Lucy, qualquer coisa me liga. Ficarei aqui esta noite.

—- Sr. Tucker, amanhã eu levo Noah para escola ou o deixo em casa? 

—- Eu irei em casa e o levo pra escola pela manhã.

—- Ok, então. Boa noite sr. Tucker.

—- Boa noite, Lucy, obrigado.

Ed observa Liv. Que levemente começa a se mexer. Ele se aproxima e segura suas mãos. Liv acorda e percebe Ed ao seu lado. Sorri.

—- Você ficou aqui?

—- Sim e nunca mais, nunca mais sairei do seu lado. 

—- Ed, eu não fiz nada...eu

Ed a interrompe.

—- Shiiii...eu sei! Eu mais uma vez fui um tolo, um idiota, um egoísta! E gostaria muito que você me perdoasse! Seu olhos ficam úmidos e rolam lágrimas.

—- Eu fiquei sem chão! Foi a noite mais difícil, mais dolorida que já tive em toda minha vida. Eu te amo, eu te perdoo. Mas por favor, não duvide mais de mim! Isso dói demais!!

—- Liv, Ed senta ao seu lado e a aconchega nos braços.

—-...ai ai...

—- Desculpe, te machuquei? 

—- Não foi a posição. 

—- Melhor agora?

—- Sim.

—- Liv, eu vou trabalhar esse ciúme. Já percebi que se eu não o fizer vou te perder. Eu te amo!!

Olívia fecha os olhos e dorme recostada em seu peito.

Amanhece o dia, uma terça-feira fria e ensolarada.

Ed deixa Olívia aos cuidados da enfermeira e vai em casa...toma um banho pra revigorar as forças. Noah está pronto para ir à escola e Serena aos berros no colo de Lucy.

—- Me dê ela aqui, shi, shi shiii... papai chegou. Amigão, Lucy vai te levar pra escola, te pego mais tarde, ok?

—- Ok. Responde Noah.

—- Ok. Vem cá me dá um abraço. 

—- Papai, onde está a mamãe?

—- Mamãe está trabalhando, voltará para casa assim que puder, tá bem?

—- Tá. Tchau papai...

—- Lucy quando você voltar eu saio novamente pro hospital, vamos acalmar esta menininha, agora.

—- Ok. Já volto.

Ed senta no sofá com Serena ainda gritando e a acalma com masagem shantala.

—- Mamãe já vai voltar, vamos ter paciência!! Vamos mamar agora, minha flor?

Serena parou de chorar e pegou a mamadeira, dormiu tranquila no colo do pai.

Ed a embalou nos braços até Lucy chegar de volta. 

Olívia acorda e tem uma crise nervosa, pensa nos filhos e como Serena está se alimentado. Ed chega na hora que a médica entra no quarto.

—- Eu quero ir para casa, não posso ficar aqui, minha filha, minha filha...

—- Olívia, Serena está bem. Esta mamando o leite que você deixou. 

—- Eu não posso ficar aqui, não posso. 

—- Calma minha querida...

Olívia arranca o soro do braço e o oxigênio do nariz...

—- Sra Benson, se acalme ou terei que seda-lá novamente.

—- Não, não...por favor, não. Eu só quero ir pra casa..Ed, por favor??

—- Olívia! Calma!! Diss Ed Firme.

Liv se assusta com o tom de Ed. E cai em si...Ed a abraça...

—- Se acalme, eu acabei de chegar de casa, Serena mamou e dormiu no meu colo. 

Olívia chora, eu quero ir para casa, me leva pra casa. 

Ed consegue acalma-la e Liv recosta novamente na cama.

A médica recoloca o soro em seu braço. 

—- Dra. Tem um minuto?

—- Sim, vamos lá fora.

—- Liv, eu já volto descanse um pouco. Ok?

—- Ok!

—- Dra. Posso levá-la pra casa?

—- Sem chance, Sr Tucker. 

—- Amanhã, pelo menos, eu me responsabilizo por ela.

—- Não acho uma boa ideia. Disse a médica.

—- Dra. , minha filha está sentindo muito a falta dela. Acredito que se Olívia for pra casa, vai ficar mais tranquila e se recuperar mais rápido.

—- Vou conversar com a equipe, mas ela precisa se acalmar.

Ed retorna ao quarto... A enfermeira já estava monitorando Olívia a pedido da médica.

—- Liv, o que foi isso? Se eu soubesse não teria saído daqui.

—- Ed, as crianças precisam de mim. Eu quero ir pra casa.

—- Olívia, você não tem nem 24h que foi operada. Tenha calma. Você deixou leite suficiente em casa. Serena está bem, manhosa, mas está bem!

—- Manhosa?? Assim você corta meu coração! 

—- Não chore, não chore...

A médica entra no quarto.

—- Sra. Benson, está sentindo alguma coisa? Dores?

—- Não, estou bem. Só quero ir pra casa.

—- A Sra. está agitada, pode comprometer seu estado, vou lhe dar uma medicação pra relaxar. 

—- Não, não quero. Eu estou bem. 

—- Eu sei que está. 

Olívia percebe a enfermeira mexendo no soro e tenta arranca-lo... Ed segura suas mãos.

—- Não, não...por favor, não...

Olívia chora, olha pra Ed.

—- Calma, você vai descansar um pouquinho.

Ed a segura até que adormeça...

—- Sr. Tucker, me reuni com a equipe, sua esposa precisa se acalmar, ou não poderei deixar levá-la amanhã. 

—- Vou conversar com ela.

Ela dormirá um bom tempo agora, voltarei mais tarde para vê-la. 

—- Ok, Dra. E obrigado.

—- Eu ainda não a liberei!

—- Obrigado, mesmo assim!

Olívia acorda por volta das 11:30h, Ed está olhando a janela quando a escuta chamar...

—- Ed!!

—- Oi Liv, que bom que acordou! 

—- Estou com sede...

A enfermeira entra com seu almoço....

—- Sra. Benson, vamos almoçar! 

—- Estou com sede! 

—- Já lhe dou um pouco de água, vamos sentar!

—- Está mais calma?

—- Acho que sim!

—- Pode deixar, eu a ajudo, obrigado.

—- Sim sr. qualquer coisa  é só tocar a campainha.

—- Obrigado.

—- Liv, não se agite, por favor! Fique tranquila e não peça pra ir pra casa de novo.

—- Por que? 

—- Porque se você se comportar, poderei levar você pra casa amanhã! 

Olívia sorri...

—- Vamos, se alimente e fique calma, ok?

—- Ok!  Estava muito nervosa de manhã.

—- Eu sei, eu vi.

A Dra. vem ver Olívia.

—- Então Sra. Benson, mais calma?

—- Sim, estou. 

—- Muito bem, vou libera-lá amanhã, mediante assinatura dos termos responsabilidade do seu esposo.

—- Obrigada, Dra. 

—- Mas preciso que cumpra alguns procedimentos, ok?

—- Cumprirei todos!

—- Liv vou para casa, e venho te buscar amanhã, ok?

—- Ok! 

—- Por favor, comporte-se!

—- Eu prometo!! 

—- Então descanse, depois que você dormir eu vou.

—- Sim, capitão!!

—- Você está feliz! Até piadinha está fazendo!!

—- E não é pra estar? Vou ver meus filhos! Você está do meu lado! E sorriu.

—- Descanse querida, descanse!!

Ed pega Noah na escola e volta pra casa. Serena está dormindo, depois de muito custo.

—- Lucy, passarei esta noite aqui, ficarei com Serena no meu quarto pra você descansar.

—- Vem amigão, vamos tomar banho...

Ed dá banho em Noah, coloca seu pijama e vê um pouco de desenho com o filho.

—- Papai, quero a mamãe...pede Noah choramingando.

—- Mamãe virá pra casa amanhã, meu filho. Ed o pega no colo e o faz dormir.

—- Boa noite Lucy.

—- Boa noite, Sr. Tucker.

Serena acorda por duas vezes na madrugada, Ed consegue dar a mamadeira e acalma-la...

—- Mamãe vai chegar, minha flor...mamãe vai chegar.

Amanhece o dia, Ed deixa Noah na escola e vai pro hospital. Assina os termos de responsabilidade para retirar Olívia do hospital e recebe todas as instruções da médica.

—- Ok, Dra. Cuidarei dela, estou de licença no trabalho para ficar com ela.

Olívia está pronta, de banho tomado e sentada na cama com o braço esquerdo imobilizado na tipoia.