The Inevitable - Interativa escrita por Alyss Meryan


Capítulo 1
born| prólogo


Notas iniciais do capítulo

pequenininho, só introduçãozinha mesmo. Ficha no Tumblr da fic: selection-interativa.tumblr.com



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Apenas uma mãe pode saber.

Victoria não acreditava que pudesse amar algo com tanta intensidade quanto amava seus filhos. Como uma criança órfã, conheceu o amor familiar por muito pouco tempo, não o suficiente para lembrar dele presente na infância, e não imaginava que poderia ser daquela forma; incondicional, pleno, inabalável. O tipo de amor que a levaria se sacrificar sem pensar duas vezes se isso significasse, mesmo que remotamente, a sobrevivência dos filhos.

Alexander, Maximillian e Alexandra. Ela seria a pessoa que eles chamariam para ajudar a esconder um corpo. Eles seriam a pessoa por quem ela assumiria a culpa do assassinato. Sempre naquela cumplicidade imensa, sempre mais parceira que autoridade. Ela os amava e não tinha dúvidas da reciprocidade. Após tantas tentativas e decepções de concepção, ela finalmente tinha seus bebês, os trigêmeos. Lembrava-se de segurá-los, ainda na maternidade, um aninhado em cada braço, contra seus seios inchados. Prematuros, tão pequenininhos que logo, logo os tirariam de seus braços para colocá-los na encubadora. Mas, naqueles minutos com eles, tudo que fazia era observar, maravilhada, o milagre da vida. Eles haviam saído de dentro de si, e mesmo com todo seu conhecimento em anatomia humana, Victoria ainda de encontrava boquiaberta, estratosférica. Seus bebês respiravam e se remexiam, e deixavam pequenos choramingos escapar-lhes da garganta. Victoria sorria e chorava.

“Vossa Majestade…”, um dos médicos aproximou-se e ela demorou alguns segundos para perceber que ele se referia a ela, “Precsiamos levá-los”.

Ela assentiu, sentando-se mais ereta. Então beijou as testas de seus bebês. Ela lhes desejou vida, vida e saúde, porque não tinha certeza se conseguiria aguentar outra fatalidade. Hunterish pegou um dos bebês no colo e segurou-o como se fosse o bem mais precioso do universo. Trazendo-o perto do peito, ele parecia saber exatamente como segurá-lo, exatamente onde apoiar a cabecinha, exatamente como embalá-lo. Ele não sorria, no entanto; sua expressão era de maravilha, espanto, cautela. Seus olhos castanhos sorriam, apesar de sua boca não o fazer, e ele parecia brilhar.

“Max e Alex”, ele sussurrou, mal um suspiro. E então entregou o bebê para um dos enfermeiros, “E Alex novamente”. Então pegou a menininha.

Quando a equipe deixou o quarto, ele se voltou para ela, o ar preso na garganta, tamanha era a emoção. Victoria sorria. Ele se ajoelhou ao lado do leito da esposa e tomou uma das palmas macias dela entre as suas e a beijou.

“Eu te adoro”, ele disse. Ela soluçou, limpando uma lágrima que escorria pela bochecha do tão amado marido, “Obrigado”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Próximo capítulo não será tão nostálgico, prometo, auishaisuhaishusj. Trigêmeos Schreave vão arrebentar, YAY!
Até mais!