O Gatilho desenfreado contra Noxus escrita por Pégasus


Capítulo 14
A Sombra da Lâmina


Notas iniciais do capítulo

"Os três guerreiros mais mortais em toda Valoran são vinculados à casa de Du Couteau: meu pai, eu, e Talon. Desafie-nos, se tiver coragem."
— Katarina Du Couteau



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Talon tinha apenas cinco anos quando seus treinadores decidiram colocá-lo nas ruas de Noxus por um mês para que ele pudesse desenvolver a arte de sobreviver sozinho. Talon apesar de sozinho sabia que estava sendo vigiado por seus mestres o tempo todo. Aquele fora o mês mais longo de sua vida, ele dormiu na rua várias noites e algumas delas para fugir do frio acabava se enfiando nos bueiros de Noxus, a fome gritava e ele passou a roubar comida todos os dias, melhorando ainda mais suas habilidades de agilidade, porém aqueles dias o fariam acordar no meio da noite no castelo gritando muitas vezes.

O frio nos bueiros de Noxus era semelhante a mil lâminas que cortavam a roupa de malha fina de Talon, ele sentia falta do calor da mãe, dos irmãos e de casa, mas para seu pai este treinamento o tornaria mais ágil. Em um mês Talon viu pessoas sendo mortas por motivos banais, e finalmente soube a importância de saber se defender. Ao fim daquele mês difícil, Talon havia sobrevivido e seu treinamento continuou no castelo com seus mestres que o ensinaram a arte da luta. Aos 12 anos Talon já tinha conhecimento suficiente para ser independente de professores, atuando como assassino para a população sendo que seu pai ainda o considerava muito novo para ser o assassino oficial do rei. Talon realizava diversos assassinatos pelas casas de Noxus até que um dia, encontrou um assassino de sua mesma idade que lhe trazia uma mensagem:

— Nosso mestre quer sua força em nosso clã, você tem duas opções, entrar por vontade própria ou morrer. — Disse ele retirando as lâminas. Talon sem se sentir intimidado partiu para a luta o vencendo facilmente, semanas mais tarde um grupo de assassinos encurralaram Talon, o discurso era o mesmo:

— Entre para o nosso clã ou morra.

A resposta de Talon foi à mesma, porém dessa vez o número de mortos foi muito maior. Até que um homem de meia idade finalmente encontrou Talon.

— Talon? — Disse a voz enquanto Talon caminhava pelas ruas sombrias de Noxus.

Talon se virou.

— Não entrarei em clã algum, se é o que quer.

— Nem mesmo se eu te vencer em uma batalha justa?

Talon riu.

— Terá o mesmo destino dos outros que vieram atrás de mim.

— Digamos que eu sou diferente.

— Aposto que me fará perder tempo igual aos outros.

— Eu poderia ter te matado cem vezes enquanto você caminhava de costas para mim, um assassino tão habilidoso como você não deve ser tão descuidado, certo?!

Talon se sentiu inseguro por ter deixado algo tão banal passar despercebido. Ele se virou.

— Sou o General da casa Du Couteau, lugar onde seu pai foi treinado por meu falecido mestre. — E fez uma reverência. Isso mudava tudo, Tryndamere às vezes comentava sobre a casa Du Couteau na qual fora treinado por um tempo, aparentemente era um lugar que recebia boas críticas. 

— Muito bem Du Couteau, vamos duelar.

— Com uma condição, se eu vencer você entra para o meu clã, se eu perder terá a minha vida.

— Feito.

Em menos de dez minutos Talon estava vencido. E acabava de se tornar um membro do clã de Du Couteau.

As missões de Du Couteau eram árduas, porém seu treinamento era majestoso. Quando Du Couteau viu Katarina lutar ele logo pediu que ela entrasse no clã, Katarina foi sem resistência e aprendeu tudo sobre a arte de ser uma assassina com ele, sendo que ela não recebeu as mesmas oportunidades que o irmão quando era mais nova de aprender a lutar. Os dois se tornaram grandes assassinos.

Anos mais tarde Talon chega à casa de Du Couteau as seis da manhã para um treino matinal que eles sempre faziam, porém ao bater a porta ninguém atende, achando estranho Talon acaba entrando por uma das janelas e um cheiro de carne pútrida vem a suas narinas, ele procura a origem do cheiro chegando até a cozinha que fica aos fundos e encontra o corpo de seu mestre no chão imóvel e com uma flecha ao peito. Depois de tanto tempo passados juntos Talon devia muito respeito ao seu mestre, o único que o vencera, logo um sentimento de ódio invadiu seu peito, ele se ajoelhou ao lado do corpo e pôs a cabeça em seu peito, as lágrimas escorrendo de seus olhos, lavando o corpo de seu mestre. Esse momento acabou sendo interrompido pelo grito de uma ave azul que o observava da janela, Talon olhou a ave por um instante, o que ela fazia ali? Então a ave simplesmente levantou voou.

Mais tarde Katarina apareceu na casa também, e antes que ela vesse o corpo Talon a avisou.

— Du Couteau esta morto. Foi assassinado.

Katarina não podia acreditar.

— Onde está seu corpo?

— Na cozinha.

Os dois observaram o corpo calados, Katarina tão imóvel quanto o cadáver em sua frente.

— O que faremos? — Perguntou ela ao irmão.

— Eu não sei você, mas eu irei achar quem fez isso e vingar nosso mestre.

 


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