Playing With Blood - Hiatus escrita por Vênus


Capítulo 9
Híbrido


Notas iniciais do capítulo

Hellooooooooooo!
Se ainda estiver alguém lendo só peço que me perdoem!
Minha vida estava uma bagunça e além de tudo isso, a criatividade não estava batendo na minha porta. Eu amo demais escrever essa fanfic, e eu estou há anos tentando continuar, e com muito custo devagar está saindo.
Boa leitura!



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Ele observava pela janela do seu quarto as montanhas cobertas pela fina camada de neve, que conforme o sol saia, a derretia por completo. Observando aquele fenômeno, ele não conseguiu não pensar em Moka, e em tudo que havia acontecido há alguns dias. Ele evitava, estava tentado ao máximo não pensar nela, não do jeito que seu coração insistia em pensar, mas, ao mesmo tempo, ele sabia que seria inevitável e hoje esse assunto seria mais do que comentado, pois assim como ele, Moka havia tirado a vida de outra pessoa que era importante para alguém ali, e em especial para uma certa Hyuuga, o que tornaria mais complicado ainda.

— Está precisando de ajuda com a roupa? – Hinata perguntou, depois de entrar no quarto sem ao menos bater.

— Eu sei me vestir sozinho, obrigado. – ele se virou para encara – lá.

— Que humor de merda hein. Eu sei que você quer matar aquela desgraçada tanto quanto eu, mas não precisa agir dessa forma comigo, Naruto. – ela chegou mais perto, e pousou sua mão direito no rosto do homem.

— Hinata, eu não sei se...

— Olhe para mim. – e pela primeira vez em anos ele fez o que ela pediu. – Eu sei que você deve estar confuso sobre tudo isso, e eu também estou. Você se faz de durão, mas no fundo sabe que não pode acabar com um vampiro que tem habilidades como as dela e que provavelmente deve pensar que sozinho não é capaz e é por isso que eu estou aqui.

— Hinata, você não entende, não é questão de habilidade... – ele virou o rosto, fugindo de seu toque. – Agora que você cresceu...

— Agora que eu cresci eu tenho força o suficiente para acabar com ela com as minhas próprias mãos, e se você não nasceu com isso, eu farei por nós e por mais qualquer um que ela tenha feito sofrer. – o olhar de ambos estavam sincronizados e ele viu a cor de seus olhos irem do azul quase branco, para o amarelo penetrante por breves segundos.

— Você era pequena, e não sabia da sua condição, não tinha como salva-la.

Ela sorriu, mas não era um sorriso de felicidade, mas sim um sorriso triste, incapaz de demonstrar ou não saber como dizer como as palavras que ouvira a deixava mais triste do que normalmente se sentia.

— Sempre tem como fazer alguma coisa, Naruto. Eu tinha como fazer alguma coisa e eu presenciei tudo sem ao menos me mexer.

— Você ficou paralisada, e eu tive a mesma reação.

— Sabe por quê eu nunca o perdoei, Naruto? – ele ficou quieto, esperando a resposta que ele já sabia. – Se ele não tivesse nos abandonado e se eu soubesse toda a verdade antes de tudo aquilo a Hanabi estaria viva.

— Seu pai foi um grande homem Hinata, e eu tenho certeza que ele se sentiu tão culpado quanto você.

— Não me venha com idiotices, Naruto. Tudo o que ele fez foi me treinar incansavelmente durante todos esses anos. Dias e noites de estudos e treinos pesados; ele me disse coisas que nenhum pai diria a uma filha.

— Eu sei o quanto ele foi exigente durante o seu treinamento, e não pense que eu concordo com esse tipo de coisa, mas ele foi treinado da mesma maneira e ele queria que você fosse melhor do que ele e que você comandasse o Norte.

— Foda-se o que ele queria, eu não ligo pra nada disso.

Eles ficaram em silêncio. O Uzumaki sabia que qualquer coisa que ele dissesse para ela em relação ao pai não adiantaria. Se ele dissesse que foi culpa da carga genética, ela iria rir da cara dele.

— Vamos logo, não quero ninguém enchendo o meu saco depois. – ele passou por ela e abriu a porta, fechando – a logo depois que a morena passou.

Andaram lado a lado sem dizer uma única palavra. Ambos estavam perdidos em pensamentos em uma única pessoa e Naruto estava cada vez mais dividido. Ele sabia o quanto ia ser complicado ter aquela conversa na frente de tantas pessoas.

Quando eles chegaram atraíram a atenção de todos os presentes que estavam sentados junto a enorme mesa retangular de madeira. Hinata conhecia todos os presentes e o loiro só conhecia a metade. Os rostos brevemente familiar e os desconhecidos lhe olhavam com curiosidade junto a dois rostos de seus companheiros, que lhe olhavam com certa malícia, pelo fato do Uzumaki aparecer junto a Hyuuga e outro que não parecia muito feliz com o acontecimento. Neji Hyuuga o olhou com o desprezo casual, mas havia algo no olhar que para o Uzumaki, lhe parecia mais mortal.

Hinata sentou – se de frente para o loiro, ao lado de Alex, que estava a direita de seu primo, Neji.

— Bem, pra quem não conhece esse é Naruto Uzumaki, sub chefe do QG do Sul.

Todos olharam pra o loiro, que apenas acenou com a cabeça.

—  O motivo dessa reunião é bem óbvia, por isso, deixo com você, Uzumaki.

— Todos sabem o quanto as coisas se complicaram nos últimos anos e como os vampiros estão se multiplicando a cada dia mais. A única notícia boa até agora é a diminuição dos ghouls, o que é extremamente estranho, pois há alguns dias, estávamos tendo uma epidemia desses desgraçados pela cidade. Então estamos tentando investigar diretamente, e nós temos um suspeito. – Ele deu uma pausa e continuou: - O nome dele é Kim Smith – entregou alguns papéis com a foto de Kim -, e de acordo com as informações ele é um V.A.R. Claro, isso está sendo um pouco difícil de confirmar, mas devido à grande quantidade de seguranças que o acompanha, acreditamos que ele não seja um vampiros pé de chinelo e temos fortes suspeitas que Smith não é o cabeça por trás disso tudo já que ele está sendo burro o suficiente de não tomar cuidado; nem ele e nem os seus capangas.

Todos ficaram em silêncio por alguns instantes para analisar as informações que haviam sido entregue.

— Por isso eu irei mandar alguns de vocês para o Sul. – A declaração do Hyuuga não pareceu agradar a todos os presentes na sala. – Sem murmurinho, sejam profissionais! – bateu com a palma da mão na mesa, fazendo com que todos se calassem.

— Deixe – me ir, Neji. Eu já vi o Kim antes, creio que serei de grande ajuda. – uma mulher de longos cabelos castanhos e olhos verde – água falou, chamando a atenção de todos na sala.

— Então ele foi o vampiro que você quase matou antes de vim para o Norte, Helena?

— Sim, mesmo com a transformação, eu nunca irei esquecer esse rosto. O cabelo está um pouco maior do que era, mas sim, eu tenho certeza que é ele.

— Ótimo, iremos mesmo precisar de mais híbridos. – Kiba sorriu para a moça.

— Me põe na lista também. – Hinata, que estava apoiada com seus braços na mesa resolveu se pronunciar.

— Você sabe que não vai a lugar nenhum. – Neji disse encarando – a. 

— Sabe que não está em condições de dizer ou não o que eu faço, então sim, eu vou.

— Você quer ir por outro motivo e não é nisso que estamos focados agora.

— Eu não quero saber no que estamos ou não focados! Eu posso fazer os dois, ou você acha que eu não tenho capacidade suficiente?  - os Hyuuga se desafiavam com o olhar e todos na sala pareciam ter medo até de respirar. Alex, que estava sentada bem no meio daquela confusão, se afundou na cadeira, pedindo aos deuses para que nenhum dos dois se transformasse.

— Tudo bem, quem é o próximo?  - Neji disse, vencido.

— Eu vou. – Shino, um cara misterioso e que usava um óculos escuros, se ofereceu. – Acho que posso ajudar com as armas e umas coisinhas a mais.

Mais dois caçadores falaram seu nome Anna e Marcus, que não eram híbridos, mas juntos faziam uma ótima dupla de cobertura.

— Ótimo!  Próximo assunto! – Hinata falou.

— Que assunto? Só temos isso para discutir por hoje. – Ele bateu na mesa com uns papéis querendo alinha- los.

— Shikamaru, não é mesmo? – perguntou, ignorando completamente seu primo. – Eu li o relatório, e parece que você foi uma das pessoas que estavam lá no dia em que a vampira de cabelo branco apareceu. Quero ouvir toda a história da sua boca.

Shikamaru a encarou e deu uma breve olhada na direção do loiro.

— O que você quer saber?

— Eu quero saber tudo. Começando pelas habilidades que ela possui.

Todos prestaram atenção na conversa.

— Como eu disse no meu relatório, ela era tão rápida quanto uma bala, era difícil acompanhar seu movimentos que na sua maioria das vezes não passava de um borrão. Quando eu a acertei, foi por pura sorte pois ela estava distraída enquanto lutava com mais alguns vampiros que foram facilmente derrotados por ela, que tinha uma grande habilidade com artes marciais.

— Você conseguiu ver o rosto dela? Poderia descreve – lo?

— Bem, eu vi bem pouco, mas ela tinha o rosto e nariz igualmente finos, ela era jovem e aparentava ter uns 25 anos. Seus olhos era vermelhos, mas não a deixava assustadora, seu cabelo era enorme e era de um branco quase metálico. Sua pele era bem clara também.

— Você a viu outro dia além desse?

— Não.  – respondeu sem evitar.  Na verdade, por mais que ele saiba que era importante para ela, o modo como ela estava perguntando, estava o incomodando.

— Tem certeza?

— Acho que eu lembraria se tivesse a encontrado novamente.

— Eu li que ela o salvou no último instante, é verdade?

— Sim, mas infelizmente o meu parceiro não teve a mesma sorte. Dois vampiros veio em nossa direção muito rápido depois que atiramos contra eles e ela conseguiu pegar o que veio pra cima de mim primeiro, mas Gaara foi pego pelo outro.

— Então você acha que foi “salvo” por aquele monstro. – ela não perguntou. Ela afirmou depois de fazer aspas com os dedos.

Naruto apenas escutava a conversa e engolia em seco toda vez que falavam de Moka. A sua vontade era de sair daquela sala e respirar um ar puro pois todo aquele papo estava o deixando enjoado e sufocado.

— Não acho que fui salvo, eu não estou a defendendo, se é isso que você está supondo, eu só acho que ela podia ter deixado aqueles desgraçados acabar com nós dois e ela os impediu. Sei lá, talvez só queria provar que era rápida o suficiente para parar os dois ao mesmo tempo mas acabou falhando. – deu de ombros.

— Talvez... – ela olhou para o loiro que parecia inquieto. – E você, Naruto? O que acha de tudo isso?

— Eu confio nas palavras do meu amigo. Se ele diz que foi isso que realmente aconteceu então foi isso.  – deu de ombros. – Agora, se me dão licença, eu preciso pegar um ar.

Saiu da sala sem ao menos esperar a resposta.

— Bem, acho que é isso, obrigada, Shikamaru. – a Hyuuga saiu pela porta tentando achar o cheiro recente do loiro pelos corredores pouco iluminados do QG.

— Reunião encerrada. – Neji se levantou e seguiu para o seu escritório.

[...]

— Eu me lembro da época em que você era mais durão. – ela disse com um sorriso no rosto, apoiando – se no batente ao seu lado.

— Eu continuo o mesmo de sempre. – sorriu sem humor.

— Me fala, isso tudo está te afetando, não é?  Aposto que a sua reação foi bem pior do que a minha quando soube que há uma grande possibilidade de finalmente a pegar.

— É, eu fiquei bem ansioso, mas depois... – ele balançou a cabeça interrompendo a frase.

— Mas depois...? – arqueou uma sobrancelha.

— Esquece.

— As coisas nunca foram fáceis pra nós, não é?  Digo, nunca vamos ter uma vida normal.

— O mundo não é normal, Hinata e a partir do momento em que entramos nessa vida será impossível de esquecer.

— Você pode tentar. Você não nasceu com eu.

— Não nasci, mas o destino tirou coisas demais de mim para poder voltar atrás.

— Sabe qual é a única coisa boa no meio disso tudo?

— O que?

— Eu ter te conhecido.

Ele a encarou e deu um breve suspiro.

— Eu sei que você não ficou com ninguém depois da Sakura, mas agora é a minha chance. Você nunca quis ficar comigo por causa dela e eu respeitei isso.

— Respeitou? – arqueou a sobrancelha esquerda e soltou um som nasal.

— Ah, para. Eu respeitei sim.

— Hinata, invadir a minha casa durante a noite e deitar completamente nua na minha cama não é respeitar.

— Deixa de ser chato! Eu estava bêbada e completamente frustrada.

— Ah, claro...

— Mas eu estou falando sério. – ficou de frente para ele e segurou em sua nuca, forçando-o a olhar para baixo, fazendo com que ele olhasse em seus olhos.

— Hinata... – desviou o olhar.

— Eu não estou brincando, Naruto. Me escute, pelo menos uma vez.

Ele suspirou e olhou em seus olhos, vencido.

— Depois que tudo isso passar nós podemos nos mudar. Podemos fugir disso tudo. Eu vou cuidar de você, prometo. Você só precisa me dar uma chance. – Ela estava tão perto que ele podia sentir o ar quente de sua respiração.

Ela chegou mais perto quebrando a distância que existia entre eles e de começo ele não correspondeu, pois o ato o deixou em dúvida sobre o que fazer.

Devagar, e pela insistência da morena em morder o seu lábio inferior ele relaxou e a beijou normalmente, quebrando também a distância entre seus corpos.

[...]

— Se me permite opinar, acho melhor você esquecê-lo de vez.  

Moka olhou para trás, vendo Tsukune com seu terno alinhado.

— Estamos longe o suficiente para não poder ouvir, mas uma imagem diz mais do que mil palavras, não é mesmo? – continuou.

— Talvez. – olhou para frente, e continuou assistindo a cena entre Naruto e Hinata.

— Você viu os olhos dela? – perguntou, após os dois se separarem e a morena olhar para o lado.

Moka se concentrou mais um pouco, esperando o momento em que pudesse olhar os olhos de Hinata e se assustou quando os viu e não pode deixar de arregalar levemente os olhos e depois cerrando-os, juntou suas sobrancelhas.

— Eu pensei... Pensei que eram um mito... Não é possível. Deve ser só uma coincidência

— Aquela cor... Talvez ela seja apenas uma descendente que não possa se transformar.

— Você sabe o quanto eles podem ser perigosos. Ele corre perigo.

Atreveu-se a dar uma passo para frente, e sentiu seu braço sendo segurado.

— Se você fizer isso será um desastre, acalme-se, por favor.

Moka continuou olhando na direção em que o Uzumaki estava.

— Precisamos voltar. – soltou seu braço e parou ao seu lado, só por precaução.

Moka suspirou e passou a mão em seu cabelo.

— Eu quero ficar até ele ir embora. Não confio nela. – pronunciou a última palavra com desdém.

— Você está com ciúmes. – atreveu-se a rir.

A Akashiya nada disse, pois sabia que ele estava certo e sentiu seu estômago revirar quando lembrou do beijo que vira agora a pouco.

— Não vai acontecer nada com ele, não se preocupe. – Tentou mais uma vez. – E você precisa se alimentar, já faz alguns dias...

— Está bem! Não me venha com isso de novo. – virou as costas e partiu em direção ao automóvel.

Tsukune apenas sorriu, finalmente ela havia o escutado.


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Notas finais do capítulo

Eu queria que vcs me dissessem o que estão achando. Sério. Às vezes me sinto insegura de estar fazendo alguma besteira, ainda mais na parte do romance. Eu quero botar mais ação, mas se isso acontecer muito depressa a fic vai ter que ser adiantada em muita coisa.
Pra quem chegou até aqui, muito obrigada!