Playing With Blood - Hiatus escrita por Vênus


Capítulo 4
Notícia.




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Relatórios e mais relatórios estavam sobre sua mesa. Ele não aguentava mais aquela situação. Se pudesse, estaria do lado de fora, nas ruas, caçando algum ghoul por aí, só por diversão. Só de pensar na adrenalina seu coração acelerava.

Levantou-se da cadeira e saiu pela porta de sua sala. Ino o olhou confusa. Não entendeu o porquê dele estar do lado de fora quando estava cheio de papeis sobre a mesa, e além de tudo, sempre que ele queria alguma coisa acionava o telefone de sua mesa.

— O senhor precisa de alguma coisa? – O “senhor” da palavra dela sempre soara estranho. Eles eram amigos há tanto tempo e mesmo assim, formalidades eram formalidades. Fora do trabalho eles conversavam sobre coisas que até Deus duvidaria.

— Não, eu só... Preciso tomar um ar – sorriu.

Ela apenas acenou com a cabeça e continuou a digitar no computador.

O loiro foi em direção ao corredor, ele precisava de um motivo idiota para sair da sua sala – que naquele momento o deixava claustrofóbico – então resolveu pegar um copo d’água.

Voltando para sua cessão de ler a assinar papeis, Ino o avisou que a Akashiya estava o aguardando em sua sala e ele apenas assentiu. Não havia problema algum, ele já deixara bem claro que, quando a rosada chegasse, poderia liberar sua sala para que ela se sentisse mais à vontade.

Quando ele entrou na sala, viu sua postura perfeitamente ereta. Moka era a elegância em pessoa. Embora o rosto ingênuo, seus passos eram firmes e ela sabia ser rígida quando precisava. Ele mesmo já havia presenciado ela dando uma bronca num funcionário que errara, e ela não suportava erros, ainda mais se fossem dentro de sua empresa. O loiro sentiu um leve frio na espinha quando ela respondeu de modo frio e arrogante que ele estava demitido. 

— Pensei que você fosse viajar. – Naruto sentou-se de frente para ela em uma das poltronas extras que havia na sala.

— Viagem cancelada. Infelizmente um dos investidores acabou de perder a filha e eu não pude viajar. Ligarei para ele mais tarde desejando meus pêsames.

— Oh, que... coisa mais chata. Imagino a dor que ele deve estar sentindo. Você quer beber alguma coisa? – mudou de assunto.

— Eu acho que estou bem – sorriu. – Parece que tem muito trabalho pra fazer – se referiu a mesa cheia de papeis.

— Ah, são ossos do oficio. Isso que dar você ficar quase uma semana sem aparecer no escritório.

Ela riu. E o olhou vacilante. Como se quisesse perguntar algo.

— Está tudo bem com você? – ele perguntou.

— Sim, eu só... – ela hesitou.

Ele se inclinou um pouco em sua direção e ponderou por alguns instantes se deveria ou não pegar em sua mão. Ele o fez.

Moka o olhou assustada. Seus olhos haviam se arregalado por poucos segundos. O contato físico entre eles era uma coisa extremamente rara. Ela sempre evitou ao máximo e poderia ser contada nos dedos quantas vezes tinha acontecido durante todo o tempo que eles estavam juntos mas, quando acontecia, uma eletricidade boa percorria por todo o seu corpo e era isso que ela temia.

— Você quer me perguntar alguma coisa? – ainda segurando em sua mão ele perguntou.

Ele a encarava de tal maneira que a rosada sentiu seu rosto enrubescer – o que a deixava frágil –, e tentando fugir da situação constrangedora perguntou:

— Quer jantar lá em casa? – se arrependeu logo em seguida. Não era isso que ela queria perguntar. Isso fora um ato incomum de sua parte.

Naruto se surpreendeu com a proposta. Na verdade ele não poderia aceitar. Nesta noite ele teria que ir ao Q.G. mas uma proposta dessas era quase irrecusável. Não sabia se um dia receberia outra proposta como essa na vida.

— Ah, eu... – pensou antes de responder. Se fosse aceitar, precisaria ligar para Jiraiya avisando que não compareceria hoje.

— Não pode ir certo? – ela puxou a mão e olhou para o lado com vergonha e de certo modo com um pouco de raiva.

“Mas, por que a raiva?” – Moka se perguntou.

Para ela, seria perfeito se ele recusasse. Ela poderia ter um baita problema se ele aceitasse.

Naruto sentiu o celular em seu bolso vibrar. Olhou para Moka e atendeu o telefone.

— Naruto?

Jiraiya foi logo falando de cara.

— Foi bom você ligar, eu queria mesmo...

— Preciso de você aqui agora. – Sua voz saiu como um aço.

— Não posso, estou ocupado.

— Gaara estava em missão e foi atacado.

Houve silencio. Naruto temia o que poderia vir a seguir e ficou com medo de perguntar. O loiro correu o olho pela sala e viu Moka entediada.

— Como ele está? – o que ele realmente queria perguntar era se ele havia sido mordido ou pior, ele queria saber dos detalhes mas devido a sua visita, decidiu fazer perguntas menos específicas.

— Saia logo desse escritório e venha para cá agora, é uma ordem! – Jiraiya berrou ao telefone.

— O.k., estou indo – desligou o telefone.

— Moka, depois conversamos. Eu ou precisar sair.

— Algum problema?

— Mais ou menos – abriu a porta para ambos sair. – Depois conversamos, me desculpe por estar te expulsando desse jeito.

— Não, sem problemas – sorriu mínimo.

***

Naruto nem trocou de roupa, seguiu do jeito que estava para o Q.G. Ele estava preocupado. Havia se passado um pouco mais uma semana desde a última missão junto com o ruivo e eles estavam mais próximos. Naruto estava gostando da sensação. Era como se tivesse arrumado um irmão mais novo. Gaara era mais parecido com ele do que ele imaginava só que uma versão um pouco mais séria. Não parecia, mas o loiro sabia rir quando realmente era hora, já o ruivo, ficava mais na dele, sempre calado.

— Onde ele está? – chegou perguntando.

— Está lá atrás – disse um cara que aparentava ser um pouco mais velho que o loiro e que mais parecia ter saído de alguma revista dos anos 1950. Seu cabelo era partido de lado e ele usava um terno antiquado. Seu nome era Carter.

Naruto agradeceu e seguiu direto para o lugar informado. Abrindo a porta, o loiro deu de cara com um enorme corredor que mais parecia com os corredores de hospital. Ele andou em paços firmes até chegar em frente a porta que supostamente o ruivo estava.

Gaara estava com diversos aparelhos ligados ao seu corpo. O “bip” da máquina indicava que seu coração estava batendo. Por todo o corpo podia se ver grandes hematomas e na altura de sua testa haviam gazes que parecia ter sido trocada recentemente.

— O que exatamente aconteceu com ele? – perguntou sério.

— Sente-se. Precisamos conversar.


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