Na estrada de terra, eram 23:00 em ponto. O acampamento estava deserto. Exceto por eles.
Num banho de luz dourada, cinco figuras apareceram ali, de súbito. Um longo silêncio se abateu sobre elas.
—Então, é aqui?- a voz do Batman foi ouvida, rouca, na escuridão.
Outra voz se sobressaiu, irônica, com uma luz verde aparecendo naquele breu. Era Constantine.
—Chegamos. Não se animem muito crianças, pois a morte nos aguarda.
Bruce pôde ver Destino balançar a cabeça, em desaprovação, enquanto ouviu Zatanna engolir em seco. Logo, perceberam que só o fogo verde que John conjurou não seria suficiente, então os magos também acenderam luzes em suas mãos. A de Destino era amarelo-ouro, a de Ravena, roxa, e a de Zatanna, azul claro. Para contribuir, Bruce pegou um sinalizador vermelho.
Eles iluminaram a placa da entrada do acampamento, que dizia:
Emerald Camp
E, em um líquido que parecia sangue:
SAIA SE TIVER AMOR À VIDA
Eles seguiram até a beira do lago, que estava calmo, sem vento algum. Havia um rastro de morte por ali. Sangue seco nas paredes dos chalés. Corpos pendurados em árvores e janelas das casas. Algumas caveiras e ossos faziam uma trilha até uma cabana menor, e atrás dela, havia uma lápide. O grupo foi até lá, cuidadosamente, com uma sensação bem desagradável de que não deveriam estar ali...
Parando na lápide, eles encararam a inscrição, ou pelo menos, o que sobrou dela.
—Aqui faremos o feitiço- disse Zatanna.
—Sobre a cova dele?
—Sim... tem que ser aqui.
Na lápide, quebrada em alguns pontos, se lia:
Vá embora ou você o acordará.
Aqui jaz J--so- Vo-r---s
Bruce olhou para Destino, que de trás de sua capa, tirou o cubo amaldiçoado.
—Doutor, tem certeza de que devemos fazê-lo aqui?
—Sim- ele reiterou, pondo o cubo no chão, e com a magia dourada fazendo-o levitar. - A aura de morte é mais forte nesse ponto. Agora você deve se deitar sobre a cova.
Batman obedeceu, deitando-se na grama.
—E agora?
—Relaxe. Mas isso pode te incomodar um pouco.
Zatanna, Ravena e Constantine formaram um triângulo ao redor de Batman. Destino virou-se para eles e ditou:
—Façam.
Os entalhes do cubo começaram a girar, lentamente. Então, em uma só voz, os magos começaram a conjurar o seguinte feitiço:
—Ο άνθρωπος κοιμάται. Το τέρας φτάνει. Στα όνειρα είναι. Ένα πεθαίνει. Ζει κανείς. Σήμερα θα δούμε ποιος θα κερδίσει.
As pálpebras de Bruce começavam a pesar. Seu corpo amolecia. Sentia... sono.
Eles continuaram:
—Αυτός είναι ο πολεμιστής ... Batman.
Agora, Batman estava ali apenas em espírito. Ele não se mexia. Não reagia. Estava totalmente alheio ao que acontecia ao seu redor, mas ainda estava consciente.
—Το τέρας είναι... Freddy Κrueger.
Linhas começaram a se formar, fechando o triângulo e emitindo uma luz vermelha. As vozes dos magos eram agora apenas audíveis porque tudo estava em silêncio.
—Ένας εξ αυτών θα πεθάνουν. Ένας εξ αυτών θα ζήσει. Ότι η τύχη να αποφασίσει ποιο είναι ποιο.
Uma entidade fantasmagórica, da cor da luz, saía do corpo inerte e flutuante do Detetive das Sombras. Logo, todos perceberam que aquela era a manifestação da alma dele.
O silêncio era palpável. A tensão, também. Haviam falhado no feitiço?
À leve luz da lua e ao brilho da energia, eles continuaram imóveis.
Foi quando começou.
"Um, dois, o Freddy vem te pegar..."
Destino apurou seus ouvidos. A música estava tocando apenas em suas cabeças, um aviso do que iria acontecer.
"Três, quatro, tranque sua porta..."
De dentro da área delimitada pelas linhas,  correntes fantasmagóricas começaram a brotar do chão. Vermelhas como sangue. Incandescentes como brasa.
"Cinco, seis, agarre sua cruz..."
Zatanna mostrava-se, pela expressão, temerosa. Ravena, interessada. E Constantine não expressava nada, o rosto sério como se estivessem num funeral. Mas mantiveram-se focados no feitiço.
"Sete, oito, fique acordado..."
As correntes começaram a envolver a projeção do Homem-Morcego. Lentamente, foram tomando uma forma bem conhecida para os moradores de Elm Street.
"Nove, dez..."
Uma mão gigante estava envolvendo Batman, sem tocá-lo... mas não uma mão qualquer. Uma mão enluvada, com quatro garras metálicas em seus dedos...
"... nunca durma de novo..."
... que se fechou, puxando o vigilante para baixo...
—Hahahahaha...
... para dentro do corpo adormecido, onde haveria a batalha final.