A touch of fire escrita por Nina Arik


Capítulo 17
EU Estou ME Pegando Com ALÉXis!


Notas iniciais do capítulo

O clima quente por aqui está só começando.
NÃO DIGAM QUE EU NÃO AVISEI! kkkkkkkkkkkkkkkkkk
O que vocês acharam?
— Beijoooos!



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Eu empurro seu peito. Ele olha para mim com os olhos perdidos e sua boca inchada faz algo para mim.

— Quero mais. – ele diz com a voz rouca. Ele não me deixa negar quando me beija outra vez. É bom, ainda mais quente, ainda mais rápido. E eu tenho consciência do que isso significa.

EU ESTOU ME PEGANDO COM ALÉXIS! Entro em pânico. Eu não posso estar assim com Aléxis. É Aléxis pelo amor de Deus! E além de tudo ele é filho do marido da Lia! Oh Deus! Eu empurro de novo. Só que dessa vez dou alguns passos para trás. Ele está me olhando selvagem, ele tem aquela expressão que Adrian tinha quando o vi mais cedo. Foda-se! Mas é diferente! Por que eu repito é Aléxis! E sua carranca sombria, meio amassada e selvagem realmente não é nada como Adrian!

 Eu gosto! Não! Eu não gosto!

— Isso foi... Um erro enorme. – eu digo. Minha respiração está pesada. Aléxis está bravo. Engulo seco.

— Foda-se, nanica. Não fui eu quem beijou você. – Mas ele beijou! Quero dizer eu sei, eu comecei, mas ele não se recusou...

— Você estava falando merda! Então eu...

— Quis provar que você era uma grande beijadora? Bem, não funcionou! – ele gritou.

— Oh não? Sua ereção não pensa assim! – eu grito. E logo levo a mão na boca em choque.  Que merda! Eu estou gritando no meio da rua uma coisa dessas? Estou louca? Perdi a cabeça?

Oh, mas vejam, Aléxis está vermelho. Sim, ele corou!

— É uma reação natural! Podia ser qualquer uma! – bom isso sim me põe no lugar.

— Foda – se. – Eu digo e saio andando. – Eu não quero mais falar disso. – eu digo quando ele me alcança. – Nunca deveria ter acontecido. E nunca vai acontecer novamente.

— Por mim tudo bem.  

Quando entramos em casa cada um vai para o seu quarto, eu respiro mais profundamente quando entro no quarto, que merda eu fiz? Tiro as roupas e me encaixo em um short e uma camisa de pijama, mas não sou capaz de dormir. Ando de um lado para o outro.

Tudo bem pode ser que eu quis usar Aléxis por que vi Adrian com outra pessoa. Então nesse caso eu deveria me desculpar. Sim, ótimo, isso vai me fazer sentir melhor. E então eu posso esquecer toda essa merda errada que eu fiz. Tudo bem, não foi tão errada, um beijo bom assim não pode ser tão errado não é? Ai merda! Eu nem mesmo sei o que estou falando, será que finalmente após todo esse perrengue a loucura me alcançou? Deus não permita!

Adormeço depois das quatro da manhã, mas as seis eu já estou de volta. Uh! Eu só queria apagar por umas doze horas seguidas!

Mas eu cometo o erro imenso de descer para tomar café de manhã, Lia está lá de pé, com um vestido lavanda bem cortado e com cara de socialite. Ela tem um sorriso no rosto que eu não gosto.

— Bom dia querida.

— Bom dia.

— Eu estou saindo para resolver umas coisas da festa de hoje, você não esqueceu não é? – ela diz suavemente. Uh, eu totalmente esqueci.

— Não? – digo meio incerta.

— Eu tenho o vestido certo para você usar. Esteja pronta as oito.

— Senhora, o comprador chegou. – disse o cara que eu achei que era o jardineiro.

— Oh, sim. – Lia sorri largamente. Eu vi esse sorriso poucas vezes e nunca veio acompanhado de algo bom. – Obrigado, Laerte. Diz para pegarem na garagem, está parada lá.

— O que é que você está vendendo? – eu pergunto. A sensação em meu estômago é esmagadora.

— Vá ver. – ela diz com o sorriso diabólico. Eu desço devagar e vejo dois homens carregando minha moto para dentro de um caminhão. Um peso se instala no meu estômago. Ela não fez isso?!

— Hey, essa moto é minha!

— Uh, moça, alguém se esqueceu de te avisar que está vendida.

— Vendida? Eu não vendi a minha moto!

— Estamos com a nota moça. – O homem diz sério.

— Claro que estão! Eu vendi a moto.

— Você não pode!

— Eu posso. – ela diz suavemente. – Eu peguei os documentos em seu quarto e vendi. – meu coração bate mais rápido. Ela não pode estar falando sério!

— Você não tinha o direito...

— Não tinha? Você ainda não tem dezoito anos, Sofia! – ela diz. Sua calma me dá vontade de vomitar e eu nem tenho nada no estômago. – Podem ir senhores. Com isso eles saem com a minha moto e eu não posso falar nada.

— Onde está o dinheiro?

— Comigo é claro. Não é bom uma mocinha andar por ai com tanto dinheiro. Principalmente quando ela me ameaça.

— Eu não...

— Você achou mesmo que ia ameaçar contar ao Edward as coisas e ia ficar por isso mesmo? Você ainda não aprendeu que você não vai interferir na minha vida?

— O dinheiro é meu Lia! Eu trabalhei para conseguir ele!

— Nada mais justo que eu ficar com ele. Posso ir a um spa! Isso! Ô Edward vai adorar se eu fizer uns tratamentos,

— Você não vai gastar o meu dinheiro Lia! – eu grito. –Você não vai para uma merda de spa... – sinto a picada do tapa. Outra vez. Dessa vez sinto outro na outra face e dessa vez propositalmente seu anel está virado para que a pedra acerte meu machucado do começo da semana. Ele abre.

— Não volte a falar comigo assim! E é melhor que você passa uma maquiagem impecável nisso, está ouvindo? Eu quero você parecendo gente na festa. – Com isso ela sai, com a elegância de uma rainha.

De novo eu me recuso a chorar. Eu me recuso a dar a ela esse gosto. Eu parei de chorar por suas palhaçadas quando eu tinha treze anos. Eu tinha recebido três tapas por ter falado, segundo ela, muito rude com seu namorado. Foi a primeira vez que eu fiquei lá, recebi sua punição e olhei para ela em seus olhos sem vacilar. Desde então eu nunca desviei o olhar nem uma vez. Mas Deus! Estava ficando cada vez mais difícil!


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