Secrets of Web. - Kate Bishop. - Origin. escrita por Luíza BM


Capítulo 1
- Chapter I




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17 anos atrás. 31 de dezembro, cidade de Nova Iorque.

 

A passagem para o novo ano estava por chegar – em algumas poucas horas. –, quando a morena dava entrada na sala de parto.  Suada e com a respiração descontrolada. Havia chegado a hora do nascimento de sua segunda filha. - Katherine Elizabeth Bishop. – Os médicos já estavam quase todos preparados para começar o parto da menina.  

Derek Bishop – o ‘pai’ de Katherine. – encontrava-se na sala de espera com sua outra filha, Susan. Derek sempre fora um homem rancoroso e sem paciência alguma – com todos a sua volta, incluindo esposa e filha. -, batia o pé contra o piso laminado.  Era óbvio que a ‘tamanha demora’ o havia irritado. Principalmente pelo fato de ter saído às pressas de sua casa, deixando assim seus convidados – de sua festa de ano novo particular, para a alta classe. -  sozinhos. 

Susan encarava o pai já acostumada com o comportamento ‘infantil’, do mesmo. Susan possuía uma inteligência incrível – apesar de possuir apenas cinco anos de idade. -, porém usava-a apenas para coisas que nunca iriam contribuir em seu futuro. O que assim – no futuro. – acabaria deixando a garota dependente de seu marido, assim como Derek já esperava que fosse.

Já dentro da sala de parto – enquanto o médico pedia a ela para se concentrar-se e fazer toda a força a qual conseguiria. -, o pensamento de Eleanor Bishop viajava até o pai – o verdadeiro pai. – de sua Katherine. Pelo que bem conhecia do pai de sua filha – que finalmente estava ali, nascendo. -, ele deveria estar por ai... Em uma farra, ou uma festa, talvez.

Apesar de tudo o que haviam passado juntos ter acabado, Eleanor ainda o amava. Porém ela sabia, o coração dele já não pertencia mais a ela. O coração do loiro que tanto amou, - e ainda amava – já pertencia a outra mulher. Eleanor ficara feliz por ele, afinal, ela nunca teria a chance de livrar-se do casamento o qual estava. Assim concentrou seu pensamento na última noite de amor que tivera com ele, nos últimos beijos e caricias daquela chuvosa noite.

Após alguns poucos minutos sem ouvir barulho algum, - enxergava tudo a sua volta girando. – ouvia o som do agudo choro de sua filha. Eleanor havia conseguido, havia dado a luz a sua mais nova joia preciosa.

Esboçou um sorriso na direção da filha, que chorava no colo da enfermeira. Após alguns segundos, seu sorriso começava a se perder. Sua pele ficava branca e pálida, sem esboçar reação alguma. O médico e as enfermeiras – que comemoravam o nascimento da pequena Katherine. – tiveram sua atenção roubada pelos barulhos constantes do aparelho que controlava os batimentos do coração de Eleanor.

A enfermeira – que estava com a pequena recém-nascida em seus braços. – saiu às pressas da sala a pedido do médico – que iniciava o processo de reanimação em Eleanor. – indo até a pediatria, cuidando para que a pequena ficasse sob os cuidados de outras enfermeiras especializadas na área.

Enquanto isso, na sala de parto. O doutor Martines largava o desfibrilador – na bandeja ao lado junto com todos os outros ‘utensílios médicos’. -  abaixando a cabeça junto aos outros presentes no quarto. O parto havia sido concluído com sucesso, a não ser por uma parte a qual a equipe médica não esperava.

Eleanor lutou com todas suas forças, para manter a difícil gravidez – que havia sido a de Katherine. –, porém, ela não viveria para ver a filha crescer e se tornar uma mulher. -  mulher a qual Eleanor teria muito orgulho de ver crescer e florescer. – Seu amor por sua filha, desde que havia descoberto sobre a gravidez, era enorme.

Qualquer um que a acompanhou em tal período sabia que para ela, sua vida não importava. Pois se precisasse daria a sua, pela a de sua filha. Eleanor Bishop havia feito seu sacrifício e seu último desejo – após ver o rostinho da pequena, que ainda chorava, no colo da enfermeira. –, que era que um dia o verdadeiro pai de Katherine e ela, se encontrassem. No momento que colocou os olhos na pequena soube que ela seria livre e teria um gênio difícil, assim como o de seu pai.  

....

17 Anos Mais Tarde...

Árvores cobriam a vasta floresta. Pássaros construíam seus ninhos. Animais em geral continuavam suas vidas. As cachoeiras continuavam a fazer a água cristalina descer. Tudo estava uma completa calmaria. Tudo menos os únicas duas pessoas as quais estavam naquela floresta, que apostavam uma corrida contra o tempo. Uma corrida em busca de uma só vitória.  

O vento fresco batia contra o rosto da morena conforme ela alternava a velocidade a qual corria. Virava a cabeça - uma vez ou outra. -, olhando para os lados ou, até mesmo para trás. Certificando-se de que estava na frente. Aquela sensação que a preenchia. Uma adrenalina tão saudável para ela - que a mesma jurava. - que poderia fazer momentos como aqueles, durarem até os últimos dias de sua vida. Para ela com toda certeza aquela sensação... - a sensação de ser livre. - Era a melhor de todas as sensações, talvez até que mesmo da sensação de amar alguém.

A aljava de flechas – a qual carregava. – batia contra suas costas quando pulava. O arco de madeira lilás– o qual carregava em uma de suas mãos. – ‘descansava’ enquanto a morena corria. – já que a mesma não necessitava o utilizar naquele momento. - Era difícil descrever o quão a mesma ansiava por chegar primeiro até o lugar que havia sido demarcado. – Batalhava em uma corrida, uma corrida contra o tempo. – Era difícil de não se pensar em outra coisa que não fosse vencer.

O tempo passava-se voando quando a morena de olhos azuis fazia o que mais amava fazer. Na cabeça dela – e de grande parte de seus amigos. - Katherine havia nascido para aquilo, para se tornar uma heroína sem igual. Katie – como era ‘carinhosamente’ apelidada por seu ‘xará’. -finalmente chegara ao ponto demarcado – cansada e ofegante. – por Clint Barton, seu tutor e amigo.

— Quem é a melhor? Eu...! – Comemorava, cansada encostando-se em uma árvore qualquer.

Assim que escutou um riso fraco, arrependeu-se de ter proferido tais palavras achando que estava sozinha. - Você...? – Indagava Barton, que se encontrava sentado em um tronco de árvore caído no chão, contendo o riso. – Pode até ser a mais nova aqui, Katie. Mas eu acho que você está bem cansada... Casada e atrasada. – Sorria debochado para a pupila.

Bufou, fazendo sua franja desarrumar-se com tal ato. – Mais de cinquenta quilômetros chefia. – Queixou-se enquanto prendia seus cabelos em um simples coque. – Não sou o Mercúrio, ou, o Célere não... Sabia?

O gavião coçou a nuca procurando alguma desculpa convincente. – Estou quase chegando nos quarenta e consigo fazer todo o percurso sem cansar nada. – Gabou-se.

— Pff... Clint, não exagera não. – Rolou os olhos sentando-se no chão em baixo da árvore. – Ah, e já sabemos que você tem quarenta e todos. – Afirma já cansada de discutir sobre idade do tutor.  

O loiro ri fraco, dando de ombros. – Tudo bem Katie, tudo bem... – Cedeu fazendo a morena esboçar um sorrisinho vitorioso.

— O que temos pra agora, chefia? – Pergunta já torcendo para não ser nada mais haver com corridas malucas pela floresta.

Clint pôs sua aljava nas costas novamente. Já de pé e com o arco em mãos, andou até ela estendendo-lhe a mão para ajudá-la a se levantar. – Por hoje? Mais nada de importante, Katie. Só vamos pra casa, pegar o Flecha que está sob os cuidados da Simone e, bom, comer uma pizza? – Propôs franzindo o cenho para a pupila, que já encontrava-se de pé ao seu lado.

Sorri largamente começando a caminhar ao lado do tutor. – Com boas e infinitas xícaras do nosso amado café preto...? – Responde a pergunta dele com outra pergunta, dando a se dizer que concordava com tal plano.

Passou seu braço esquerdo por cima dos ombros da pupila, sacudindo-a de leve. – Vamos pra casa, Katie. – Conclui o assunto.

Katherine passa o braço direito pelos ombros de Barton, rindo baixo. – Vamos antes que escureça mais, babaca. - O arqueiro olhou para ela, em reprovação. Porém, acabou-se por rir.   


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