Cidade que Corrompe escrita por Luk


Capítulo 7
Noite




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É mais um dia comum em Gotham, os ventos gélidos percorrem os picos de gesso que rasgam os céus da cidade suja, estava de noite e as trevas batiam nesses picos como se substituíssem as luzes do dia por raios de trevas sobre toda a cidade. Bom, porque é ali que O Batman vive.

Kevin estava longe por tempo demais, a ultima vez que tinha visto Richard... Ou Gárgula, seja lá quem ele fosse agora, foi quando ele iniciou aquele combate intenso com o cavaleiro das trevas, estava preocupado com o que Batman poderia ter feito a ele, não sabia o que aqueles monges loucos tinham feito com a mente dele, só sabia que apesar de tudo tinha ficado poderoso... Seja fisicamente, com aqueles “truques de mágica”, ou no submundo, fazendo as pessoas temerem mais a ele que ao morcego, estava fazendo suas malas no apartamento que os dois tinham escolhido juntos, ou iria achar ele esta noite, ou sairia de Gotham sem ele. Pegou a maleta onde se encontrava as ultimas notas de dinheiro que ganharam de Saul... Ele estava mantendo Saul como refém, não? Gárgula tinha adquirido uma obsessão por Batman como todos os malucos daquela cidade já tinham adquirido antes dele, tinha capturado uns 80% de toda a galeria de vilões do morcego, precisava impedir seu... Nem sabia se era seu amigo ainda, mas precisava o impedir de fazer uma burrada antes que fosse tarde demais para salvar a vida dele. Ainda bem que Kevin era um grande pesquisador, foi só dar uma olhada no mapa de Gotham e ele descobriu, o templo dos Místicos era chamativo demais para não se achar, tinha seu estilo gótico, com as pontas do que parecia uma catedral abandonada voltadas para o céu como grande garras do próprio demônio querendo alcançar a superfície... Não que ele já não tenha alcançado. Em volta da catedral que ficava nos limites de Gotham, havia um grande campo aberto que fazia parte da propriedade, antes de sair de seu apartamento e se dirigir para lá, ele respirou fundo, pegou suas malas e tristemente fechou a porta de seu apartamento, CLACK. Estava indo em direção ao ultimo confronto entre Gárgula e Batman.

 

O Comissário estava agitado, escondeu metade dos policiais de Gotham em cantos estratégicos ao redor daquela catedral estranha, estava em seu camburão, sozinho, fumando um cigarrinho qualquer que um de seus subordinados tinha lhe dado, não sabia quando Batman iria aparecer, mas sabia que não ia demorar pra uma daquelas coisas acontecerem, uma daquelas coisas bizarras demais até pros níveis de Gotham, que só acontece de vez em quando. Se mantinha informado através do radio em seu carro, estava respirando fundo... Desde que ele entrou para a policia depois de voltar da guerra sabia que haveria momentos assim, momentos em que não só o sangue dele está em jogo, mas coisas muito acima do que ele compreende. Pensou na sua honra e no bem da sua cidade, tinha certeza que isso também movia Batman, mas também pensou na sua filha... “Ah Barbara, tomara que nunca se envolva com esse mundo maluco” ele pensou, já tinha que aguentar a insistência dela de querer ser investigadora, apesar de te-la proibido, mas nunca se sabe onde ela iria meter a cabeça. Depois de respirar fundo mais uma vez, teve certeza de que estava pronto, que venha o que tem de vir.

Batman checou as localidades da policia, tudo ok, estava olhando para a catedral gótica longe do centro de Gotham, beirava um precipício que dava para o mar que banhava as costas da cidade, estava checando se estava realmente preparado para continuar com isso, tinha trazido um elemento especial dentro de um saco pra qualquer emergência, bom, ele usou o Batwave, seu software avançado que conectava todos os aparelhos eletrônicos de seu oficio, para invadir a frequência da policia, e para o comissário Gordon ele se dirigiu:

— Gordon – Ele disse – Vou entrar

— Batman... – Disse Gordon pegando o rádio de seu carro – Faça qualquer sinal caso precise de nossa ajuda, estaremos vigiando atentamente

— Não precisa Comissário, eu me viro, cambio e desligo

Batman avançou do topo do prédio onde estava. Todos os policiais viram o morcego gigante voando em direção a catedral, ele pousou no pico dela e com sua capa balançando ao relento da brisa forte de Gotham, parecia uma sombra viva penetrando no templo obscuro. Batman entrou, e isto era uma coisa que iria custar o sono de muitos policiais esta noite.

Batman descia as escadas em espiral da torre em que entrou, dentro de lá havia alguns morcegos de fato, ele penetrou mais e mais fundo da catedral horripilante, chegou a uma porta e ao sair dela deu de cara com o centro do templo, era grande e escuro e estava com varias cadeiras quebradas e com um aspecto escarlate, tinha muito sangue espalhado pelo chão, de fato, mas Batman já viu coisas muito, muito piores durante sua vida. Sua capa se arrastava pelo chão enquanto percorria lentamente o centro do templo, estava reconhecendo a área, de fato não havia ninguém por ali, percebeu que ao fundo tinha uma cela antiga, ele se aproximou da cela, dentro dela muito mais sangue estava esparramado, e na cama de palha no canto dela jazia uma cabeça decapitada, era a cabeça do traficante Saul, ele não viveu o suficiente para ver o fim que isto iria levar, Batman teve certeza de que sua máscara estava gravando tudo e que aquilo não ia passar despercebido, mas enquanto continuava, lembrou da planta daquele lugar, havia salas inferiores, ele se dirigiu para o outro extremo da catedral e em baixo do altar de pregação, ele achou o alçapão, entrando nele usou a escada que dava para um corredor estreito, com uma porta de metal no fim. Quando abriu a porta de metal lentamente, viu Gárgula no centro de um grande galpão subterrâneo, nele havia apenas um flash de luz caindo por cima de Gárgula logo no centro, percebeu outro detalhe perturbador: Todos os seus inimigos, que Gárgula tinha capturado, estavam presos pelas mãos, pés e pescoço nas paredes do galpão, e no centro deles Coringa olhava com um olhar paranóico para Gárgula. Quando o Místico percebeu, a porta de metal estava aberta, ele começou a rir:

— HAHAHAHAHAHA, Batman! Já chegou?

— Estou aqui Gárgula – Disse a voz de Batman que vinha de todo o lugar – Já acabou com Saul... O que ele era pra você?

— Um ótimo servo das trevas...

— Querido! – Gritou Coringa – Me tira daqui, esse tal de crápula judiou de mim!

— QUIETO CORINGA! – Corrigiu Gárgula

— Não é porque o Coringa merece que você deve fazer isto com ele – Disse Batman

— Se revele Batman, está se abrigando nas trevas novamente

— Me abrigando... Eu não estou me abrigando Gárgula, eu estou em volta de você, eu te envolvo nessa sala mal iluminada... Um passo para a escuridão, e eu te tenho.

— Não, você não é a noite, não é assim que funciona

— Está errado de novo Gárgula... Onde estão os outros da sua ordem?

— Hehehehehehe... Se preparando para uma coisa especial

— Isso acaba agora Gárgula, o pacto de sangue será cumprido

— Na hora certa...

— Não! Existe dois lados nesse pacto de sangue, e eu sendo a outra ponta, determino quando isso começa! E começa agora!

Sob o olhar de todos os vilões do Batman, ele se pôs à luz e encarou profundamente os olhos negros de Gárgula, que já sacava sua faca, Batman também sacou seu Batarangue, e os dois apostos para o combate se chocaram pesadamente em confronto, Gárgula de cara cravou a faca no braço de Batman, mas ele foi mais fundo e usou os espinhos de sua braçadeira para encravar os braços de Gárgula, que ficou com o braço direito prejudicado, enquanto Batman descia socos e mais socos com seu outro braço. Não demorou muito para Gárgula começar a mexer sua máscara novamente, com os dentes saltados para fora ele mordeu o ombro de Batman, que soltou o outro braço e com os dois pegou peças de metais com fios de seu cinto e usou na cabeça de Gárgula, eram desfibriladores e o grande choque fez que Gárgula recuasse, Batman tirou a faca de seu braço esquerdo e avançou para cima de Gárgula com um grande pulo, Gárgula caiu e nisso Batman cravou sua faca por entre as costelas do criminoso, ele grunhiu de dor e virou Batman para o chão, estando por cima dele agora, Gárgula transformou suas mãos em garras e encravaram nos ombros de Batman, mais e mais fundo a cada segundo que passava, Batman pegou o Batarangue que derrubou no começo do confronto e deu com ele na “face” de Gárgula, ele recuou e Batman se levantou, com um grande rasgo na Máscara, os verdadeiros olhos do homem que outrora fora Richard encarava Batman, eram olhos totalmente negros por causa de sua influencia mística, então grotescamente a máscara cresceu de novo e se recompôs como se nunca tivesse sido cortada. Logo após Batman lançou vários e vários Batarangues na direção de Gárgula, como uma grande ninhada de morcegos, Vários se encravaram em Gárgula enquanto ele fugia do cavaleiro das trevas, ele estava se aprofundando mais e mais na escuridão do galpão, e então chegou a outra porta, neste momento Batman voou em sua direção e enquanto menos se esperava, com Gárgula no chão da outra sala depois de ter o derrubado enquanto derrubava a porta, Batman percebeu que vários monges estavam na sala, em uma espécie de pentagrama, quando eles perceberam a presença de Batman, cada um deles enfiou um punhal na garganta, e com o som deles morrendo, uma neblina densa preenchia o cômodo e entrava pelas narinas de Gárgula, o criminoso riu, e então ele começou a se transformar, estava crescendo exponencialmente, sua massa muscular aumentava enquanto seu tamanho crescia na proporção em que sua roupa rasgava. Com as mãos, que tinham virado enormes garras, tirando a máscara do rosto, ele revelou que sua face não precisava mais dela, estava virando de fato uma Gárgula, Batman saiu de cima dele e sacou uma arma, era um lançador de granadas e com ele lançou na criatura que se transformava, primeiro foi uma granada de gás lacrimogêneo, que o monstro inspirou como se fosse um ar puro de praça, depois foi um granada de fumaça, Gárgula não podia ver nada e ao fim de sua transformação, deu um grande sopro que jogou toda a fumaça de lá, Batman estava fugindo e em fúria quebrou as paredes do pequeno cômodo como se fossem feitas de papelão e com suas asas novas voou na direção do grande morcego.

 

Kevin tinha chegado na catedral, estava muito frio e com aquele silencio parecia que por uma vez na vida, Gotham estava pacifica, tarde demais, porque daí viu um Batman saltar da catedral e alçar vôo bem por cima dele, se maravilhou e continuaria se não visse uma grande Gárgula, com toda sua monstruosidade, voando na direção de Batman, ele os seguiu pelas ruas, sabia que aquele era Richard, sabia que ele finalmente tinha virado um monstro por completo. Batman avança de um edifício para o outro enquanto usava seu gancho para escapar da penitencia da grande Gárgula. A Policia estava tomando a catedral, mas Gordon e seus homens mais confiáveis seguiam Batman e Gárgula por entre os picos de Gotham, até que Batman parou na cobertura de um grande prédio e Gárgula pousou não muito longe:

— Está com medo, Batman?!

— Estou me preparando...

— Batman, sempre o preparado! Aposto que não estava preparado para isto

— Na verdade... Eu sei exatamente seu ponto fraco – Disse Batman levantando um saco de pano

— Não! – Disse Gárgula, sabia qual era seu conteúdo

Gárgula avançou para cima de Batman, o morcego simplesmente tombou para o lado e desviou de Gárgula, usando seu gancho ele amarrou Gárgula por alguns segundos, o suficiente para pular por cima dele, mas antes de abrir o saco, Gárgula se soltou e lançou Batman para o precipício que era as divisões entre os prédios, mas usando seu gancho ele se manteve estável e então caiu no chão lentamente, no entanto lá vinha Gárgula, com um rastro de destruição por onde passava, as pessoas corriam com seus carros, os pedestres gritavam de medo e Batman correu em direção a monstruosa criatura que avançava na sua direção também, Kevin estava vendo tudo no outro quarteirão, não queria que seu amigo se machucasse, mas também não queria que Batman morresse, ele era uma força do bem necessária em Gotham. Batman usou seu gancho novamente e percorrendo o ar por cima do monstro, ele caiu bem em cima das asas de Gárgula e com um poderoso chute no lugar certo das juntas, Gárgula caiu por entre as ruas de Gotham, sentido o gosto do asfalto onde sua cabeça raspava, mas não se deu por vencido, ao terminar de cair, ele rolou e passou por cima de Batman, o agarrou e voou novamente:

— Você nunca vai cancelar esta transformação! – Raspou Gárgula esmagando os braços de Batman

— Será?! Ainda faltam 20 minutos!

Batman chutou por entre as pernas de Gárgula, ele grunhiu de dor e soltou Batman, os dois caíram a velocidade terminal para o chão, ainda assim, durante a queda Gárgula usou de suas enormes garras e arranhou profundamente o peito do cavaleiro das trevas, ele não expressou se quer uma face de dor, só continuou caindo entre os céus da cidade suja. Então Batman o agarrou, e pegando o saco que trouxe o elemento crucial para a destransformação de Gárgula, o abriu e gritou:

— TENHA UMA BOA PITADA DE SAL E LIMALHA DE FERRO!

Ele pegou um bom punhado com a mão e lançou na face de Gárgula, que começou a se destransformar, caiam e caiam, até perfurarem teto de uma indústria de químicos com sua queda, Kevin viu as duas figuras negras perfurando o local, e correu para dentro de um dos grande galpões, invadindo o local.

 

Nas trevas, Gárgula levanta depois do embate exaustivo com Batman, já ouvia as sirenes policiais se aproximando, levantou-se rapidamente, tinha se destransformado, mas sua pele continuava negra e seu rosto continuava sendo o de uma Gárgula. Ele usou uma das lonas escuras para cobrir o corpo, até ele se lembrar de uma coisa, de um detalhe perturbador:

— BATMAN! – Ele gritou – Onde você está?

Ele ouviu a voz grossa e potente de Batman vindo da escuridão do galpão:

— Novamente Gárgula, estou em toda a sua volta! Me tema!

— Eu não te temo Batman!

— Pois deveria! Hoje isto acaba, e eu te digo que por isso, ninguém morrerá!

— Não Batman, você morrerá!

— Não Gárgula, eu trabalho em favor da vida, e a vida sempre vence.

Gárgula agarrou um pedaço de metal velho para usar como faca, então Batman surgiu da escuridão e voou de braços abertos par acima de Gárgula, eles rolaram pelo chão, e se pondo de pé novamente, Batman agarrou um Batarangue, o último, ia usar ele para acabar com isto. Gárgula usou o pedaço de metal velho e enferrujado e os dois começaram seu embate novamente, varias faíscas se soltavam pelo ar enquanto os dois iam de um lado para o outro, Gárgula estava com suas forças se esgotando, reparou que Batman não aparentava um sinal de cansaço, foi então que ele fez uma jogada desesperada, fincou o metal no braço de Batman, mas igual a primeira vez que ele tinha furado o outro braço, Batman simplesmente tirou o metal e o jogou no chão, isso deu tempo para Gárgula fugir, estava passando por entre os grandes contêineres com acido tentando fugir de Batman, olhou para trás, ele ainda estava lá, continuou correndo, olhou de novo, ele estava mais perto, continuou correndo, quando olhou para trás pela terceira vez, ele tinha sumido, isso era um mal sinal, um péssimo! Pegou a escada mais próxima e se dirigiu para as plataformas que ficavam por cima dos grandes contêineres de ácido. Correndo como se não houvesse amanhã, Gárgula estava totalmente horrorizado:

— FIQUE LONGE DE MIM BATMAN!

— É irônico, sabe... – Disse a voz onipresente de Batman – Foi aqui que nasceu um grande criminoso, e é aqui que outro morrerá!

— Não, Não, Não, Não...

Gárgula se esforçou para encontrar Batman, mas não o via em lugar algum:

— Como é possível! Você não habita a noite... Você é a noite!

— Você ainda não entendeu Gárgula?! Eu sou a vingança! Eu sou a Noite! EU. SOU. O BATMAN!

Então da escuridão emergiu Batman novamente, ele avançava velozmente na direção de Gárgula, ele fechou os punhos e em uma ofensiva assustada, direcionada socos desviados por Batman mais e mais, até Batman dar uma sequência de golpes nele, um chute na barriga, um soco de direita, uma voadora, Gárgula estava agora beirando um dos tanques, estava a ponto de cair e vendo a figura de Batman se aproximando como um grande executor, ele suplicou:

— Não... Não... Fique longe de mim!

Então ele se jogou em um dos tanques para um suicídio certo, e do outro lado da plataforma se ouviu:

— RICHARD! NÃO!

Batman agarrou o braço de Gárgula e olhou para o outro lado da plataforma, olhou profundamente nos olhos de Kevin, enquanto ele congelava de medo, pegou um tipo de arma e disparou na direção de Kevin, uma rede rasgou o ar a caiu por cima do traficante:

— Ninguém mais morrerá hoje! – Disse Batman – Nem uma pessoa!

— Mas você tem que cumprir o pacto de sangue!

— Não, eu não tenho!

— Mas eu sim...

Batman olhou confuso para a face de Gárgula, não havia mais nada de humano naquela criatura, Gárgula então se lembrou do sonho, do sonho em que viu seu reflexo do futuro pela primeira vez, com todas aquelas pessoas afetadas pelo gás do medo correndo entre as ruas mal iluminadas de Gotham com Gárgula encarando Richard, a verdade é que Richard morreu, e Gárgula também iria... Mas ai se lembrou, se lembrou que nem tudo o que os Místicos pregam são seguidos a risca por eles, lembrou que eles quebravam regras até de sua própria seita, lembrou... Que no sonho, Gárgula se teleportou. Não sabia se conseguiria se teleportar, mas só havia um jeito de descobrir, usando a outra mão ele soltou a garra fria de Batman de seu braço e caiu na direção do ácido, se concentrou e se concentrou, querendo se teleportar, não queria saber pra onde, só sair dali... Ou ele conseguia quebrar o pacto de sangue ou o cumpriria. Batman usou seu gancho de uma maneira desesperada de impedir que Gárgula caísse no ácido, mas no momento que esteve perto o suficiente, Gárgula puxou a corda e tomou o gancho da mão de Batman, o cavaleiro das trevas fechou os olhos e virou a face, e logo depois veio o som de SPLASH! Era o fim de Gárgula, o pacto de sangue se cumpriu.

Gordon interrogava Kevin na delegacia de Gotham:

— Muito bem – Disse Gordon folheando a ficha de Kevin – Kevin Newman, preso por tráfico e roubo, o que você viu esta noite?

— Eu... Eu... – Disse ele gaguejando – Eu vi... O B-Batman

— O que mais?

— Eu o vi lutando com O Gárgula...

— Quem o Gárgula era pra você?

— Um amigo... Um amigo de serviço

— Quem?

— O Nome era Richard...

— Richard O QUE? – Exigiu Gordon

— Eu não sei. Todos só o conheciam como Richard. Quando eu perguntava o resto do nome dele pra ele, ele não respondia, falava que “a nossa amizade tinha que estar por cima de um sobrenome”

Gordon bateu com força na mesa:

— ESTÁ MENTINDO PARA MIM?!

— Não! Não! Por Deus, não! Eu não quero mentir, não quero ver aquele morcego de novo...

Gordon se acalmou, olhou para a janela com pesar, parece que estava olhando para alguém, quando Kevin reparou direito na janela quase desmaiou, a figura encapuzada de Batman estava olhando para dentro da sala de interrogatório, ele deu um sinal com a cabeça para Gordon e alçou vôo pelos prédios de Gotham. Batman pousou no topo de um prédio, acionou o visor de sua braçadeira, as analises dos resíduos do tanque de ácido onde Gárgula supostamente caiu chegaram... Não havia vestígios orgânicos. Batman se pôs a pensar por um momento... O Desgraçado ainda pode estar vivo apesar de tudo. Não sabia quem era Richard, não sabia sua história, mas contemplou Gotham, contemplou seu domínio negro, e sorriu, era todo dele novamente, não importa quantos maníacos surgissem por Gotham, ele estava lá para limpar a cidade disso, é o propósito da vida dele, não?

As pessoas das ruas viam o Batsinal iluminando as nuvens escuras do céu da noite de Gotham, e vários morcegos o preenchendo, quando elas olham pra o céu vêem uma grande figura negra vestida como morcego, agindo como seu anjo da guarda sobre todo o seu domínio, porque todo habitante de Gotham sabe, com certeza, que as luzes os protegem de dia, mas a noite... A Noite É o Batman!


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Notas finais do capítulo

essa foi minha singela homenagem ao meu super-herói favorito, sempre vi as histórias emocionantes de Batman pela TV, era algo de peso, continua sendo! por isso trago minha representação de toda a obscuridade que eu admiro no personagem que usa as trevas para servir a luz! (e referente ao Gárgula estar vivo ou não... Vivam com esta, porque eu não vou falar :D )
Espero que tenham gostado, obrigado você leitor que viu esta fic até o final, um abração.



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