Gato de Cheshire escrita por Aleksa


Capítulo 9
Começo da Vida de Palácio




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         Capítulo 9 – Começo da Vida de Palácio

 

Pela manhã Charlotte acordou com a empregada abrindo as cortinas da janela, e deixando a luz entrar.

- Ah! Meus olhos... – Charlotte resmungou, cobrindo os olhos com as mãos.

- Perdão mestra, mas se dormir mais perdera o café da manhã.

- Ah sim...

Conforme os olhos de Charlotte se acostumaram com a luz, ela pode tirar as mãos dos olhos, perceber que Mary já tinha se levantado, e se levantar também.

Ela olhou na direção da empregada, que sorriu cordialmente.

- Bom dia mestra.

- Pode me chamar de Charlie. – Charlotte respondeu, se espreguiçando.

- Oh, sim... Charlie.

A empregada parecia lisonjeada por poder tratá-la de forma tão próxima, Charlotte ainda não tinha acordado completamente ainda, por isso não percebeu nada.

- Tem um banheiro por aqui? – Charlotte perguntou.

- Tem o que? – a empregada perguntou.

- Um banheiro. – Charlotte repetiu.

- Hum... Mestre Aleksander disse algo a respeito... Mas não me lembro. – ele disse, parecia estar pensando muito. – Só um segundo... Charlie.

- Claro.

A empregada foi até o corredor e gritou:

- Nora~!

Uma garota veio, meio saltitante ao encontro dela, parou em frente a ela e disse:

- Sim?

- O mestre Aleksander disse alguma coisa sobre banheiros, você sabe onde estão?

- Oh, sei sim.

- Pode levar a mestra Charlie até lá?

- Posso sim.

Ela olhou pra Charlotte, que permanecia com as roupas do dia anterior, parecia impressionada, observava-a quase como a um milagre.

- P-pode vir comigo mestra. – ela disse, repentinamente parecendo desconfortável.

- Me chame de Charlie. – Charlotte sorriu.

- Oh, s-sim... Charlie. 

Ela teve o mesmo comportamento que a outra, qual o problema? Era só um apelido...

Charlotte seguiu a menina por alguns dos corredores, até que a menina, um tanto receosa com sua questão, disse:

- C-charlie, posso lhe fazer uma pergunta?

- Claro. – Charlotte disse, quase que de imediato.

- Você é uma das concubinas do mestre Aleksander?

Ela engasgou um momento, como responder a ESSA pergunta em particular? Todos teriam problemas se ela dissesse que não...

- Creio que sim... – ela respondeu, desconfortavelmente.

- Ah...

As duas pararam em frente ao banheiro, Charlotte entrou, e Nora ficou do lado de fora, esperando, pois Charlotte não saberia voltar sozinha.

Pouco depois Charlotte saiu, e Nora recomeçou o caminho até o quarto. Na volta, Nora permaneceu no mais completo silêncio, Charlotte estava ocupada de mais com o eco da palavra ‘concubina’ em sua mente, por isso, também não disse nada.

Quando chegaram, Charlotte se virou a Nora e disse:

- Obrigada... Nora, certo?

- É... D-de nada Charlie.

Charlotte sorriu, em seguida virou as costa e entrou.

- C-charlie. – a menina disse, gaguejando novamente.

- Sim? – Charlotte respondeu.

- Posso vir lhe visitar às vezes?

- Claro. – Charlotte respondeu.

- Certo então... Até logo.

Nora saiu correndo. Charlotte não pode deixar de pensar: “que garota estranha”.

Havia uma pilha de roupas sobre a cama de Mary e de Charlotte, sobre a pilha havia um bilhete:

 

 

Espero que vocês gostem, não tinha plena certeza do que fazer, caso não gostem, me procurem.

Cheshire.

 

 

Charlotte leu o pequeno bilhete escrito à mão, as pessoas daquele castelo realmente eram muito eficientes, depois pegou um dos vestidos da pilha (apesar de não gostar muito de vestidos), colocou e desceu para o café.

- Bom dia. – ela disse a Antonie, William e Mary. – Não quero ouvir NENHUM comentário a respeito do vestido, estamos entendidos?

- Claro. – todos disseram, obviamente mentindo.

- Mary, tem uma pilha sobre a sua cama também, vá até lá quando terminar.

- Certo. – ela concordou.

Charlotte se sentou, os quatro começaram o café, era tudo muito bom... E muito estranho, comida colorida, torcida, enroscada, brilhante, entre outras coisas.

- Esse lugar é muito estranho. – Will disse.

- Concordo. – Antonie concordou.

- Três. – Charlotte acrescentou.

- Não acho, isso aqui é fantástico! – Mary discordou, olhando animadamente pra coloridíssima mesa de café da manhã.

- Oh céus... – os três disseram.


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