Gato de Cheshire escrita por Aleksa


Capítulo 31
Capítulo 31




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Aos portões de Sonatha, o grupo se depara com o enorme portão d aço, onde contemplando as pessoas, uma enorme clave de sol observava silenciosa a passagem das pessoas.

Uma garota de olhos alaranjados e cabelos verdes para em frente ao portão.

- Sim? – ela diz, no tom de voz baixo e discreto.

- Sou ministro de Tsary e-... – Cheshire começa até ser interrompido.

- Sei quem é o senhor, jovem mestre de Tsary, mas a pergunta é: O que trás um Tsaryno até tão longe do reino pátria? – ela interrompe, observando Cheshire com seus alaranjados olhos inquisitivos.

- Assuntos com a Main Master. – ele responde seco.

- ... Como desejar... mestre Tsaryno. – ela diz, virando-se e voltando a caminhar para dentro, as portas se abrindo conforme ela se afastava.

Todos a seguem sem questionamento, sentidos alerta a sons desconhecidos. Ultrapassando a grande porta de mogno escovado e entalhado todos contemplam o grande salão principal de peças de arte, flores desconhecidas e tapeçaria fina.

- Main Master, os filhos de Tsary a aguardam na sala. – a garota diz, enquanto some em um dos corredores.

Sim, Main Master é uma mulher, uma das três Main Masters mulheres, seu nome é Samantha Sonatha.

- Ministro. – ela sibila entre os dentes.

- Main Master. – ele responde, no mesmo tom frígido.

- O que trás uma figura tão ilustre e inacessível para o meio da minha humilde sala de estar? – ela pergunta num claro tom de deboche.

- Com certeza não foi a sua companhia agradável Samantha.  – ele diz, exibindo um de seus famosos sorrisos sarcásticos que lhe renderam o apelido por parte de todo o mundo mágico.

O olhar da mulher se fecha intuitivamente, hostilmente exibindo as presas afiadas que possuía em sua boca.

- Oh, ofendi vossa majestade? Mas que descuido o meu. – ele ri ironicamente.

- Cuidado com as palavras Aleksander!  - ela diz, enfiando o punho cerrado com força na parede e quebrando uma das estátuas de mármore branco.

- Não quer resposta não brinque com fogo, Samantha. – ele diz, apoiando em uma das mesas de cristal.

- Diga logo o que você quer? – ela diz, seca.

Todos observavam perplexos com a mudança de comportamento de Cheshire... Mas afinal, o apelido precisa vir de algum lugar.

- Creio que você abrigue um psicopata sobre o seu teto. – ele diz, jogando a cabeça pro lado.

- Ha! Como se os padrões Tsarynos servissem como referencia por aqui. – ela diz, cruzando os braços.

- Oh, não, não minha cara Samantha. – ele diz, eu seu sarcástico tom aristocrático. – Eu nem sequer por um momento considerei que alguém insubordinado como você fosse cooperar com a facilitação do meu trabalho. Eu só vim aqui lhe comunicar que se o assassino dos sete reinos estiver aqui... – ele toma ar. – Eu vou por essa arapuca aqui abaixo sem nem precisar pensar muito. – ele sorri.

- ...Isso é uma ameaça ministro?

- Oh, não! Claro que não... É um aviso. – ele sorri. – Então é bom você esconder ele muito bem, por que se eu achar... Bem, é melhor eu não achar. Não  concorda Main Master?

- ... Talvez, Ministro. – ela declara, ríspida.

- Então muito bem, vamos indo. – Cheshire ruma na direção da porta.

Ninguém tem como  questionar, simplesmente seguindo-o porta a fora, as portas se fecham, eles de volta ao jardim.

- Erm... Nós vamos mesmo embora Cheshire? – Antonie pergunta.

- Hãn? Ah, claro que não. – ele sorri como se concluísse a coisa mais óbvia do mundo.

- Então... O que foi aquela cena na sala? – William pergunta.

- Ah, só um típico momento gato e rato... Quase que literalmente aliás, já que eu sou mesmo um gato. – ele constata quase que falando consigo mesmo.

- Bem, então aonde vamos? – Charlie não pode evitar  em perguntar.

- Samantha tinha... Tem, uns irmãos pirados. Mas como eles são uma ameaça a vida publica, eles são mantidos trancados na torre leste, a lista de presença permanece lá, eles tem entrada para o jardim dos fundos.

Um “Ahhhh~!” de esclarecimento corta o ar finalmente ligando os pontos do que se passava. Quando chegaram, a presença deles foi notada, se eles simplesmente se dirigirissem à torre leste, isso pareceria muito suspeito, mas agora que os olhos da Main Master estão voltados pra dentro, enquanto ela pensa no enorme blefe de Cheshire (que não é um blefe exatamente por ele não ser capaz, mas por ele não ter motivação para fazê-lo).

Chegando ao grande portão de ferro e madeira, carcomido pelo tempo e enferrujado pela exposição ao clima tempestuoso do oeste, os  íllis, os cavaleiros de Tsary, e o ministro Tsaryno encaram a enorme fechadura de ferro parcialmente consumida.

- Pode cuidar disso Clístenes? – Cheshire pergunta.

- Posso. – Clístenes diz, tirando uma de suas luvas de couro marrom escuro e tocando a maçaneta.

Como um jato de ar, Clístenes cuida de abrir cada uma das travas, que vão se abrindo uma após a outra com “clicks” eventuais.

Então... Cleck a porta vai se abrindo lentamente com um rangido enferrujado de madeira e metal envelhecidos.

- Sólon, você fica com eles, eu, Drácon e Clístenes vamos entrar. – Cheshire declara, concluindo como seria perigoso entrar numa prisão de contenção de presos psicologicamente deturpados com três íllis mortais e desarmados.

- Sim senhor. – Sólon assente com a cabeça.

Charlotte ia abrir a boca em protesto quando a mão de Antonie em seu ombro esquerdo a parou, por mais que ela quisesse ajudar, seria apenas um atraso a  eficiência e velocidade do trabalho que teriam de fazer lá dentro. Com um suspiro ela se calou e deixou que os três entrassem fechando e selando a porta atrás de si.

Uma leve angustia invadiu o peito de Charlotte conforme ela não mais podia ouvir o som dos passos de Cheshire dentro do enorme calabouço de pedra sombrio e enevoado... O que era aquilo afinal? Sentimento gélido de vazio e incerteza que costurava-lhe a boca do estômago...


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Notas finais do capítulo

Uhhhh, sinistro XD
E ai?
Gostaram?



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