Gato de Cheshire escrita por Aleksa


Capítulo 3
Algo


Notas iniciais do capítulo

Agora que as coisas começam a acontecer, vai todo mundo começar a amar e odiar o Cheshire mas não me odeiem, ele vai mudar bastante ao longo do livro ;p



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/68864/chapter/3

Capítulo 3 – Algo

 

Cheshire não se transferiu para a escola deles, por sorte... Pelo menos assim eles teriam algum tempo pra se acalmarem...

Naquele dia eles teriam compromissos depois da aula, e para a desgraça de Charlotte, ela seria a única a ir pra casa no horário normal, o que a deixaria sozinha... Com... “Ele”...

- Droga... – ela suspirou, indo sozinha pra casa.

Por um momento ela quase desistiu de ir pra casa, mas depois pensou “estou sendo expulsa da minha própria casa?!”, tomou coragem, e foi.

Assim que chegou na porta, pôs a chave no buraco da fechadura, e girou, preguiçosa, sem nenhuma vontade de abrir aquela porta. Até que a maçaneta fez um “clic” e ela foi obrigada a abrir.

Quando entrou, encontrou com Cheshire deitado no sofá, dormindo...

- Ufa... – ela respirou.

Ela foi até o seu quarto, se trocou (com a porta trancada), e quando saiu, ele ainda estava dormindo. Ela se sentou apreensiva no sofá da frente, e começou a ler.

A cauda e as orelhas de Cheshire se moviam involuntariamente enquanto ele dormia, além do fato de ronronar.

Charlie achava estranho, mas interessante, ele era meio gato, com mente de gato, e mente humana.

Algumas horas se passaram naquele silêncio confortável, tudo o que se podia ouvir, era o som do relógio.

Foi quando Mary e William entraram porta a dentro, eles trabalhavam em locais próximos, vinham juntos pra casa.

- Oi Charlie...

- Oi Will, como foi o trabalho?

- Cansativo, aqueles ignorantes da biblioteca deviam se atirar num poço...

William trabalhava numa biblioteca, assim ele podia aproveitar e ler os livros de lá.

- E você Mary?

- Lontras... São animais malignos...

- Certo... Eu não vou perguntar.

Mary trabalhava num local onde se estudavam varias coisas, animais, fisica, química, entre outros, mas ela nunca foi boa nisso, então, com freqüência tinha vários “problemas”.

- Teria demorado menos... Mas Mary caiu no caminho... Algumas vezes... – William colocou, frustradíssimo.

- Não é minha culpa se os buracos estão sempre no meu caminho! – Mary se defendeu.

- Sei... – Charlotte respondeu, muito desinteressada.

Antonie ainda demoraria a chegar, hoje era o dia de Charlie fazer o jantar...

De repente os olhos de Cheshire se abriram em um lapso, ele subitamente olhou em direção da janela, seus olhos se estreitaram, ele parecia um gato muito zangado...

- Mestre Aleksander...

Era um rapaz de cabelos platinados, que usava um brinco com uma letra pendurada, a letra ‘s’, ele tinha olhos amarelos preocupados, e uma voz melodiosa.

- Mestre Aleksander, precisamos de você, Âmbar está...

Cheshire o cortou dizendo:

- Eu não me importo Sólon, Âmbar me entedia. – ele disse, frio.

- Mestre, se você não vier, nós teremos que levá-lo.

- Por que essa determinação em me levar de volta? – ele disse num suspiro frustrado.

- A rainha Hímia só fala com você, desde que você partiu ela não proferiu uma única palavra...

- Detesto ser o gato de recados da rainha. – ele disse cruzando os braços, emburrado como uma criança.

- Mestre Aleksander...

Charlotte, William e Mary postavam-se chocados em frente a cena... Bem, Mary nem tanto, ela estava mais... Deslumbrada com tudo isso...

Antonie abriu a porta, e encontrou a mesma cena que os outros presenciaram...

- Mas o que...

Ele não pode terminar a frase, outro homem, extremamente parecido com o primeiro entro também pela janela, parecia mais incomodado e perigoso que o primeiro, e esse tinha uma letra 'd' na ponta do brinco.

- Sólon o que você... Quem são vocês? – ele se dirigia aos quatro, ainda em choque no meio da sala. – Vocês estão mantendo o mestre Aleksander preso aqui?! – agora ele soou furioso, todos sentiram um arrepio frio.

- Calma Drácon. – Cheshire repreendeu, ainda desdenhoso. – Não há em Doria um único íllis de me prender.

Quanto mais o tempo passava, mais os quatro ficavam confusos... “Doria”, “íllis”, o que eram essas coisas?!

E pra piorar a situação um terceiro, também extremamente igual aos outros dois, mas esse com um 'c' no brinco, entrou janela a dentro,  virando-se a Drácon, que já tinha a espada em punho, e dizendo:

- Controle-se Drácon, não queremos que sangue seja derramado...

- Que fantástico. – Cheshire disse desinteressado. – Estão os três aqui...

- Por favor mestre Aleksander, volte conosco.

- Clístenes, já disse que vocês me irritam profundamente?

- Eu creio que sim mestre.

- Então me esclareça, por que raios vocês ainda me perseguem?! – os olhos de Cheshire adquiriram uma tonalidade avermelhada.

- Se não vier por bem, iremos arrastá-lo. – Drácon impôs.

- Você não se atreveria... – Cheshire disse, num tom que gelou a espinha dos quatro, que ainda assistiam a cena de fora.

O olhar mortal e frígido de Cheshire fez com que Drácon desse um passo atrás, era obvio que violência não funcionaria, então, Clístenes tirou de seu bolso uma pequena pedra, no formato de uma bolinha-de-gude, que tinha o desenho de algo similar a pupila de um gato, quando fina.

- Isso... – o olhar de Cheshire mudou repentinamente, se tornando perdido, como se assistisse a um flashback mental não muito agradável.

- Eu realmente sinto ter que usar isso mas... Você é realmente necessário em Âmbar. – Clístenes disse, fechando os olhos de maneira pesarosa. – Impéria. – ele sussurrou a pequena pedra.

Um brilho azulado se formou nom colar de Cheshire e na pequena pedra, materializando uma corrente prateada, presa a coleira de Cheshire.

- O que deseja mestre...? – Cheshire perguntou, curvando-se de maneira servil.

- Voltaremos a Âmbar. – Clístenes ordenou.

- Sim mestre.

- Sólon, leve os íllis também. – Drácon ordenou.

- Ah, sim claro.

Sólon se dirigiu aos quatro, ainda atônitos, e disse:

- Venham comigo, vocês são acusados de manter o Ministro Aleksander em cativeiro, serão julgados pela corte de Tsary.

- Mas, julgados pelo quê? – William disse revoltado, ele estava sendo seqüestrado, e por algo que nem havia feito.

- Não me façam repetir... – Sólon reinterou, arrancando o pingente de seu colar, que se tornou um machado de cabo muito longo.

O sangue dos quatro gelou, e eles decidiram que seria melhor obedecer.

Decidido isso, os quatro rumaram a janela, Sólon virou, e disse:

- Dêem as mãos.

Os quatro deram as mãos, Sólon segurou levemente a mão de Mary, que se encontrava na ponta da corrente.

- Aonde vamos? – Mary perguntou, dividindo-se em curiosidade, medo, empolgação... Afinal, ela havia encontrado algo que todos julgavam loucura.

- Ao espelho de Salin...

Dito isso, os quatro sumiram janela a fora como uma rajada de vento, deixando a casa abandonada, talvez para sempre...

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pronto, espero que vcs tenham gostado ^w^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Gato de Cheshire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.