I Love You, Goodbye escrita por Queen Lehnsherr


Capítulo 1
Capítulo Único - Eles eram como café e leite...


Notas iniciais do capítulo

Olá, galera! Bom, espero que aproveitem a leitura. Até lá embaixo ^^



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Capítulo Único - Eles eram como café e leite...

 

 Ela nunca quis nada de ruim, mas todas as coisas horríveis a atingiam a cada segundo. Era como uma grande tempestade, na qual ela entrara sem querer e, quando finalmente se dera conta, já não podia mais escapar. Era como se o destino a estivesse punindo por cada pequeno pecado que já cometera em vida, querendo afogá-la em um mar de monstros e demônios sombrios. Por mais que seu corpo permanecesse ali onde estava, deitado em um sofá, sua mente vagava por lembranças e pensamentos ruins, seus olhos se enchendo de lágrimas pelo menos uma vez ao dia durante as duas últimas semanas.

 Quando tudo parecia estar melhorando e ela começava a se levantar, seus pés escorregavam e ela caía novamente de cara na lama. Da primeira vez, quando caiu violentamente ao perder a confiança dos pais, se levantou apenas para cair de novo, dessa vez ao perder ele - aquele que mais amara, o cara que fazia o impossível para tirar sorrisos dela. E, quando pensou que talvez poderia se erguer novamente e seguir adiante, outra rasteira: perdeu as melhores amigas. Por fim, você passou tanto tempo tentando não perder ele, que acabou perdendo suas amigas, foi o que lhe disseram. Do jeito que todos estavam desistindo dela, não duvidava que os irmãos Sam e Dean Winchester saíssem da tela da Netflix e a abandonassem também. Era um pesadelo que piorava a cada dia, sem chances de ter um fim. Havia perdido muitas das coisas que amava, e se não fosse por Deus, já teria desistido.

 Em todo esse tempo, as pessoas a trataram como louca ou uma coitada, e graças a todo esse "carinho" que recebera, há duas semanas apresentava sintomas de depressão - 11 de 13 sintomas não era algo considerado normal. Não dormia bem desde que o caos começara - isso é, quando conseguia dormir. Era assombrada por pesadelos e despertava precocemente, sempre duas exatas horas antes do despertador; o pouco que dormia era superficial. As crises de choro, os pensamentos de culpa e de tristeza, o isolamento - fase que estava começando lentamente e nas mínimas coisas, as dores de cabeça inexplicáveis, o cansaço e o abandono de hobbies que antes a deixavam alegre. E ainda insinuaram que ela tratava a doença como uma gripe qualquer.

 Não imaginava que ela, uma garota que sempre sorria diante das milhares de dificuldades que enfrentava, agora estava a beira de uma grave depressão. E a única pessoa que ela sabia que estaria ali - além de seu Deus - para ela, que jurara nunca desistir dela, foi tirada com violência e dor de seu alcance. Tinha poucas pessoas com quem contar agora: sua irmã de consideração e coração, sua grandiosa amiga, uma ou duas boas amigas da escola e Deus, e torcia para que sua fase de depressão sumisse magicamente sem que os pais desconfiassem e a tachassem de louca desnaturada - de novo. Mas torcia por outro alguém, também.

 Acima de tudo, naquele estado em que se encontrava, torcia por ele; pelo seu amor, pelo seu grandão. Sabia que deixá-lo ir era a única forma de protegê-lo (de coisas que ele nem tinha ideia), então assim ela faria - além do que, também respeitava demais as ordens de seus pais. O deixaria ser feliz sem ela, deixaria que ele realizasse todos os planos que tinham, juntos, com outra garota. Nunca esqueceria dos dias 3, 20* e o famoso 8 de Janeiro. Sempre levaria consigo as lembranças e a dor da perda. Poderia ficar surda escutando seu último áudio, que lhe jurava amor eterno.

 Só sabia que precisava que seu grande amor se esvaísse de suas mãos, mesmo que isso corroesse seus pulmões e arrancasse lágrimas de seus olhos. Em outra época, poderia ser a Julieta dele, mas sabia que seu Romeu precisava viver; ele teria um futuro brilhante e uma mulher bem melhor que ela. Se acostumar com uma vida sem ele não seria nada fácil. Não escutar o sotaque bonito que conhecia, não poder sonhar com o dia em que a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro sumiria e eles poderiam finalmente se ver... Era tortuoso. Imaginar a textura de seus lábios, o calor de sua pele e suas mãos passeando por seu corpo a deixavam eufórica, mas era só um sonho que não lhe pertencia.

 Queria que ele se formasse com êxito na faculdade, que encontrasse uma garota que o fizesse feliz e, claro, que ele fosse feliz - mas queria estar na memória dele, como uma boa lembrança que deixa saudades. Quero ser um pensamento que o fizesse sorrir, que ele não se esquecesse das risadas, das datas importantes, das juras de amor e do vídeo que ela fizera para ele uma vez, onde ela mostrava sua timidez e bochechas vermelhas ao falar um simples "eu te amo". Daria um futuro como ele queria para as histórias que criaram juntos, e cuidaria muito bem de Seth Gibson e sua equipe - assim como sabia que eles certamente cuidariam muito bem dela. Era uma forma de ainda estar com ele, e faria seu grandão se orgulhar do rumo do que escreveria a partir dali.

 Se ela gostaria de achar uma maneira de voltar para ele? Com certeza! E um dia, sabia que acabariam se esbarrando de novo por aí. Mas, por enquanto, tudo era apenas um sonho acompanhado de pensamentos bons, agora perdidos ao vento; memórias do que foi e talvez não volte, memórias do que foi e não é mais. Ela o amou mais do que qualquer garoto que aparecera, e ele sempre teria um espaço em seu coração - afinal, eles eram como café e leite: ele tirava o sono dela, e ela o deixava menos amargo. Mesmo sendo tão diferentes, viveram a melhor amizade de dez meses no mundo, e o melhor namoro de duas semanas do universo. Ela o amava, mas devia dizer adeus.

 Einstein podia estar errado sobre a Teoria da Relatividade, afinal; tempo (ele) e espaço (ela) estão, sim, profundamente ligados... Mas, nesse caso, talvez não estivessem destinados a ficar juntos. E espaço sem tempo jamais seria o mesmo.

 Amor é para sempre. Você pode tentar correr, você pode tentar negar mas, não importa quanto tempo passe, o amor nunca acaba, não totalmente. Ela o amou, e sabia que amaria para sempre. Mas, se você ama alguém, precisa deixar ir. Talvez não vá voltar para você, mas se é a coisa certa a se fazer, não se pode evitar. Ela sou eu, ele é o amor que tive que deixar escapar de minhas mãos, e essa fora minha única forma de desabafo.

 Eu te amo, adeus.


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Notas finais do capítulo

Pode ter parecido bem dramático, mas é bem assim que tudo aconteceu. Muitos nos conhecem no grupo do Nyah! Fanfiction no Facebook, e nos shippavam - e agora, estamos destruídos. Mas isso é tudo o que sinto sobre tudo isso, e sabe, espero que as coisas se acertem futuramente. Obrigada se você leu até aqui, deixe um comentário se achar que vale a pena S2
E, Gus, se estiver lendo isso... Bom, nem tenho o que falar depois dessa one. Mas quero que aceite um último presente meu: assim como você me deu Seth Gibson e sua equipe, estou te dando minha Daphne McCall. Não sei no que irá usá-la, mas espero que use em breve para que eu possa me orgulhar de qualquer coisa na qual você a colocar. Quero ela e Josh Kane vivendo várias aventuras juntos, para que você nunca se esqueça das aventuras que nós vivemos também. Você provavelmente ainda deve ter a ficha dela, e quero que continue tendo e que a use para algum futuro projeto - afinal, você sabe que eu e ela somos bem parecidas, assim como o Seth é bem parecido contigo. Serão formas de estarmos perto um do outro, ainda que muito longe. Obrigada por tudo o que passamos e, bom, se nada disso tivesse acontecido, hoje eu provavelmente estaria lhe desejando um feliz primeiro mês de namoro ^^ Eu te amo, e não quero jamais que se esqueça disso.
E fim.



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