A Inútil Capacidade de Ser Receoso escrita por Fabrício Fonseca


Capítulo 22
Vinte e Um




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Ás 18hrs30min nós começamos a ajudar Aline com a roupa que ela usará no jantar que meu pai está oferecendo para Frederico e João. Depois que ela veste todos os vestidos do seu closet e nós três damos nossas opiniões sobre eles (todas positivas devo ressaltar, já que ela realmente ficou boa com todos eles) ela finalmente escolhe um: o primeiro que ela provou. É um vestido verde-claro solto com um laço na cintura e chega até a altura dos joelhos.

Logo depois nós ajudamos Marcos a escolher uma roupa e então finalmente os dois estão prontos. Saímos da casa deles quando falta vinte minutos para ás oito da noite e quando já estou na rua com o Jeep acelero para não me atrasar muito.

Assim que estaciono na garagem descemos rapidamente do Jeep e corremos para dentro de casa indo em direção a escada, e eu posso ver pela porta aberta que já tem algumas pessoas no salão de jantar.

Como eu e João já tomamos banho na casa de Aline só precisamos escolher nossas roupas, entramos os quatro no meu closet e escolhemos as peças; quinze minutos depois eu e João usamos trajes parecidos, a única diferença é que estou usando blazer preto com o colete e a gravata borboleta vermelho-escuro, e o traje dele é todo em um tom muito escuro de azul.

—Nós estamos parecendo personagens de Gossip Girl— João diz enquanto descemos a escada e nós rimos.

Entramos no salão de jantar e ficamos parados perto da entrada. Tem no mínimo umas vinte pessoas aqui, todas vestidas em roupas de gala e conversando em pequenos grupos de três ou quatro.

—Quem são todas essas pessoas? – Marcos pergunta.

—Acionistas, pessoas que estão envolvidas com esse novo negócio eu acho – respondo.

—Afinal que novo negócio é esse? – Aline fala e os três olham para mim.

—Um novo shopping ou algo assim, se me lembro bem.

Andamos até o minibar no canto direito do salão e pedimos ao barman para fazer uns coquetéis com refrigerante – é só refrigerante mesmo, mas a gente pede o cara para fazer aquela dança e colocar umas cerejas dentro da taça com o refrigerante.

—Espero que isso não seja alcoólico – o tio de João diz aparecendo em nossa frente junto com o meu pai quando estamos nos afastando do bar com as taças na mão.

—É só refrigerante – João diz sorrindo. 

—Eu achei que vocês não fossem chegar a tempo. – Meu pai fala meio que na defensiva.

—Nós chegamos, e estamos completamente famintos. – Falo de forma simpática, e ele pisca os olhos sem entender minha reação.

—Então tudo bem... pedirei para que sirvam o jantar. – Ele se vira e sai andando ao lado de Frederico.

Minutos depois todos os convidados estão sentados à mesa, e ficam em completo silêncio quando meu pai bate algumas vezes o garfo de prata na taça de champanhe.

—Espero que todos estejam se aproveitando inteiramente da noite de hoje – ele fala com calma. – O jantar que hoje oferecemos aqui é pela conclusão do projeto de um novo negócio, uma filial do Shopping Lavorini em Novos Montes. E também uma despedida para Frederico Lourenço, e seu sobrinho João. – E então ele se senta e as pessoas brindam.

Alguns minutos depois a comida começa a ser servida.

—Eu não acredito que seu pai vai abrir um shopping em Novos Montes – João diz, como ele está do outro lado de Aline (eu estou sentado entre ela e Marcos) ele precisa esticar o pescoço para olhar para mim.

—Vai ser um bom motivo para ir à sua cidade – digo. – Posso dizer que vou fiscalizar o shopping.

—Eu vou estar de portas abertas esperando por você. 

Depois do jantar nós bebemos uma taça de champanhe escondido cada um e pedimos ao meu pai para colocarmos algumas músicas animadas e ele permite, nós quatro dançamos no meio do salão e várias pessoas se juntam à nós.

Ás duas da manhã deitamos os quatro no chão do meu quarto e dormimos depois de alguns minutos de conversa.


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