Perigoso escrita por CPP


Capítulo 2
Capitulo 2




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P.O.V Yuri

Quando voltei para casa encontrei tudo quebrado, todas as coisas da minha falecida mãe, meus olhos instintivamente se encheram de lágrimas, fui procurar meu pai, andei pelo primeiro andar e... nada! Resolvi subir as escadas, e finalmente consegui encontrá-lo.

Ele estava jogado no chão do banheiro com uma foto da minha mãe, e uma garrafa de bebida, parecia depressivo, então, tentei me aproximar.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?! – ele gritou, fazendo com que eu recuasse. – VOCÊ QUE A MATOU! ASSASSINO!

— NÃO FUI EU! – gritei, já chorando.

— CLARO QUE FOI, SE VOCÊ NÃO TIVESSE FEITO AQUELA BRINCADEIRA NADA DAQUILO TERIA ACONTECIDO!

Ele me deu um soco e eu caí, cortei minha mão nos estilhaços, ele me bateu mais. Empurrei ele e sai correndo para longe de casa.

Virei em um beco e me agachei, senti uma mão no meu ombro, quando olhei vi um garoto, alto e magro com cabelos pretos. Ele agarrou meu braço e me deu uma pancada na cabeça, eu apaguei.

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Quando acordei estava em um lugar diferente parecia um quarto, tentei focar minha visão. A tontura estava mais forte, tentei me virar mas a dor não deixou.

— Onde estou? – perguntei pro nada.

— Você desmaia fácil, Princesa. – falou o mesmo garoto de antes. – Ei, o garotinho acordou!

Me encolhi na cama e olhei para baixo, estava com mais medo do que quando apanhava do Light e seus amigos, não sabia quem eram aquelas pessoas, e nem o que estava fazendo ali.

— Finalmente! – falou outra voz, quando olhei era o mesmo garoto loiro. Os meus cortes pareciam doer mais, apanhar três vezes no mesmo dia ninguém merece.

— Como é mesmo o nome dele? – perguntou um garoto ruivo.

— É... Yuno?.... Não.... Yuki! –falou um garoto moreno.

— Yuri! – lembrou o loiro, eu estava mesmo diante de uma discussão sobre meu nome?

Eu não respondi, apenas me encolhi mais, ele avançou sobre mim e me empurrou da cama, fazendo com que eu batesse a cabeça na parede.

— Eu perguntei, qual o seu nome garoto! – falou com raiva. Me encolhi mais ainda.

— Y-Y-Yuri.... – falei baixo e gaguejando.

Eles riram, me lembraram muito Light e seus amigos, um dejá-vu me veio a mente.

Vi eles me batendo de novo, ai que caiu a ficha: eu fui sequestrado! Uma onda de pavor consumiu meu corpo, e eu comecei a tremer, mesmo com medo deles perceberem..

— Tadinho, ele está com medo! – debochou o moreno, rindo ainda mais. – Afinal, meu nome é Toshi.

— O meu é Sho. – falou o que me trouxe pra cá.

— O meu é Riki – disse o ruivo.

— O meu é Akira – disse o loiro, friamente. – O negocio é o seguinte: ou seu pai da o dinheiro em um mês, ou você morre.

Suspirei, eu ia morrer, meu pai não ia dar o dinheiro, conheço ele. Já estava prevendo meu funeral. Minha vontade era dizer que eles podiam me matar naquela hora, mas não tive coragem.

— Esse é o seu quarto que você vai ficar, não vai sair daqui, se soubermos que esta contatando alguém, você e seu pai morrem. – disse Riki, eu acho. – Gosta de ler? Por que já estou ate prevendo seu tédio, vai ser como o último,não é?

Eu amo ler, mas meu medo era muito, se eu falasse poderia piorar, se eu ficasse quieto o Riki me batia. Nesta situação eu acho é melhor eu falar, tomei coragem:

— E-e-e-eu.... Amo.... Ler – falei pausadamente .

— Que bom pra você, Akira vai vigiar você o tempo todo. – falou Sho.

— Vamos sair, Akira você toma conta dele, vamos buscar a “encomenda” – despediu-se Toshi, fiquei com medo daquela “encomenda”, eles saíram e Akira me olhou com curiosidade.

— Eu sei que você deve estar com medo, mas pode falar alguma coisa? – perguntou, eu finalmente olhei pra ele, não queria encará-lo, não queria estar com medo, não queria que ele percebesse.

Pensei em um assunto, o que se pergunta para um sequestrador? Qualquer passo em falso e eu morro!

— Quantos anos você tem? – perguntou tentando puxar assunto.

— 16. - murmurei.

— Você é pequeno... – comentou, olhando pra mim, me senti desconfortável com seu olhar. –  Tem irmãs?

Não respondi, se ele soubesse o que faria? Eu não tenho irmã ou irmão, sou somente eu.

— Não. – respondi, depois de um tempo.

— Ok, você deve querer ficar ficar sozinho, depois ligamos pro seu pai. – falou, com uma voz estranhamente calma. - O que aqueles garotos fizeram com você?

Abaixei a cabeça, não queria falar aquilo com ele, ele não mexeu nem um músculo para me ajudar, não confio nele.

— Por que eles te batem? – tentou de novo.

— Não sei... – menti, minha barriga roncou, agora que lembrei como estava com fome.

— Está com fome? – perguntou. - Vou trazer alguma coisa pra você comer, ok?

Ele saiu e eu relaxei, Kami-sama, como isso foi acontecer? Ele voltou com uma pera e uma maçã, jogando as duas pra mim.

— Arigatou... – falei. Quando terminei de comer, encostei as costas na parede e dormi, simplesmente não aguentei, o cansaço tomou conta de mim, e eu apaguei.

P.O.V Akira

Ele pegou no sono, pouco tempo depois, fiquei encarando ele. Por algum motivo, fiquei com pena, por assustar ele. Fiquei frustrado com meu pensamento, eu deveria estar feliz, logo nós teríamos muito dinheiro, e poderíamos fazer o que quiséssemos.

Olhei novamente para o garoto do meu lado, ele parecia uma criancinha indo dormir a primeira vez na casa de um amiguinho, ele ficava incrivelmente fofo, com os cabelos brancos caindo nos olhos.

Sinto uma estranha vontade de protegê-lo, mas tenho que ignorar isso, preciso esquecer o efeito estranho que esse menino esta causando em mim. Ele logo abriu os olhos devagar.

— Acordou? – perguntei. Ele só fez que sim com a cabeça. Eu levantei e ele me olhou confuso.

— Vou pegar um livro para mim, você quer? – perguntei, sabia que ele não ia me responder.

— Quero, onegai. – ele disse, baixo e pensativo.

— Qual você gosta? Vem. – guiei ele ate uma estante de livros, nosso único entretenimento. Peguei um manga de Death Note e ele pegou  O Cão Que Guarda As Estrelas.

Nos sentamos de novo no chão e eu comecei a ler, sabia que ele não ia se concentrar, depois que ele ficasse mais calmo, aí sim eu faria mais perguntas, mas, por hora, era melhor deixar que ele se distraísse com  livros e etc.


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Notas finais do capítulo

Ate o próximo!!!

CPP

SF: CARMA DAS 1.054 PALAVRAS!