Cidade Imortal escrita por Manuca Ximenes, Cris Herondale Cipriano


Capítulo 17
Capítulo 16




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Capítulo 16

Quem é a vitima?... Herondale? ...Vai ficar tudo bem.

Izzy está chocada, tudo o que ela ouvirá estava martelando em sua mente várias e várias vezes, enquanto Clary cruzava os braços e Alec saia do quarto.

—Izzy, eu... Izzy, por favor. –Implora, nervoso.

—Vem aqui. –Chama, estendendo a mão em direção ao irmão, entrelaçando os seus dedos nos dele. –Tudo bem, irmãozão. –Sussurra, alisando o rosto de Alec, que suspira aliviado. –Eu sempre vou ficar ao seu lado, faça chuva ou faça sol e agora, aparentemente, por toda a eternidade. –Afirma, abrindo um enorme sorriso.

—Como? –Pergunta, confuso.

—Acha que eu vou deixar passar essa história de ser imortal assim? Não mesmo! –Afirma, animada. –Eu vou poder passar o resto da eternidade te metendo em minhas confusões. –Garante, prendendo o choro. –Que mulher não iria querer isso? –Questiona, revirando os olhos.

—Uma grande verdade. –Responde, sorrindo.

—Vem aqui. –Chama, abrindo os seus braços, aninhando-o e alisando as suas costas. –Eu vou te ajudar não se preocupe, Max vai ficar bem. –Afirma, sussurrando.

—Como pode ter tanta certeza? –Pergunta, olhando-a nos olhos.

—Porque ele é seu filho e porque você é a pessoa mais protetora do mundo. –Responde, dando de ombros. –Mas agora eu tenho que cozinhar alguma coisa. –Revela, deixando Alec assustado.

—Quem é a vitima? –Pergunta, visivelmente temeroso.

Izzy revira os olhos, Simon tinha garantido que ela tinha melhorado na cozinha, tanto que ele sempre acaba comendo alguma coisa que ela preparava, mesmo que fosse Simon que cozinhasse na maior parte do tempo.

—Gabriella, Blue e Max. –Responde, arrastando-o.

—Espero que Cecily não tenha herdado os seus dotes culinários. –Murmura, revirando os olhos. –Eu faço o jantar. –Garante, seguindo em direção à cozinha.

—Alec. –Resmunga, nervosa.

—Eu não podia comer tudo o que Magnus queria vinte e quatro horas por dia, senão seria um caçador de sombras obeso. –Brinca, rindo. –Ter duas crianças em casa, às vezes, faz-nos aprender a nos virar, o que não é o seu caso. –Acusa, despreocupado.

—Alexander. –Resmunga, indignada, fazendo-o rir.

...

Jem e Tessa observavam Will dormir o sono dos exaustos, o casal estava pasmo, após Will aparecer tão repentinamente e logo em seguida desmaiar de exaustão, eles o carregaram para dentro, agora o jovem caçador se encontrava dormindo no quarto de hospedes. 

Nenhum deles entendia o que havia acontecido, Will havia morrido a muito tempo, morrido já com idade avançada, mas o rapaz que ali se encontrava não devia ter mais que dezoito anos. Will soltou um leve suspiro e logo seus olhos se abriram, Tessa sentiu uma onda de saudade violenta se apossar dela, a muito tempo não via esses dois pedaços de céu brilhantes que eram os olhos de Will.

— Will? Você está bem? - Perguntou cautelosa. 

— Tessa? É você mesma? Parece diferente. - Disse o rapaz após a garota confirmar com a cabeça. 

Jem olhava para o parabatai sem realmente acreditar que este estava ali, a princípio achou que fosse algum demônio usando o rosto de Will, mas após o mesmo ter dito simplesmente uma única frase ficou óbvio que se tratava de Will Herondale. Poxa James, achei que você fosse capaz de reconhecer o rosto de seu parabatai quando o visse. Uma única frase, mas que serviu para mostrar que se tratava do verdadeiro Will e não de um impostor, não a frase em si, mas sim a forma como foi dita, ninguém conseguia colocar um toque de zombaria, sarcasmo, saudade e carinho junto numa única frase igual a Willian Herondale, talvez Jace, mas definitivamente, não se comparava ao pioneiro Herondale. 

— Will, o que aconteceu com você? Como veio parar aqui? Como sabia onde nos encontrar? De onde você veio? - Tessa derramava uma corrente de perguntas deixando o garoto que já se encontrava confuso, mais perdido ainda.

— Tessa, por favor, uma coisa de cada vez, deixe Will se recompor primeiro, ele deve estar mais confuso que nós. - Disse Jem com sua habitual calma. 

Tessa suspirou e confirmou com a cabeça, Jem tinha razão, mas ela estava inquieta, sentia que algo estava errado, mas também estava mais que ansiosa, Will estava ali, na frente dela, depois de mais de um século, era coisa demais para que ela se mante-se calma.

— E-eu não sei, está tudo confuso, e-eu lembro que morri, eu estava velho, lembro que v-você, James era um Irmão do Silêncio e tocou seu violino na minha morte, eu lembro disso, depois minha mente fica confusa. 

Jem sentiu seu coração se apertar, ele se lembrava e muito bem da morte do parabatai, lembrava como se sentiu perdido e sozinho, nunca a irmandade lhe deu tanta solidão como quando perdera Will. 

Will arregalou os olhos de repente e soltou uma exclamação de surpresa, assustando o casal. 

— O que foi Willian? - Perguntou Jem assustado. 

— E-eu preciso encontra Clarissa e Jonathan, não faço ideia de quem sejam, mas preciso! Eles estão atras deles, eu vi James, eles precisam de ajuda! 

— Eles quem? Will se acalme e nos conte exatamente o que aconteceu. 

— Ainda está tudo confuso, mas tinham dois homens, uma fenda apareceu, parecia algum tipo de portal e eu ouvi eles falando, coisas, como vingança, o mais jovem um rapaz loiro, disse que uma tal de Clarissa seria dele e que não deviam ter aberto a fenda, que ele agora voltaria, disse que um tal de Jace pagaria, eu não sei, está tudo muito confuso mas o mais velho disse que Jonathan era tão filho dele quanto Jonathan, não faz sentido não é? - Disse o garoto visivelmente perturbado. 

Will por está com o rosto escondido entre as mãos não pode ver o olhar de pânico que se apossou de Jem e Tessa, eles reconheciam os nomes citados e muito bem. 

— Tinha um garotinho, ele era pequeno, muito pequeno, muito jovem. - Murmurou Will com o olhar perdido. - Mas de algum jeito eu sabia que ele estava morto, alias acho que todos estávamos, ele me disse com voz chorosa que aqueles caras iriam matar seu irmão, disse que tinha que avisa-los, ele me implorou para ajuda-lo, James não podia deixar o menino sozinho, ele parecia tão assustado, tão sozinho! Então eu atravessei com ele. - Disse Will desesperado. 

Jem havia ficado pálido com a narrativa de Will, embora o garoto estivesse claramente confuso, não dava para negar que se referia a Sebastian e Valentim. 

— Isso não é bom, precisamos mandar uma mensagem para o instituto de Nova York agora! - Disse Jem fazendo um gesto de saída. 

— James! Espere! 

Jem voltou-se para o parabatai com cautela, ele sabia que Will teria perguntas, mas não sabia como responde-las. 

— Você parece mais velho James, mas eu, eu ainda tenho dezessete anos, o que está acontecendo aqui? E quem é aquele garoto que está nos observando a pelo menos uma meia hora? - Perguntou Will apontando para Willian Carstairs que estava parcialmente escondido no batente da porta. 

— W-Will, já faz cento e cinquenta anos desde que você morreu, Jem foi curado de sua doença a pouco tempo e aquele menino é Willian Carstairs, nosso filho. - Disse Tessa com os olhos marejados enquanto segurava a mão de um Will pálido e transtornado. 

Jem sentiu uma pequena onda de ciúmes se apossar dele, a proximidade de Tessa e o amor que ele via refletido naqueles belos olhos cinzentos eram como facadas em seu coração. Logo em seguida se amaldiçoou por isso, ele amava Will, ele era seu parabatai, ele sabia que Tessa nutria o mesmo sentimento que tinha por ele por seu parabatai, isso nunca havia sido problema, mas ver Will de volta e tendo o risco de que Tessa talvez pudesse deixa-lo, isso o dilacerava por dentro. Se sentiu mais miserável ainda quando a próxima pergunta de Will veio. 

— James, os olhos dele, ele por acaso, ele é como você era? - Perguntou o jovem caçador com sincera preocupação, fazendo com que Jem quisesse se bater por sentir ciúmes de alguém que sempre quis apenas seu bem. 

— Não Will, ele apenas herdou os olhos prateados. -Disse forçando um sorriso. 

— Willy, venha aqui se apresentar para seu tio Will. - Disse Tessa. 

Will observou o jovem se aproximar, ele era muito tímido, isso podia se ver, também era muito parecido com Jem, os mesmo cabelos castanho escuro, a mesma curvatura dos olhos, deixando perceber sua ascendência asiática, e os mesmo olhos prateados e sagazes de seu pai. O garoto não tinha quase nada de Tessa, talvez apenas a pele clara e o formato dos lábios carnudos. Will sentiu uma onda selvagem de tristeza se apossar dele, se havia passado tanto tempo, seus filhos estariam mortos então.

— Will nós conhecemos as pessoas citadas por você, vou mandar uma mensagem para Jace Herondale no instituto de Nova York, o que você nos disse é extremamente importante, pois Sebastian e Valentim são um risco para todo o mundo.

Porém a única coisa que Will prestou atenção foi no sobrenome do tal Jace.

— Herondale? - Sussurrou.

....

Induzir Clary a vislumbrar a marca foi uma ação complicada, principalmente, por ela ter que desenhar com o seu próprio sangue. O difícil, na verdade, foi conjurar um feitiço que ligase as ações dela a Rafael, Gabriella e seu pai.

No segundo que ela terminou de realizar o feitiço, Max só teve tempo de se esconder e se deixar levar pela inconsciência.

Blue sabia que se algum dia Jace descobrisse o que ele tinha feito, ele seria julgado pela clave e que tinha grandes chances de ser condenado pelo seu ato de alta traição.

—Está assustada com a comida da sua tia? –Pergunta Gabriella, aproximando-se de Blue e alisando os cabelos dele.

—A comida de tia Izzy pode ser mortal. –Responde, prendendo o riso chamando a atenção de Max.

—Izzy ainda não aprendeu a cozinhar? –Pergunta, confuso.

—Tia Izzy aprendeu muitas coisas, menos a cozinhar. Quem cozinha para ela é Simon. –Responde Blue, piscando em direção ao tio, que ajeita os seus óculos.

—Que Raziel nos ajude. –Murmura Gabi, encarando o teto.

São interrompidos por Jace, adentrando o cômodo com três caçadores de sombra, os quatro com expressões de poucos amigos.

—Maxwell Michael Lightwood-Bane, por ordem da clave, está preso por alta traição. –Anuncia Jace, severo.

—Blue. –Chama Gabi, nervosa.

—Tudo bem. –Afirma, beijando a testa da caçadora, observando Max de olhos arregalados. –Uma hora isso iria acontecer. –Garante, contra a testa da caçadora.

—Eu te amo. –Declara, sussurrando, deixando escapar algumas lágrimas.

—Idem. –Declara, afastando-se dela.

Enquanto Blue aproxima-se de Jace, seu tio coloca uma expressão sofrida, que logo em seguida volta a sua mascara de indiferença.

—Jace, o que está fazendo? –Questiona Alec, invadindo o quarto.

—O que eu tenho que fazer como líder do instituto de Nova York. –Responde, sofridamente, deixando com que Blue saísse do quarto.

—Tudo bem, pai. Eu mereço ser preso. –Garante, abraçando Alec e logo em seguida Magnus. –Eu assumo a responsabilidade dos meus atos. –Afirma, concordando com a cabeça.

—Vamos logo. –Manda Jace, encostando a sua mão nas costas de Blue.

—Eu nunca vou te perdoar por isso. –Afirma Alec, raivosamente.

—Também não gosto do que estou fazendo. –Garante, nervosamente.


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