Uma bela coincidência escrita por irritabiliz0u


Capítulo 35
34 - Ela


Notas iniciais do capítulo

Desculpa por ter passado tanto tempo sem postar capítulo, eu tenho que passar de ano sabe kkk, muitas provas, trabalhos, problemas, mas enfim, eu espero que vocês gostem, curtem, comentem, aproveitem.



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2 dia – Dieta

Ela não via mais sentido em continuar com tudo aquilo. Sentia a dor inexplicável que tanto lia nos livros se tornar realidade. No começo, claro, achava uma coisa inútil e patética toda a encenação, mas agora percebia que nenhuma palavra nos livros escrita descrevia o vazio que estava. Não via mais sentido em se arrumar, em tomar banho ou escovar os dentes. Nunca mais iria beija-lo mesmo. Não via sentido em beber água ou em comer, não tinha que ficar linda para mais ninguém. Não via sentido mais em sair da cama. Não ia viver mais feliz, podia dar um fim a tudo ali mesmo.

—CATHERINE ABRE ESSA PORTA. – acho que é Vivian que tanto esperneia do outro lado. Estou faz três dias sem sair desse quarto, dois sem comer. Já pus pra fora as poucas coisas que tinha no estômago e mesmo que ele grite agora implorando por alimento, me recuso a fazer qualquer coisa.

Eu não preciso comer.

Não preciso beber nada.

Não preciso tomar banho, posso ficar com essa roupa.

Não preciso sair da cama, muito menos arruma-la.

Coloco minhas mãos no rosto e consigo sentir o mau cheiro que alastra do meu corpo. Eu o quero. Quero Rafael Roche.

Quero ele me beijando.

Quero ele me irritando.

Quero ele me olhando enquanto leio algum livro.

—Eu vou arrombar essa porta se você não abri-la Cath. – Christian diz do lado de fora com uma voz medrosa, não dou ouvidos, façam o que quiser.

Quero ele brincando com as pontas do meu cabelo enquanto faço comida.

Quero ele fazendo massagem nos meus pés de quando eu voltar muito cansada de um trabalho noturno.

Quero ele beijando todo meu corpo.

Quero nosso filho.

Quero seu corpo, sua mente, seus defeitos.

Mas eu não posso querer isso, querer não é poder.

—Eu posso fazer isso. – Seguro um frasco cheio de pílulas. Nem lembro quando me levantei da cama e vim para cá, para o banheiro. Derramo umas 15 na mão e me olho no espelho. Na minha mão esquerda que não segura as pílulas segura tem eu e Rafael em uma foto que tiramos na cama. Eu estava sem roupa e ele só de short, seu corpo se encontrava em cima do meu cobrindo as minhas partes, ele segura meu rosto com o seu grudado no meu. Esse momento foi mágico. Só eu e ele. Ele e eu. Eram juras sujas e perfeitas.

Que pena de mim.

Antes de colocar qualquer coisa na boca perco o equilíbrio e as pequenas bolinhas caem da minha mão. Estou fraca demais para fazer qualquer coisa, eu não vou comer nem que me obriguem.

Meu corpo cai inerte no chão do banheiro.

Ele

2 dia – Sexo

Ele achava que conseguiria se safar rápido dela. Algumas garotas aqui ou ali seriam fácil para ela substituir. Mal sabia ele que, ela era única. Nenhuma biscate poderia substituir ou limitar o que sentiam um pelo outro. Tolo quem achava que os sentimentos podem ser controlados, idiota quem acha que o amor, o mais poderoso, perigoso e insano sentimento, poderia sim ser escondido. É como se fosse um pedacinho de pão e um pequeno amor, nunca é só um pedacinho para quem precisa e nem um pequeno amor para quem realmente ama.

—Sim, cara. Isso. Não, não. Sem limites de pessoas. Pode trazer tudo. Não, essa menina não. Isso, toda gostosa que você encontrar por aí. Beleza, eu compro as bebidas. Não, pode deixar. Sem limite de tempo. Avisa pra todos que eu Rafael Roche está de volta. – Desligo o telefone e me jogo no sofá da sala.

Aqui é muito estranho sem os risos e brincadeiras de Catherine mas eu posso superar. É claro que EU posso superar aquela garota. Catherine foi só mais uma menina, e me marcou claro, eu tirei a virgindade dela e nunca tinha feito isso com outra menina.

Foi difícil, mas eu supero.             

Consigo colocar tudo em “ordem” o suficiente para as pessoas se sentirem acomodadas e eu vou me arrumar, sinto uma sensação estranha no peito mas não dou importância e vou para o banheiro.

***

—Eita cara, você está um caco! Cadê aquela mina gostosa que ficava aqui? O nome dela era Theresa? Christina?

—Catherine. – um dos meninos que Catherine convidou na minha volta da reabilitação diz. Lembro nitidamente daquele dia, dá até um gostinho apenas de lembrar. – Não namoro mais ela cara, pode relaxar.

—Ela está livre?

—Não.

—Mas você disse que não namora mais ela.

—E não namoro.

—Então... – Seguro ele pela gola da camisa e imprenso contra a parede, bloqueando sua garganta.

—Eu disse que não namoro mais ela, não que esteja disponível.

Ele fez cara de confuso e foi logo chorar embaixo de algum braço, Alyssa logo chega para me repreender.

—Qual. O. Seu. Problema? – rugi entredentes.

—Ele queria se meter com a Catherine.

—Que parte de vocês dois não namoram você ainda não entendeu? Agora, cresce e vai colocar música que preste pois estou ocupada com uma coisa. – Ele começa a andar de volta para de onde veio.

—Alyssa.

—Oi? – Ela se vira.

—Transar em um quarto com um desses garotos não é estar ocupada, é ser muito desocupada. – Alyssa sorri ironizando o que digo mas posso ver o seu olhar de tristeza. Ela me deixa feito um cara patético.

Horas se passam. O sol se põe. As músicas de baixo escalão continuam tocando, é como se eu não tivesse mais vontade de pegar e me divertir na festa, mesmo que eu esteja bêbado e com duas garotas se esfregando em mim no sofá.

—Vamos lá pro quarto. – Uma delas, a mais loira, sussurra no meu ouvido colocando a mão sobre meu pau começando a massagear.

—Isso, vou te deixar prontinho querido. – A morena sussurra no outro, pegando na minha mão e pondo debaixo da sua camisa.

Catherine?

—Desculpa meninas, vocês são muito feias. E eu tenho dono. – As duas partes são mentira, infelizmente. Saio do sofá e vou pra área da piscina, procurando uma opção melhor.

Há uma ruiva sentada na ponta da piscina, um corpo maravilhoso. Chego nas suas costas e sussurro igualmente às anteriores fizeram.

—Eu e você, no primeiro quarto do corredor. – Ela concorda com a cabeça e me acompanha.

Suas feições, devo admitir, são lindas. Tenho que tentar substituir. Meu pau não pode ficar familiarizado e apegado à apenas um local. Rasgo seu biquíni do corpo e começo a estimulá-la com os dedos. Nada disso parece real e concreto.


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