Uma bela coincidência escrita por irritabiliz0u


Capítulo 21
21 - Ela


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que o capítulo ficou pequeno, me perdoem.



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Sei que estou apagada mas me sinto flutuando, como se não conseguisse acordar, me obrigassem a continuar dormindo. Até que da escuridão se passa para algo que senti muita falta.

—Filha, hora de acordar. – Minha mãe entra no quarto e sorri ao me ver em pé. Sua espontaneidade está a mesma daquela manhã, seus cabelos louros na altura dos ombros, os olhos azuis acinzentados semelhantes aos meus, sinais de expressão e rugas nas curvas de seu rosto por cansaço e desgasto são presentes.

—Mãe? – Pergunto sem acreditar. Meus olhos ficam marejados e quando ia pular em seus braços para um abraço parece que ela não me ouve.

—Se arrume logo, seu irmão está esperando por nós. – E depois fecha a porta. Viro as costas e vejo a mesma menina irritante de anos atrás, ela levanta da cama e vai para o banheiro.

Claro que eu não ia conseguir falar com ele, é só meu subconsciente nessa péssima memória.

De repente sou levada a uma lembrança mais antiga quando eu ainda morava no Brasil. Na frente da boate está Vivian, Christian, Mariana e Lucas. Lembro dessa memória, foi quando Vivian quase foi estuprada e eu quebrei a cabeça do idiota.

—Promete que sempre será minha amiga? Não importa o que aconteça, o que falem ou quanto tempo fiquemos separadas, quando nos reencontrarmos vai ser como estivéssemos sempre juntas.

—Prometo. – Seguro em sua mão e sorrio.

Sou mudada de cenário novamente, voltando sempre para outras lembranças. Até que volto para quando conheci Rafael.

Vendo de outro ângulo, na primeira vez que ele saiu comigo estava nervoso, e acho que minha mente bloqueou a imagem de quando o mesmo colocou o rosto dentro da camisa pra checar o hálito, pensa que eu não vi.

Ponho a mão na boca abafando as lágrimas de quando ele surtou por causa da ex. Os momentos bons com ele e Vivian são revividos novamente arrancando sorrisos.

Esse ciclo fica se repetindo.

Quero acordar.

Preciso voltar.

Ele

—É normal ela ficar mexendo o olho assim doutor?

—Na verdade Rafael, sim. Ainda não se tem a certeza exata do que acontece quando os pacientes dormem profundamente, como em um coma. Há aqueles que dizem que sua alma se desprende da matéria viajando por várias dimensões mas nunca se sabe.

—Entendi. – ele sai do quarto e eu sento novamente ao seu lado segurando a fina mão com um anel de ouro que tem aparentemente batimentos cardíacos.

Passo o resto do dia assim até que Alyssa me lembra que sou um ser humano.

Alyssa

—Pode ir lá Rafa, eu fico do lado dela. Vivian foi em casa tomar um banho e depois volta, já faz quatro dias e você pode respirar um pouco. – Meu teimoso irmão concorda com a cabeça e antes de ir dá um beijo na testa de Catherine.

Sento ao seu lado e começo a fazer tranças em seu lindo cabelo loiro. Espero que essa menina melhore logo e digo isso por mim e pelo meu irmão. Não conheço Catherine muito bem mas sinto que vamos ser grandes amigas, espero.

Ele

Já se passaram duas semanas desde que Catherine continua a mesma, sem se mexer. O médico disse que não tem tantas esperanças e eu não deveria colocar muito, e se ela acordasse ficaria paraplégica e com sequelas.

Rezei, rezo muito pra minha loira se recuperar. Já perdi muito as esperanças mas Catherine é uma coisa diferente que não sei explicar, bebi e confesso que quase me droguei, mas pensei nela e no seu sorriso.

Estou encolhido no sofá que tem em frente a sua cama quando ouço uma voz fraca.

—Rafa? – Me levanto rapidamente indo a sua cama. Ela acordou! Minha nossa, minhas mãos tremem e o coração bate disparado, sorrio nervoso e ela segura levemente minha mão.

—Oi – Só que consigo dizer.

—Acordei, que bom. – Vivian entra no quarto e sorri muito feliz de ver a amiga acordada.

—Cath! – Ela solta a bolsa em cima de Christian e sai correndo pra abraçar Catherine.

Depois de todos os reencontros o médico chega e não acredita no que vê. De acordo pelo que entendi Catherine sobreviveu sem sequelas nem nada, simplesmente pode ir pra casa depois de um tempo e só. Todos decidem nos deixar a sós para conversarmos então se retiram do quarto, seguro em sua mão e sento ao lado.

—Foi difícil Catherine.

—Eu sei.

—Eu não posso deixar você correr mais riscos assim.

—Mas não foi culpa sua ora.

—Não foi mas sei lá...

—Ei, cala a boca e vem aqui. – A mesma puxa meus braço e seguro em minha nuca selando nossos lábios, ah como sonhei em fazer isso novamente.


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Notas finais do capítulo

espero que mesmo curto vocês tenham gostado, beijo no coração de vocês.
não esqueçam de comentar, favoritar, indicar, compartilhar. Por favor.



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