Viajante do tempo escrita por O666R


Capítulo 3
Estrondos




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Bom, Estamos aqui, Finalmente chegamos, estou até contente por não ter acontecido nada, agora falta menos tempo para ver minha amada, chegamos, mas não chegamos, estamos em uma área onde a gravidade que puxa a matéria para o centro do buraco negro não existe, bem longe para dizer a verdade, fico até feliz, a ultima coisa que quero e acabar dentro daquele treco.

Hoje já começamos a recolher dados, eu como sou só o coo piloto não faço quase nada, algumas horas temos de mover a nave, outras temos que move-la em 180º graus, si bem que isso não é a coisa mais fácil de se fazer, mas também não é complicado.

Estávamos na cabine, eu e Robert, tínhamos que mover a nave um pouco para frente, pois a gravidade havia entrado na nossa área e podia ocorrer de cairmos dentro do buraco, e ninguém queria isso.

—Como está se sentindo? – Robert puxa assunto enquanto observa alguns monitores da nave – Muitas saudades de casa?

— Sabe, estou com saudade sim, principalmente de Susan, mas nesta missão, é diferente, estou me sentindo menos empolgado, como se estivesse a ponto de desistir, eu não sei o que está havendo, esse sempre foi meu sonho. – Olho para o chão esperando ver algo que nem eu mesmo sabia o que era – Eu quero voltar, acho que não quero mais isso, como você consegue?

— O que? – Responde Robert, olhando para o lado de fora da nave, como se nem estivesse prestando atenção na conversa.

—Ficar tanto tempo longe de casa, você não sente medo? – olho fixamente para Robert agora.

—É... Eu... Sabe que eu não sei – Robert me olha por alguns segundos, como se tivesse se interessado, mas volta a olhar para os monitores – Podemos partir.

Robert aciona os propulsores, então começamos a mover a nave, devagar.

—Você já se apaixonou? – Volto a conversar.

—Todos nós já amamos coisas nessa vida Willian, eu confesso que já me apaixonei, por uma garota – Ele dá um pausa, e uma risadinha,  então prossegue – É claro que é por um garota – Nós dois rimos um pouco – Ela era perfeita, eu amava ela, ela me amava, passávamos o dia inteiro juntos, foi na época do ensino médio, nós íamos a shows de rock, passávamos com os amigos, era sempre uma bagunça... Uma bagunça boa.

—O que houve com ela? Porque vocês não estão juntos? – Questiono.

—Ela... – Robert para de falar, como se tivesse lembrado algo horrível, ele parecia que tinha saído de seu corpo, ficou até pálido.

—Robert – Eu tentava o fazer voltar a si. – Robert!

A luz de emergência da nave começa a piscar, de repente a nave fica toda vermelha por conta da luz, a sirene começa a soar, olho rapidamente para o monitor, e vejo que a nave entrou na circunferência gravitacional do buraco negro.

Com Robert ainda fora de si, quem teve que agir foi eu, rapidamente acelerei a nave, mas por incrível que pareça parece que não fazia efeito algum, nós só giramos no mesmo lugar, eu não sabia o que fazer tinha que dar um jeito de trazer Robert de volta.

Eu ouço a porta  da cabine se abrir, então Jane entra e exclama:

— O que está acontecendo? – Ela me observa tentar tirar o sinto de segurança, que emperrou.

— Me ajude a acordar o Robert – Eu consigo tirar o sinto e me dirijo ao banco do Robert que fica a menos de 1 metro de min. – Ele está... Fora de si, sei lá, ele não está... Vamos me ajude.

Eu chego perto de Robert e o puxo da cadeira, fazendo-o acordar do que sei lá o que ele estava fazendo.

—Ela... M... – A fala de Robert e Interrompida por um estrondo.

—Algo colidiu com a nave! – Diz Jane

—Ah, o que está aconteceu? – Robert olha pra o monitor e percebe que a nave está se aproximando aos poucos do buraco negro – Rápido, Willian, tente se comunicar com todos e peça e coloquem seus trajes, Jane, venha, tenho que achar Michael.

—Ok! – Eu respondo, e corro até o micro fone, logo percebo que Robert vai até o painel de controle e aperta no botão de emergência, chego ao micro fone – PESSOAL ME ESCUTEM, COLOQUEM SEUS TRAJES, MANTENHAM A CALMA E ME ENCONTREM NA COZINHA – eu escolhi a cozinha devido ao seu espaço, os outros compartimentos são minúsculos, a cozinha cabe todos.

Quando volto a olhar para a porta, Robert e Jane já sumiram, antes de ir para a cozinha tenho que colocar meu traje, abro a porta da cabine e corro pelo corredor – Outro estrondo, desta vez mais forte que o outro, me faz prensar contra a parede – doeu um pouco mas está tudo bem, sigo pelo corredor, os quartos ficam no final, chego a primeira porta do corredor.

O corredor e dividido em três cabines, todas elas com portas, eu abro a primeira porta e encontro Kurt e Walter correndo para a cozinha, já com seus trajes então me pergunto – Como colocaram os trajes tão rápidos – então falo:

— Vão para a cozinha já encontro vocês lá

—Ok! – os dois estão frustrados, sem saber o que estava acontecendo – Nos vemos lá.

Corro até a segunda porta abro, e finalmente.

Os quartos vão até o de numero seis, entro no seis que é o meu, abro a porta e observo aquele minúsculo cômodo com apenas uma cama, armário e a janela, olho para a janela, e consigo perceber que estamos em meio a vários asteroides, abro o armário, e pego meu traje, abro ele como um macacão, e o visto, fecho o zíper, pego minhas luvas, e meu capacete e corro para a cozinha, enquanto visto as mesmas.


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