SuperHero escrita por RockyRacoon


Capítulo 2
Capítulo 1 - Guardiões


Notas iniciais do capítulo

oiee~~ como vão, meus caros leitores? (33 pessoas decidiram ler a fic em um dia mesmo ela tendo só o prólogo, que orgulho!) então, não teve comentário, mas eu também sou meio retarda por querer review só com um prólogo minúsculo! enfim, vou postar mais um capítulo e calar a boquinha que ganho mais, né? boa leitura!



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—e aí ele disse: ah, mas eu não te amo! E eu disse: mas você disse que me amava há um dia! E ele disse: eu estava bêbado! E eu disse: nós namoramos por três anos! E ele disse: eu estive muito bêbado ultimamente! Elsie, dá pra acreditar nisso?! E foi pelo telefone!

—hm hum.

—aquele verme nojento! Eu não acredito! Como pude ser tão cega por tanto tempo! Bem que o Olaf me avisou, esse cara não é pra ti! Ah, se eu tivesse dado ouvidos a ele antes...

—o Olaf é meio abobado, mas tem seus momentos.

—é, mas aí eu disse...

Elsa andava pelo aeroporto com o celular no ouvido, parcialmente surda á conversa da irmã mais nova, Anna. Ela só pegara o essencial da conversa, coisa que ela se acostumara a fazer ao longo dos anos: Anna terminara com o namorado, e o havia posto para fora de casa. Mas agora ela estava morando sozinha em um apartamento relativamente grande em uma das cidades com o maior índice de criminalidade dos Estados Unidos da América. Encurtando a história: agora Elsa estava se mudando para Guardian City para morar com a irmã. Mas havia uma coisa boa nisso: formada em jornalismo, a jovem Elsa D’Arendelle teria muita matéria para treinar suas habilidades, ainda mais com tantos crimes acontecendo na Cidade Baixa constantemente. Esses dois motivos unidos fora o que levaram Elsa a comprar uma passagem de avião para o outo lado do oceano atlântico, da fria e remota Noruega, de onde era nativa, herdeira de uma herança simplesmente colossal, uma vez sendo a mais velha. Os pais de Elsa e Anna morreram jovens, quando Elsa tinha apenas 18 anos, deixando as meninas sozinhas no mundo, com apenas um mordomo pra lá de lelé chamado Olaf e um segurança que cuidava delas desde que ambas nasceram, cujo nome era impronunciável para uma criança de cinco anos, então Elsa o rebatizara de Marshmallow. Depois da morte de seus pais, Elsa se tornara uma moça fria e fechada, motivo que levou sua irmã a se mudar para o outro lado do oceano, deixando-a só em uma mansão grande demais. Mesmo agora, três anos depois da morte de seus pais, Elsa ainda era fechada e fria, mas ultimamente tem começado a se abrir para umas poucas pessoas, incluindo sua amada irmã mais nova.

opa, Elsa! Já são cinco horas! Você já deve estar embarcando!

—ainda estou na alfândega, se é isso o que quer saber.

aff, essa alfândega! Eles agem como se você estivesse carregando uma bomba dentro de uma escova de dentes!

Elsa solta uma leve gargalhada, discreta.

—mas é necessário, meu bem. Ah, chegou a minha vez.

meu bem? Elsie, a gente precisa urgentemente tomar conta do seu vocabulário. Assim que você chegar aqui eu tomo conta disso! Ah, espera! Chegou a sua vez? A gente se fala depois então! Beijão mana!

—até madrugada, Anna.

O voo fora relativamente tranquilo, passando por alguma turbulência da Noruega para a Irlanda, com escalas na Alemanha e na Inglaterra. Fora isso, então o voo fora bem longo, mas a culpa era de Elsa por não ter comprado primeira classe, que era bem mais caro, mas não teria demorado tanto. Apesar disso, ela chegou sã e salva em Guardian City... Às três e meia da manhã.

—não Elsa... Eu vou aí te buscar...

—Anna, são três da manhã, e eu sei o bastante de inglês para pedir um táxi.

—mas Elsa...

—Anna, eu deveria estar gravando essa ligação só para você ouvir a sua voz! Você parece que bebeu! Eu sei me virar, afinal, quem é a mais velha?

—quem mora aqui há mais tempo?

—você tem um ponto. Mesmo assim. Eu vou desligar, tô saindo do aeroporto agora. Até mais tarde, maninha.

­—boa noite, Elsie...

Elsa desliga o celular e se vê sozinha na noite gélida de outono. Não que isso a incomodasse; Elsa sempre adorou o frio. Era o silencio que a desconcertava. Estava vazio demais. Ela decidiu andar um pouco para ver se encontrava um táxi.

Quinze minutos andando pelas ruas desertas. Nada. Não havia um único carro na rua sequer. Nem pessoas, diga-se de passagem. As únicas almas vivas que Elsa encontrou nos quinze minutos de caminhada foram dois mendigos dormindo e um viciado se drogando debaixo de uma escada de passarela. Ela não entendia o porquê de tanto silêncio, e o medo já começara a tomar conta dela.

Tudo aconteceu ao mesmo tempo.

Do nada, Elsa ouviu tambores. De tambores graves como o bumbo a pratos, diversos instrumentos de repercussão. Do nada, bonecos de vodu começaram a subir em suas pernas. Ela os chutou para longe, e até pensou em correr, quando um homem apareceu. Ele era alto, magro e tinha caveiras mexicanas desenhadas em seu rosto. Ele próprio parecia ter saído de um filme de terror mexicano, e parecia um cartomante de filmes antigos. Ele usava uma cartola com um cartão que dizia “facilier”, e o resto de suas roupas eram pretas, vermelhas e roxas. Ele correu na direção dela, gritando, e Elsa começou a correr também, embora soubesse que ele a alcançaria facilmente. Porém, ela tropeçou em um dos bonecos que ainda subiam em suas pernas, e caiu no asfalto molhado. O homem estava prestes a pegá-la, quando um bumerangue surgiu do nada e puxou o... Quem quer que fosse aquele homem pra longe.

—Homem da Sombra! – uma voz retumbante soou pelas ruas outrora desertas.

O grupo que Elsa viu parecia ter saído diretamente de uma história em quadrinhos. Havia o líder – um homem de aparência já madura, de constituição enorme, o rosto todo coberto por uma barba enorme e uma máscara de bandana, cujas armas eram duas cimitarras longas e afiadas. Ao seu lado, havia o segundo em comando – um outro homem, de cabelos grisalhos, mais magro e alto, que usava granadas de curto alcance e dois bumerangues (um dos cujos salvaram sua vida). Havia também uma moça ao lado do homem de vermelho, que aparentava ser o líder: ela usava um uniforme rente ao corpo, verde brilhante e amarelo, além de tons discretos de azul, rosa e vermelho. Ela tinha diversas estrelas ninja em suas mãos. Havia até um quarto membro, todo vestido de dourado, no mesmo tom de seus cabelos, que pareciam estar cobertos de purpurina.

—deixe a moça em paz! – disse a moça, se aproximando.

Foi só aí que Elsa viu que a moça tinha asas. E diversas fadinhas voando ao seu redor. E o homem grisalho tinha duas orelhas longas de coelho.

Tudo normal, menos aquela barba gigante.

preparados?!— o tal Homem da Sombra cantarolou, e todos os bonecos de vodu cantaram com ele.

—pra quê?! – Elsa exclamou.

—não ouse! – o homem grisalho gritou.

De repente, todos os bonecos a seguraram. Cobras psicodélicas subiram por suas pernas, e estavam prestes a picá-la, quando o inimaginável aconteceu (de novo).

De súbito, toda a música parou. Os bonecos param de se mexer por completo, e as cobras pararam de sibilar. O silêncio reinou por alguns segundos. Do nada, o ar começou a esfriar, mais e mais. Tudo à volta de Elsa começou a congelar: postes, a escada passarela, o chão, e até seu hálito saía em nuvens. Uma risada macabra foi ouvida, risada que repercutiu em todos os cantos com um eco sinistro.

—mas que feio, facilier. – uma voz disse, perto demais, subitamente demais. – atacando mocinhas inocentes no meio da noite?

De repente, o vento mudou de direção, como se obedecesse aos comandos de uma figura misteriosa. Dos céus desceu um garoto, não muito mais novo do que Elsa, usando a roupa mais estranha que ela vira até o momento: uma jaqueta de couro azul-escuro com uma calça marrom rente ao corpo, sem sapatos, mas usando luvas e segurando um cajado de madeira. O rosto do garoto misterioso estava coberto por óculos de mergulhador e uma máscara improvisada com um pano, e seu cabelo estava parcialmente oculto por um capuz de uma capa muito longa que ele estava usando, que ondulava com o vento que parecia obedecer a seus comandos. O que era possível ver da pele dele revelava uma palidez sobre-humana, como se seus poderes sobrenaturais já não fossem alarme o bastante.

Sem aviso prévio, o rapaz que estava flutuando alguns metros acima da confusão mergulhou, e resgatou Elsa do meio dos bonecos e das cobras. Depois disso, tudo acabou rápido. A fada voou para perto do Homem da Sombra, e com um ataque ela o atordoou. O homem grisalho e o mais velho tomaram conta dos bonecos de vodu, e o loiro cabeça-de-purpurina envolveu o facilier com areia amarela e brilhante, algo semelhante do que os sonhos são feitos, e com um clarão ele o purificou. Elsa observou a tudo de longe, sendo carregada para uma distância segura pelo misterioso rapaz de cabelos brancos.

Eles voaram juntos por pouco menos de dois minutos antes de ele pousar no terraço semiabandonado de um prédio em ruínas perto dali. Colocando-a delicadamente no chão, ele não foi embora de imediato.

—você está bem? – ele perguntou, sua voz abafada pela máscara.

—sou a menor das suas preocupações. – Elsa diz, correndo para a beirada do terraço. – os outros não precisam de você?

—não. – ele responde sem hesitar. – não sou membro do grupo deles, só estava preocupado com você. Ah, sua bagagem. – ele diz, pondo a mala relativamente pequena de ela ao lado dela, além de sua bolsa intacta.

—ah! Quando você...

—sou bem rápido, não? – ele diz, se afastando. – mas não se engane! Não sou nenhum tipo de mocinho!

—você não me parece ser um vilão. – Elsa diz, olhando atentamente para ele (e nossa, ele era muito bonito).

—dá pra ver que você é nova por aqui. Não é nem vai ser a ultima vez que ouviu falar de mim, loirinha. – ele diz, já começando a flutuar. – e você deveria se manter fora de problemas. Pra onde quer ir?

Elsa diz o endereço de Anna.

—não é longe. Vá ao leste, pegando sempre as ruas principais. O prédio vermelho é aonde você quer chegar. – ele diz, se afastando no ar. – boa sorte.

—obrigada. Por tudo.

Elsa o observou se afastar com o ritmo o vento.

—mas o que diabos acabou de acontecer?

O início de uma grande aventura, certamente. Mas Elsa não estava assim tão certa de que deveria entrar nessa aventura.

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Notas finais do capítulo

oieee~~ nossa, você chegou até o final! ou tava tão ruim que você quis ter certeza de que era essa merda mesmo que você estava lendo, ou porque tava pelo menos bonzinho, né? gostou? me deixa saber, mesmo que seja só pra dizer "tá bom". não gostou? explica por que aí, tiu. mas com carinho, sim? beiinhos e até o próximo capítulo!



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