New Galaxy escrita por McKenzie Pitt


Capítulo 17
Spines


Notas iniciais do capítulo

Este é um pouco maior



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/688165/chapter/17

Eric fazia uma fogueira para preparar o jantar. Jéssica tinha estado fora o dia todo, tendo apenas regressado há pouco tempo e indo logo em direção à gruta. Eles não tinham falado sobre o que tinha acontecido na noite anterior e isso devia-se ao facto de Jéssica estar a evitar Eric. O álcool tinha feito com que ela agisse impulsivamente e ela arrependia-se do que tinha acontecido. Não que não gostasse de Eric, o momento é que era mau. Ela saiu da gruta e sentou-se num tronco perto da fogueira que Eric fazia.

— Olá.- disse ele sorrindo.

— Olá.- respondeu Jéssica sem sorrir.

— Está tudo bem?- perguntou ele percebendo que alguma coisa estava errada.

— Nós precisamos de falar.- confessou ela.

Eric sentou-se ao lado de Jéssica. Ele ia agarrar a sua mão mas ela desviou-se.

— É sobre ontem à noite.- percebeu Eric.

Jéssica acenou com a cabeça, dizendo:

— Nós não devíamos ter feito aquilo.

Eric olhou para ela com um olhar triste e ela continuou:

— Não que eu não queira estar contigo…

— Tu só não queres estar comigo agora.- concluiu Eric.

Jéssica voltou a acenar com a cabeça. Eric olhou para longe, pensativo.

— Desculpa.- pediu ela.

Eric levantou-se indo em direção à gruta. Jéssica ficou sentada no tronco pensando se não teria cometido o maior erro da sua vida.

 

 

 

Jack caminhava com Carly a caminho da enfermaria. Carly estava a informar Jack sobre o facto dos espinhos do Bellamy terem desaparecido sem deixar rastro.

— Eu não estou maluca, tu também viste os espinhos.- afirmou Carly.

— Eu vi mas, não sei, talvez o corpo do Bellamy os tenha absorvido.- disse Jack, tentando encontrar uma solução para o problema de Carly.

— Mas isso não faz sentido, eram espinhos gigantes e não passou muito tempo.- retrucou Carly.

Na verdade, Carly estava preocupada com o facto de os espinhos poderem ser venenosos para Bellamy. Neste momento, os espinhos podiam estar a corroer Bellamy por dentro e ele nem estar a notar. Era por esse motivo que Carly iria deixar Bellamy debaixo de olho durante o dia inteiro. Ela provavelmente iria conseguir cumprir a missão na perfeição visto que Jake estava ocupado a interrogar Constance sobre o ocorrido com ela. Ela entrou na enfermaria com Jack, e Bellamy já se encontrava à espera deles. Carly sorriu para Bellamy que sorriu de volta.

— O que está na lista de tarefas de hoje?- perguntou Bellamy indo até à mesa onde Carly estava.

A súbdita aproximação de Bellamy fez os pelos do pescoço de Carly levantarem. Ela mexeu-se desconfortavelmente e disse:

— Nós vamos baixar as proteções extra hoje e vai tudo voltar ao normal.- respondeu Carly.

— Eu pensava que a Katherine e o Francis ainda não tinham voltado.- estranhou Bellamy.

— Eles não voltaram mas acho que não é necessário estarmos a gastar energia em segurança extra, se eles não nos atacaram ainda é pouco provável que o façam tão depressa.- explicou Carly.- Isso é, se tu estiveres de acordo.

Bellamy assentiu.

— Bem, eu vou indo.- interferiu Jack visto que se estava a sentir a mais.

Jack estava prestes a sair quando Ben entrou na enfermaria.

— Bom dia.- disse Carly para Ben.

— Algo está errado comigo.- confessou Ben.

Após estas palavras, Ben desmaiou. Bellamy e Jack apressaram-se a metê-lo na mesa enquanto Carly fechava a porta da nave. Carly apressou-se e foi até Ben, vendo a sua pulsação.

— A pulsação está normal.- informou ela.

Jack rasgou a blusa de Ben para inspecionar o seu abdómen e ver se havia algum ferimento que tivesse causado aquela perda de consciência.

— Nada na frente.- informou Jack.- Ajudem-me a virá-lo.

Bellamy foi para o lado contrário de Jack e, com cuidado, virou Ben de barriga para baixo para que pudessem examinar as costas. Ben grunhiu e Jack retirou o resto da blusa. Carly assustou-se com o que viu. Alojados na espinha de Ben estavam os espinhos que tinham estado anteriormente nas costas de Bellamy mas com uma diferença; estes espinhos tinham ganho prolongamentos que os prendiam à espinha de Ben provavelmente alimentando-se deste.

— Acho que encontrei os espinhos.- disse Carly com um olhar assustado.

 

 

 

Do outro lado do acampamento, na área de treinamento, Jake sentava-se numa cadeira em frente a Constance. Carly tinha-lhe pedido que a interroga-se para que pudessem obter informações sobre as pessoas que os estavam a atacar.

— Acho que não precisamos de começar pelo início visto que tu estavas lá.- disse Constance.

Jake olhou com um olhar triste e disse:

— Desculpa, nós nunca nos deveríamos ter separado. Eu fiz uma escolha que quase custou a tua vida.

— Sem ressentimentos.- disse Constance sorrindo.- Acho que devo contar-te o que aconteceu depois que nos separámos.

Jake assentiu e Constance começou:

— Eu corri como tu disseste para eu fazer até que não pude mais devido ao ferimento. E foi quando alguém me levou para uma caverna.

— Tu queres dizer que um selvagem te levou para uma caverna?- perguntou Jake, sem palavras.

Constance não gostou da palavra “selvagem” mas parecia que era isso mesmo que eles eram. Ela pensou no rapaz loiro que a tinha salvado. Ele não parecia selvagem de todo.

— Sim. E ele fez uns curativos com umas ervas que eu nunca tinha visto e não me deixou sair até que a ferida começasse a cicatrizar.- continuou ela.

— E depois disso?- perguntou Jake confuso. O relato contado por Constance não encaixava de todo nas informações que possuíam dos selvagens.

— Quando eu comecei a melhorar, ele próprio me trouxe até vocês.- concluiu Constance.

— Isso não faz qualquer sentido.- comentou Jake, recostando-se na cadeira.

Constance concordou com Jake.

— Alguma teoria?- perguntou ele.

— Eu acho que eles são como nós. Eles sentem emoções e eles sangram. A única coisa que muda é a forma como eles foram criados e as suas tradições. Eles pensam que nós é que somos os inimigos.- refletiu ela.

— Como se eles fossem um povo antigo.- acompanhou Jake.

— Exatamente.- concordou ela.

Jake abanou a cabeça concordando com tudo o que ela tinha dito.

— Eu acho que tenho um plano, mas isso é só se tu concordares.- comentou ele.

— Faço qualquer coisa pelo nosso povo, já devias saber isso.- informou ela.

— Preciso que tu atraias esse selvagem que te salvou. Ele claramente se importa contigo. Se ele pensar que tu estás em perigo, ele virá salvar-te e será a nossa hipótese de o apanhar e questioná-lo.- explicou ele, convicto.

Constance pensou um pouco sobre o que Jake lhe estava a pedir. Poderia resultar.

— Esse é um plano feito com base na crença que ele se importa comigo. Pode não resultar.- retrucou Constance.

— Temos de tentar.- disse Jake.

— Estou dentro.- concordou ela.

Jake sorriu e saio da sala deixando Constance a pensar no que ela se estava a meter.

 

 

 

De volta à nave, houve um batimento na porta. Bellamy foi abrir e uma Eleonor preocupada entrou de repente. Ele foi até à mesa onde Ben estava deitado e perguntou:

— Estás bem?

Ben, que ainda estava meio desorientado depois de ter desmaiado, respondeu:

— Sim, não te preocupes, não é bom para o bebé.

A barriga de Eleonor já estava a começar a notar-se e não havia quaisquer dúvidas que ele tivesse grávida e que, se tudo corresse bem, iria ter o primeiro bebé do acampamento.

Ela foi até Carly que falava com Bellamy e Jack e perguntou:

— O que se está a passar?

— Os espinhos, que não são realmente espinhos, estão a alimentar-se do Ben.- explicou Carly de uma forma que Eleonor percebesse.

— Tens de os tirar.- concluiu Eleonor.

— Esse é o problema.- começou Carly.- Eu não sei o que vai acontecer se eu os tirar. Isso pode matá-lo.

Eleonor olhou para Carly assustado. Ela não queria que o seu filho crescesse sem o pai.

— E se não os tirares?- perguntou Eleonor tentando arranjar uma solução menos perigosa.

— Eu creio que ele vai morrer.- informou Carly muito preocupada com essa possibilidade.

Eleonor desesperou.

— É a vossa decisão.- informou Bellamy apoiando Carly e colocando uma mão no ombro de Eleonor.

— Eu vou falar com o Ben.- disse Eleonor limpando as lágrimas que ameaçavam cair.

Carly olhou para a amiga enquanto esta ia até à mesa onde Ben estava deitado. Viu Ben colocar as mãos na cara como se desesperando também. Carly teve de desviar o olhar, não queria estar na posição deles.

— Eu preciso que faças algo.- disse ela para Jack.

— O que quiseres, chefe.- respondeu Jack querendo limpar um pouco do ar pesado que estava na enfermaria.

— Leva a Ruth e examina se existe mais alguém que possua os espinhos. Usem esta sala, se precisarem. Iremos transferir o Ben para a do lado.- ordenou Carly.

Jack assentiu e saiu da nave, provavelmente procurando por Ruth.

— Isto é culpa minha.- disse Bellamy.

— Não é.- disse Carly olhando nos olhos de Bellamy.

Houve um momento em que os olhos deles ficaram colados como se não houvesse mais nada no universo. Porém, Carly desviou os olhos e informou:

— Vou checar o Anthony. Ele é suposto sair daqui hoje. Vê qual é a decisão que eles tomaram.

Com um último toque no braço, Carly saio pela porta que dava para a ala de recuperação e que ficava ao lado da porta que dava para o local onde eram as operações que, até àquele momento, só tinha sido usada para autopsiar o corpo de Andrew e para operar Anthony depois de ele ter sido atingido pelas flechas. Ao lado desta sala também se encontrava a antiga sala de controlo da nave, sala esta onde Bellamy tinha trancado Carly quando esta tentou salvar a sua amiga Jessica da tortura. Pareciam já ter passado meses desses acontecimentos.

Bellamy foi até à mesa onde estava Ben e perguntou:

— Já decidiram?

— Eli, podes deixar-nos a sós?- pediu Ben.

Eleonor assentiu, tocou no braço de Bellamy e foi até à rua apanhar um pouco de ar. Isto também devia estar a ser difícil para Bellamy visto que, pelo que Ben lhe tinha contado, eles eram bons amigos.

— Então? A mesa está confortável?- gozou Bellamy.

Ben riu mas depressa assumiu um semblante mais sério.

— O que farias se fosse Carly nesta mesa?- perguntou Ben.

Bellamy ficou surpreso pela pergunta. Ben conhecia Bellamy como à palma da sua mão mesmo que eles se tivessem afastado. Por este motivo, Ben sabia que Bellamy estava a começar a ter sentimentos por Carly.

— Se fosse Carly nessa mesa, não seria ela a fazer esta cirurgia e ela podia estar em maus lençóis.- respondeu Bellamy evitando a pergunta.

— Carly não é a Kailah.- disse Ben sério.

— Mas é uma situação parecida, não é?- retrucou Bellamy ficando triste com a memória daquela rapariga.

Ben calou-se.

— Mas respondendo à tua pergunta: eu dir-lhe-ia para fazer a cirurgia.- afirmou Bellamy.- Carly é a melhor e ela sabe o que faz.

Ben sorriu com a resposta de Bellamy. Após esta resposta entraram Eleonor e Carly na sala.

— O que será?- perguntou Carly.

— Vamos tirar estas coisas das minhas costas.- afirmou Ben.

Eleonor beijou Ben.

— Eu vou estar contigo o tempo todo.- afirmou Eleonor.

— Por favor dirija-se para a sala à sua esquerda, eu vou para lá em poucos minutos.- gozou Carly, tentando manter toda a gente calma.

Ben, com a ajuda de Eleonor, foi caminhando até à sala destinada às cirurgias.

— Eu vou vendo o que se passa no acampamento.- informou Bellamy.

Carly meteu-se na sua frente impedindo a sua passagem e disse:

— Lava as tuas mãos, estás prestes a fazer a tua primeira cirurgia.

Carly bateu nas costas de Bellamy fazendo com que este se queixasse. Ele fez o que ela disse e seguiu-a até à sala onde Ben e Eleonor já esperavam por eles. Iria ser muito pior que qualquer missão militar que Bellamy já tivesse feito.

 

 

 

Ruth estava na área de treinamento treinando com um dos bonecos que tinham sido colocados há pouco tempo. Ela dava murros contínuos com a máxima força possível; queria estar preparada caso fosse necessário lutar. Pelo canto do olho viu Jack aproximar-se. Ela continuou a lutar como se ele não tivesse a observá-la. Ela sabia que Jack estaria a olhar para o seu rabo, que muitos diziam ser dos melhores que já tinham visto. Ela conhecia Jack o suficiente para saber que ele não era imune aos charmes dela, afinal de contas ela tinha estado apaixonada por ele em tempos apesar de não ser recíproco. Ou assim ela achava. Jack finalmente pigarreou. Ruth virou-se e gozou:

— Finalmente ficaste cansado de olhar para o meu traseiro?

Jack corou e riu, justificando-se:

— Eu não estava olhar.

— Claro que não estavas.- gozou Ruth.

Jack lançou um sorriso que, em tempos tirava o chão de Ruth. Agora aquele sorriso só lhe dava arrepios pelo corpo todo, efeito normal que Jack tinha nas raparigas.

Ruth começou a ajeitar o seu apanhado e perguntou:

— O que te traz até mim?

— Carly disse que tu devias ajudar-me.- comentou Jack fingindo-se desinteressado.

— E o que tu achas?- retrucou Ruth querendo deixar Jack desconfortável.

— Acho que o teu novo namorado não ia gostar do que se está a passar aqui.- rebateu Jack deixando Ruth séria.

— Ele não é meu namorado.- retrucou ela não querendo dar o prazer da vitória a Jack, mais uma vez.

— Eu não me importo com o que ele é.- mentiu Jack.- Vens ou não?

— Deixa-me só vestir o meu casaco.- respondeu ela.

Na realidade Jack tinha ciúmes. No início, ele achava que poderia remediar o que tinha acontecido com a Ruth na Terra mas Max tinha-se metido no caminho. Ele gostava de Ruth, na realidade ele sempre tinha gostado visto que com ela, ele podia ser quem realmente era, sem limites. Mas com Max no caminho ele ainda tinha de perceber se valia mesmo a pena.

 

 

Anthony acabava de vestir a sua blusa. Carly tinha dito que ele podia sair daquela cama desde que não fizesse muitos esforços para que o ferimento não se abrisse. Ele sorriu para Mary que acabara de entrar na enfermaria.

— Olá linda.- cumprimentou ele.

— Olá. Podemos falar?- perguntou Mary sorrindo forçadamente.

— Claro.- respondeu Anthony abrindo um espaço para que ela se sentasse ao pé dele na cama. Porém Mary ficou de pé em frente a ele.

— Há algo errado?- perguntou ele, ficando preocupado.

— Eu tenho andado a pensar…- começou ela.

Anthony viu que os olhos de Mary começavam a ficar molhados com lágrimas e percebeu que aquela conversa não ia ser agradável.

— Eu não sou boa o suficiente para ti.- disse ela finalmente contendo as lágrimas.

— Isso não é verdade.- interrompeu ele.

— Por favor deixa-me acabar.- pediu ela engolindo as lágrimas.

Anthony calou-se e fez um sinal para que ela continuasse.

— Eu fiz com que tu quase morresses. Eu fiz isso. Foi culpa minha. E eu prefiro que tu vivas e não estejas comigo do que tenhamos tempo contado devido ao furacão que eu sou. Eu vou destruir-te se tu ficares comigo. Porque eu não sou boa o suficiente para ti e nunca irei ser. E eu estou bem com isso. Eu prefiro que tu sejas feliz com outra pessoa do que sejas miserável comigo. Porque eu nunca irei conseguir dar-te o que tu mereces. Mas lá fora há alguém que consegue e é com essa pessoa que tu deves ficar. Não comigo. Adeus Tony, vemo-nos por aí.- despejou Mary. Quando acabou ela estava a chorar e saiu correndo da enfermaria.

Anthony ficou preso na sua cama, as suas pernas eram incapaz de o fazer levantar. Acabara de ter o seu coração partido.

 

 

 

Katherine desviava as plantas que continuavam metendo-se no seu caminho. Uns passos atrás de si estava Francis. Francis e Katherine estavam juntos desde a noite anterior mas tinham trocado apenas algumas palavras. Katherine tirou a sua garrafa e verificou que já não tinha água. Francis, que tinha observado esta ação, perguntou:

— Queres água?

— Eu não quero nada de ti.- retrucou Katherine. A exaustão estava a começar a fazer-se sentir e Katherine estava mais sensível que o costume.

— Não sejas assim.- pediu Francis.

— Tu traíste-me, porra. Agora não me digas como devo reagir quando estou contigo.- gritou Katherine.

— Não foi isso que aconteceu.- retrucou Francis, sussurrando.

Katherine respirou fundo. Ela estava realmente exausta e não queria ter aquela conversa. Para além disso tinha medo que Francis lhe conseguisse dar a volta e ela não queria, de maneira nenhuma, trair a confiança de William.

— Sabes que mais?- começou Kat.- Não te preocupes com isso, nós estamos a chegar.

Katherine já começara a ouvir um rio e pelas informações de Jake, Jessica e Eric estavam perto deste.

— Kat…- começou Francis.

Katherine começou a andar mais depressa e avistou o rio. Perto deste estavam um grupo de cavernas. Ela correu até às cavernas querendo fugir de Francis e encontrar mais rapidamente Jessica e Eric. Assim que chegou perto das cavernas identificou rapidamente a que procuravam. Havia uma fogueira e Eric cozinhava o que parecia ser um coelho. Katherine foi até ele e deixou cair a sua mochila com estrondo.

— O que estás a fazer aqui?- perguntou ele.

Jessica saiu da caverna também.

— Viemos trazê-los de volta.- informou Francis ofegante da corrida.

— Como?- perguntou Jessica sorrindo.

— Apareceram novas informações que indicam que tu estás inocente do crime.- respondeu Katherine.

Jessica sorriu mas Eric ficou com um olhar estranho.

— Apanhem as vossas coisas, nós contamos tudo no caminho.- disse Francis indo encher a sua garrafa ao rio.

Jessica e Eric foram buscar as suas coisas e olharam-se percebendo o que queriam dizer sem nem falarem. O que tinha acontecido naquela caverna, morria naquela caverna.

 

 

 

De volta ao acampamento, Bellamy e Carly preparavam-se para tirar os espinhos das costas de Ben. Carly acabara de amarrar Ben à cama, imobilizando-o. Ao lado de Ben, estava Eleonor segurando a sua mão. Bellamy tinha um alicate na mão que iria ser usado para retirar os espinhos. Carly foi buscar uma pequena caixa onde iriam ser colocados os espinhos.

— Não importa o que acontecer, não parem.- ordenou Ben.

Bellamy e Carly assentiram e Eleonor apertou a mão de Ben com mais força. Carly fez sinal a Bellamy e colocou as mãos perto do espinho, empurrando-o para fora o mais que pode para que Bellamy o pudesse retirar. Ben prendeu a respiração. Bellamy respirou fundo e colocou o alicate no espinho que Carly tentava empurrar para fora do corpo de pele. Conforme Bellamy começou a puxar o espinho com o máximo de força possível, Ben começou a gritar como se estivesse a ser torturado. Porém, Bellamy só parou quando o espinho saiu por completo deixando os seus tentáculos balançando. Ben começou a revirar os olhos como se entrando em choque. Carly verificou a pulsação de Ben verificando que o facto de ele ter desmaiado se devia apenas à dor sentida quando lhe retiraram os espinhos. Ao lado de Ben, Eleonor chorava. Os gritos de Ben faziam o seu coração doer como nunca. Bellamy colocou o espinho dentro da caixa que Carly tinha ido buscar e esperou pelas ordens de Carly. Após verificar Ben, Carly deu sinal para que o próximo espinho fosse retirado, repetindo o processo.

— Aguenta amigo.- disse Bellamy antes de puxar um novo espinho.

Já era de noite quando Jessica avistou o acampamento. À visão do grupo, os grandes portões abriram-se dando-lhes passagem. Vários adolescentes foram até à porta para dar as boas vindas a todos. Quando Jessica entrou, pessoas que lhe tinham chamado assassina, abraçavam-na e tocavam-lhe como se fossem melhores amigas. Jessica sorria forçosamente àquela atitude. Pelo canto do olho, viu Eric abraçar Jake mas não conseguia ver Carly em lado nenhum. Nisto, viu Carly vir na sua direção e abraçá-la.

— Senti tanto a tua falta.- desabafou Carly.

Quando se separaram, Bellamy chegou ao pé de Jéssica e disse:

— Bem-vinda de volta.

— Obrigado.- respondeu ela sorrindo sinceramente.

Carly sorriu vendo esta “reconciliação”. Jessica também viu que Carly olhava para Bellamy de uma forma diferente, não sabia o que tinha acontecido entre eles mas algo tinha mudado. Ela ia perguntar sobre isso a Carly mas Jake veio na sua direção e ela decidiu perguntar noutra altura.

— Ouvi sobre o Ben, como está ele?- perguntou Jake.

— Ele está bem agora, conseguimos tirar todos os espinhos.- respondeu Carly orgulhosa.

— Tu e o Jack?- retificou Jake.

— Eu e o Bellamy. Quem diria que ele tinha outras qualidades para além da violência e decisões precipitadas.- gozou Carly, sorrindo para Bellamy.

— Quem diria…- comentou Jake olhando para Bellamy que o olhou com a mesma intensidade.

Instalou-se um silêncio desconfortável e Jessica disse:

— Bem, foi um longo dia e eu mal posso esperar para dormir numa cama a sério. Falamos amanhã.

— Eu só tenho de verificar algo com a Ruth e o Jack e também vou indo.- comentou a Carly.

— Precisas de ajuda?- ofereceu-se Jake.

— Não, vai andando que eu já vou ter contigo.- respondeu Carly sorrindo com ternura.

Bellamy desviou o olhar.

— Tu vens?- perguntou Carly a Bellamy.

Jake fez cara feia a esta pergunta e Bellamy teve vontade de dizer que sim só para o esfregar na cara dele mas em vez disso, disse:

— Eu vou antes verificar o Ben e a Eleonor.

— Sim, isso é uma boa ideia.- respondeu Carly tentando esconder o desapontamento.

—Até amanhã.- disse Bellamy.

Carly sorriu e seguiu o seu caminho.

Katherine tirava tudo o que tinha dentro da mala. Estava exausta da viagem mas também estava exausta das memórias e da dor que estar perto de Francis lhe trazia. Ela apanhou o seu cabelo num rabo de cavalo e estava preparada para se deitar quando William entrou na sua tenda.

— Olá.- disse ele.

— Olá.- respondeu ela com um ar cansado.

— Cansada?- perguntou William.

Kat confirmou com a cabeça e William aproximou-se dela dando-lhe um beijo nos lábios.

— Senti a tua falta.- confessou ele.

Katherine beijou William empurrando-o para a cama. Ela estava tão feliz ao lado dele que queria demonstrar de uma forma que o agradasse. Ele puxou a blusa de William tirando-a. Aquele corpo em nada tinha a ver com o de Francis mas ainda era bonito para Katherine. Ela então beijou-lhe o abdómen enquanto ele lhe tocava no cabelo com carinho. Ela tirou então a sua própria blusa revelando um sutiã de renda. William beijou-lhe os peitos da mesma maneira que ela tinha feito. William já estava a explodir e decidiu também tirar as calças de Katherine e depois as suas. Ele então colocou-se em cima dela fazendo com que Kat sentisse a sua ereção. Ele então acabou de tirar as peças de roupa restantes, penetrando-a finalmente e tendo uma das melhores noites da sua vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acham que Jéssica tomou a decisão certa? OS ESPINHOS ESTAVAM EM BEN! Estará Constance certa sobre os selvagens? Irá o plano de Jake funcionar? O que Ben quereria dizer com a sua pergunta? Quem é a Kailah e qual é a sua ligação com Bellamy? Será que Ruth ainda tem sentimentos por Jack? Terá Mary tomado a decisão certa ao acabar com Anthony? FINALMENTE APARECEU O MOTIVO DO ÓDIO DE KATHERINE POR FRANCIS (ELE TRAIU-A!!!). O que terá mudado entre Bellamy e Carly? SEXO ENTRE WILLIAM E KATHERINE. Irá Katherine ficar com William ou Francis arranjará uma maneira de ela o perdoar?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "New Galaxy" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.