A guerra dos três grandes escrita por Milordcentriado


Capítulo 3
Manu recebe uma visita




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Depois da incrível profecia do Milord os líderes foram se reunir com os seus campistas para passar o “ recado “. Muitos já tinham recebido fotos do Milord, todos sabiam que não podiam usar seus celulares no acampamento por causa dos monstros, então usavam muito raramente, mas hoje todos estavam usando, então logo logo o acampamento receberia visitinhas.

O acampamento ficava num parque na grande BH. Desde que o Olimpo se movimentara dos Estados Unidos para o Brasil muitos Semideuses haviam surgido. O parque em questão recebia vários mortais, mas a nevoa era argilosa, quando os semideuses se reuniam os mortais só viam jovens lutando de espadinhas. Pobre mortais. E um outro detalhe interessante a nevoa conseguia encobrir os campistas criando assim um universo paralelo dentro de um mesmo local, só em atividades oficiais que os mortais no parque viam os campistas, nos outros dias ninguém via os campistas, nem mesmo os chalés e nem nada. Três vezes ao ano a nevoa permitia que os mortais vissem os campistas com suas “ armas de brinquedo “ e nos demais dias existia o universo paralelo onde os campistas podiam ficar em paz dos mortais, não dos monstros.

Existiam duas entradas no acampamento, a dita portaria 1 e a 2. Em volta do acampamento existia uma barreira que fazia com que os monstros não entrassem, mas exatamente nestes dois pontos era aberto. Existiam rondas diárias nestes dois pontos, quando era avistado um monstro armadilhas eram acionadas e campistas enfrentavam os monstros. Todos os dias monstros apareciam, mas não duravam muito. Como eram quatorze chalés, dois chalés faziam a ronda diária do acampamento, um do time azul e um do time vermelho, cada um em uma portaria. Exceto os deuses, nenhum outro ser poderia entrar no acampamento sem ser convidado.

— x –

Manu estava em seu chalé tomando banho. Manu era a segunda linha de sucessão da liderança de Apolo, diferente dos outros chalés que sempre trocavam de líder. Seu chalé era feito de ouro, sim de ouro, existiam várias camas espaçosas, uma cozinha cheia de comida euma sala de jogos que tinha uma imensa televisão que era usada para assistir séries na Netflix e uma sala de armas,uma outra sala de primeiro socorros que parecia mais uma enfermaria e uma sala de musica. O chalé tinha um cronograma de atividades extensas, entre essas atividades estava a segunda feira do arco e flexa, a terça feira dos primeiros socorros, quarta feira dos jogos de tabuleiro com o chalé de Atena e o domingo da pizza, o chalé de Apolo amava pizza.

Manu tinha acabado de sair do seu banheiro (Sim, cada filho de Apolo tinha um banheiro) e foi para o seu quarto chegando lá percebeu que alguém estava ali sentado em sua cama. Era um homem lindo, de pele morena, usava óculos escuros e tinha um sorriso branco que brilhava, seus braços eram fortes e seu abdômen definido, Manu percebeu que ele estava sem camisa e usava um short. O homem tinha cabelo curto e barba cortada, quando ele viu Manu levantou-se e deu-lhe um sorriso.

— PAIIIII – Gritou Manu e correu para abraçar seu pai Apollo que a pegou no colo.

— Oi filha, quanto tempo hein boneca ? – Disse Apolo que carregava Manu em seus braços bem definidos como se ela fosse um bebe.

— Faz tempo mesmo. – Manu respondeu dando-lhe um abraço muito apertado e entrelaçando seus braços ao redor do pescoço do seu pai.

Apolo colocou sua filha no chão.

— Então, quer dizer que aqueles três fracotes irão substituir os três grandes ? Ah por favor neh.  – Apollo deu um sorrio e se jogou na cama da Manu colocando os braços para tras em seu pescoço. – Já até imagino o poema que isso vai dar. – Disse Apollo sorrindo e levantando a cabeça olhando direto para a sua filha predileta ali parada diante dele.

— Pai, porque está aqui ? Você raramente nos visita ... então você deve ... tipo, sei lá, querer alguma coisa. – Disse Manu.

Apolo sentou na cama e fez um sinal para que Manu fosse sentar junto com ele na própria cama e colocou os braços ao redor do pescoço dela.

— Bem minha filha, não acho justo que somente os três se divirtam, então eu e os outros deuses do conselho tomamos uma decisão, nos também iremos tirar férias e vocês, nossos filhos prediletos irão nos substituir também, não é legal ? – Apolo sorriu como se estivesse contando a melhor noticia de todas, as emoções de Manu foram divididas entre ansiosidade e medo.

— Então você está me pedindo para substituir você para que tire férias, é isso ? – Perguntou Manu e Apolo deixou de sorrir e ficou sério de repente.

— Não minha filha, eu não estou lhe pedindo nada, eu estou lhe dizendo que vou tirar férias e você ficará em meu lugar. – Apolo se levantou.

— Não é justo que somente os três grandes tirem férias e coloquem aqueles três babacas para tomar conta de tudo e de nós,quem eles pensam que são ? – Disse Apolo.

Manu se levantou.

— Mas pai, eles não são babacas. Eles são até legais. – Disse Manu.

— Você fala isso só porque da uns pegas naquele filho de Poseidon. -  Rebateu Apolo e Manu corou. – Mas você sabe o que faz e vai conseguir me substituir bem.

— Mas pai, se todos nós vamos substituir vocês o mundo vai virar um caos sem os deuses para controlar. – Disse Manu.

— Ah minha filha, está ai um problema que não é meu. Se o mundo acabar é só reconstruirmos ele, fim. Com um estalar de dedos e tudo fica novo de novo. – Apolo sorriu e Manu ficou abismada com suas palavras. – Calma minha filha, estou apenas brincando, vamos só tirar umas férias, só isso. Nada demais. Eu devo ir para o Rio de Janeiro produzir alguns filhos hehe.

— Você vai lotar este acampamento pai. – Rebatei Manu emburrada sentando-se na cama.

Apolo foi se sentar ao lado dela e colocou sua mão em volta dela de novo.

— Oh minha filha, não importa quantos filhos eu venha a ter, você e os outros deste acampamento serão sempre os meus favoritos e por falar neles, onde eles estão ? –Perguntou Apolo.

— Estão reunidos na grande fogueira, Milord dará alguns recados, falará sobre a ultima profecia e pelo visto vamos ter que anunciar que fomos forçados a substituir os deuses. – Manu podia ter estapeado Apolo que teria doido menos.

Apolo a analisou por uns instantes e depois disse.

— Você está pensando pela perpectiva errada minha filha, eu vou ter tempo para criar meus poemas e vocês terão  muito mais do que cuidar das pessoas deste acampamento. Isso que estamos fazendo devia ser tratado como uma dadiva e não uma maldição. Mas espera ai, profecia ? Que profecia ? – Apolo que era rei das profecias ficou de repente intrigado com essa tal profecia.

Manu contou-lhe toda a profecia, esqueceu de dar os detalhes do Milord de quatro em cima da mesa.

Apolo ficou pensativo por alguns instantes. Andou de uma lado para o outro pensando.

— Entendo, mas tudo dará certo. Reuna-se com os seus amigos, vocês começam amanhã. – Disse Apolo que abraçou sua filha e a beijou na testa. Se virou e levantou os braços com rapidez, Manu já sabia o que ele ia fazer e se virou para o lado. Seu pai acabara de sair sem lhe passar mais informações. Ela agora ia se reunir com os demais líderes que possivelmente tinham recebido visitas dos seus pais. Muitas coisas acontecendo de uma vez só. Com certeza algo de errado iria acontecer. Algo de muito ruim iria acontecer, pensou ela. Os deuses tirando férias, uma nova profecia se desenrolando, era muita coincidência isso tudo. Muita mesma.


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