Corações Feridos escrita por Tais Oliveira


Capítulo 15
Uma data especial


Notas iniciais do capítulo

Boa noite ;) chegamos a mais um capítulo ♥ Gostaria de agradecer aos acessos alcançados desde o último capítulo postado... A Fic chegou aos mais de 5000 acessos no Nyah e ultrapassou os 2000 mil no Spirit.Obrigada! ♥
Gente para esse capítulo eu fiz duas chamadas, afinal são duas coisas completamente diferentes...

LINK 1 PARTE: https://www.facebook.com/Minhasfanfics/videos/2041213466104633/

2 PARTE ANIVERSÁRIO ROLAND: https://www.facebook.com/Minhasfanfics/videos/2041473409411972/

Espero que gostem ♥ Boa leitura ♥



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No capítulo anterior...

Daniel seguiu o caminho indicado e coincidentemente Regina saia da sala, com uma das mãos na cabeça.

—Regina?Você está bem?

—É com Ruby que você deve se preocupar, ela não está bem.

—Mas é você que eu amo!

—Daniel não comece por favor.

—Eu aprecio o que você está fazendo, e sei que você ainda me ama.Vamos realizar o nosso sonho, me ajude a criar o meu filho. Vamos tira-lo da Ruby. Volte para mim Regina.

Incrédula ela responde.

—Eu não acredito que você está me propondo isso.Sinceramente Daniel eu não te amo como antes,e você com essa proposta conseguiu desgastar ainda mais o que eu sentia por você,eu fico me perguntando  quando você mudou tanto?Onde está o homem que eu me apaixonei? Agora vá para o quarto d Ruby ela e o seu filho precisam de você.

—Para mim ainda não acabou. Você será sempre o amor da minha vida.

Regina ouviu aquelas palavras com os olhos lacrimejados,suspirou e não olhou para trás.

 Daniel a cuidou se afastar pelo corredor, queria ajuda-la. Percebeu que ela não aparentava estar bem,mas a conhecia o suficiente para saber que ela era teimosa, e não aceitaria  sua ajuda.

Logo a perdeu de vista e lamentou as palavras ditas por ela.

“Quando ele havia mudado tanto?”

 Regina podia não saber... Mas ele sim.A culpa por ter abandonado sua filha o mudou, o corroía a cada dia.

Um erro irreparável que carregaria consigo o resto de sua vida.

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 Regina chegou até a recepção,sentia-se um pouco tonta, seus olhos estavam marejados,uma única lágrima escorria pelo seu rosto.

 A mesma foi até um dos sofás próximos de seus familiares e pegou sua bolsa.

Killian preocupado pergunta: -Regina você está bem?Está chorando?O que aquele imbecil fez para você?

Regina rapidamente limpa seu rosto e responde:

—Não.Estou bem,me sinto indisposta.Só isso.

 Todos perceberam o quanto ela estava pálida. Robin teve certeza de que algo havia acontecido,Regina já não tinha mais aquele brilho no olhar,não havia alegria na sua expressão facial.Agora expressava o oposto,tristeza.

Certamente algo havia ocorrido,que claramente a incomodava.

Killian intervém:-Você não pode ir sozinha,não deve dirigir nesse estado.

—Eu levo ela!Afinal nós viemos juntos.Oferece Robin.

Killian agradece.

—Obrigado Robin.

Regina e Robin seguem o caminho até a casa dela.

Durante todo o percurso Regina permaneceu calada.

—É aqui.

Foi o que ela disse assim que Robin passava na frente de uma linda mansão de dois andares Branca.

O mesmo ficou abismado,obviamente imaginava que Regina vivesse em um ambiente luxuoso,porém era muito melhor do que ele pensava.

—Obrigada.

Regina disse.

—Não precisa agradecer.

 Regina preparava-se para descer do veículo,no entanto,já sentia-se triste o suficiente para ficar sozinha.Sendo assim então disse: -Você não quer entrar?Aceita um Drink?

Robin enxergava sem o semblante de tristeza no olhar dela,além disso ela parecia querer conversar, e ele faria de tudo para ajuda-la.

—Sim.Eu aceito.

—Ótimo.

 Disse ela esboçando um pequeno sorriso em meio ao conflito que carregava consigo.

 Robin apreciava a elegância da casa dela,enquanto adentrava alguns cômodos até que por fim chegaram a uma bela sala.

Com uma riqueza dessas,Regina jamais olharia para um homem como eu.”

—Sente-se.

 Regina disse o tirando de seu devaneio.A mesma lhe entrega uma bebida.

Ele questiona: -Tem certeza que você já está apta para beber?

—Eu preciso beber.

Disse ela sentando-se ao seu lado,ingerindo metade do conteúdo que havia se servido.

 Robin a conhecia e sabia que ela guardava consigo uma grande comoção.

Era arriscado, contudo ele havia decidido perguntar,afinal Regina não iria convida-lo apenas para beber.Tomou coragem e perguntou:

—O que houve?

—Como assim o que houve? Nós salvamos o bebê, a Ruby.

—Algo está te incomodando.Eu vejo a dor no seu olhar.

Regina o encara com os olhos lacrimejados, e logo abaixa a cabeça.

Queria desabafar,mas era tão difícil... Deveria compartilhar um pouco de seu sofrimento com ele?

Apreciava a maneira como Robin a conhecia, esse era um dos principais motivos que a fez convida-lo para ficar. Por fim, ignorou seus questionamentos e respondeu:

—Eu sou uma estúpida... Eu salvei a vida da mulher causadora de tantos sofrimentos na minha vida, a amante do meu marido e do filho deles. Imagino o que minha mãe, ou os outros vão pensar.

—Claro que não. Você se deu uma chance. O que você fez foi admirável.Enxergou com o coração e salvou duas vidas.

—Você realmente pensa assim?

—É claro!Eu apoio a sua decisão.Só um imbecil para julga-la.

—Eu agradeço o seu apoio,mas contudo de que me adianta eu nunca vou ser boa como você,ou feliz. Hoje eu dei uma oportunidade de felicidade á eles,uma que a vida injustamente me tirou há alguns anos atrás.

—O que você quer dizer com isso? O que a vida tirou de você?

Regina lamentou internamente por sequer tocar naquele assunto.

Robin era maravilhoso com ela,entretanto, não estava disposta a dividir com ele sua maior dor... Alíás nunca contaria para ninguém...Aquele era um segredo que morreria com ela e Daniel.

 Sendo assim levantou-se do sofá e de costas para Robin, friamente disse:

—Eu quero ficar sozinha.

  Robin em passos lentos foi até onde ela estava e próximo ao ouvido dela recitou um poema:

—“Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso,
Mas refletir sobre a tristeza.

Não é apenas comemorar o sucesso,
Mas sim aprender lições nos fracassos.

Não é apenas ter júbilos nos aplausos,
Mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz não é uma fatalidade do destino,
Mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.

Ser feliz é deixar de ser a vítima dos problemas
E se tornar autor da sua própria história.

É atravessar desertos fora de si,
Mas ser capaz de encontrar um Oásis no recanto de sua alma

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
E segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

É beijar os filhos, curtir os pais,
Ter momentos poéticos com os amigos,
Mesmo que eles nos magoem

Ser feliz é deixar viver a criança
Livre, alegre, simples,
Aquela, que mora dentro de você

É ter maturidade para falar "eu errei"
É ter ousadia para dizer "me perdoe"
É ter sensibilidade para confessar "eu preciso de você"

Ser feliz é ter a capacidade de dizer "eu te amo". -
Pense nisso.

 Regina sentia o calor do corpo dele,a cada sussurro seu uma onda  de arrepios lhe percorria o corpo...

Deliciava-se com aquela voz dele, aquelas palavras.

Dito isso ele retirou-se, a deixando inerte. Quando virou-se, ele não estava mais lá.

 Algo emaranhava dentro dela. A tristeza havia lhe deixado, sendo substituída por algo radiante que a mesma não era capaz de descrever.

“Já devia me acostumar...esse é o efeito Lockesley.”

Sorriu abertamente.

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  No dia seguinte,Robin acordou-se com seu celular tocando.Era David.

—Alô?O que houve?

—Robin desculpe incomoda-lo.Estou tentando falar com a Regina e não consigo. A Ruby está precisando de mais uma coleta de doação de sangue.Ontem você me disse que se precisasse poderia falar contigo, afinal se lembrou de que a Valerie também poderia realizar a doação.

—Ah claro!Estamos indo.

 Valerie que já sabia todo ocorrido, aceitou e logo já adentravam o hospital.

Robin foi procurar por David. Valerie ficou o aguardando no corredor.

É surpreendida por Daniel que assim lhe vê vai até ela.

—Olá jovem.

—Olá.

—É um prazer revê-la,está fazendo o que por aqui?

—Eu vim doar sangue para a sua... sua namorada.

—Ah sim,mas ela não é minha namorada.É apenas a mãe do filho.

Robin não gostando nada da aproximação de Daniel com sua filha.Logo aproxima-se de ambos, tocando nos ombros da filha.

—Já está tudo pronto para a transfusão de sangue.

Daniel logo diz: -Agradeço pela colaboração de vocês.

—Não agradeça,não fizemos por você e sim pela Ruby que é uma grande amiga.

—Quem você pensa que é para falar assim comigo? Não passa de um ignorante qualquer!

—Reveja o modo que você fala comigo, você pode ter dinheiro sim,mas não tem honra.

Valerie intervém segurando os braços do pai que já estava irritado: -Pai por favor.

—Como ousa? Seu advogadinho atrevido,não passa de um capacho da minha mulher e...

São interrompidos pela chegada de Regina.

—O que está acontecendo aqui?

Os dois ficam a encarando até que Daniel diz:

—Esse seu empregado está me ofendendo!

Regina encara Robin que logo responde:

—Apenas respondi o que penso.Você me conhece sabe como eu sou.

Regina consente com a cabeça.Porém antes que ela respondesse algo,David surge.

—Regina que bom que você conseguiu chegar a tempo.

—Acho que cheguei na hora certa.

Ela disse olhando para Daniel e Robin em forma de repreensão.

Robin percebeu que Valerie o olhava da mesma forma,voltou a encarar Regina e depois Valerie, as duas eram tão parecidas, nunca havia percebido até aquele momento.

David continua: -Que bom que as duas estão aqui,toda doação que conseguirmos será ótima.

 Os três seguem o caminho até a sala de coleta,Robin antes de ir atrás de ambos, troca olhares com Daniel.

Minutos depois...

 Regina,Robin e Valerie se encaminhavam para o estacionamento do hospital.

—Pai o senhor já convidou a Regina para o aniversário do Roland?

—Nossa me esqueci, com toda essa confusão.

Regina parecia animada e logo questiona:

—Quantos anos ele vai fazer?

—Quatro.Ele quer muito que a senhora vá.

—É claro que eu vou.Seu irmão é uma gracinha.

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 Regina e Robin estavam no elevador, a mesma comenta:

—Muito bonito o poema que você me recitou ontem. Você é sempre assim tão poético?

—Depende da situação.

—Hum... Mas você costuma pronunciar palavras tão profundas, deixar as pessoas inertes e simplesmente ir embora?

—Foi você que pediu para mim ir.

 Os dois adentraram a empresa,todos os olhares pairaram sobre ela, entretanto, não era medo que exalava no olhar deles e sim admiração.

Sorriam para ela, a mesma sentiu-se feliz pela primeira vez em anos ao chegar na empresa...

 A notícia de que Regina ajudará Ruby, e ainda lhe doará sangue repercutiu no escritório. Todos surpreenderam-se,mas logo depois apreciaram a conduta da chefe.

 Robin viu o brilho nos olhos dela.

Belle chegou ofegante diante deles, estava sorridente e carregava consigo uma revista.

—DONA REGINA!DONA REGINA!

—O que foi Belle?

—PARABÉNS!

 A secretária abraça a chefe entusiasmada continua:

—A senhor foi indicada na categoria de melhor advogado do ano, que ocorrerá no’ 35 Jantar Anual De Gala Para Advogados’. Daqui há um mês! Está aqui nessa revista que saiu hoje.

Belle desvencilha-se do abraço.E Regina responde:

—Ah é isso Belle. Não se anime muito, os ganhadores desse prêmio sempre são os homens.Infelizmente ainda vivemos em uma sociedade machista.Dificilmente quebrarei este Tabu.

Dito isso Regina dirigiu-se a sua sala.

Deixando sua secretária surpresa.

Robin diz: -Ela não é tão segura como aparenta.

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Duas semanas depois...

 O tão aguardado dia havia chegado. Para a alegria de Roland.

Enquanto Robin,Roland e Henry saíram para buscar as bebidas,Emma,Valerie e Granny ficaram para fazer os doces.

 A vovó acabará de se mudar para Nova York,havia chegado a apenas três dias... E adquiriu o estabelecimento no qual se encontravam no momento, onde decidiram realizar a festa de Roland.

—Tia Emma posso te fazer algumas perguntas.

—Claro querida sobre o que se trata?

—Sobre a Regina.

—A Regina?

—Sim, o que sabe sobre ela?

—Bom Valerie, ela é uma pessoa fechada assim como o teu pai. Por mais que ás vezes ela tome medidas drásticas, ela tem pulso firme, esse é um dos motivos que Killian enlouquece lá no escritório quando Regina não está.Mesmo assim através de tanta determinação que ela insiste em mostrar, tem um lado dela que poucos conhecem, um lado doce,emotivo.Regina mantém uma postura rigorosa,no entanto, é a pessoa mais sensível que eu já conheci.Em alguns aspectos ela me lembra o seu pai.

—Humm.

—Mas por que você quer saber tantas coisas dela?

—Ah não é nada demais, é que ela me convidou para ser a estagiária dela.Então eu só queria saber mais um pouco,para evitar de cometer algum equívoco.

—Ahh quanto a isso não se preocupe, Regina adora você e o seu irmão.Ela me diz isso toda hora.

—Ela diz?

—Sim.

—E do meu pai?Ela gosta dele?

—Como?

Emma perguntou surpresa.

Valerie vendo que sua tia não possuía conhecimento de nada, mente.

—Quero saber se eles pararam de discutir...digo antes eles brigavam o tempo todo.

—Ah sim!Agora que você falou...é verdade,faz tempo que eu não vejo nenhum atrito entre eles na empresa.

—Obrigada tia.

—Merece querida, espero ter te ajudado. Agora vou arrumar a decoração.

 Assim que Emma retirou-se vovó ficou observando as feições de preocupação no rosto da neta postiça.

—A mim você não me engana.Qual a preocupação que exalava nesse rostinho lindo?

—Não tem como enganar a senhora não é mesmo?

—Não mocinha, eu não sou que nem a maluca da tua tia. Vamos me atualize que eu cheguei aqui há apenas três dias, e pelo visto tem algo acontecendo.

—Eu acho que meu pai está apaixonado.

—O QUE? Até que enfim!Eu achei que o teimoso do seu pai não se permitiria usufruir de tal sentimento. Mas por que essa carinha você, não gosta da escolhida?

—Pelo contrário, eu gosto dela.Ela adora o Roland...

—Então qual o problema?

—Eu tenho medo que meu pai se machuque de novo. Eu ouvia ele chorar do meu quarto vó, e no outro dia ele agia como se tudo estivesse bem, sorria,ajudava aos outros, mas a noite tudo se repetia... e assim se sucedeu durante um ano.Até que ele evitava ao máximo tocar no nome daquela mulher.Eu o vi cair, e o vi levantar,mas eu não sei se estarei pronta para vê-lo se machucar novamente.

—Querida venha cá!

Granny e Valerie se abraçam.

—Eu nunca concordei com o casamento do seu pai com Marian, sempre achei que ela não era a mulher certa pra ele.Mas não adiantou, Robin estava apaixonado por ela...Não tenha medo por ele, pelo contrário o apoie.Já basta ele ser inseguro ás vezes... Me diga ela estará aqui essa noite?

—Segundo ela sim.

—Ótimo! Estou doida para conhece-la, saber quem foi capaz de quebrar as barreiras do seu pai.

—A senhora já conhece ela.

—Já? Mas eu pensei que ela fosse dessa cidade.

—É.Eu não acredito vó, a senhora não percebeu o óbvio!

—Ai meu deus! Pera aí!Não me diga que é a irmã do noivo da sua tia?Claro! A tal Regina...No começo seu pai detestava ela.

—Para a senhora ver como são as coisas.

—Seu pai não é bobo hein...aquela mulher é fina, toda bonitona.

—É mesmo.

—Não se preocupe Val, eu vou descobrir se o sentimento é recíproco.

—Mas como?

—Querida essas coisas eu percebo de longe.Vou ficar grudada nela a noite toda, e no final te dou uma resposta.

—Se o Roland permitir.Ele adora ela!

—Sua tia disse que ela gosta de vocês dois, se for verdade ela já tem dois pontos comigo.

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 Em poucos minutos todo o estabelecimento já estava decorado. Havia balões azuis e vermelhos espalhados por todo ambiente.

 Foram feitos dois tipos de bolo,um deles era o bolo arco íris, feito de diversas camadas coloridas. Já o outro era cheio de balões em sua volta com a cobertura de pasta americana.

Ainda foram feitos variados cupcakes, de todas as cores... Além é claro dos salgados.

  Roland estava animado, ansiava por aquela festa há semanas!Aguardava a chegada de Regina ansioso.

 Os Blanchard foram os primeiros a chegar. Para a alegria das crianças que começavam a brincar alegres.

Logo em seguida a família Mills chegou em peso,Cora,Senhor Henry, Zelena,e Hades. Killian havia chegado mais cedo com Emma.

 Alguns funcionários do escritório também estavam presentes.E alguns amigos da Carolina do Norte, foram prestigiar a festa...

 Quarenta minutos haviam se passado, todos os convidados que haviam confirmado presença já estavam lá, com exceção de Regina...

  Já fazia mais de 15 minutos que Roland espiava na janela.Não queria nem sequer mais brincar com os amiguinhos.

—Filho vai se divertir.Provavelmente ocorreu algum imprevisto, e a Regina não poderá mais vir.

—Mas eu queria que ela viesse na minha festinha papa.

—Eu sei,mas eu sempre te disse que ela é uma mulher ocupada.Vá brincar!

—Não eu vou continuar esperando.

Disse fazendo birra.

 Robin para não perder a paciência acabou voltando para a mesa que estava.Observava o filho, via a decepção nos olhos do menino. A festa estava repleta de convidados,mas a que ele aguaradava com tanto carinho não havia comparecido.

Sentiu raiva pela falta de compaixão de Regina...

“Eu não posso me sentir assim, afinal ela não tem obrigação alguma com a família...eu que sou um estúpido  me deixei apegar demais.”

Lembrou-se do dia em que foi confirmar se ela iria no aniversário...

POV Robin

Dias atrás...

 “Regina estava absurdamente linda. A mesma parecia estar atarefada o suficiente para ignora-lo,no entanto,não foi isso que aconteceu.

 Esboçou um sorriso estonteante ao pronunciar:

—Como vai Lockesley?O que deseja?Quer sentar?

 Fazia tanto tempo que não me sentia tão nervoso diante de uma mulher...,Regina conseguia naturalmente lhe causar sensações até então omissas.

Coço a cabeça e respondo:

—Ah... é que o Roland fica....fica perguntando toda hora por você, ele quer saber se você confirma presença no aniversário dele.

—Mas é claro! Está vendo toda essa papelada aqui?Estou adiantando minha ida a Washington para poder voltar a tempo da festa,provavelmente irei direto do aeroporto. Mas esse aniversário eu não perco por nada!

Abriu um sorriso estonteante que me deixou desconcertado,apenas consenti com a cabeça e me retirei.”

 

 Faziam incontáveis Quatro dias desde a última conversa que teve com ela... Por mais que não quisesse admitir ansiava a presença dela tanto quanto seu filho.

Tomou um gole se sua cerveja e suspirou.

—O que foi Robin?

Perguntou João.

 Porém antes que ele pudesse responder,os gritos de seu filho vindo na sua direção lhe chamaram a atenção.

—A Regina veio papa!

 Logo o menino dirigiu-se a porta e saiu correndo até Regina que descia do carro. Robin foi atrás do filho.Presenciando uma cena comovente, Roland e Regina abraçados.

—Eu achei que você não vinha mais.

Disse o menino fazendo beicinho.

—Desculpe por faze-lo esperar,mas tudo isso é culpa do seu pai (Robin a encarou com curiosidade) –que não me avisou que tinham mudado o local que seria realizada a sua festa.

Robin coloca as mãos na cabeça.

—Nossa Regina me desculpe! Eu esqueci completamente, estive tão ocupado com esse aniversário,o trabalho que acabei me esquecendo.Como você descobriu?

—Depois de passar quinze longos minutos batendo na porta,sua vizinha chegou e me avisou onde seria comemorado o aniversário. Passei mais 20 minutos no trânsito, depois passei duas quadras daqui até que por fim cheguei.

Robin a admirava.

—Tem algo errado?

—Não,não.Venha vamos entrar!

—É Regina vem pra minha festa!

Disse Roland segurando nas mãos do pai.

 Ambos adentraram o ambiente e Regina analisava aos detalhes atentamente.

Assim que os viram entrar Vovó Granny os observou.

 Regina foi até a mesa onde estava sua família, afinal não os via a alguns dias...

—Como vocês estão?

—Estamos bem. (Responde sua irmã sorridente. Regina percebeu que a barriga de Zelena já havia adquirido uma saliência.)-Pegue uma cadeira e sente-se aqui conosco.

Roland surge:

— Não a Regina vai sentar com agente!Eu quero que ela fique comigo e cuide de mim que nem ela fez quando eu tava doente lá na minha casa.

—Você esteve no apartamento do meu irmão?

Regina apenas consentiu,ninguém sabia daquele ocorrido até então.

Cora intervém:

—O que você quer se metendo?Se não teve seus próprios filhos vai interferir na vida dos outros?

Regina ficou encarando a mãe,que mais uma vez a julgando.

—Na verdade Dona Cora sua filha foi de grande ajuda.

Disse Robin aproximando-se.

—Viu nem todos enxergam o pior nas coisas que faço.

Dito isso saiu em passos lentos em direção ao balcão, sendo seguida por Robin.

—Você está bem?

—Sim. Só cansei de ser trouxa.

 -Venha quero te apresentar a alguns amigos da Carolina do Norte que estão aqui.

Robin a guiou até uma mesa.

—Pessoal quero apresentar a vocês a minha chefe Regina Mills.

 Todos se cumprimentaram gentilmente. E trocaram algumas palavras com ela.Regina havia causado uma boa impressão.

 Regina sentou-se em um dos bancos em frente ao balcão, já não havia clima para sentar-se na mesma mesa que sua família.

Tomava um Drink quando foi surpreendida por Granny’s.

—Olá. Eu não sei se você lembra de mim.Nos conhecemos na Carolina do Norte. Eu sou a...

Regina a interrompe: -Vovó Granny, Robin fala muito da senhora.

Disse a mesma esboçando um sorriso.

—Espero que só elogios.

—Sim.

—Que bom que você veio, Roland aguardava sua presença.

—Eu não poderia deixar de prestigia-los.

Granny percebeu que ela havia falado no plural, ou seja por mais que Regina adorasse o menino, não era só por ele que ela estava lá. Isso era bom.

 -Robin me disse que a senhora é uma cozinheira de mão cheia.

—Sem querer me gabar,sou sim.E agora que me mudei paracá vou engordar todos eles.

As duas começaram a rir.

—Então a senhora vai ficar aqui em Nova York?

—Sim. Não consigo ficar longe de Robin, e dos meus netos postiços. Eu sei que  é difícil para o Robin conciliar as obrigações de casa, o trabalho e a criação dos filhos. Por mais que ele tenha a Valerie, ele é apenas uma adolescente que precisa se divertir ás vezes.Eu já disse para Robin se casar novamente, mas ele é turrão o suficiente para me ouvir.

As duas o observavam e Regina disse:

—Ele merece alguém especial.Robin é o homem mais gentil e bondoso que  conheci.

Granny observou a admiração que pairava no olhar da Regina ao falar dele.

Naquele momento concluiu.”É recíproco.”

 Logo ambas engataram uma conversa animada. Regina soltava algumas gargalhadas com as histórias que a vovó contava. Robin aproximou-se.

—Posso saber qual o motivo de tanta graça?

—Quem diria Lockesley, parece que seu Peru de natal não foi seu único fracasso na cozinha.

—O que a senhora contou para ela?

—Nada,apenas aquela história em que você quase incendiou a pensão fazendo panquecas.

—É parece que não será você que me ensinará com essa receita.

Disse Regina sorridente.

Robin riu junto com ela.

—Você quer que eu te passe a receita? E te mostre alguns truques ali na cozinha?

Perguntou a vovó.

—Claro! Eu iria adorar, se não for dar trabalho.

—Me siga.

Assim Regina o fez,Robin ficou cuidando elas se afastarem.Ficou feliz, as duas haviam se dado muito bem.

 Já em outra mesa, Cora que não havia gostado nada da aproximação da filha com aquela senhora desconhecida.

—Vocês sabem quem é aquela senhora que ficou mais de meia hora conversando com a Regina?

—Ela é a Vovó Granny, que ajudou eu e o Robin assim que ele completou 18 anos. Ela é como uma mãe para nós.Pelo jeito ela conquistou Regina também.

Respondeu Emma.

—Até demais. Fazia tempo que eu não via Regina rir tanto.

Disse Cora.

Zelena intervém.

—Eu não  acredito mãe, a senhora está com ciúmes da Regina?

—Eu não entendo por que a senhora cobra tanto dela.E agora está aí se corroendo.

Disse Killian.

Cora olhou para o filho como repreensão.

“Algumas mágoas são o reflexo de vidas passadas. Cujos resultados frustrantes se repetirão, até que em determinado momento os viventes, resolvam suas pendências do passado.”

 

 Minutos depois...

 Estava na hora de cantarem o parabéns. Reuniram-se em volta da mesa,Roland sorria alargamente, a felicidade estampada no rosto.

 No entanto antes que começassem a cantar, Roland diz que faltava mais alguém junto dele na mesa. Todos a princípio não entenderam,afinal Robin e Valerie lhe faziam companhia.

Sendo assim,Roland vai até  Regina e lhe pega ela  mão, a levando até a mesa do bolo.

A mesma sem jeito não negou. Todos cantaram o parabéns e o menino assoprou suas quatro velinhas. Ouviu alguém gritar:

—Faça um desejo!

“Eu desejo que a Regina seja a minha mãe!”

 Todos estavam deliciando-se com os bolos. Regina foi até Valerie que parecia estra distraída.

—Seu pai me disse que você irá começar a trabalhar lá no escritório a partir de Segunda.

 —Sim.

—Você não parece muito animada, olha se não quiser pode me dizer, se você acha que vai ficar complicado conciliar as coisas...

—Não,não é isso.Estou empolgada sim! É só que organizar o aniversário do Roland e passar madrugadas lendo textos digitalizados é cansativo.

—É admirável ver o que você e o seu pai fazem para ver a felicidade do seu irmão.

 Valerie sorri.

—Nós fazemos de tudo para suprir a falta que ele sente da mãe. Eu sei o que ele pensa, afinal de maneiras distintas passamos pela mesma coisa.

 Regina sentiu rancor naquelas palavras.Tenta reconforta-la.

—Você está fazendo um bom trabalho.Olha para tudo isso, a felicidade que seu irmão irradia no rosto, você deve se sentir orgulhosa de si mesma.

—Obrigada.

Disse a jovem, esboçando um sorriso.

 Na tentativa de mudar de assunto Regina pergunta:

—E você quando faz aniversário?

—15 de Julho.

“15 de Julho, o mesmo dia que meu filho comemoria o seu... se a vida não tivesse tirado ele de mim.”

Foi a vez dela sentir rancor.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? O poema? A magoa que ultrapassa séculos entre mãe e filha...
Não deixem de comentar, preparem-se mais uns dois capítulos e a fic terá algumas revelações, uma que vocês sabem e outra que nem imaginam... Um beijo a todos ♥