Avatar: A lenda de Tara — Livro 2 Fogo escrita por Glenda Leão


Capítulo 2
Sem Tara


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou? desculpem por essa demora, vou tentar postar o proximo capitulo o mais rápido possível.
Ps: Não levem o titulo do capitulo no duplo sentido kkkk
Capitulo narrado pelo Suna.



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Suna

Saio do banho e enrolo o joelho com bandagens limpas, visto uma camiseta vermelha e uma bermuda preta, calço meus chinelos e me olho no espelho. Noto que meu cabelo está cobrindo meus olhos e minha barba está mal feita, quando pego a tesoura para dar um jeito no cabelo ouço Chen me chamar. Ele diz que tenho visitas, um sorriso se forma involuntariamente em meu rosto quando penso em Tara, ela veio me ver. Corro até a sala na velocidade de um raio e minha cara se fecha ao ver quem realmente está aqui.

— Ah, são vocês! — exclamo desanimado e viro as costas para Kadda e Dao li.

— Sabe Suna, se eu não soubesse dos seus sentimentos reprimidos por mim eu ficaria altamente magoado com esse seu gesto. — Kadda diz e eu reviro os olhos, mas não posso evitar rir, esse maldito é engraçado quando quer.

— O que veio fazer aqui e por que trouxe esse ai com você? — jogo a cabeça em direção a Dao li, não vou com a cara dele desde que o conheci em Omashu. O rosto de Kadda perdeu seu ar de moleque e adquiriu um de preocupação e um pouco de desespero. Me preocupei imediatamente.

— Kadda, o que aconteceu? — pergunto e não consigo imaginar algo pior acontecendo agora sendo que faz apenas um dia que enfrentamos Yuka e seus radicais.

— É a Tara — e o mundo parou, algo aconteceu com ela e meu coração está apertado. — ela sumiu desde ontem e estou preocupado, o presidente Ryuu colocou a guarda de metal e os daili atrás dela, mas não conseguiu achar a própria filha até agora. Pensei que nós três poderíamos nos juntar para procura-la. Ela saiu muito perturbada e deve preferir ser encontrada por nós do que por um bando de soldados.

— Você tem razão. — volto minha atenção para Dao li e rio da sua posição firme de militar. — Mas e você, não devia estar junto com sua guardinha de dominadores de ferro velho? — tento irrita-lo, mas ele não se abala, parece meu pai.

— Prefiro procurar Tara do meu jeito e talvez essa forma não se encaixe dentro da lei. — reviro os olhos. Pego meu cinto e minhas laminas no meu quarto e grito para Chen que vou sair, não dou tempo para que ele tente me impedir e fecho o portão de casa atrás de mim.

Ainda bem que Akari e meu pai não estão aqui ou eles não me deixariam sair de maneira alguma com o joelho ainda nesse estado. Caminho mancando ao lado de Kadda até o outro lado da rua onde vejo Zena atrapalhando o circular de veículos. Corro até ela e a abraço com vontade, amo essa toupeira-texugo.

Nós três subimos nas costas de Zena com Kadda no controle. Dao li, Kadda e eu ficamos constrangidos, é estranho não ter nenhuma garota entre nós. As costas de Zena são enormes então combinamos de manter a distancia de um braço um do outro.

Começamos a andar pela cidade que retoma aos poucos sua rotina depois dos recentes ataques. Nós três não fazemos o menor esforço para esconder a nossa angustia com o desaparecimento de Tara. O que sinto por ela é realmente forte, não nego que já a olhava diferente quando ainda estava com Yuka, mas afastava isso devido ao fato de ser fiel e de lembrar da tia Korra sempre que olhava pra ela. Tinha um pouco menos que dois anos quando ela morreu mas a memoria dela ainda é viva na minha cabeça. Cometi muitos vacilos com Tara, toda vez que eu não resistia e a beijava eu a afastava logo em seguida. Se a encontrarmos vou deixar isso de lado e investir em nós dois. Sei que tenho Dao li como adversário mas eu não sei perder, e ele não parece fazer o tipo dela embora tenham crescido juntos.

Kadda da leves batidinhas em Zena para que ela pare assim que chegamos a uma encruzilhada. Dao li e eu nos surpreendemos pela parada repentina. Kadda desceu das costas de Zena sem nos dar atenção. Sua atenção está focada e parece que nada é capaz de distrai-lo. Ele se aproxima de uma das trepadeiras que crescem se esgueirando pelos prédios, respira fundo e encosta sua mão em seu caule. A planta começa a emitir um brilho ao redor da mão dele. Dao li e eu ficamos de queixo caído.

— Mas que coisa é essa? — Dao li e eu perguntamos em uníssono.

— Silencio! — Kadda nos ordena e depois de alguns segundos solta a arvore e nos da atenção. — Desde que nasci tenho uma forte conexão espiritual por que meu pai também sempre teve uma conexão espiritual enorme e desde que conheci Tara ela só ganhou mais força, tenho aprendido a usa-la melhor desde então. Quando toquei a trepadeira senti a energia de Tara, sei que ela passou por aqui.

— E eu que pensei que você fosse um simples dominador de areia. — Dao li diz e da um leve murro no ombro de Kadda que sorri sem jeito. — Não é a toa que Tara é sua amiga. Como diria meu pai: você está destinado a grandes feitos.

— Blá blá blá. Eu acho que você podia ter me contado que fazia isso sabe? Teria sido de grande ajuda. — eu não acredito, eu realmente estou com ciúmes da amizade entre Tara e Kadda. Pensando bem o pai dela com certeza iria achar melhor ele como genro do que eu ou Dao li depois de nos ver brigando em Omashu.

Espanto esse sentimento ruim e volto o foco para a busca por Tara.

— Então Kadda, pra onde vamos agora? — Dao li pergunta.

— A energia de Tara está sofrendo grandes oscilações, mas sinto que foi por essa avenida. — ele ergue o braço esquerdo e aponta para a avenida que está à direita da encruzilhada. — e alguém a estava carregando.

— Alguém? Alguém quem? — pergunto preocupado.

— Eu não sei, embora a energia seja familiar eu não consigo descobrir a quem pertence.

— Está bem, subam em Zena. Vamos continuar a procura-la. — eu digo e nos acomodamos no lugar com a precaução de manter a distancia estipulada antes de sairmos.

Seguimos as orientações de Kadda e a medida que subimos a avenida e dobramos as ruas os tipos das casas aumentavam de tamanho e luxo. Paramos na rua do condomínio de casas Varrick quando Zena começa a correr mais rápido que nunca. Acho que deve ter sentindo o cheiro de Tara. Os guardas do condomínio afastam Zena do portão assustando ela e isso me da vontade de cortar suas gargantas, mas Kadda acalma a mim e a Zena. Dobramos a esquina e Kadda fala algo no ouvido de Zena e mais que de repente ela abre o chão com suas enormes patas e nos leva para baixo do solo.

Conseguimos entrar no condomínio sem sermos vistos por guardas, mas a medida que avançamos os moradores começam a nos observar estranhando e cochichando. Bato meu nariz na nuca de Kadda quando Zena para de repente em frente a um enorme portão de bronze formando um imenso dragão de três cabeças. Eu toco a campainha.


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Notas finais do capítulo

A fic não é movida a comentários, mas eles são muito bem vindos e me inspiram muito a escrever ♥



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