Por uma nova chance escrita por UchiHaruno


Capítulo 3
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Hi!!!
Espero que gostem!
Bjus...



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“E aqui estamos mais uma vez, na espera do imprevisível, ansiando impossíveis e sonhando com finais felizes. À medida que mudamos o passo, cria-se nosso compasso, e mais uma vez nos afastamos e logo porque justo nós agora estamos, mais uma vez esperando...”

 

Enfim pude me sentar. Terça já começara animada, duas cirurgias de emergência e meu almoço se foi. O relógio marcava quinze para três, já era hora de correr para a sala da Hinata, na verdade já passava da hora, ela iria me matar com certeza.

Seguia calmamente pelo corredor que dava acesso a ala psiquiátrica. Hinata era a gerente dessa ala, uma renomada psicóloga reconhecida por todo o país. Ela vivia viajando para dar palestras, fora este um dos motivos de nossa consulta ter sido remarcada tantas vezes. E agora eu estou aqui em frente à sua porta só observando como ela se parece um anjo, é engraçado como trabalhando no mesmo lugar ainda é considerado raro os nossos encontros.

Bati de leve na porta, ouvi seu consentimento e adentrei o local. Sua sala era bem iluminada pela luz natural e muito bem decorada por objetos minimalistas, a sensação que tínhamos era de uma grande paz, com certeza todos se sentiam em paz aqui e principalmente com ela. Quando foquei seu rosto, este estava iluminado por um grande sorriso, Hinata já se levantara e vinha em minha direção, nos abraçamos por um longo período. Nota mental: “Correr para a sala da Hinata mais vezes kkk”.

Nos afastamos e foi a sua vez de me avaliar como uma mãe protetora, ela era tão meiga e forte ao mesmo tempo, “Gostaria de ter a sua força Hina.” Hoje ela usava uma saia preta de cós alto e costura assimétrica e sua camisa de cetim rosa bebê lhe davam um ar bem estiloso e como posso dizer, harmonizava-se demais a tudo ao nosso redor. Bem esta é Uzumaki Hinata, senhoras e senhores, aplausos.

— Como você está? Gostaria tanto de não ter ido viajar. Fui com o coração tão apertado. Mas fico feliz de aparentemente estar melhor do que antes. – Seu sorriso era terno e me comoveu suas palavras, ah Hina como senti sua falta, sorri para ela e enfim fomos para o divã próximo a janela e nos sentamos e por uns segundos observamos as pessoas lá embaixo, até que comecei.

— Bem eu realmente me sinto melhor, aconteceram muitas coisas nestes últimos dias. Trabalho nunca falta – sorri para ela e seu olhar pedia para que eu prosseguisse. – Tenho saído mais de casa, na verdade sai bem mais do que imaginei.

— Nossa isso sim é novidade garota. – Seu sorriso tinha aumentado agora. – Mas ao que se deve toda essa mudança repentina, porque da última vez que conversamos você estava à beira de uma depressão – Sua expressão ficou seria ao me encarar. – Realmente fiquei muito preocupada. – Agora me olhava aliviada e ansiosa por minhas próximas palavras. Mas não sabia ao certo o que falar, eu queria muito falar da aparição de Sasuke, mas ao mesmo tempo não. Ainda era como se tivéssemos em uma bolha e a partir do momento em que lhe falasse tudo iria roer e definitivamente este era um sentimento que eu não queria ter, pelo menos por hora.

— Bem eu simplesmente resolvi levantar a cabeça e seguir em frente.  – Pronto já tinha mentido e agora era esperar que Hinata não se valesse de suas habilidades, desvie meu olhar para a janela. – Depois de tanto observar por esses corredores percebi o quão tola eu estava sendo, todos que eu amo ainda estão aqui e o meu rompimento com Lee não é não deveria ser suficiente para eu parar com a minha vida, então me renovei com a vontade de viver dos meus pacientes. – Sorri ainda observando as pessoas do lado de fora. O que havia dito não era mentira, só não era a resposta da pergunta de Hinata. Senti seus olhos sobre mim, mas não senti vontade de retribui-la.

— Estou tão orgulhosa de você. – Só no momento que sua mão tocou meu ombro eu lhe olhei e sorri na mesma intensidade que ela me presenteava.

— Mas e você, como foi em Osaka?

— Bem, foi interessante. Os alunos de lá possuem um senso crítico suficiente para um belo debate. Quer saber, na verdade foi bem satisfatório. – Hina sorria com alguma lembrança de sua palestra e me senti contagiada com seu sentimento, talvez minha mentira não chegasse tão longe assim, aí Sakura nem um segredo seu você consegue guardar menina, tapa mental.

— Me encontrei com o Sasuke. – Minha voz saiu num fiapo, mas foi suficiente para tirar Hina de seus devaneios e prender sua atenção em mim. – Na verdade eu o operei. – Sorri com a lembrança e olhei para Hinata, ela simplesmente me olhava sem nada esboçar, droga Haruno você ativou a psicóloga e agora infelizmente não tina volta, merda. – Permaneci com ele por uma semana até receber alta e foi tão nostálgico. – Suspirei.

— Eu já sabia. – Olhei para ela um pouco surpresa. – Naruto me ligou e me contou o que aconteceu, fiquei muito tensa, mais quando soube que você cuidaria dele meus pesares se foram. – Ela deu uma pausa me avaliou, olhou ao redor e por segundos encarou as pessoas lá fora e suspirou. – Pode começar Sakura, sei tudo o que se passou entre vocês, e não espera me passar para trás logo agora né? – E sem esperar resposta. – Como você se sentiu? – Sua mão tocou a minha, então olhei em seus olhos e senti a confiança de que precisava, afinal era a Hinata que mal haveria.

 

 

Dirigir para casa em Tóquio não é uma das melhores coisas para se fazer, principalmente se você sair na hora do rush. Conversar com a Hinata no fim das contas acabou que gerou em mim mais questionamentos do que o alívio de poder compartilhar meu “namorico platônico” com o Sasuke, pelo menos agora posso refletir sobre minhas próprias expectativas em relação a nós dois. Tenho tempo de sobra, aff, trânsito.

Em meio aos meus devaneios, percebo uma notificação. Um convite, incrível como meu estado de espírito muda da água para o vinho ao ver seu nome. Tapa mental, estaria eu, Sakura Haruno, me apaixonando novamente? Ou como sugeriu a Hinata, eu nunca havia deixado de amá-lo? Olho meu reflexo pelo vidro da porta do carro, agora vejo meus olhos em confusão, pareço angustiada para quem me observa. Fecho os olhos, respiro fundo e ao abri-los novamente encaro meu celular e a mensagem de Sasuke.

Sei que tínhamos marcado para almoçar amanhã. Mas surgiu um imprevisto. Gostaria de jantar comigo no Ichiraku às 20h?”

Sorrio, não posso negar como fico ansiosa na expectativa de estar com ele.

Isso é golpe baixo Uchiha. Você sabe que adoro o Ichiraku S2”

“Hahahaha! É só um convite gatinha, você ainda pode recusá-lo. E, então, o que me diz?”

“Eu realmente adoraria. Mas não vai dar, estou presa no trânsito. E o Ichiraku fica do outro lado da cidade, o GPS está marcando duas horas até eu conseguir chegar lá ☹”

Onde você está Doutora?”

“Na avenida, a quinze minutos do meu apartamento.”

“Vá para casa. Já chego!”

Ah Sasuke, rio sozinha no meu carro. O que será que ele vai aprontar dessa vez. Me encaro novamente pelo reflexo e percebo que meus devaneios podem esperar. Talvez essa seja a oportunidade que estava esperando e eu vou agarrá-la. Sorrio.

 

 

Já são 20h. Pontual como sempre. O porteiro acabou de interfonar avisando que o Uchiha já está subindo. Dou uma última conferida pelo espelho, acho que é só, rio de nervoso, será que exagerei na produção? Estou com um vestido de cetim, verde escuro. O caimento dele é perfeito, justo sem ser agarrado ao corpo. Ele é de alcinhas, sem decotes e com uma saia de corte assimétrico. Espero realmente não ter exagerado.

Ouço as batidas da porta, caminho em sua direção. Ao abri-la sou comtemplada com a visão de um policial jovem, bem-vestido, com certeza eu não exagerei, que alívio. Pelo visto ele já estava pronto para ir ao Ichiraku, só desviou o caminho. Sorrio, e ele me corresponde com um beijo delicado no rosto.

— Bem espero que não se importe mais pedi uma pizza de 5 queijos e uma de strogonoff de frango para nós. Se não me engano essa era a sua preferida, não é?

— Uma boa memória a sua! Sempre, queijo em tudo. – Sorrio com a atenção do meu companheiro. Convido-o para uma taça de vinho. – Fiquei feliz com a sua mensagem, não me entenda mal, mas o que houve? Alguma emergência no trabalho? – Observo-o agora, sua elegância em segurar o vinho não disfarçou seu leve, quase imperceptível incômodo com a minha indagação. De fato, estranho.

— Na verdade gatinha. – Sorri. – Só não tinha desculpa melhor para poder vir te ver. – Seu semblante mudou, ficou mais sério. – Senti saudades.

Fico a observá-lo, na verdade não sei como reagir. Talvez fosse esse avanço que eu queria que acontecesse, eu ansiava por isso? Mas o que aconteceu?! Hinata! Droga, nossa conversa tinha que ter rolado antes desse encontro. Afff! Agora meu subconsciente está em alerta.

— Como pode sentir saudades, nos vimos ontem. – Rio de nervoso, desvio meu olhar para minha orquídea na mesa de centro da sala. É complicado me sentir tão insegura ao seu lado, mas ao mesmo tempo tão em paz. Volto a encará-lo, mas me surpreendo ao ver que ele está preso em seus próprios pensamentos.

— Sabe Sakura, desde que nos reencontramos tenho estado muito feliz na verdade. – Sorri, mas não olha para mim, continua a encarar a minha orquídea como eu fazia segundos atrás. – Não pude deixar de imaginar como as coisas poderiam ter sido. – Ele parece mais perdido em possibilidades do que eu possa imaginar, bebe um pouco do seu vinho e finalmente olha para mim. Sorri mais uma vez estendendo a mão para acariciar meu rosto, seu toque é sutil.

— Não sei o que te dizer. – Sorrio em desconforto, é a minha vez de bebericar um pouco do meu vinho. Seguro sua mão e não quebro nosso contato visual. – É algo que faço involuntariamente, pensar em como seria minha vida hoje sendo mãe, talvez esposa. Mas não me permito ficar nisso por muito tempo. A Hinata tem uma teoria.

Ele me olha pedindo que para que eu continue.

— Ela diz que o que me afetou não foi tanto em si o aborto, não querendo desmerecer essa dor em mim. Mas ela diz que o que mais me perturbou foram as sequencias de eventos que antecederam e decorreram disso.

Sei que dizer isso para ele talvez o incomode um pouco, mas somos adultos não é mesmo, nesses dois meses temo evitado essa conversa. Percebo em seu olhar que ele estava preparado para isso.

— Sabe, a Hinata sempre foi assustadora parando para pensar. – Ele comenta mais para si do que para mim, e não posso evitar de rir da sua constatação. – Ah, fala sério gatinha, você também concorda?

— Não posso dizer que discordo. – Respondo enfim e vejo seus lábios se contornarem em um sorriso vitorioso. E assim se dissipar o clima mais pesado que já estava se formando dentro dessa sala.

— Vamos jantar? – Ele pergunta já se levantando e me puxando junto. Sorrio em resposta.


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