Pov's Tori

Eu estava dormindo na minha cama e faltavam alguns minutinhos para meu despertador tocar (AMANHÃ É SÁBADO!!!!!) , até que minha querida irmã Trina (foi ironia, mas eu a amo) resolveu conversar no celular bem em frente ao meu quarto. Se ela conversasse baixo não tinha problema, mas a voz dela é bem potente, só que ainda não satisfeita, ela conversa GRITANDO!

— OI VÓ!!! _ berrou.

Depois elas conversaram mais algumas coisas que eu não prestei atenção porque eu estava quase pegando no sono de novo.

— Se a Tori tem namorado? Claro que tem! _ assim que escutei minha irmãzinha falar me sentei na cama. Agora eu acordei! _ Quer vir jantar aqui em casa amanhã para conhece-lo? Então está marcado. Também te amo vovó, beijos! _ e desligou. Saí do quarto.

— Bom dia, maninha! _ falou.

Eu estava de braços cruzados, encostada na minha porta enquanto tentava imitar a cara de brava da Jade. Tentativa falha porque não sei erguer SÓ uma sobrancelha.

— Posso saber por que você disse que eu tenho namorado? _ aumentei um pouco minha voz

— Porque você tem ué! O Daniel não é seu namorado?

Fiquei olhando para ela por um minuto, percebendo que minha irmã não presta atenção no que as pessoas falam o assunto quando não a interessa.

— Trina, você não ouviu o que eu te disse ontem, né?! _ perguntei e ela ficou pensativa.

— Não! _ suspirei.

— Eu falei, minha querida irmã, que eu tinha terminado com o Daniel.

— Jura?! Que pena, a vovó ficou tão feliz... _ me chantageou emocionalmente.

Trina estava fazendo isso porque nossa avó não nos visitava muito e essa seria uma ótima oportunidade de vê-la fora das datas comemorativas.

— Você poderia pedir para um de seus amigos te ajudar fingindo que é seu namorado! _ deu uma sugestão.

— Poderia... Mas não vou!

— Tudo bem, vou ligar para a vovó. Ela vai ficar tão triste! _ suspirou dramática.

Alguns segundos de silêncio depois...

— Argh! Tá bom, vou ver se o André ou o Robbie aceitam. _ falei e Trina começou a bater palminhas.

Entrei no meu quarto, fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal.

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Cheguei na Hollywood Arts e fui à procura de André.

— Hey hey! _ falei assim que o encontrei

— Oi! O que você quer? _ perguntou.

Será que sempre que eu preciso de ajuda eu falo isso?

— O que?! _ afinei a voz. Geralmente faço isso quando vou mentir _ Eu só tô animada. _ ele me olhou com uma cara de tipo: Te conheço, fala logo! _ Ok, terminei com o Daniel ontem e a Trina não prestou atenção quando eu disse isso a ela, por isso falou para nossa avó que eu tenho um namorado. Agora ela está toda feliz porque eu "tenho" um namorado e vai jantar lá em casa amanhã para conhecê-lo, sendo que eu não tenho mais um namorado e eu queria saber se você poderia fingir que é meu namorado. _ voltei a respirar.

— Sabe, eu adoraria te ajudar mas... Eu vou à formatura do meu primo.

— Ah, tudo bem. _ me desanimei _ Boa formatura pra ele. Vou atrás do Robbie, até a aula do Sickowitz.

Fui até o armário de Robbie.

— Oi Robbie e Rex. Tudo bem?

— Oi Tori! _ cumprimentou-me, Robbie.

— Ela quer alguma coisa. _ Jade, pode destruir o boneco.

— Não quero não!

— Tá, do que você precisa? _ Robbie perguntou.

— De um namorado falso. _ choraminguei encostando minhas costas no armário. _ Você poderia ser o meu no jantar em família lá de casa para eu ter um namorado para apresentar à minha avó?

— Eu gostaria muito mas... o Rex tem um encontro com três garotas amanhã.

— Ah, ok. Bom encontro!

— Você poderia pedir ajuda ao Beck.

— É... Bom, vou indo. Tchau! _ saí e fui à procura de Beck. 

Eu não queria pedir esse favor à ele por causa da Jade, mas é o único jeito.

— Cadê o Beck? _ me perguntei em voz alta.

— Atrás de você. _ ele falou e me assustei. Me virei de frente pra ele.

— Hey! Você poderia me ajudar numa coisinha?

— Claro. _ respondeu e contei toda a história à ele, resumida, é claro.

— E então, você topa fingir ser meu namorado falso por um dia? _ perguntei fazendo uma dancinha estranha e ele riu.

— Claro, afinal somos amigos e atores! E eu não tenho nada pra fazer amanhã, então... _ nem o deixei terminar de falar e o abracei enquanto agradecia.

— Solta meu namorado! _ Jade falou se aproximando com um copo de café em sua mão e o soltei rapidamente. De onde ela surgiu? 

— Foi só um abraço. _ Beck se adiantou.

— Eu não disse nada, mas se quiser podemos começar uma discussão. _ ergueu uma sobrancelha para ele de forma desafiadora _ Vou para a aula. Bons abraços pra vocês.

Fomos para a aula um pouco depois dela. O resto do dia foi... Não, não foi normal.