Urgot estava irritado com a insistência do Poder de Demacia, estava há vários minutos repetindo o mesmo movimento, girando em sua direção com a espada gigantesca que era sempre barrada pelo escudo do Orgulho Desumano.

O Demaciano gritou novamente investindo contra o Noxiano deformado, batendo fortemente sua espada contra o escudo que insistia em não ceder. Urgot fechou brevemente os olhos apontando a faca que tomava o lugar de sua mão para seu oponente, ele disparou outra vez forçando Garen a recuar. O Poder de Demacia estava ofegante e estava com alguns cortes por todo seu torso. Uma boa quantidade de veneno já estava em seu corpo, caso fosse outro que não Garen, possivelmente já estaria morto.

— Onde está o seu senso de estratégia? – Começou a caminhar em direção de Garen, erguendo a mão com garra em direção ao mesmo. – Está agindo feito um animal, repetindo várias vezes o mesmo erro.

Ele não esperou por uma resposta antes de disparar sua carga corrosiva. O Demaciano não iria conseguir esquivar e por conta disso preferiu usar o próprio poder para diminuir o dano do ataque, bloqueando com sua espada que foi manchada pela carga.

Garen pisou forte no chão correndo em direção de Urgot novamente, urrou o nome de sua nação mais uma vez em sua corrida enquanto uma luz emanava a sua volta. O Orgulho Desumano estava mais próximo do que deveria e isso abriu uma oportunidade ao Guerreiro que logo saltou descendo sua espada com força, mirando partir o adversário em dois.

Para sua infelicidade, o escudo novamente se tornou uma barreira que os separava, mas Urgot foi pego de surpresa ao perceber a rachadura que logo se tornou uma abertura para a espada de Garen que finalmente chegou até o objetivo, realizando um corte superficial atravessando do peito até a barriga da figura deformada.

— Ainda não! – Segurando mais firmemente a espada, Garen forçou a mesma a subir mirando repetir o corte, só que dessa vez profundo o bastante para eliminar seu adversário, o qual recuou um passo colocando a faca à sua frente, faca essa que não resistiu nem um instante até ser brutalmente arrancada de sua mão.

O Orgulho Desumano gritou de dor recuando mais passos por conta da dor enorme que sentia no momento. Bravejou o nome de Garen apontando novamente o braço com a garra em direção a ele.

— Dessa vez, você pagará! – Urgot disparou outra carga.

Mas essa foi segurada por Garen que soltou uma das mãos da espada e segurou as garras de Urgot, forçando a carga explodir entre as ''mãos'' de ambos. A luva de Garen foi totalmente destruída e sentiu a pele ser queimada enquanto as garras de Urgot simplesmente desapareciam. O líquido parecia afetar o metal bem mais que a pele.

— Desgraçado...! – Urgot vociferou uma vez mais, forçando com uma de suas pernas robóticas até a barriga de Garen, fazendo-o recuar um pouco.

Garen levou a mão que tanto doía para a espada novamente, empunhando-a como de costume, ofegante encarava o oponente que ao menos naquele instante, parecia ainda mais incapacitado do que ele.

— Dessa vez... – Um olhar convicto e certo do que faria, foi direcionado ao Noxiano. – Eu terei certeza de que você será eliminado, coloco o nome de Demacia nisso!

A expressão de Urgot não mudou muito ao perceber o Demaciano cravando a espada no chão, a mesma passou a brilhar e só então Urgot se mostrou receoso ao que aquilo poderia significar.

— Demacia! – Gritou em alto e bom som para que tudo que estivesse próximo pudesse ouvir.

O Orgulho Desumano percebeu o céu acima de si brilhar, mal teve tempo de perceber a lâmina de luz gigantesca o engolir em uma única investida que acabou abrindo uma enorme cratera exterminando qualquer coisa no raio de impacto, causando dessa forma também, uma breve explosão, forçando poeira subir a muitos metros de altura.

Garen caiu de quatro no chão. Ofegava sentindo o corpo extremamente fraco por conta da batalha, mais possivelmente por conta do veneno que ele não fazia ideia se era forte ou fraco. Estava de pé ainda e isso era um bom sinal, forçou um sorrisinho com esse pensamento antes de dar-se por vencido e se deixar cair, girando no chão e ficando de barriga para cima enquanto tentava se recuperar um pouco, queria ter certeza de voltar logo para o lado de seus aliados, não fazia ideia de como as coisas estariam por lá.

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Sion estava extremamente furioso com o Explorador, a mobilidade do loiro estava o salvando de coisas impossíveis, estava sendo feito de bobo por um garoto e isso manchava muito o seu orgulho.

— Ha, muito lento! – Ezreal repetiu pela décima vez ao evitar outro urro do Colosso.

Tendo os soldados de Demacia o apoiando de mais longe ainda com as flechas, O Explorador estava tendo sucesso em evitar os ataques do gigante que apenas corria com tudo em sua direção o atacando de todas as formas, quem mais era castigado por isso era o terreno completamente destruído pelos ataques falhos.

Apesar de a situação parecer extremamente favorável a Demacia, o Pilto sabia que não era bem assim, Sion não ficaria cansado e aparentemente não morreria, enquanto ele logo estaria cansado e não poderia abusar de sua translocação para evitá-lo sempre, teria de arrumar um jeito de tirar o Assassino de Jarvans de vez do combate. Mas como derrotar tamanho poder destrutivo? Seus disparos mal pareciam fazer cócegas nele e as feridas que Fiora causou antes aparentava não incomodar mais seu adversário.

Por fim, Ezreal acabou tendo uma ideia, ele não precisava vencer Sion, apenas garantir que esse não voltaria ao combate, passando a pensar mais rápido, aumentou a distância entre Sion e ele, para poder ver melhor o terreno e com isto, soube como tirar o Colosso-Morto Vivo da luta.

— PARE DE CORRER! – Urrou Sion pisando forte no chão enquanto se direcionava novamente ao loiro.

Com uma das mãos, Sion pegou uma enorme pedra do chão e arremessou em direção do Explorador, tentando prever a movimentação do mesmo urrou em um ponto futuro e para sua felicidade, acertou. O que surpreendeu Ezreal, que foi acertado na barriga e foi jogado a vários metros para trás. O impacto foi o bastante para sentir uma costela quebrar e assim que se ergueu cuspir um pouco de sangue.

— Dessa vez, não me escapará! – O Colosso gritou atraindo a atenção do loiro que usou a translocação uma vez mais.

Agora estava a beira do penhasco com uma mão onde um de seus ossos estava quebrado, se sua energia estava acabando antes, agora estava ainda pior, se o plano não desse certo, Ezreal não conseguiria mais segurar o monstro a sua frente e possivelmente seria morto.

Sion soltou o enorme machado que possuía e disparou-se contra o Explorador, o chão voltou a tremer e agora nem mesmo as flechas que há tempos passou a ignorar o pararia, não demorou muito para o gigante pudesse estar próximo ao loiro e com o punho fechado, tentou socar o mesmo que pela milésima vez sumiu de sua vista, parando em suas costas.

Mas quem fora surpreendido mesmo, foi Ezreal quando o Colosso virou-se bruscamente com o punho ainda fechado mirando sua cabeça que sem duvidas seria explodida por tamanha força. Com os olhos arregalados o loiro só pôde agradecer por ter desviado, ficando fora do alcance de Sion.

— É agora...! – Fechou o punho mirando Sion com seu arco de luz moldado pelo amuleto.

— Não cairei! – Gritou o Colosso-Morto Vivo avançando em direção de Ezreal.

O Explorador disparou o arco de luz mirando a altura do peito de Sion que colocou os dois braços na frente para evitar todo o impacto. Mas o loiro não desistiria naquele momento, disposto a sacrificar toda a magia em seu corpo, colocou toda a força no ataque e passou a empurrar Sion cada vez mais rápido contra o penhasco, até finalmente o jogar rio abaixo, o rio foi fundo o bastante para engolir Sion e o arrastar para fora de combate. O colosso gritava contra o loiro de todas as formas possíveis, prometendo que mataria ele a qualquer custo.