Thomas Bonfrey e o Livro Sepulcral escrita por Mateus Rodrigues


Capítulo 1
O Orfanato Trivisionário




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Era noite. Um prédio pavoroso e sombrio soerguia-se dentre as brumas gélidas da altitude do penhasco onde se encarrapitava. Além das duas torres que despontavam à cima, apenas alguns pontinhos de luz amarelada sobrepunham-se a paisagem enevoada, eram as janelas. O céu estava escuro e denso. Trovões ribombavam abafados aqui e ali e as corujas piavam alto na vultuosa floresta ao redor.

“Noite sem estrela... Presságio de tempestade”— Concluiu Thomas, espreitando atento através da grande vidraça de uma das torres.

Estava certo. Minutos depois, uma torrencial chuva desmoronou. O enorme portão e o gradeado, que guarneciam a fachada, oscilavam com ferocidade voraz. Á frente da porta de madeira rústica, um pequeno tapete de boas-vindas, à letras toscas, informava do que se tratava o local: O Orfanato Trivisionário.

Thomas farejava o impetuoso ambiente, tudo parecia estar sonolentamente apático. Às frias lufadas de vento, que comprimiam a vidraça, ele decidiu, por fim, deitar-se.

A floresta à diante estava eriçada e os gigantescos pinheiros envergados. Um barulho metálico, ao longe, irrompeu, de repente. Era um diminuto carro cinzento, que deslizava fácil sobre o asfalto embebido.

O carro freou bruscamente quando postou-se à fronte do prédio. Ouviram-se duas buzinas rápidas. A porta central escancarou-se num estalo, iniciando nossa breve e melancólica estória.


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