Eva escrita por Manicy Nunes


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Estou voltando aos poucos a escrever, então me deem um crédito!

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Eu escrevi esse capitulo ouvindo "Sam Smith - I'm Not The Only One"



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Três meses antes.


Ela tinha 14 anos quando subiu as escadas correndo, sendo seguida de perto pelo seu irmão mais novo que acabara de completar seis anos, havia chegado mais cedo da casa da amiga onde estava tendo uma pequena festa de aniversário, se não fosse a tia-avó dela passar mal e ter que ser levada as pressas para o hospital local, seu irmão queria ficar, não entendia porque todos foram embora se era só a tia que passou mal, a aniversariante estava ali, então ele iria reclamar com sua mãe, como sempre fazia quando algo não te agradava e a garota não iria deixar ele perturbar a mãe por tão pouco, ele tinha que aprender que nem tudo é como ele quer.


Assim, logo que chegaram ao corredor que dava pro quarto dos pais, ouviu um choro, seu irmão se aproximou e ela o manteve afastado com um dos braços e observou pela fresta da porta, podia ver sua mãe sentada, a barriga já evidente da gestação que devia ter por volta de treze semanas, ela chorava baixo, com sua camisola de seda bagunçada em seu corpo e os cabelos longos e lisos, despenteados, já seu pai, andava pelo quarto usando apenas uma cueca samba-canção velha, mantinha um corpo invejável pra sua idade, os cabelos brancos faziam a maior parte da sua cabeça, ele parecia nervoso, a pele branca dele transparecia o vermelho sobre sua nuca, como costumava acontecer quando ele ficava nervoso, ele quase a viu, mas ela saiu de frente a porta e se abaixou sussurrando baixo com seu irmão para que ele descesse e antes que ele falasse algo, lhe prometeu que iriam sair de novo logo logo e só precisava falar rápido com sua mãe, ao que ele assentiu e desceu as escadas e cuidadosamente, ela voltou a observar pela fresta da porta.


— Você não é mais a mesma, tem me evitado, saído sem avisar, tem mais tempo pra sua amiga que pra mim - seu pai disse parando em frente a ela e se ajoelhado entre suas pernas, segurando o rosto de sua mãe e a olhando nos olhos com certo desespero - e eu sei que você tem se sentido sozinha desde que entrei no comando do hospital, mas Dulce, não desconte tudo me evitando quando enfim consigo me consolidar e arrumar mais tempo pra nós, eu estou tentando! - ralhou com o rosto tomado por um tom escarlate e segurando o rosto dela com um pouco mais de pressão e em seguida a soltando e acariciando-lhe a barriga, com um suspiro ele elevou sua cabeça e a olhou nos olhos - existe outra pessoa?


A resposta de sua mãe foi um suspiro acompanhado de mais lagrimas e um leve balançar de cabeça concordando com a suposição, ao que o pai a olhou como se estivesse atordoado com a resposta e em seguida ouviu-se um som estalado, mas ela não poderia saber onde e quem deu o tapa, a filha já havia sentado-se ao lado da porta com os joelhos dobrados e a lagrima escorrendo pelo contorno da maça do rosto, ouvia os mais gritos que se seguiam, onde ele a acusava de nem saber se aquele filho que ela carregava era mesmo dele, que não sustentaria uma puta e nem uma criança que não fosse sua, perguntava-lhe quem era o filho da puta, quem era o vagabundo, salafrário, traiçoeiro, quem havia acabado com a sua família?


Um nome baixo foi citado fazendo com que ele se cala-se por um instante antes de sair do quarto transtornado, logo que abriu a porta e olhou para baixo, viu um corpo na sombra encolhida o olhando com as lagrimas já descendo, assim que ele se ajoelhou e deixou a palavra "filha..." sair, ela se levantou e desceu as escadas correndo e assim que chegou na sala, segurou seu irmão pela mão e saiu porta afora.


No segundo andar daquela casa, em um quarto havia uma mulher gravida em prantos, no corredor, um homem transtornado sentado sem poder acreditar no que ouviu a poucos segundos atrás, e na rua a garota andava devagar, como se seus pés pesassem chumbo, tentando se manter forte após saber da infidelidade da mãe, e virando a esquina, o nome lhe vinha a mente e como se atraísse isso, apareceu bem em frente a ela, com sorriso indiferente a tudo que acontecia a alguns quarteirões atras.


Seu irmão não percebeu nada, adorava aquela pessoa, ela mesma também adorava a companhia, ate saber que sua mãe havia dormido com sua melhor amiga.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso, comentem o que acharam ♥



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