Que Atire a Primeira Pedra escrita por Pocahontas


Capítulo 2
Que atire a primeira pedra quem entender Rose


Notas iniciais do capítulo

Genteee, muito muitooo obrigada pelos reviews do primeiro capítulo, estou aqui com o segundo e último capítulo, e amaria saber a opnião de vocês
Preciso pedir desculpas pelo tamanho, está um pouco grande...
Espero que gostem



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Ela estava em todo lugar.
Aquilo era impressionante, se não fosse irritante.
Agora é oficial. Scorpius Malfoy definitivamente já havia esquecido Rose Weasley. Sim, sim, está certo que realmente sofrieu escondido por um certo período de tempo quando tomou um grande fora inesperado, mas hoje em dia, ainda bem que pode olhar para o passado e balançar os ombros indiferente, quanto a tudo.
Ela não fica mais em sua cabeça.
Sua voz, seu rosto, seu sorriso, seu toque e seu cheiro já não povoam mais os seus pensamento.
Mas, ela ainda está em todo o lugar.
Parece que a simples missão de evitá-la tem se tornado impossível, já que todos os dias quando tenta tomar seu café em paz, Scorpius encontra aqueles olhos azulados bem abertos, quando vai conversar com suas colegas sonserinas, tem que desviar o caminho ao ver os cabelos ruivos junto às outra garotas, até menos quando está atento na aula consegue ouvir do lado de fora os passos apressados da garota que está sempre atrasada, seguido de sua risada esquisita. É impressionante. Ela está em todo lugar. E o mais interessante é que ela está sempre o olhando…
Scorpius não pode nem mais andar pelos corredores em direção á sala de poções sem que tenha que parar bruscamente seus passos, impedindo que ela esbarre nele com força e suas coisas saiam voando, já pensou se isso acontecesse? Aí ele não teria como evitá-la. Ia ter que se abaixar para ajudá-la a recolher seus livros, ia ter que olhá-la nos olhos e ia ter que sentir o coração acelerar, e Merlin, contato com ela era a última coisa que ele desejaria.
Por que como ele tanto adora dizer, ele já a esqueceu. Ela não povoa mais seus pensamentos, e muito menos ainda seu coração. Aqueles sentimentos tão fortes que o garoto nutriu por tanto tempo se foram de vez. Quando isso aconteceu? Não sabemos. Nas palavras do loiro, “em algum momento entre quando deixei de ser trouxa e passei a fazer outras de trouxa.” Para ele o que importa mesmo que ela não povoe mais seus pensamentos. Porém, vê-la, ouvi-la ou falar com ela é suficiente para que ela volte á sua cabeça, e assim a mente idiota logo passa a questionar aquilo que ele demorou tanto para superar.
Parece que o corpo do garoto se atrai para ela, e ele definitivamente odeia isso. Aliás, odeia ela.
Infelizmente, essa é a realidade. E até mesmo Scorpius se assusta com essa constatação. Como pode odiar alguém para quem um dia já disse um sincero “eu te amo?” Ué, e não dizem que o maior ódio possível é por alguém que você um dia já amou? Então, ele mesmo pode ao mesmo tempo comprovar e derrubar essa teoria. Discorda pois, afinal, pode dizer o que quiser, ele nunca iraá odiá-la. Entretanto, comprova que sim, ele consegue odiá-la, pois o garoto que já fora perdidamente apaixonado por essa menina foi embora, ele não existe mais, ele desapareceu aos poucos, indo murchando aos pouquinhos nos pequenos gestos, quando era desprezado ou simplesmente afastado, por que ele ficava magoado, sabia? Mas tudo bem, nem ligava, gostava tanto dela que podia suportar aquilo. Entretanto, a gota d'água foi quando ela cruzou o corredor e veio correndo direção a ele, que logo a abraçou, e quando foi selar seu lábios, ela se afastou, dizendo-o no pé do ouvido palavras simples, Scorpius não consegue se recordar quais exatamente, mas se lembra que Roose Weasley estava terminando tudo o que existia entre aqueles dois. E o motivo? Nem se importou em o dizer. Mas tudo bem, por que por mais que ele sentisse vontade de deixar que lágrimas rolassem por seu rosto naquele momento, sentia-se no fundo era aliviado. Não ia mais sofrer por ela. E foi naquele dado momento em que tudo o que Scorpius Malfoy sentia desapareceu.
Ao menos, foi o que ele pensou, disse e afirmou. Não é do feitio do garoto expor meus sentimentos, por isso ninguém, digo, ninguém mesmo, sabe o quão solitário ele se sentiu. Era esquisito de um jeito ruim estar tão sozinho depois de passar tanto tempo com alguém. E esse sentimento o consomia qunado se encontrava sozinho encarando o teto antes de dormir, sentindo a falta de uma garota que jurara, nunca mais sofreria por ela. Portanto, ele logo teve que mudar aquilo, percebeu rapidamente que já não precisava dela quando existiam tantas outras por aí. E então, encontrar uma outra foi fácil. Com o carisma, inteligência e beleza, não foi nada difícil já estar provando os lábios de outra garota apenas algumas semans depois de seu término. E então passou por tudo aquilo de novo, a paixão, o romance, a alegria, e então o desgaste e as brigas. O final era o mesmo, ela terminava o relacionamento tão rapidamente como esse começara. Mas, acho que dessa vez nem doeu, afinal, o que ele sentia por essa segunda menina estava ainda um pouco distorcido por Rose, que insistia em aparecer sempre quando o Malfoy pensava que já tinha finalmente se livrado dela. Mas não, ela estava sempre ali, o lembrando de tudo o que eu um dia sentiu. Ela estava em todo lugar…
E foi quando ele tinha outra para segurar em seus braços que Rose se arrependeu. Ele a conhecia como ninguém. Odeia demonstrar sentimentos, mas é riquíssima deles, especialmente quando esse é o ciúmes. Ah, e como o bruxo sabe disso… Ele quase conseguia ver em seu olhar o jeito como ela olhava para ele junto á sua nova garota, e mesmo que não visse, não importava, tinha muitos amigos que pudessem comprovar o que ele já sabia: ela o queria de volta. E não podia o ter… Engraçado, Scorpius passou tanto tempo feliz com essa ideia que até se sentia até um pouco mal, mas ainda assim tinha um lado dele que adorava saber que havia uma garota por aí que gostava dele com tal intensidade, e principalmente, que agora ela entenderia a dor que o fez sentir outras vezes. Ela saberia o que era ser desprezada. Mas o pior de tudo, é que isso não o deixava feliz como ele imaginava, pois na verdade, a tristeza dela o entristecia, e era nesse momento que Scorpius batia a palma da mão sobre a tsta frustrado, pois ele percebia que em algum lugar no fundo de sí, ainda vivia ela.
Percebeu isso com maior clareza quando nos beijaram de novo. Por mais que odeie admitir, foi uma mistura de mágico com esquisito. As circunstâncias não eram as melhores, mas ao mesmo tempo eram incríveis, uma festa onde Rose Weasley enchera a cara, e agora praticamente se jogava em cima do garoto que um dia chamara de namorado, ela disparou a dizer coisas e mais coisas, algumas faziam sentido, outras não, mas Scorpius nem ligava para as palavras que saiam de seus lábios, pois logo esses lábios estavam juntos aos dele. Ela o queria, e ele não queria querer ela. Certamente, tentou muito não querê-la, mas cedeu, os dois cederam. E aquele momento não sairia de nenhuma das mentes, assim como o diálogo que Scorpius mais tarde teria com uma das melhores amigas da ruiva. "E desde quando Rose Weasley bebe?" a amiga rira, e o encarara como quem parece ser a única a compreender um enigma complicado, "E não bebe. Quer dizer, isso quando ela não está tentando te esquecer." E com aquelas palavras, o loiro teve certeza daquilo que no fundo sabia. Ela ainda o queria. E ele até mesmo chegou a achar que tudo voltaria ao normal, mas o pior é que voltaria. Voltaria mesmo. Se desse outra chance para aquela relação, tudo voltaria ao que sempre foi, ele correndo atrás, ela o procurando quando precisava de carinho. O problema era que dessa vez ele já não estava mais disposto a isso. Por esse motivo que desde então passara a cruzar corredores a cada vez que a via, e na realidade, ele podia ler nos olhos dela o quanto o seu afastamento a magoou. Sim, ele fez isso, se afastei do nada, sem dar qualquer justificava. Mas isso não soa familiar?
E desde esse dia em que os lábios de Rose Weasley e Scorpius Malfoy se tocaram pela última vez depois de meses separados, ele nunca mais falou com ela. O motivo para tal atitude? Nem ele sabia ao certo explicar. Tudo o que sabe é que ela sabe. Ou melhor, que ela quer saber. Mas caso um dia pergunte, não, ele não vai explicar o quanto sofreu por amá-la, ou o quanto se arrependia de tudo aquilo. Não espera que ela entenda, afinal sempe há um fofoqueiro que não hesitam em contar ao loiro o que Rose acaba deixando escapar, ela não entende como ele pode jogar fora toda a história dos dois assim do nada. E como entenderia? Segundo Scorpius, para ela, essa história da qual se refere foi um conto de fadas, com príncipe, princesa, flores e arco-íris, enquanto para ele, foi real. Com dias bons e ruins. Real.
Era estranho para ele pensar no passado junto á aquela garota. Estranho? Na realidade, dolorido. Ao mesmo tempo em que as más memórias o atingiam, as boas memórias tinham a capacidade de o ferir centenas de vezes mais, pois afinal, delas sobrava o pior sentimento de todos: a saudades.
Recordava-se com extrema clareza do que ocorreu uma semana após o término. O Malfoy esbarrara pelos corredores com a melhor amiga de sua agora ex, cogitou a possibilidade de dar meia volta, afinal, vinha evitando as amizades que haviam surgido por conta do relacionamento, porém, ela o viu antes que ele pudesse o fazer, e logo veio em sua direção. Jogaram conversa fora e trocaram educações, mas pouco antes de se despedirem e retornarem para suas próprias vidas, a garota deixou escapar as palavras que ficariam gravadas na mente do loiro por muito tempo. “Você nem lutou pela Rose. Só deixou ela ir.” Certamente ele não se recordava do que a respondera naquela situação, porém, continuou pensando naquilo por um longuíssimo período de tempo. O que poderia dizer? Queria poder dizer o quão injusta era aquela afirmação. Sim, estava certo, ele não lutou, não fez nada, deixou-a ir sem que protestasse, mas afinal, só fizera aquilo por que fora o que ela o pedira. É, estava certo, se Rose pensava que ele não lutara, ela estava redondamente enganada. Ele lutara, ah, e como lutara. Até mesmo Albus certa vez dissera ao amigo que ele conhecia a prima que tinha, que por mais que ela não admitisse, não era aquilo que queria, o que queria mesmo era testá-lo, queria vê-lo fazer algo romântico e impensado, queria vê-lo mostar que se importava, queria ir e queria que ele a desse motivos para ficar. Aquele era apenas mais um dos testes de Rose. E isso é algo que Scorpius nunca entendeu.Por que aquela necessidade da menina em testá-lo tanto? Será que ela ao menos percebia o que fazia? Por que para ela as coisas não podiam ser mais simples, preto no branco? Não, não, sempre tinha que complicar tudo. Para ela, não era o amar ou não amar, namorar ou terminar, querer ou não querer, era sempre um meio-termo disso, e nesse meio, os sentimentos confusos de Rose que era tão insegura a ponto de não conseguir enxergar o que Scorpius sentia por ela. Se perguntá-la, ela deve dizer até que ele nunca gostou dela de verdade.E certamente, é a única cega a pensar isso. Mas o pior, é que ela realmente acredita nisso.
Quando pensava no ex-relacionamento a dois, não conseguia deixar de pensar em Albus, aifnal fora ele quem tivera que, diversas vezes, agir como intermédio entre as brigas constantes de Rose e Scorpius. O Potter sempre ia de um ao outro, ouvia os sentimentos de ambos e os relatava, e então, um dos dois voltava correndo para o outro após ouvir a outra versão da história. Em 99% dos casos, aquele era Scorpius. Albus Potter era o único para quem Scorpius conseguia se abrir um pouco. O loiro era tão fechado, e isso fora diversas vezes motivo de brigas, no entanto, foi para Albus que Scorpius correu para contar indignado as palavras que ouvira da boca da melhor amiga de sua ex-namorada. “Você nem lutou pela Rose. Só deixou ela ir.” Scorpius então balançava a cabeça intrigado, fingia não ligar, mas no fundo, queria que seu melhor amigo disesse que ele estava certo. Queria que ele negasse o que Rose pensava, e afirmasse que não, o Malfoy não perdera a garota por falta de lutar. E de fato, foi o que Albus fez. Afinal, ele sabia como ninguém o quanto Scorpius lutara. Lutara contra seu orgulho para poder entregar o coração á uma garota. Lutara contra sua ideologia ao continuar correndo atrás dela. Lutara contra sua tristeza ao não desistir daquele relacionamento quando era menosprezado pela própria namorada. Ele não dessistira, como a menina dissera. Pelo contrário. Ele lutara. E muito. Lutara por que a simples ideia de desistir e ser ele a encerrar aquele relacionamento, era imposssivel. Lutara por que a amava. Mas, obviamente, Rose não conseguia perceber seus sacrifícios.
Mas tudo bem, por que mesmo que se encontrasse sozinho preso com seus próprios pensamentos, por mais que ninguém entendesse como Scorpius podia agir tão indiferente, como se nunca ouvesse amada aquela ruiva, ele não era o único qque cimpreendia, Albus também sabia. Albus entendia o sentimento, em parte por que, como o melhor amigo, estava fadado a sofrer e ser feliz nas mãos de uma garota em especial, e em parte por que fora ele mesmo quem ouvira o melhor amigo afirmar que não dessistiria por conta de uma briga, e até mesmo o encorajara, dizendo as palavras que ainda ficavam na mente de Scorpius mesmo após tanto tempo, "Dê tempo á Rose. Dê a ela uma, duas, tres ou trinta mais chances. Ela te ama. Ela só não sabe amar." E Scorpius confiava tanto na palavra de seu melhor amigo e primo de sua namorada, que no dia em que o bruxo de cabelos negros o dissera com a voz melancólica que estava na hora de desistir, ele acreditou. E dessa vez, não correu mais atrás. Mesmo que uma voz pequena e escondida a sete chaves, de vez em quando ainda o gritasse, vai deixar ela ir embora assim, cara?
O fato é que ao ver de Scorpius, ela não entende, e nunca vai entender como ele se sente. Assim como ele próprio, menos ainda, vai entender o que se passa dentro daquela cabeça ruiva confusa e coração complicado. Tudo o que sabe é que ele já a esqueceu, e enquanto ela o lança olhares furtivos, ele faz o mesmo para tantas outras garotas. Por que sim, ele percebeu que no fundo, é a mesma coisa, pode encontrar alguma outra que o proporcione muito mais coisas. É a mesma coisa não é? Mas como ela espera que ele continue seguindo em frente, se quando vira o corredor, o garoto dá de cara com aquele rosto delicado?
No momento em que deu alguns passos para trás impedindo a si mesmo de esbarrar em Rose Weasley, Scorpius sentiu aqueles olhos cor de safira focarem-se em seu rosto por muito tempo, tempo esse em que se perdi observando aquele olhar. No entanto, ela sorriu.
Sorriu.
E naquele instante, ele soube o que precisava fazer, e o fez rapidamente. Virou o corredor com frieza sabendo que ela percebera seu gesto. E vira seu gesto. E sabia o que esse gesto significava, ou no mínimo, desejaria saber. O fato é que virar o corredor a magoaria. E ele queria magoa-la.
E queria magoa-la, por que ela o magoou. Por que se apaixonei por ela, achando que era a pessoa certa, uma garota carinhosa, meiga, adorável e disposta a oferecer de volta os sentimentos que ele lhe dava. Meiga e adorável realmente era, mas não disposta a retribuir tais senitmentos. Isso ela não podia. E Scorpius nunca vai entender o por que. Tudo o que eu sabe, é que ele a odeio. Odeia o jeito como ela é estranha. Odeia o jeito como seus olhos ficam pequenos quando ela ri. Odeia como ela fica envergonhada com qualquer coisinha. Odeia como perde a paciência rápida e leva tudo a sério. Odeia como sua risada soa tão alta e esquista. Odeia aqueles toc’s e manias únicas que ela tem. Odeia seu jeito desastrado e perdido. Odeia como chama pelo nome dele com voz manhosa... Olhando para ela, não sabe como é que foi se apaixonar. Estava cego, não estava? E agora só resta essa raiva. Mas a pior parte é que não há ninguém que o entenda. Não existe uma pessoa para quem ele possa explicar o quanto odeia Rose Weasley sem que a pessoa o olhe com uma expresso assustada e os olhos arregalados, e logo o questiona, afirmando que Rose é a mais doce rosa que se pode encontrar em um jardim. Pode ser que o Malfoy até tente explicar que ela não trazia tanto carinho para a pessoa que mais a estimava, mas na realidade não consegue fazer com que ninguem compreenda isso. Por que nem mesmo ele compreende o que levava aquela rosa á mostrar seus espinhos para alguém que amava seu aroma. Por que, afinal, aos olhos de todos ela vai continuar sendo a mais doce rosa que se pode encontrar em um jardim. E pior é que é verdade. E ele sei disso. Todos sabem disso, mas mesmo assim, ele consegue odia-la. Mas, por apenas um único motivo.
É ela.
Sempre foi.
E não importa quantas outras existam depois, sempre será.
Ele já a esqueceu, não esqueceu?
Sim, é claro que esqueceu.
Então por que é que ela continua em seu corpo, mente e coração?
Por que ela faz questão de aparecer em todos os lugares?
"Ah, que seja." O loiro suspirou enquanto espiava por cima dos próprios ombros, vendo a cabeleira ruiva desaparecer ao longe. "Que atire a primeira a pedra quem entender Rose Weasley."


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Notas finais do capítulo

Beijos lindas



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