De Corpo e Alma escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 58
Negócios de família Part. I


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas, voltei!! Humm, tô parecendo animador de acampamento juvenil!!!rsrsrsrs,wherever! Desculpem a demora. Ando meio preguiçosa, em parte culpa da net, que não ajuda pois fica caindo o tempo todo(o ô), em parte porque estava triste pois VT está chegando ao fim(estava demorando a postar por causa disso mas vou corrigir isto neste feriado!) e ainda não tinha surgido nenhuma nova ideia para substitui-la(já aviso que USC vai ser excluída mesmo,não teve jeito!)...Não tinha!! na falta de uma surgiram duas novas ideias!! Em breve novidades!
Por hora, vou me concentrar aqui. Como já devem ter adivinhado pelo título, vem treta por aí!
Boa leitura,...Rewiews...Bjinhos flores.



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" ....Her lips, her lips,I could kiss them al day;

If  she'd let me;

Her laugh,her laugh, she hates but I think;

It's so sexy;

She's so beautiful, and I tell her every day..."

Just The way You Are

Bruno Mars 

  

Connor  (madrugada de sábado)

Acordo,desorientado, com o toque do celular em meu ouvido e percebo que adormeci com os fones. Ergo a cabeça, olhando para o berço, verificando que Valentina dormia tranquila..."Lógico,Connor, o som está apenas em seu ouvido! "—-Idiota!--xingo-me baixinho,me levantando,indo até a varanda para retornar a ligação,visto que parara de tocar. Olho o visor do aparelho verificando que a ligação era do MED-- Merda! Não deve ser coisa boa.--penso ao ver a hora: 02:30.

< Doutor Rhodes >,escuto a voz com sotaque de Kovac, o que me deixa ainda mais preocupado--< É o doutor Kovac. Desculpe  acordá-lo no meio da madrugada mas trata-se de uma urgência>, justifica-se.

—Sem problema--digo, esfregando os olhos--É sobre o Travis? O que descobriu?

< É. A esposa chegou a mais ou menos uma hora atrás. Não ajudou muito. Na verdade, foi a filha mais velha, depois que acordou, que nos ajudou. Ela nos passou o que aconteceu no carro,antes de acidente.>

—O que ela Contou?--corrijo-o.

< O pai perdeu a consciência do nada. Mas em casa estava reclamando de forte dor de cabeça e do pescoço estar rígido....> faz uma pausa e pressinto que vem bomba....< Fizemos o teste. Ele está com meningite bacteriana!>, despeja e me sento.

—Puta q...- seguro o palavrão na metade, fechando os olhos--Tem certeza?

< Infelizmente sim. Uma das informações da esposa foi que ele teve uma infecção no ouvido esquerdo a um mês atrás. Deve ter sido a porta de entrada da bactéria>racionaliza.

—Certo..-paro, respirando fundo.

< Como se trata de algo contagioso, já comecei a tratar e tomei as providências para isolá-lo.Espero que não se importe>, comunica.

—De forma alguma. Agiu bem--suspiro, voltando-me para o quarto, observando minha filha-- Já fizeram os exames nas crianças?

< Solicitei . Estamos entrando em contato com o doutor Halstead para avisá-lo>

—Mei, Lockhart,Gates e Moris também precisam ser alertados. Todos que participaram dos atendimentos diretamente, devem ficar em alerta. Seria bom a esposa fazer o exame também. Assim que miss Goodwin chegar deve ser informada.

< Certo.Mais uma vez desculpe acordá-lo tão cedo,mas como tem filha pequena não quis esperar>

—Tudo bem,Luka, agiu certo,mais uma vez.Obrigado. Nos vemos daqui a pouco--agradeço, desligando a seguir.

—Mas que droga! Era só o que me faltava--resmungo, voltando para o quarto, indo direto para a gaveta onde sei que Sarah guarda uma pasta com tudo de nossa filha: registro,testes e, o que mais me interessava no momento, o cartão de vacinas. Ela é uma mãe muito cuidadosa, portanto, nossa pequena deve estar com todas as vacinas em dia...Mas,como diz aquele ditado:casa de ferreiro,espeto de pau,melhor não ariscar. Pego a pasta,encontrando o cartão,verificando,aliviado, que estavam sim em dia.

Sento na cama relembrando, passo a passo, o dia anterior. Não tivemos contato direto com a saliva, que neste caso o é maior transmissora,todos estavam de luvas, ninguém se fe...paro, fechando os olhos, abrindo-os a seguir, olhando o curativo em meu braço direito, pouco abaixo do cotovelo, feito ao apoiá-lo no chão, protegendo minha filha de um impacto direto com o chão. O esquerdo também está ferido,mas é apenas um ralão. Lembro que Will também feriu o ombro. Meus pensamentos são interrompidos pelo toque do celular.

—Já estou sabendo--digo, assim que atendo - Luka me ligou agora apouco.

< Você não quer tentar jogar na loteria,não??>, Will diz e sorrio-< Sério,Connor, sempre que diz suspeitar ter algo errado com algum paciente, acerta! >.

—Não exagera,Will!!--exclamo-Já falou com a Nat?

< Já. Na verdade foi ela que atendeu ao telefone. Pedi pro Kovac ir adiantando os exames nas crianças. O maior perigo,pra mim, está no ar, já que o garotinho não tinha cortes ou sangramento. Mesmo assim, só vou sossegar depois dos resultados saírem. Se bem que...-ouço-o suspirar do outro lado--Tem a droga do período de incubação!!> relembra.

—É isto o que mais me preocupa.--admito-- Podemos ter sido contagiados e só descobrir depois--passo a mão pelo cabelo, preocupado--Minha viagem estar marcada pra daqui a dez dias--falo.

< Verdade. Se não tiver certeza absoluta ,não poderá viajar>

—Não me diga!!--ironizo, escutando-o rir.

< Desculpa, sabichão, não quis te irritar.> diz < Bom, não adianta sofrer por antecipação. Vamos aguardar os resultados. > nova pausa ..< Vai contar pra Sarah? >

—Vou..."Mesmo correndo o risco de ela surtar! Prometi não ter segredos entre nós. Não vou quebrar minha promessa justo com algo tão sério.",penso--Não posso esconder algo tão grave.

< Sabe que ela vai surtar,não sabe? >

—Vou correr o risco. Só tenho que saber o momento certo pra não atrapalhar seu desempenho em algum procedimento-afirmo-- Will, vou desligar e tentar dormir mais um pouco. Ainda tenho que pensar no que fazer com Valentina. Claire não poderá ficar com ela o dia todo,só na parte da manhã e os Olsen ainda não voltaram de viagem. A ideia de levá-la pro hospital não me agrada,neste momento pelo menos, mesmo estando vacinada--completo,uma solução ainda menos agradável cruzando minha mente.

< Só  tenho uma palavra pra você: Sogra!!> , sugere,verbalizando meus pensamentos.

—Só em último caso. Último dos últimos, diga-se de passagem--asseguro, fazendo-o rir.

< Pense no lado bom: estando sob a guarda de uma bruxa, ninguém vai importunar Valentina!> brinca.

—Will, volta pra cama e dorme um pouco. Quem sabe sua mente volte a funcionar normal,ou perto disso, pela manhã--bufo, escutando-o rir--Até mais.

< Até. >, nos despedimos e deito na cama,mais para tentar relaxar do que por estar com sono, tentando buscar solução ,ou melhor,soluções, para (1) com quem deixar minha filha na parte da tarde,(2) em que momento e como contar pra Sarah sobre o caso Travis..

—Ahhh! Preciso urgente de uma folga.Está me ouvindo,universo??--bufo, escutando o som do riso de minha filha, voltando a cabeça na direção do berço,vendo-a de pé,sustentando-se na grade, balançando o corpinho,alegre--Eu falei folga,não o contrário. Tô falando grego,é?-ergo as mãos para o alto, levantando-me, pegando Valentina nos braços.

—Então foi por isso que acordou,mocinha!--exclamo, sentindo o cheirinho vindo da fralda--Vamos lá,hora do banho. Pra nós dois. E bom dia pra você também!!--brinco, prendendo sua mão entre meus lábios enquanto caminho para o banheiro.

Depois que saímos do banho,ponho uma roupinha leve em Valentina, visto um calção e uma camiseta de algodão,pego-a nos braços e sigo para a cozinha. onde a coloco sentada na cadeira,dando-lhe alguns brinquedos para se que se distraia e começo a preparar nosso café da manhã. 

Alguns minutos depois, enquanto como, deixando Valentina se lambuzar com o resto da papinha(havia conseguido fazê-la comer um pratinho cheio e o segundo deixara pela metade), meu celular vibrar com uma mensagem que chegara. Destravo-o,lendo-a:

"Connor, me desculpe! Surgiu um problema de última hora e não poderei ficar com a Tina.Sinto muito,muito, muito mesmo! Bjs. Claire."

—Que legal,mais uma boa noticia!!--resmungo, jogando o aparelho sobre a mesa, refletindo sobre minhas opções: levá-la para o hospital ou deixá-la com minha adorável sogra-- Qualquer uma que escolha, não vou ficar tranquilo...--reflito, coçando o queixo --O que prefere meu anjo: ir com o papai ou ficar com a bruxa má do oeste??--indago,limpando um pouco de papa de seu cabelo- E ai, que fazer??--questiono, Valentina balbuciando seus da-das, sacudindo a colher, olhando para mim, que sorrio,e antes que tome uma decisão, a campainha toca.

Arqueio a sobrancelha, imaginando quem seria tão cedo, retirando-a da cadeirinha, parando para ver mais uma mensagem de Claire:

"Por favor,não me odeie  nem me mate. Lembre que te amo. Bjs. Claire"

—Ai vai depender do que aprontou,maninha--falo, caminhando em direção a porta com Valentina nos braços. Quando a abro, entendo o porquê de sua mensagem..." Nota mental: pensar em uma maneira segura e que me isente de suspeita para assassinar minha irmã!", penso, encarando Joanne Reese parada a minha porta, sorrindo.

—Bom dia Connor. Desculpe vir tão cedo, mas tive medo , quando sua irmã me disse que avisaria de minha vinda,que não fosse me receber--declara--Claire avisou que estava a caminho,não avisou?--pergunta.

—Não diretamente..."Ou indiretamente!'..Na verdade me pediu para não matá-la, o que estou fortemente inclinado a fazer!--digo, sincero.

—Devo admitir que uma das coisas que admiro em você é a sinceridade--diz e a olho surpreso--Seu profissionalismo é a outra coisa, se quer saber--fala, voltando a sorrir--Então,posso entrar??

—Por favor--fico de lado, dando espaço para que entre.

Joanne passa por mim, indo direto para o meio da sala, onde para, virando-se, deixando a bolsa cair displicentemente, o sorriso ainda estampado no rosto.

—Então, onde ficam as coisas por aqui? Mamadeiras,fraldas, leite..-enumera, caminhando em minha direção, parando a minha frente--Nossa, parece que a farra foi boa,não foi minha linda?--diz, segurando as mãos de Valentina.

—Cuidado ou ela vai sujar sua roupa--alerto.

—Não tem problema--afirma--Ela me parece ótima, parabéns--fala, sorrindo e passando a mão em meu braço--Então, onde ficam as coisas?--pergunta novamente.

—Vou lhe mostrar...-paro, sem saber exatamente como chamá-la.

—Joanne--diz--Pode me chamar de Joanne - pede.

—Certo--digo- Por aqui--indico, caminhando  poucos a sua frente.

Vamos até o quarto de Valentina,onde mostro ficam as roupas,fraldas, material de higiene.

—Se preferir, pode dar banho nela no chuveiro. O único inconveniente é que terá que tomar banho junto com ela-digo -Caso não queira, a banheira fica montada o tempo todo, só colocamos essa proteção, que serve como mesa de troca -mostro como funciona.

Saímos do quarto para a cozinha,onde lhe mostro o local que guardamos o leite e a massa para papinhas.

—Ela gosta de comer frutas e ...-sou interrompido pelo toque do meu celular e pego-o, sorrindo ao ver a foto de Sarah surgir na tela-- Bom dia meu amor!--falo,pedindo licença a Joanne, me afastando um pouco.

< Bom dia amor,dormiu bem?>

—Mais ou menos. Senti sua falta...-faço manha, ouvindo sua risada gostosa do outro lado--Falo sério,Sarah. Hoje mais do que nunca!--solto, me arrependendo no instante que termino de falar.

< Por que ? O que tem hoje? Aconteceu alguma coisa com Valentina? Com você?> preocupa-se, fazendo com que me sinta pior.

—É que estou de folga e vou ficar o dia todo me casa..Se estivesse aqui, poderíamos aproveitar pra passear um pouco, namorar depois que Valentina dormisse..

< Sei..> diz e percebo que não acreditou.

—Ok,não consigo mentir pra você--admito-- Vou trabalhar hoje e não tinha com quem deixar nossa filha.É isso.

< Não tinha?? Conseguiu?>, questiona . Olho o corredor antes de responder.

—A pessoa menos improvável do mundo!--respondo.

< Minha mãe????>  grita em meu ouvido.

—Isso. Não tive escolha. Na verdade, Claire não me deu escolha--informo-- Foi ela que falou com sua mãe. Depois me mandou uma mensagem pedindo desculpas, só que não dizia o por quê. Só quando ela chegou que entendi.

< Preciso ter uma conversa séria com minha cunhada!!>, exclama.

—Se você encontrá-la antes que eu a mate!--digo,fazendo-a rir mais uma vez.

< Connor, não quero que nossa filha tenha que crescer indo visitar o pai na prisão! Portanto, controle-se!> pede..< Como ela está? Minha mãe>

—Estranha--digo,voltando a olhar o corredor--Vai me achar convencido se disser que acho que está flertando comigo??--questiono ouvindo-a suspirar.

< Na verdade não.> afirma, me surpreendendo < Uma das táticas que minha mãe usava pra testar meus namorados era flertar com eles>

—E só agora você me avisa!!--reclamo.

< Não pensei que isto fosse acontecer, no seu caso, visto que quando a conheceu já estávamos casados.>

—Não exatamente. Lembra do restaurante??--pergunto.

< Aquilo não conta.E por que estamos cochichando??> questiona, < Olha só, tenta relaxar e não dar muita importância . Quando perceber que não está correspondendo ela vai te deixar em paz...Ou está??>

—O que, correspondendo? Tá maluca!!--bravejo, alterando a voz, escutando-a rir ainda mais--Sarah, não estou muito no clima pra brincadeira--aviso--Tenho um assunto sério pra falar com você,mas agora--olho o relógio--Droga, vou me atrasar..Escute, me liga na hora do almoço e conversamos melhor.

< O que foi Connor??>

—Na hora do almoço.Por volta de uma da tarde. Beijos,meu amor-- desligo antes que responda..."Ela vai me matar por ter feito isso!!".

—Tudo bem,Connor?--ouço Joanne perguntar parada na porta de nosso quarto.

—Tudo bem, sim--digo - Se me dá licença, vou me arrumar pro trabalho. Aproveito e dou banho em Valentina--peço.

—Certo.Aguardo vocês na sala--avisa, saindo.

Depois do banho, visto Valentina com uma camiseta e um short, deixo-a no berço, me visto rapidamente, pego-a e vou para sala,onde a entrego a minha sogra, saindo logo em seguida.

Se estou tranquilo?? Nem um pouco. Além de estar preocupado com a possibilidade de um contagio, de ter deixado nossa filha com uma estranha (avó,mas estranha) agora vou ter que enfrentar a fúria de minha esposa, que não deve ter ficado nada feliz em ter desligado na sua cara, o que confirmo quando me liga,pontualmente as 13:00.

Explico tudo que havia acontecido, o que acaba por acalmá-la...Um pouco!

O clima no hospital ainda era tenso, mas como todos os cuidados já haviam sido tomados e todos os envolvidos já estavam cientes do fato, as coisas começaram a transcorrer dentro da normalidade, ou seja, a loucura habitual a qual já estamos habituados. Passei o caso Travis para Kovac,me preocupando apenas em fazer meus exames e cuidar das cirurgias que ainda teria.

—Quer dizer que a sogrinha te socorreu hoje?--Ethan me provoca, encostado ao balcão.

—Quem diria!!--Paul comenta, entregando seu tablete a Maggie.

—Pensei que depois do jantar ela não iria ter coragem de olhar na sua cara novamente,quanto mais ir na casa de vocês!--Maggie comenta.

—E eu pensei que Você Nunca pediria ajuda justamente para ela!!--April exclama, Nat e Lilian fazendo coro.

—Ah, os sacrifícios que fazemos pelos filhos!!--Daniel dramatiza,tocando meu ombro--O próximo passo é reconciliar-se com  vovô Rhodes. 

—Olha só, quando pararem de curtir com minha cara, vou dizer que não tive escolha, e a proposito Paul, avisa minha querida irmã pra não aparecer na minha frente por no minimo quarenta e oito horas!!--aviso, fazendo-os rir.

—Que bom que apesar do susto minha equipe continua de bom humor--miss Goodwin elogia, chegando junto com David.

—É pra disfarçar. Na verdade tá todo mundo com medo...Que a sogra do Connor coloque veneno em alguma coisa pra ele em casa!!--Will me provoca.

—Nossa, não tinha pensado nisso!!--April diz, fazendo cara de assombro--Por segurança,não coma nada oferecido por ela!

—Isso, branco de neve! Lembre que a princesa está a quilômetros de distancia!!--David brinca, fazendo até mesmo miss Goodwin rir.

—Ok. Acho que vou embora antes que encontrem mais algum motivo pra me zoar--falo, pendurando minha bolsa no ombro--Até terça.--despeço-me.

Confesso, eu realmente não tive coragem de comer o ensopado que Joanne deixou pra mim!!

Para minha surpresa, além de ter cuidado muito bem de Valentina, ela ainda arrumou o apartamento, muito embora acredito que tenha chamado algum funcionário seu pra fazê-lo.

—Então, vai contar pro papai o que sua avó aprontou hoje, vai?--brinco, deitado na cama com Valentina, esperando Sarah ligar, o que acabou não acontecendo.

Dois dias depois ainda não havia me ligado nem estava conseguindo falar com ela, me deixando preocupado. Liguei para o hospital mas sempre estava ocupada. Pedi para avisarem a ela que retornasse assim que possível ,mas até agora nada.

Na quinta a noite, quando saio do banho ,vejo várias chamadas perdidas e mensagens. Algumas de Will, avisando que nossos exames estavam prontos, me passando o resultado: negativo. Respiro aliviado,mesmo sabendo que ainda devo ficar atento a qualquer sintoma.

As demais são de Claire e Joanne(???). Retorno apenas a mensagem de minha irmã dizendo que ainda em processo de perdão. 

O outro número era desconhecido. Retorno mas não sou atendido. Mais um dia sem nenhum contato com Sarah. 

Na manhã seguinte, assim que chego ao Med, vou direto falar com miss Goodwing, pedindo-lhe para adiantar minha folga, prevista para a metade da semana seguinte, explicando-lhe o motivo.

—Com certeza doutor Rhodes. Pode se considerar liberado a partir de agora--diz, solicita.

—Obrigado. Vou cumprir meu plantão hoje e amanhã cedo viajo--aviso, levantando-me para sair.

—Muito bem. Espero que esteja tudo bem com Sarah. Nos dê noticias-pede.

Agradeço mais uma vez e saio, indo para o bloco cirúrgico, onde David já me esperava para realizarmos uma cirurgia dupla.

Quando termino o procedimento, faço a alteração de data nas passagens e na reserva do hotel, o mesmo onde Sarah estava, ficando um pouco mais tranquilo ao saber que ainda estava hospedada lá.

Ao final do dia, me despeço de todos,prometendo dar noticias assim que estivesse com Sarah.

—Vai estar tudo bem,vai ver Connor--Nat tenta me acalmar--Deve ter acontecido algum problema com o celular dela.

—E o computador também??- questiono,tenso.

—Se tivesse acontecido algo grave o hospital teria avisado--Will garante--Vai tranquilo. E aproveita a mini lua de mel--diz, apertando minha mão.

Deixo minha mala e a de nossa filha prontas antes de dormir,o que mal consigo fazer.

Acordo cedo, arrumo Valentina , troco de roupa, pego nossas malas e sigo para o aeroporto.

A viagem é tranquila e rápida. Não tanto quanto gostaria. Desembarcamos dentro do horário, meio dia e meio. Pego a bagagem, consigo um táxi e vou para o hotel. 

Depois de fazer o chek in e arrumar tudo no quarto, desço com Valentina.

—Por favor,queria saber se uma hospee,Sarah Rhodes, está ou já saiu?-pergunto na recepção.

— O senhor é parente,amigo?--questiona-me o atendente.

—Marido.

—A senhora Rhodes já saiu, senhor Rhodes.

—Obrigado- agradeço,saindo a seguir.

Na calçada, vou até uma banca de flores próxima, compro um buque de flores do campo(sua favoritas) inserindo algumas rosas vermelhas e brancas, e vou até o hospital, caminhando, visto que ficava a apenas um quarteirão.

Na recepção, descubro que está em um procedimento.

—Mas já deve estar perto de terminar--informa a enfermeira--Se quiser pode esperar aqui mesmo, ou na sala dos médicos,doutor Rhodes--diz, gentil.

—Pode ser aqui mesmo, obrigado--agradeço, indo sentar com nossa filha.

Uma hora depois,tanto eu quanto Valentina estamos impacientes.

—Com licença -escuto e ergo a cabeça--A enfermeira Ferris disse-me que o senhor é o doutor Rhodes,correto?--pergunta.

—Correto--confirmo.

—Rhodes? Do Med? Pupilo de David Downey?--outra mulher se aproxima, perguntando e confirmo novamente com um aceno--Então essa só pode ser Valentina--agacha-se , aproximando-se de nossa filha--Sua mãe falou muito de você,só não disse o quanto era linda!!

—Disse sim. Nós é que achamos que era exagero--uma terceira aparece--Muito prazer ,doutora Tagart. Samantha Targart--apresenta-se,estendendo a mão, que aperto,me levantando--É um prazer conhecer o homem que vai substituir David Downey--sorri--Estas duas curiosas aqui são as doutoras Neela Rasgotra, cirurgiã pediátrica e Elizabeth Corday, cirurgiã cardiotóxica,como o senhor.

—Muito prazer--digo, apertando suas mãos.

—Uma coisa Sarah não disse--Corday começa- O quanto o marido era gato!!

—Esse é o tipo de coisa da qual não se faz propaganda,Liz--Targart diz--Eu, com certeza não faria também.

—Connor??--ouço a voz de Sarah e me viro, vendo-a chegar ao lado de um rapaz alto,moreno, que retira o braço que trazia apoiado em seu ombro assim que escuta meu nome--Connor!!--repete, correndo até mim, me envolvendo em um abraço seguido de um beijo.

—Surpresa!!

 

 


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Notas finais do capítulo

Bjinhos flores.



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