De Corpo e Alma escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 19
You'll still be my heart!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Voltando para mais um capítulo!!
Aviso aos navegantes: preparem seus cores! Fortes emoções a caminho!
Só peço uma coisa: não me matem,please!! Piedadeeee.Sem ameaças ou tiros de bazuca(ouviu né Luh???). Sejam boazinhas ,flores!
Boa leitura.
Bjinhos
P.S: Grazi, valeu pelas sugestões. Todas anotadas, uma será utilizada já neste cap.(mais ou menos)
P.S 2: para quem assistia E.R,também conhecido como Plantão Médico, este cap. foi adptado do eps 13 e 14 da sexta temporada



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" ....For one so small you seem so strong,

My arms will hold you,keep you safe and warm;

This bond between us can't be broken;

I will be here,

Don't you cry..."

You'll be in my heart

Phil Collins

Duas semanas depois

Connor

Duas semanas. Duas longas semanas. Quatorze dias afastados.Quinze, na verdade, contando já com o dia de hoje. Temos mantido apenas o contato profissional dentro do hospital. Tinha sido a condição imposta por Sarah para aceitar minha proposta e eu havia concordado. Só não pensei no quão difícil seria!.."Bem mais do que imaginava!", penso ao vê-la passar acompanhando Natalie. Todos estavam surpresos e perguntavam a todo momento se havia acontecido alguma coisa, se havíamos discutido.

—Tudo bem que pedi, não, implorei na verdade para se comportarem,mas não era para tanto! - comentara Will, sentado ao meu lado na cantina enquanto modiscávamos alguma coisa entre um atendimento e outro. - Me diz, por favor que não sou o responsável pela separação de vocês! Natalie não vai me perdoar. Nem ela nem as demais. Vão querer me matar! - rio do exagero dele - Não ri não que é sério. Vai ter disputa pra vê quem vai arrancar o primeiro pedaço do bonitão aqui e não será no bom sentido! - dramatiza.

—Sabe, eu não entendo. Se não faço o que vocês me pedem, me azucrinam; Se faço, me azucrinam da mesma forma! - ergo as mãos , inconformado - O que querem que  faça afinal? - questiono mas antes que ele responda, sou bipado - Downey. Tenho que ir- anuncio, levantando, deixando-o sem ação.

No caminho para o centro cirúrgico passo por um dos muitos cartazes anunciando a inauguração, hoje, da nova ala do hospítal. Uma foto de meus pais juntos foi colocada em destaque. Foi doloroso ver quela imagem de "casal feliz" estampada dia após dia  sabendo que não era verdadeira. Entro no elevador e antes que ele se feche Sarah, Natalie, meu pai e minha irmã entram no local.

—Connor,que bom te ver!- Claire exclama, beijando meu rosto. Nas últimas semanas fiz as pazes, em definitivo, por assim dizer, com minha irmã. Maggie,Natalie e principalmente Sarah me incentivaram a me reaproximar dela. As duas últimas tinham atendido um caso, no qual as ajudei no diagnóstico, entre pai e filha que não sabiam ter uma doença genética. Por conta da doença, o pai se drogava e os dois tinham uma relação complida. - Você vai participar hoje a noite não vai? - pergunta minha irmã, me trazendo de volta.

—Sim. Estarei lá - afirmo e recebo um sorriso discreto de Sarah e um outro beijo de minha irmã, enquanto meu pai se limita a arquear a sobrancelha, interrogativo, olhando de mim para Sarah, alternadamente.. " Não cante vitória antes do tempo pai!!!", penso, um sorriso satisfeito nos lábios, olhando para Sarah, que abre a boca, fingindo espanto, fazendo meu sorriso aumentar.

Assim que o elevador para,peço licença e saio rapidamente, sem olhar para trás, mas não preciso olhar para saber que os demais ocupantes, a excessão de Sarah, deveriam estar com expressão de surpresa estampada nos rostos.

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  Sarah

Eu e Natalie apressamos o passo para não perde o elevador. Se bem que ao ver a companhia que teríamos,o pai e a irmã de Connor, não fazia a menor questão de pegar o próximo. Nós quatro entramos quase ao mesmo tempo. Ergo os olhos ao entrar e encontro os de Connor, que se já encontrava lá dentro. Meu coração dá um salto e tenho que me segurar para não pular em seu pescoço e beijá-lo até matar toda a saudade que estou sentindo. Me encolho em um canto,o mais longe possível dele, me limitando a acompanhar o curto dialógo entre ele e a irmã. Ao vê-la beijar seu rosto, não posso evitar sentir uma pontinha de ciúmes. Não por ser possessiva (muito embora em se tratando dele descobri que sou!) mas por ela poder fazê-lo em público, livremente, sem ninguém para controlar ou imperdir...."Nunca pensei que seria tão difícil!" , penso sentindo uma pontada de dor ao vê-lo sair sem ao menos olhar para trás. Sabia que tinha que ser assim se quissêmos manter que tinhámos plan...

—OK, o que exatamente foi isso? - escuto Natalie questionar,me fazendo sair do devaneio - Ele te ignorou, foi isso mesmo que vi??

—Não. - respondo,saindo do elevador - Apenas evitou falar comigo na frente do pai. Nada mais.- defendo-o, dando de ombros.

—Sarah,o que está acontecendo entre vocês? -questiona, andando ao meu lado - Desde que voltamos de Lake Shore estão distantes um do outro.

—E não era isso que todos nos pediam?- argumento, encostando no balcão do setor de exames, onde tínhamos ido buscar alguns resultados.

—Pedimos para manterem uma distância segura, não para serem frios um com o outro - escuto a voz de doutor Charles atrás de mim e me viro para encará-lo, surpresa - É as notícias já chegaram até aqui. O que houve? Vocês discutiram?

—Mais ou menos. - digo,ensaiando um sorriso.Não era totalmente mentira. Nós havíamos discutido mas não da maneira que todos estavam,obviamente pensando.- Só decidimos que seria melhor dar um tempo para ter certeza do que sentimos .

—OIII??? Como assim?? -Natalie questiona,boquiaberta - Sarah, eu estava lá com vocês, lembra? Eu vi vocês juntos o final de semana inteiro! Que dúvida ainda pode existir??-  em resposta,ergo as mãos em sinal de rendição.

Conversarmos mais um pouco com doutor Charles, pegamos os exames e descemos. Assim que chego na recepção, April me chama,os olhos brilhando.

—Advinha o que é isto aqui?- balança um envelope a minha frente.Pego-o ansiosa. Começo a abrí-lo mas paro ao ouvir um barulho vindo da entrada. Nos viramos e vemos um rapaz agitado, tentando entrar na emergência.

—Ai, mais um!! - suspira Lilian,ficando de pé, indo até a área de triagem. Ao voltar, faz um sinal para mim. Guardo a carta no bolso do jaleco e vou até ela, que me entrega a ficha do rapaz.

—Paul Salinsk,vinte e três anos, está se queixando....-ele a interrompe.

—Queixando não - aperta os olhos,lendo o crachá dela - Lilian. Estou sentindo dor na cabeça.Muita dor - reclama,irritado.

—Ok,então vamos descobrir o que está acontecendo -  amenizo,conduzindo-o até uma sala de exames.

—Pode usar a três Reese. - avisa April.

—Chame um dos residentes por favor,April - peço e ela acena.

Entro na sala e começo a examiná-lo.Um pouco depois, escuto a porta ser aberta e me viro vendo a doutora Zanetti entrar.

—O que temos aqui? - pergunta,seca.

—Paul Salinsk,vinte e três,dor ao redor do olho direito associada com náuseas e fotofobia - informo enquanto ela lê o prontuário - Pensei em aplicar imitrex..

—Faça - responde, simplesmente, saindo a seguir. Faço uma careta as suas costas antes de voltar a atenção para o paciente novamente.

Peço a enfermeira para realizar a aplicação e deixo-o em observação,voltando para a recepção. Lá chegando,pego o envelope lendo, finalmente, seu conteúdo. Um sorriso ilumina meu rosto.." Mal posso esperar para contar..".

—Reese, seu paciente está com e dando problemas! - Lilian avisa e vou até ele. O rapaz estava agitado e com um quadro dissociativo. A doutora Zanetti é chamada e pede que seja feita uma punção para descartar miningite.

—Beleza,era só o que faltava.Todo mundo indo para a festa e nós tendo que fazer uma punção num maluco! -reclama Lilian,me fazendo rir.

Com a ajuda de um dos seguranças,colho o material e o levo para o laboratório. Enquanto aguardo sair o resultado, sento na recepção,pego celular e ,após me certificar que ninguém estava olhando, começo a digitar uma mensagem,parando em seguida ao escutar um barulho vindo da sala onde se encontrava meu paciente. Deixo o celular sobre a bancada e sigo até a sala. Ao entrar, vejo que ele havia se levantado e chamo-o,me aproximando da cama. Neste momento, sinto um braço envolver meu pescoço ao mesmo tempo em alguma coisa penetra a lateral do meu corpo. Com a mesma rapidez que me agarrou, ele me solta. Coloco a mão sentindo o líquido viscoso,  caindo no chão logo em seguida,desmaiada.

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Connor

A cerimônia de inauguração da ala começara a alguns minutos e ainda não tinha visto Sarah. Assim que terminei a cirurgia, troquei a roupa cirurgica por um terno que havia trazido. Meu pai estava discurssando naquele momento,ressaltando a impotância da família.." Sei!!",penso, irônico, olhando o celular mais uma vez. Nenhuma mensagem. Suspiro impaciente e decido ir procurá-la. " Que se danem!". Na saída do  auditório, encontro Lilian que me informa que Sarah estava na recepção aguardando o resultado da punção de um paciente que ela e Zanetti tinham atendido. Agradeço,seguindo até o local. Quando chego,ela não está lá. Escuto o toque de seu celular e o vejo sobre o balcão. Estranho o fato e quando estou entrando atrás do balcão para pegá-lo, escuto um som vindo de uma das salas . Sigo o som até a sala três, parando na porta,escutando. Alguém murmurava coisas desconexas lá dentro. Abro a porta e sinto meu coração parar ao ver Sarah estendida no chão, sangrando. Corro até ela, me agachando a seu lado. Estou verificando seu pulso quando escuto algo se mover as minhas costa e me viro no exato momento em que o homem sai das sombras, vindo sobre mim. Sinto a dor do metal atravessando minha pele,entrando fundo em minha barriga, saindo e entrando mais uma vez antes que ele se afaste. Encosto meu corpo nos pés da cama sentindo minhas forças se esvairem.

—Socorro..- sussuro vendo-o sair da sala - Socorro.. - repito mais uma vez antes de desmaiar.

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Will Halstead.

Antes de terminar a cerimônia resolvo sair. Já havia escutado discurssos egocêntricos suficientes para um mês. Faço um sianl para Nat,que balança a cabeça positivamente.

—Nossa, que homem metido e arrogante esse pai do doutor Rhodes. - diz Lilian, que, assim como eu,Natalie e April, decidirá sair antes do final - Graças a Deus que ele não puxou ao pai! - acrescenta e rimos, concordando.

—Nem o Connor aguentou ficar até o final.- digo e as duas me olham surpresas - Vi quando saiu,discretamente.

—Encontrei com ele saindo quando eu entrava - acrescenta Lilian.

—Alguém viu a Reese? - April questiona entrando atrás do balcão - Será que já foi? - questiona - Esqueceu o celular - ergue o aparelho.

—Não a vi desde a hora em que terminamos a punção .- informa Lilian e a olho interrogativo - Longa história! - diz,sacudindo as mãos para mim, enquanto começo a caminhar em direção ao elevador.

—Lilian,me faz um favor - peço,parando de frente para ela - Bipa o Connor,quero tirar uma dúvida com ele  sobre um paciente  antes de irmos - peço e ela acena afirmativamente. Volto a caminhar. Ao passar em frente a sala três, escuto o som de um bipe e paro. Me aproximo e escuto o som mais uma vez.

—Pronto doutor Halstead,já bipei o doutor Rhodes - Lilian anuncia e por alguma razão uma sensação estranha toma conta de mim.

—Lilian,bipe o Rhodes de novo agora,por favor - peço,olhando para ela,parado junto a porta, escutando. Quando ela aciona o chamado do paiger de Connor, ouço o som do bipe dentro da sala e abro a porta de sopetão  - EMERGÊNCIA! BAGDA!! MÉDICOS FERIDOS! - grito,entrando na sala - Rhodes, está me ouvindo? Reese?? -me ajoelho entre o dois corpos inertes, sagrando no chão - Estejam vivos,por favor, estejam vivos! - peço,iniciando o atendimento aos dois ajudado por Natalie e April enquanto Lilian acionava o restante da equipe.

Continua

 

"...Cause you'll be in my heart, yes , you'll be in my heart;

From this day on now and forever more;

You'll be in my heart, no matter what they say;

You'll be here in my heart, in my heart alwas..."

 

 


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Notas finais do capítulo

Como pedi no começo,não me matem, pleasee!
Bjinhos flores.



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