A Crazy Life escrita por B Jackson


Capítulo 5
Dúvidas e mais dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Povo, cansei de ficar procurando músicas para colocar no título de cada capítulo, então os títulos serão normais a partir deste capítulo.



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POV Percy

 Primeiro dia de aula. Não consegui falar com a Annie o final de semana inteiro, eu falei que ela era difícil.  Ela deve estar pensando que isso foi tudo uma pegadinha. Se ao menos ela me escutasse...

 - Percy, você vai se atrasar! – grita minha mãe, Sally, lá da cozinha.

 - Já vou mãe!

 Hoje eu iria conversar com a Sabidinha, sendo ela querendo ou não. A Lua Cheia será daqui alguns dias e ela poderia estar matando pessoas ou andando pelada pelas ruas Beacon. Eu me importo com ela. Não queira que houvesse uma reclamação sobre uma garota monstruosa, alta com cabelos loiros e longos. Eu iria pirar. Não que eu tivesse uma pequena queda por ela, tipo eu só sou um amigo que gosta muito da sua amiga.

—----------------------- Em Beacon Hills High School -----------------------

   Aula de economia, uma das aulas que eu tinha com a Annabeth.

 - Ei! Você não vai falar com a Annabeth? – me pergunta Scott sussurrando.

 - Não dá. Se você cutucar a Annie durante alguma aula, ela espera a aula acabar e vai te dar um soco na cara. E olha que os socos dela são dolorosos. – sussurro de volta.

 - Algum problema Jackson?! – pergunta o treinador Finstock. – Gostaria de compartilhar o que estava cochichando com o senhor McCall?

 - Não, obrigada, mas recuso a oferta, treinador. – quase toda a sala segurou o riso.

 - Espero que isso não se repita! Então, para podermos... – nesta hora nem prestava mais atenção na voz do treinador, apenas em falar com a Sabidinha. Ela precisava acreditar na minha palavra, aquilo não era uma brincadeira idiota, era algo real, uma coisa que além de ferir outras pessoas, poderia ferir a Annabeth e eu não gostava desta hipótese. Ela acreditaria em mim, querendo ou não.

 O sinal toca, era um bom momento para conversar com a Annie, assim, se ela ainda se recusasse a acreditar em mim, iria passar a próxima aula inteira pensando no que eu tinha falado, quer dizer, no que irei falar. Saí da sala e lá estava ela. Com seus cabelos loiros cacheados, aqueles olhos tempestuosos que prendiam minha atenção. Eita! Por que eu tô pensando nisso. Eu deveria estar focado em o que eu iria dizer para a Annabeth.

 Aproveitei que ela estava abrindo o armário e fui até ela:

 - Hey Sabidinha! – a cumprimento.

 - O que você quer Cabeça de Alga? – diz irritada. – Se é sobre aquela noite, eu fiquei surda. Totalmente surda.

 - Mesmo assim eu vou falar sobre aquilo. – ela se virou para o armário, mas sabia que ela estava prestando atenção e com a audição aguçada, ela iria ouvir de qualquer maneira. – Eu sei que você vai negar isto até o fim, mas uma hora ou outra você vai parar de pensar racionalmente, que nem a Dra. Brennan de Bones. – ela deu uma risadinha fofa. –Então, sempre que lembrar daquela noite, pense que tudo é possível.  Se mudar de ideia, me procure amanhã no almoço.

 Ela ficou encarando o armário por um tempo, e então decidi sair de cena. Enquanto eu caminhava em direção ao meu armário, pegar minhas coisas, o sinal toca. Olhei para trás, Annie estava com os olhos fechados, como se estivesse com dor. Obviamente era culpa do lado lobisomem, que ela se recusa a aceitar.

POV Annabeth

  Caramba! Como o sinal estava alto hoje. Será que eu deveria considerar o que estava acontecendo comigo era realmente uma transformação? Percy me deixou com mais dúvidas do que antes. Eu estava fingindo que não havia prestado atenção nas suas palavras, mas a sua voz é... Eu não sei descrever, é como se só ele estivesse comigo, e isso era estranhamente bom, bom até demais. Agora você deve estar pensando: “Tá apaixonadinha!”.  Nada disso! Eu e Percy nos conhecemos com 12 anos. E se começássemos a namorar e simplesmente não desse certo? Quatro anos de amizade destruídos por um namoro. Eu não gostaria que isso acontecesse, eu gosto muito do Cabeça de Alga. Não que eu tenha uma pequena queda por ele, tipo, eu só sou uma amiga que gosta muito do seu amigo. Por mais que aqueles olhos verde-água me enfeiticem, seus cabelos negros desarrumados lhe dão charme e seus músculos me deixam excitada... Ai Meu Deus! Para de pensar essas coisas Annabeth Chase, até parece que eu tô apaixonada...

  Mas voltando ao assunto sobre lobisomens, eu tenho que falar com o Percy amanhã, isso me dá tempo para estudar um pouco mais sobre seres sobrenaturais. Para ser sincera, isso tá me deixando um pouco tensa, ou melhor, muito tensa.

  O resto das aulas passaram voando, não falei com nenhuma das meninas hoje. Não consegui, se eu falasse com elas iria soltar alguma coisa sobre lobisomens e... Bom, todo mundo sabe que mulher é fogo né? Acho que nem preciso explicar.

  Chego em casa e vou direto para meu quarto. Leon iria chegar mais tarde hoje, por causa do treino de lacrosse. Pelo menos poderia ficar sossegada, e ninguém iria tentar fuxicar a minha pesquisa.

 -------------------- Duas horas depois ------------------------

   Isso tudo era demais para processar. Tudo indicava que eu era uma loba ou lobisomem, tanto faz, o importante é falar com o Percy. Não sei se posso esperar até amanhã, mas acho que deveria fazer resfriar um pouco a cabeça antes de conversar com o Cabeça de Alga.

 O que fazer agora? Lição de casa? Estudar? Ler? Não estava com vontade de fazer nenhuma destas coisas. Tento pensar em outras coisas, até que algo me vem à cabeça. Ainda preciso de um par para o baile de boas-vindas e o único jeito de saber quem já tinha par, era ligando para as meninas. Se você não entendeu, as meninas provavelmente já tem seus respectivos pares então já posso descartar eles e elas ficam por dentro de tudo que acontece em Beacon Hills High School, ou seja, elas possivelmente já sabem dos pares de outras garotas, bom, pelo menos a Silena. Dirijo-me até minha cama e ligo meu iPad e o Skype.

 (Vídeo chamada On)

 - Hi girls! – diz Silena.

— Hi! – dizem juntas.

— Então Annie, qual o problema? – pergunta Clarisse.

— Baile + par.

— Chris Rodríguez. – responde Clarisse.

— Sam Evans. – Piper.

— Nem preciso dizer né... – Violetta é interrompida por mim.

— Volta tudo aí menina! Sam Evans?! – perguntei indignada – Pensei que você fosse com o Jason!

— Ele já vai com a Reyna. – Ela fala o nome da garota com desgosto.

— Sinto muito. Mas é ele que tá perdendo. – a consolo. – Então chega de chororô e vamos pensar em alguém para mim.

— Olha... O Percy tá sem par. Convide ele antes que a Drew o convide. – diz Francesca. Revirei os olhos. – E antes que você o exclua da sua lista, o Jackson é o único garoto favorável que está disponível. Fala sério... Ele é muito gato e dá pra ver que ele tá afinzão de você.

 Ótimo! Mais uma dúvida!

— Como to... Quase todo mundo já tem par?

— Lembre minha querida: Beacon Hills = cidade dos estranhos em pessoa. – Thalia me responde.

— E você Thalia? Com quem você vai? – pergunta Silena, obviamente.

— Absolutamente ninguém.

— Só podia ser. – fala Camila.

— Querem saber?!  Na sexta-feira vamos comprar essas porcarias de vestidos. Assim o assunto será resolvido. – Thalia fala irritada.

— Mas o problema era com quem a Annabeth vai. – diz Hazel, que estava calada até então.

— Deixa pra lá. Até amanhã. – me despeço.

— Mas... – antes que alguma delas pudesse me impedir, desconectei o Skype. Não, isso não foi dramático.

 Será que eu convido o Cabeça de Alga? Ou ele vai me convidar? Não sei. Será que ele estava afim de mim? Chega! Isto está parecendo coisa de filme de romance adolescente e eu não sou uma daquelas garotas clichês que ficam: “Como eu te amo!”. Eu não acredito em amor verdadeiro, amor eterno ou amor a primeira vista. Amor verdadeiro e amor eterno: hoje existe o divórcio minha gente! Amor à primeira vista: Você mal conhece o fulano e já vai amar ele? Você tá totalmente maluco.

 - CHEGUEI! – grita Leon na sala.

 Estava com muito cansada para responder, mas mesmo assim:

— TÁ BOM! TROUXE O JANTAR?

— SIM! DÁ PARA VOCÊ VIR ATÉ AQUI PARA NÓS NÃO PERDERMOS A VOZ?!

— TÔ COM PREGUIÇA!

— É MELHOR VIR AQUI DO QUE PERDER A VOZ.

— ENTÃO TÁ! – me levanto da cama com uma preguiça doentia e caminho até a cozinha. O resto do dia  segue como sempre foi, exceto pelo meu pai, que não está presente, por que está em Seattle.

  Deite-me na cama e tento dormir, mas isso parecia impossível neste momento.


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