Flashbacks escrita por Beks_
Notas iniciais do capítulo
Hm, vou nem comentar, porque o primeiro capitulo está ruim como todos os outros
Madrid, 15 de julho, 44º C , Serenade, 4ª estrofe.
Teru ainda estava bem, meio grogue, mas bem. Porque ele tinha que ser tão teimoso?
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-Kamijo... Eu acho que vou... - Teru caiu sobre mim, seus cabelos bicolores estavam encharcados de suor, ele estava vermelho e sua respiração estava pesada.
-TERU! – Eu o segurei com força, assoprei em seu rosto, tentei o levantar e nada, ele não acordava. E se algo acontecer? O que eu vou fazer sem ele aqui? Eu nunca mais iria ouvir sua voz ou sentir seu toque.
-Kamijo! O que houve!? – Hizaki gritou correndo em direção a nós, colocou a palma da mão na testa de Teru, e fez uma cara de preocupação . Ele me abraçou e deu pequenos tapinhas nas minhas costas.
-Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem... – Ele me disse, porem eu estava sem um pingo de esperança.
Colocamos Teru no sofá do camarim, estava hesitando em ligar para a ambulância, e acabei deixando o celular mofando na mesa. Tremendo, me sentei ao seu lado e fechei os olhos para evitar as lágrimas.
Desse jeito teríamos que cancelar o show.
Eu fico extremamente decepcionado quando um show é cancelado, mas hoje foi diferente. Por que eu ligaria para o show em uma hora dessas? O amor da minha vida estava desmaiado a 10 minutos sem dar sinal de vida. Ele não podia morrer. Nada podia acontecer a ele. Nada.
Algumas horas depois, o show tinha sido adiado, e eu continuei não me importando. Teru estava desacordado por todo esse tempo, e eu fiquei ao seu lado. Yuki e Hizaki ficaram junto a mim, tentando me convencer de levá-lo ao hospital era a melhor opção e dando os mais diversos discursos de consolo, afinal, os dois já sabiam sobre a minha pequena paixão (exceto o alvo dela).
-Ka... Mi... Jo... – Sua voz rouca e melodiosa soou pelos meus ouvidos, como um canto angelical. Eu sorri como uma criança e o abracei cuidadosamente quase como se fosse feito de cristal.
-Que horas são? – Ele perguntou com uma voz um pouco mais firme.
-3 horas.
-O que!? – Ele limpou o suor que ainda restava se levantou rapidamente e correu para se arrumar.
-TERU! Mal acordou de um desmaio, que diga-se de passagem, nem um pouco leve e já sai se levantando assim sem mais nem menos? Você é louco o que!? Eu morri de preocupação ao ver você desmaiado durante 3 horas ,e o que você faz? Levanta e vai repassar a maquiagem! – Isso era uma tortura para mim, eu odiava brigar com Teru. Mas e se algo pior acontecesse?
-Kamijo, eu agradeço de verdade tudo o que fez por mim, desculpe. Mas não podemos deixar esses fãs esperando mais ainda, eles querem nos ver, não podemos abandoná-los. Eu não ligo para uma pequena quedinha de pressão...
-Eu sei, eu sei! Tambem não estou feliz por deixá-los esperando. Mas saúde em primeiro lugar. Por favor, não me faça segurar você. E se você desmaiar de novo no palco? Eu não sei o que vou fazer. Quer me deixar mais preocupado? Está agindo como se fosse uma criança! Não liga para o que eu sinto? Não liga para o que Yuki e Hizaki sentem? Não liga para a sua própria vida ou o que? Vai continuar pensando que 3 horas de desmaio é apenas uma pequena queda de pressão?– Eu me aproximei, tentando um abraço, apesar de ter gritado mais do que devia.
-Pare de agir como se fosse minha mãe. Se eu passei mal, o problema é meu. Você sempre tem que se meter em tudo o que acontece comigo? Por favor, Kamijo...– Ele me empurrou, evitando meus braços e saiu do camarim em direção ao palco.
-Não faça isso... – Falei com a parede, para variar.
-Teru, você acor-- Falaram Hizaki e Yuki quase em coro, quando Teru passou reto por eles.
Ele entrou sozinho no palco, pegou sua guitarra e começou logo a tocar Ascenade Master, quando nós três entramos correndo meio desajeitados, o acompanhamos. O show estava indo quase normalmente.
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“Tozashita mama no kokoro subete ga kowakute, Doko made yukeba ii? mou arukenai yo” | |
(Pois te encontrei em um sonho, aquele sonho irá Cruelmente desaparecer novamente. Sim, como uma estrela cadente...) | |
*PPÉHDSMJ4DNS* {isso era para ser um som de guitarra desafinada q} Eu me virei e o vi estirado no chão, e logo uma piscina de sangue vindo de sua cabeça de formou. Teru... Teru... Teru... A poça escarlate aumentava cada vez mais, juntamente com o meu sofrimento. O peguei no colo e saí do palco. Os fãs estavam enlouquecidos. Eu literalmente o joguei no sofá e chorei como um bebê abraçando-o. Eu estava todo manchado com seu sangue, e que nem por minuto parou de jorrar. Eu chorei, chorei e chorei imaginando todas as possibilidades, até a maldita ambulância chegar. Os homens o tiraram a força de mim e ele foi rudemente colocado na maca e levado para o hospital. Meu coração apartava cada vez mais enquanto a cena da ambulância se distanciando passava pelos meus olhos. A minha mente estava preenchida pelo vermelho de todo aquele sangue que antes percorria suas veias e que o deixava vivo, saindo de forma grotesca e manchando seus cabelos quase brancos e seu rosto delicado com aquela cor de morte. É uma dor enorme, maior do que a que Teru provavelmente está sentindo. | |
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
BLÉ!
O que acharam?