The mine word: Fire Gates. escrita por gurozu


Capítulo 7
Capítulo 6: Preconceito.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, tudo bem? Como eu havia prometido aqui está o capítulo. Não que eu não queira encher essas notas de palavras, mas bora lê?



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Visão da Pheal:

Eu acordei tranquilamente em minha cama. Dormir de barriga para baixo não é muito confortável, mas qualquer outra posição acaba apertando as minhas asas e isso não é nada agradável. Levantei-me calmamente, me sentei em W, abri minhas asas e ergui meus braços para me espreguiçar.

—Parece que a Hedyps já acordou. Que maldade me deixar aqui! –Eu troco de roupa e saio do quarto. Ali, deitado no sofá, está o Sekka. –Bom dia. Dormiu bem? –Pergunto a ele.

—Esse sofá não é muito confortável, mas quebra um galho. E você?

—Ainda preciso me acostumar com essas asas. De vez em quando eu acabo virando e deitando sobre elas e isso dói muito.

—Vê se não deixa a sua ferida infeccionar. O doutor disse que você deve lavá-la constantemente.

—Eu sei... Eu vou até uma fonte termal que a Rhoku me indicou e sair de lá nova em folha.

—Você não deve andar sozinha por ai, você sabe que os endermans não possuem uma boa fama pelo mundo.

—Deixa disso, se estivessem com raiva de mim eles não deixariam que eu treinasse o exército deles. –Digo me sentando ao seu lado.

—Eles apenas estão obedecendo a um pedido da Rhoku, e você observou como eles ficaram te olhando durante o treino? Eles não estão confortáveis com a sua presença por aqui.

Depois que ele disse isso eu comecei a pensar e percebi que era verdade, ninguém olhou no meu rosto enquanto eu estava andando na rua ou mesmo durante o treinamento. Mesmo sabendo que era verdade eu não queria acreditar, queria sentir que aquilo não importava para eles. –Não diga isso...

—Digo sim! Nós podemos até não nos importar com oque você é, mas não podemos garantir isso das outras pessoas. Estou dizendo isso para o seu bem!

—Não fale como se eu fosse uma criança ou um animal! Eu sou uma pessoa como qualquer outra! –Eu me levanto do sofá e dou meia volta em direção ao meu quarto.

—Espera! –Ele agarra o meu braço. –Eu não quis dizer isso, eu só... Eu não quero que você se machuque...

Eu dou um tapa em sua mão que o faz soltar o meu braço. –Cala a boca! Cala a boca! Cala a boca! CALA A BOCA! –Grito diversas vezes. –Quando eu era pequena eu fui criada em um orfanato. As crianças caçoavam de mim e me chamavam de esquisita pelo fato de eu dizer que um dia eu iria viver fora da cidade... Longe daqueles muros. –Eu comecei a chorar inconscientemente. –Um dia, apareceu um senhor procurando por uma criança para adotar. Ele usava roupas pretas elegante e um chapéu que cobria sua cabeça. Ao caminhar pelo orfanato ele observou cada criança, todos se mostrando e rezando para serem escolhidos, mas, bem ao fundo, sentada em um canto, estava eu. Depois de ser desprezada por várias famílias eu deixei de tentar ser adotada, mas, como um milagre, o senhor veio até mim e me questionou:

—Por que está sozinha nesse canto, garotinha?

Eu apenas continuei olhando para a parede. –Eu não quero que o senhor desperdice o seu tempo com uma criança como eu. –Ele apenas se sentou ao meu lado e começou a olhar para a parede em silêncio assim como eu estava fazendo. –Oque você está fazendo? –Perguntei a ele.

—É uma pena que você não possa mais olhar para essa parede, é realmente uma boa vista. –Disse ele enquanto olhava para a parede. –Sabe por quê? –Eu balancei minha cabeça negativamente e foi então que ele disse: “Porque eu irei levá-la para ser minha filha”.

—Você imagina o quão feliz eu fiquei naquele momento? Eu o abracei e chorei como um bebê naquele dia. Aquele senhor me levou para sua casa e me criou como sua filha. Ele era um estudioso das escrituras antigas e me ensinou tudo oque sabia para que um dia eu pudesse continuar a sua pesquisa e uma das coisas que ele me disse foi: “Nós endermans vivemos com um medo constante do mundo exterior, mas você é corajosa, Pheal, e tenho certeza de que um dia você será conhecida como a primeira enderman que cruzou o mundo”. –Sekka ficou parado na minha frente durante todo o meu desabafo sem dizer uma única palavra. –V-Você não vai dizer nada?!

Ele esticou a mão até os meus ombros e os pressionou para baixo me fazendo abaixar. Ele me abraçou colocando a minha cabeça sobre os seus ombros. –Desculpa... –Disse ele enquanto me abraçava. –Eu não deveria ter sido tão grosso com você, me desculpa...

Eu estava sem palavras, mesmo que, por um lado, fosse engraçado o fato de eu ter que abaixar para ele poder me abraçar, eu também estava surpresa por ele ter feito tal coisa. –Você está cheirando mal. Por que não vem tomar banho comigo hoje?

Ele me afastou repentinamente. –Q-Que ideia é essa?!

—Está com vergonha de mim? Nós iríamos um após o outro.

—Eu não preciso tomar banho! Eu não vou!

—Você é muito porco! Precisa cuidar melhor da sua higiene!

—Vai cuidar da sua vida!

A porta do quarto da Pompo abriu repentinamente e logo um travesseiro voou e acertou Sekka e eu. –Calem a boca você dois! Eu quero dormir! –Gritou ela da porta usando apenas a sua camisa preta e uma calcinha branca.

Eu rapidamente cobri os olhos do Sekka e joguei o travesseiro de volta. –Troque de roupa antes de vir brigar com a gente.

Ao perceber a situação ela ficou vermelha e bateu a porta do quarto. Eu ri um pouco e olhei para traz avistando Hedyps e Skel parados a porta. Hedyps havia cobertos os olhos do Skel também e isso me fez finalmente cair na gargalhada.

Depois de conversarmos um pouco e de esperarmos a Pompo se vestir nós fomos para a área de treinamento. Eu estava muito nervosa, já que o Sekka disse que eu não precisaria treiná-los hoje.

—Muito bem! –Sekka gritou batendo palmas como da última vez. –Se separem em grupos como da última vez e vamos continuar com os treinos.

Eu me sentei perto do Skel e da Hedyps para assistir ao treino. Sekka parece tão confiante no que está fazendo que me deixa envergonhada por ser tão inexperiente em combate real. Todos parecem prestar atenção ao que ele diz e ao que ele faz ao movimentar as suas espadas com tanta habilidade e destreza.

—O Sekka realmente manda bem com aquelas espadas. –Digo.

—Verdade, mas a Pompo não fica para trás com as suas técnicas com facas. –Disse Skel.

—Então você está prestando atenção na Pompo? –Perguntou Hedyps olhando para o Skel.

—Calma Hedyps. Não precisa ter ciúmes dela.

—Se você diz...

Esses dois são umas figuras, eles combinam tão bem que chega a dar arrepios. Depois de um tempo o Sekka liberou os soldados para um intervalo, todos pareciam exaustos. Skel e Hedyps foram conversar com a Pompo e me largaram sozinha sentada naquele lugar.

Um rapaz começou a vir na minha direção. Ele tinha pele clara e cabelo escuro como os Whiter, mas seus olhos eram dourados como os de um Blaze. –Você não vai nos treinar hoje? –Ele se aproximou do meu rosto. –Está com medo de nós, enderman?

—E-Eu só não me senti bem hoje... –Disse para disfarçar. Ele está tão perto que chega a ser sufocante.

—Qual é... –Ele ergue sua mão e cria uma chama negra. –... Vamos nos divertir juntos.

—Oque você quer com ela? –Perguntou Sekka colocando a mão sobre o ombro do rapaz.

—Isso não é problema seu creeper.

Sekka dá um soco no rosto do rapaz que o faz cair no chão. –Se um idiota está perturbando a minha amiga isso é sim problema meu. –Disse Sekka juntando os punhos.

—Sekka... –Digo meio surpresa.

—Você acha que eu não posso te bater? Eu vou acabar com você. –Disse o rapaz se levantando e limpando o sangue em sua boca.

—Eu não tenho tempo pra isso. –Disse Sekka pegando no meu braço. –Vamos sair daqui, Pheal. –Ele me colocou de pé e começou a me puxar para longe.

—Não me ignore! –Gritou o rapaz. Uma estranha energia negra começou a cobrir o seu corpo e seus olhos começaram a brilhar em dourado.

Ele investiu contra o Sekka que bloqueou o ataque com uma das espadas sem nem olhar para trás. Ele soltou o meu braço. –Espere aqui. –Ele retirou a sua segunda espada e começou a duelar com o rapaz. Ele parecia calmo, mas estava apenas bloqueando os ataques de fogo do rapaz. Todos se reuniram em volta para assistir a luta que estava pendendo para o lado do rapaz que estava liberando todo o seu craft.

—Oque foi? É só isso que o nosso treinador sabe? Vocês são patéticos.

—Acho que já chega. –Sekka carrega suas espadas com seu craft e cria uma explosão que joga o rapaz para trás. –Vamos ver se você me aguenta em uma luta de verdade. –Uma energia azul claro começou a cobrir o corpo dele e seus olhos começaram a brilhar em azul. Ele começou uma serie de ataques e explosões tão rápidas que nem davam tempo do rapaz contra atacar. Ele dá uma rasteira e coloca a espada no pescoço do rapaz. –Se você mexer com a Pheal ou com algum dos meus companheiros de novo eu juro que te mato sem você nem perceber, entendeu?

—S-Sim! Eu entendi sim! –Gritou o rapaz tremendo de medo.

—Acho bom. –Ele guarda as espadas e se vira para os soldados. –Muito bem acabou o show! Vamos voltar ao treino.


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Notas finais do capítulo

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O próximo capítulo deve sair na sexta-feira.



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