The mine word: Fire Gates. escrita por gurozu


Capítulo 15
Capítulo 14: Guerra: Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, tudo bem? Continuando na rotina de postar quartas e sábados. Bora lê?



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Visão da Pompo:

Todos nós corríamos em direção à fortaleza. Pheal estava voando um pouco acima de nós pra poder observar o terreno à frente. Chegamos até as paredes e Pheal foi procurar alguma janela.

—E agora? –Perguntei.

—Vamos esperar que a Pheal consiga ver algo dentro da fortaleza para que ela possa nos teleportar para dentro. –Explicou Skel. –Eu ainda não perguntei o seu nome. –Perguntou ele para o rapaz meio-Whiter meio-Blaze.

—Meu nome é Muhu.

—Bem vindo ao grupo, Muhu. –Disse Skel.

—Achei! –Gritou Pheal pousando. –Quem vai primeiro?

—Eu vou. –Disse erguendo a mão direita.

—Tem certeza? E se...

—Estamos indo atrás do meu namorado. Nada mais justo do que eu me arriscar primeiro.

Ela se abaixou e abraçou o meu corpo. –Se insiste.

Tudo ficou escuro por um segundo e depois voltou ao normal. –Nunca vou me acostumar com isso. –Disse meio enjoada.

—Eu vou buscar os outros. Fique aqui e tome cuidado. –Disse ela antes de desaparecer.

Eu me encosto na parede mais próxima e retido a espada do Steve da sua bainha. –Steve... Espero que você esteja bem.

Visão do Steve:

Eu nunca estive tão mal em toda a minha vida. Estou com febre, suando e meu braço está doendo pra caramba.

—Está tudo bem aí, Steve? –Perguntou Rhoku que estava de guarda na porta.

—Tirando a possibilidade de eu perder o meu braço está tudo uma maravilha.

—Entendo. Desculpa, eu... Eu deveria ter lhe avisado antes. Eu fui descuidada.

—A culpa não foi sua. E mesmo se você tivesse me avisado isso não mudaria nada.

—Eu sei, mas...

—Pare de ficar se preocupando e vigie a porta.

Ela volta a olhar para a porta. Eu sei oque acontece quando alguma parte do corpo começa a necrosar, e, se chegar ao ponto, eu precisarei cortar o meu braço fora.

Visão da Hiffe:

Eu não sei oque foi isso agora a pouco, mas se eu não me apressar o Steve vai estar com problemas. –Meu deus! Como isso é pesado! –Depois de reclamar um pouco mais eu acabo me encontrando com um grupo de cinco guardas cuidando de uma sala. Eles parecem não ter me notado. Eu coloco o galão de leite no chão com muito cuidado e retiro a minha espada da bainha. Eu respiro fundo e... –Oi rapazes.

—Quem é você?! –Perguntou um dos guardas.

—Eu sou Hiffe, Terceira tenente, membro do quinto pelotão e noiva da filha do general.

—Então você é a garota da filha do chefe? Ha ha ha... –Eles começam a rir.

—Sim, eu sou. E, em alguns instantes, você não será nada. –Eu ergo a espada pra cortar a cabeça dele, mas alguma coisa a atravessa antes. –Uma flecha?! –Digo meio surpresa.

Os outros guardas entram em pânico. Uma garota muito alta aparece de repente e perfura o pescoço de um deles com uma faca e depois some novamente, outro acaba sendo atingido por uma flecha também na cabeça e os outros dois são feitos de reféns.

—Vocês viram a filha do general? –Perguntou um rapaz de cabelos brancos segurando um arco e flechas.

Assim que ele fez a pergunta o guarda olhou para mim. –Ela! Ela sabe! –Gritou ele.

—E quem seria você? –Perguntou o rapaz.

—Eu sou Hiffe, Terceira tenente, membro do quinto pelotão e noiva da filha do general. Oque você quer com a minha garota?! –Pergunto de uma forma rude.

—Você é noiva da Rhoku? Isso é uma surpresa. –Comentou ele. –Você sabe onde ela está?

—Por que eu deveria dizer?

—Ela está com o nosso amigo Steve.

—Vocês são amigos do Steve? Precisam se apressar ou ele vai perder o braço.

—Onde ele está?! –Perguntou uma garota vestida de verde. Ela parecia preocupada.

—Eu os levo até lá, mas antes nós precisamos amarrar esses dois.

O rapaz se volta para o grupo. –Você e Pheal vão com ela enquanto Sekka, Muhu e eu tomamos conta dos guardas.

As duas concordaram e me ajudaram a levar o latão de leite até o Steve. Eu só espero que não seja tarde de mais.

Visão da Pompo:

Acompanhar essas duas está sendo uma tarefa quase insuportável de tão lento que estamos andando. Minha vontade é de sair correndo até o Steve, mas eu não faço ideia de onde ele está.

—Antes, quando nos encontramos, você parecia bem preocupada com o Steve. –Comentou Hiffe. –Você é a garota dele?

—Sou eu, por quê?

—Ele comentou sobre você uma vez. Vendo você eu consigo entender o porquê de ele não querer nada com a Rhoku.

—Devo entender isso como um elogio?

—Entenda como quiser. –Ela olha para a Pheal, que está ao seu lado. –Mas e você? Tem alguém para brincar?

—Q-Que tipo de pergunta é essa?! –Respondeu Pheal com o rosto todo vermelho.

—Não entendeu? Fazer sexo com alguém. Você não tem ninguém em mente?

—E-E-E-Eu...

—Deixa ela em paz. Ela é apenas uma magrela sem rumo na vida. –Digo.

—Ei! –Reclamou Pheal.

Hiffe riu de nós e continuou a nos provocar até chegarmos ao lugar onde o Steve estava. Ela se aproximou da porta, deu duas batidas e chamou pela Rhoku, que abriu a porta logo em seguida.

—Entre, rápido!

—Tem mais gente.

—Steve! –Gritei correndo e pulando em cima dele. –Eu fiquei tão preocupada com você!

—Eu sei! Eu sei! Mas você poderia sair de cima de mim?!

—Ah! Desculpa. Você se machucou?

—Eu vou ficar bem. Você trouxe o leite, Hiffe?

—Trouxe. Você quer beber do latão ou quer que eu busque um copo?

—Se eu esperar é capaz de eu perder o braço.

Ela trouxe o latão até perto do Steve. –Me ajudem a virar esse latão o suficiente pra ele beber.

Pheal e eu ajudamos a segurar o latão de leite. Steve bebia aquilo com uma vontade que parecia que ele iria morrer sem aquilo, e ele realmente iria.

Ele levantou a mão indicando que estava satisfeito e nós abaixamos o latão. Eu o abracei novamente e o beijei.

—Eu vou buscar o Sekka para ele preparar o curativo. –Falou Pheal antes de desaparecer.

Eu volto a minha atenção para o Steve. –Você está bem mesmo?

—Sim.

—Você é um idiota. Por que foi concordar com esse plano maluco do Skel? –Digo virando o rosto.

—Porque você também concordou. –Ele segurou a minha mão e encaixou os nossos dedos. –Eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance pra fazer você feliz.

—Você quebrou a nossa promessa de novo.

—E, provavelmente, eu vou quebrá-la de novo.

—Seu bobo.

Pheal volta com o Sekka. Ele logo retira o curativo do ferimento e o cauteriza. Segundo a Rhoku parece que a maldição não vai mais se espalhar, mas os ferimentos vão permanecer. Sekka termina de limpar a feriada e a cobri com novas bandagens.

—Pronto. Novinho em folha. –Disse Sekka.

—Eu me esqueci de perguntar, mas como está a situação lá fora? –Perguntou Steve.

—Um reforço da fortaleza do Skel chegou no último momento e nós temos o controle do campo por enquanto.

—E um pequeno exército de creepers está vindo pra cá também. –Digo toda animada.

—Acha que o seu pai está vindo pra cá? –Perguntou Steve percebendo o motivo da minha animação.

—Como foi o avô do Skel que os convocou eu imagino que ele tenha chamado o meu pai também.

—Nós precisamos sair logo daqui e voltar para o resto do exército. –Lembrou Pheal.

—Verdade. Vocês duas vem conosco? –Perguntou Sekka.

—Ela vai, eu não. –Respondeu Hiffe.

—Hiffe! –Reclamou Rhoku. –De novo com essa história de ficar e lutar contra sei lá oque? Já chega! Venha conosco.

—Eu não posso ir, Rhoku. Eu pertenço a esse lugar.

—Não, você... Você pertence a mim! Você é minha e somente minha Hiffe! Eu não quero perde-la.

Hiffe segurou calmamente o rosto da Rhoku e a beijou. Lagrimas escorriam dos olhos da Rhoku. –Você já me perdeu, Rhoku. Você só não sabe ainda. –Ela caminhou até a porta e saiu do quarto.

Rhoku cai de joelhos no chão e parece bastante deprimida. Steve se levanta e tenta animá-la. –Isso valeu à pena? Será que valeu a pena eu ter destruído a vida da Hiffe por causa do meu egoísmo? –Perguntou Rhoku de uma forma retórica.

—Eu... Não sei. –Respondeu Steve. –Tudo que eu sei é que você salvou as nossas vidas e a de todos que moram na caverna e fazem parte da resistência. É claro que tivemos baixas, mas isso é o de menos no momento.

—Você não me ouviu? Eu destruí a vida da pessoa que eu disse que eu amava. Eu traí a confiança dela e ela está retribuindo isso. A culpa é toda minha.

—Você está certa. –Rhoku o olha com uma expressão de surpresa. –Talvez a culpa seja sua, mas talvez ela seja minha. Se eu não tivesse vindo pra esse mundo a Pompo estaria segura na fazenda do pai dela, o Sekka seria o vencedor do torneio, a Pheal continuaria sendo apenas mais uma enderman presa na cidade dos endermans, a Hedyps continuaria a minerar o mesmo túnel dia após dia pra sustentar a irmã, o Skel estaria seguro na fortaleza do seu avô e, talvez, o seu pai não tivesse tido a ideia de atacar a resistência e tivesse passado o cargo de general pra você algum dia.

—Quando você fala assim parece fácil.

—E realmente foi. Se eu tivesse escolhido o outro vilarejo pra passar a noite o Sekka não estaria parado aqui do nosso lado agora e eu estaria sangrando até a morte. Nossas escolhas já aconteceram e se você não gosta do resultado é só tentar fazer o seu melhor com oque você tem.

Você tem razão! –Disse Rhoku levantando do chão. –Eu vou com vocês.


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Notas finais do capítulo

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