The mine word: Fire Gates. escrita por gurozu


Capítulo 13
Capítulo 12: Preparações para a guerra: Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, tudo bem? Trazendo hoje o capítulo mais do que atrasado, certo? Vocês devem estar curiosos então bora lê?



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Visão da Rhoku:

Depois de mandar o Steve de volta para a resistência eu tratei de agir como se não soubesse de nada. Meu pai, aparentemente, descobriu que a besta de sangue foi roubada e logo tratou de aumentar a segurança do seu quarto. No dia seguinte eu corri para o refeitório bem cedo e encontrei a Hiffe tomando o seu café.

—Onde você estava? –Perguntou ela.

—É uma longa história. Posso me sentar com você?

—Será que eu devo deixar? Você foi malvada comigo ontem à noite.

—Foi o troco por você ter dito coisas estranhas para o Steve. –Digo virando o rosto.

—Aquilo foi uma brincadeira. Hoje eu tenho que levar o pessoal até a encosta, você não quer vir? Pode ser legal.

—Não sei... Eu não pretendia sair hoje.

—Você nunca sai em dia nenhum e é por isso que é pálida desse jeito.

—E-E tem algo de errado com a minha palidez?!

—Não, na verdade, eu acho ela bem atraente em você. –Ela toma um gole de leite. –Bem mais do que esse vermelho de agora.

Depois da conversa estranha de sempre a gente foi caminhar pelos corredores. Eu sabia que era questão de horas até receber uma dica de que o ataque estava para acontecer, mas o Skel é meio imprevisível e eu não tenho como ter certeza disso. Meu pai vem se aproximando e agarra o meu braço.

—Pai?! Oque foi? –Pergunto meio surpresa.

—Eu preciso ter uma conversinha com você.

—Ela fez algo de errado, senhor? –Perguntou Hiffe um pouco preocupada.

—Não se preocupe Hiffe, vai ficar tudo bem. –Digo para acalmá-la.

Meu pai me leva até o meu quarto e me joga muito bruscamente no chão. –Oque você pensa que está fazendo?! –Disse ele em um tom de raiva.

—O-Oque foi? Eu não fiz nad...

Ele chuta a minha barriga com força. –Não me venha com o seu teatrinho! Você acha que eu não sei sobre você e a resistência?!

Ele sabe sobre mim? Mas como? –E-E-Eu não sei... Do que está falando...

Ele me acerta outro chute que me faz cuspir sangue. –Eu sei que você e o seu amiguinho foram até o meu quarto e pegaram algo muito valioso lá. Os dois guardas entregaram vocês.

—O-Onde eles estão?

—No momento as cabeças deles estão enfiadas em estacas no terraço. –Ele se ajoelha. –Eu vou tratar de matar cada um dos soldados que os seus amiguinhos mandarem, depois eu irei matar as famílias deles, depois eu mato eles e, por fim, eu mato você e deixo o seu corpo exposto em frente aos portões para que todos saibam que eu não poupo ninguém.

—V-Você... É um monstro!

—Você ainda não viu metade do que eu sou capaz. –Ele sai do quarto e bate a porta. –Eu quero que vigiem esse quarto e não deixem ninguém entrar. –O escutei dizendo através da porta.

Eu fui descuidada. Eles vão morrer e é tudo culpa minha. Naquela hora eu comecei a chorar. A dor no meu estomago não se comparava a dor que eu estava sentindo naquele momento.

Levantei-me do chão e caminhei, meio sem jeito, até o meu armário e peguei uma caixa de madeira que estava guardada no fundo dele. Dentro havia uma espada de ferro com o cabo folhado a ouro que a Hiffe me deu no nosso primeiro aniversário. Eu me sentei na cama e fiquei olhando para a porta a espera de uma chance de escapar.

Depois de ficar uma hora trancada a porta se abriu e eu pulei em cima do guarda para tentar matá-lo e fugir. –Saiam daqui!

—Oque deu em você?

—Steve? Desculpe-me, eu... Eu pensei que fossem os guardas.

—Mal humorada de manhã como sempre. –Eu olho para o lado e vejo que a Hiffe está com ele.

—Por que você a trouxe?!

—Eu não tive muita escolha. Você poderia sair de cima de mim?

Eu saio de cima dele e guardo a espada. –Você poderia explicar oque está acontecendo aqui?! –Perguntou Hiffe.

Eu suspiro para me acalmar. –Tudo bem, eu conto tudo.

Eu disse tudo a ela, do dia em que entrei para a resistência até a tentativa de ataque daqui a alguns dias. Enquanto eu falava a expressão no rosto da Hiffe permanecia a mesma e, quando terminei de falar, ela... –Você é idiota?! –Gritou ela batendo no meu rosto.

—Acho que eu merecia isso.

—Você merecia bem mais que isso! Nós estamos nisso juntas. Como pode não confiar em mim?

—Eu... Tive medo de você não gostar mais de mim se soubesse a verdade.

Ela levanta o braço e eu me encolho, esperando pelo próximo tapa, mas, ao invés disso, ela me abraça. –Eu nunca te abandonaria por algo tão pequeno quanto isso.

—Hiffe...

Um barulho muito alto começa a ecoar pelos corredores, eram as cornetas de guerra. Hiffe da um passo para trás e se vira. –Eu não vou lutar ao seu lado, mas também não vou impedir vocês. Vão!

—Precisamos ir, Rhoku. –Gritou Steve segurando no meu braço.

—Mas... Hiffe, eu...

—Eu vou ficar bem. Vão logo, antes que mude de ideia.

Nós começamos a correr e a deixamos para trás. Eu não sei oque ela planeja fazer, mas... Espero que ela fique bem.

Visão da Hiffe:

Essa, provavelmente, é a última vez que eu verei a Rhoku. Eu deveria ter beijado ela uma última vez. –Eu sou idiota ou oque? –Enquanto caminho pelos corredores eu ia lembrando os tempos que passamos juntas, das vezes que brigamos sem motivo, das vezes em que fizemos besteira juntas e... Do dia em que nos beijamos pela primeira vez. Lembro que foi no último dia que ela fez parte do meu esquadrão. O pai dela havia castigado ela e deixado ela como membro do esquadrão durante um mês. Na época ela era uma garota frágil e fraca e eu era apenas mais um membro do esquadrão. Nós ficamos amigas durante o primeiro treino dela, eu já era um dos membros mais fortes do esquadrão, mas ela era um cachorrinho perdido em meio a um grupo de lobos.

—Você quer ajuda? –Perguntei a ela inocentemente esticando o braço.

—E-Eu não preciso de ajuda! –Gritou ela dando um tapa na minha mão.

Eu a olhei ali, caída no chão, com o rosto sujo e uma espada de madeira na mão. –Você não pode começar lutando contra qualquer um. Venha, eu vou te ensinar o básico.

—Tudo bem.

Eu a ajudei a levantar e a coloquei em posição de luta. –Primeiro eu preciso ver do que você é capaz. Tente me acertar.

—Mas...

—Só venha.

Ela correu na minha direção de qualquer jeito. Eu bloqueei a sua espada e a agarrei por trás. –M-Me solta!

—Você não pode ser tão impulsiva assim. Tenta pensar antes no que vai fazer.

—Eu nunca peguei em uma espada em toda a minha vida. Isso é difícil.

—É só questão de costume. Venha de novo.

Nós passamos aquele mês inteiro treinando com espadas. No último dia nós fomos até o terraço da fortaleza e nos sentamos na beirada dela. Era uma distância enorme entre aquele lugar e o chão, mas nós estávamos tão distraídas que aquilo nem passava medo.

—Esse mês passou muito rápido. –Comentou Rhoku.

—Verdade. Parece que foi ontem que a gente se conheceu.

—Nem me lembre. –Ela olha pra cima e suspira calmamente. Seus longos cabelos negros balançavam com o vento e criavam a imagem de uma deusa em forma de gente. –Oque foi?

—Ah! N-Nada não...

—Você... Gosta de garotas, certo?

—Eu não deveria ter te contado isso no outro dia, desculpa.

—Não, tudo bem. –Ela junta as mãos e as olha fixamente. –Você gosta de mim?

—Que?! D-D-De onde você tirou uma coisa dessas?

—Você está sempre me olhando e reparando na minha roupa ou no meu cabelo.

—Você sabia?! Ahh... Eu estou tão envergonhada!

—Não precisa ter vergonha. Eu não me importo... Se for você.

—Rhoku...

Nós olhamos uma nos olhos da outra e começamos a aproximar os rostos. Quando nossos lábios se encontraram, uma estranha energia correu pelo meu corpo. Eu sabia que precisava fazer daquela garota a minha noiva. –I-Isso foi estranho, mas... Também foi muito bom.

—Vamos fazer de novo?

—Vamos.

Depois desse dia nós começamos a namorar em segredo. Quando o pai dela descobriu, ele ficou uma fera, mas eu prometi a ele que eu seria uma soldado exemplar e leal a ele e ao império e, em troca, ele me deixaria noivar com a Rhoku. Foi um caminho longo até aqui, mas ainda parece que foi ontem que tudo isso aconteceu.

—Capitã? Por que chegou tão tarde?! Estamos sendo atacados! –Perguntou Kouko quando me viu entrar na sala do esquadrão.

—Eu não sou mais a capitã de vocês.

—Oque?! –A maioria se espantou.

—Oque aconteceu? –Perguntou Gafuku.

—Eu vou fazer parte da resistência agora. E, pelo bem da nossa amizade, eu peço que vocês permaneçam nessa sala.

—Mas, capitã...

—Ela não é mais a capitã, não ouviu? –Disse Qhar, o vice-comandante do esquadrão. –Eu sou o novo capitão e ela é uma traidora.

—Eu acho que isso definiria a situação. Eu realmente não quero matá-los, mas se não colaborarem eu não terei escolha.

—Estamos em maior número, Hiffe. Sabemos o quanto você é forte, mas nem você consegue ir contra todos nós sem uma espada em mãos.

—Quer apostar?

Nós nos encaramos durante algum tempo até que ele sacou uma pequena espada de dentro do seu casaco e investiu contra mim. Eu segurei sua mão que segurava à espada e perfurei sua barrica com o meu outro braço. O olhar de surpresa em seus olhos chegava a ser ridículo.

Eu soltei seu corpo e ele caiu morto no chão. Todos me olharam assustados já que Qhar era o segundo mais forte do esquadrão e, mesmo assim, não foi capaz de me confrontar. –Mais alguém?

Todos balançaram a cabeça negativamente. Eu fechei a porta e derreti a fechadura e as dobradiças da porta usando o meu craft. Já que todos são Whiters eu acho que isso deve conte-los por enquanto. Agora eu vou atrás de um peixe maior.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem um comentário. Não gostaram? Deixem um comentário também.
Eu devo voltar a usar o sistema de postar os capítulos toda quarta e sábado assim como eu faziam no livro anterior. Não sei se vai dar certo, mas talvez seja melhor que essa bagunça que está agora.