Um último Adeus! escrita por Lucylara


Capítulo 1
Cap 01 Lembranças e decisões


Notas iniciais do capítulo

Oi, Oi!!! Ainda tem alguém ai?
Finalmente postei... Nossa voces nem imaginam a semana corrida que eu tive...
Mal acabei os testes e os trabalhos e já vieram as provas... Aff... Quero férias...
Espero que gostem...
Fic totalmente narrada por Bill.



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Já fazia duas semanas que não nos víamos e não nos falávamos diretamente, e quando chegávamos a nos falar era apenas para resolver algo sobre a banda e nada mais. Georg, Gustav e ate David tentaram no fazer ver que brigar assim era tolice, porem não adiantou. Tom teria que entender que eu amava Nicolle e que pretendia me casar com ela, ele precisava entender que não havia mais somente ele e a banda em minha vida agora.

 

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_Flashback – ON (2semanas)_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

 

Acabei chegando 15 minutos atrasado. Na noite anterior eu e Nicolle havíamos saído para comemorar seu aniversario de vinte anos. Eu lhe fiz uma pequena surpresa, na verdade para nos dois. Reservei a melhor mesa do melhor restaurante aqui de Hamburgo e pedi que preparassem seu prato favorito, contratei também um violinista e um flautista para tocarem para nos. Confesso que não sou fã desse tipo de musica, mais Nic adora. Havia também velas por toda parte, nas cores brancas, vermelhas e roxas. Estava tudo perfeito. Depois de tudo, fomos para o apartamento dela, ou melhor, nosso apartamento e lá terminamos a noite.

Eu mal pisei o pé no estúdio de manha e ele já veio arrumando confusão.

– Finalmente. – disse Tom bravo. – Pensei que tinha se esquecido que temos ensaio hoje.

– Bom dia pra você também Tom. – respondi secamente para Tom e me virei pra cumprimentar a banda. – Bom dia pessoal!

– Bom dia Bill! – responderam todos.

– Ei, qual o motivo do atraso? – perguntou Gustav, com seu jeito despreocupado de sempre.

– Anh, ah, ontem foi o aniversario de Nic, - eu disse, deixando minha bolsa de lado e pegando meus fones, e completei para Gustav – Eu fiz uma surpresa pra ela ontem.

– Sempre ela. – disse Tom, fazendo em seguida uma nota muito aguda na guitarra.

– O que foi Tom? – perguntou David, que tinha acabado de entrar no estúdio. – Você esta bem?

Georg e Gustav que sabiam da implicância de Tom por Nicolle se olharam e balançaram as cabeças. Com certeza viria briga. Mas antes que Gustav tivesse tempo de dizer algo, eu falei primeiro.

– Não David, o Tom não esta bem. – eu me virei para meu irmão e aumentei o tom de voz. – Ele não esta bem, esta sendo infantil, isso sim.

– Eu estou sendo infantil Bill? – disse ele vindo em minha direção. – Não sou eu que por causa dessa garota venho me esquecendo de minhas responsabilidades.

– Olha quem fala, logo você que por causa de uma garota chegou a comprometer não um, mas vários ensaios da banda. – eu retruquei.

– O problema Bill... É QUE EU NÃO SOU O VOCALISTA DA BANDA, DROGA!!! – ele gritou de volta.

Já estávamos a centímetros um do outro, de punhos fechados, quando Gustav, Georg e David se colocaram entre nós, com David dizendo:

– Eu não sei o que realmente esta se passando na cabeça dos dois, e sinceramente nesse momento não me interessa, – ele disse sendo  mais firme que podia, – mas não tem como continuarmos desse jeito. Então não vamos gravar por hoje.

– Mas... – dissemos eu e Tom juntos, mas David nos calou.

– É melhor perdermos dois ou três dias de gravações para vocês esfriarem a cabeça do que perder uma semana por causa de um de vocês estar no hospital. Então não quero ouvir argumentações. Entenderam?

– Tudo bem! – dissemos novamente os dois juntos.

Tirei os fones e peguei minha bolsa para ir embora. Porem quando já estava na porta, parei para dizer uma ultima coisa para Tom.

– Tenho certeza de que não te interessa, mas ontem eu a pedi em casamento e ela aceitou. – disse isso e sai, ao mesmo tempo em que ouvia o som de algo ser atirado fortemente no chão.

 

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_Flashback – OFF_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

 

Desde então só nos falávamos coisas que diziam respeito a banda. Pelo menos tínhamos maturidade suficiente para não deixássemos que nossa briga atrapalhasse nossas decisões com a banda.

Nicolle se sentia muito mal e responsável pela minha briga com Tom, e por varias vezes ela me disse que o amor dedicado a uma mulher não deveria nunca ser mais importante que o amor dedicado a um irmão. E eu sempre lhe dizia que ela era tão importante na minha vida quanto meu irmão era, e que eu não estava escolhendo entre um ou outro, mas que estava apenas dando um tempo para que ele pensasse nos últimos meses. Um tempo para ele e um tempo para mim.

 

Estou neste momento dirigindo para o apartamento dela, enquanto penso no que ela me disse na noite anterior.

 

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_Flashback – ON (da noite anterior)_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

 

Estávamos deitados em seu quarto, Nicolle estava deitada sobre meu peito fazendo pequenos desenhos com suas unhas enquanto eu acariciava seus cabelos, ela estava triste. Ela não queria me contar, mais eu sabia o porque.

 

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_Flashback do Flashback – ON (naquela tarde) _*_*_*_*_*_*_*_*_

 

Assim que sai do estúdio Nicolle já me esperava do lado de fora, encostada em seu carro, e assim que me viu abriu um enorme sorriso e estendeu seus braços para me abraçar. Eu abracei sua cintura ao mesmo tempo em que ela abraçava meu pescoço. Nas pontas dos pés ela me deu um beijo e perguntou:

 

– Como foram as gravações hoje?

– Bem, muito bem. – eu respondi dando de ombros.

– Mas então, falou com ele? – perguntou ela. Apesar de tentar parecer casual, eu podia ver a ansiedade em seus olhos, que logo ficaram tristes com minha falta de resposta. Nic suspirou. – Bill, você tinha me prometido que ia tentar.

– Nic, eu sei que eu prometi, e não vou desistir, mas não era o momento. Olha, temos muitas coisas do casamento para resolver, lembra? – eu perguntei e ela concordou balançando a cabeça, e então lhe fiz uma proposta – Que tal se resolvermos logo o que temos que resolver do casamento e depois quando chegarmos em casa eu te conto como foi tudo, que tal?

– Tudo bem, vamos fazer do seu jeito. – disse ela com um pequeno sorriso.

– Ok! agora vamos se não vamos nos atrasar. – então eu a abracei e lhe dei um beijo.

Dei a volta no carro, indo pro lado do motorista, entrei e abri a porta do carona pra Nic. Eu já tinha posto o cinto e ligado o carro, mas Nic ainda não tinha entrado, então percebi que ela observava algo. Desliguei o carro e sai para ver o que era. Ela olhava fixamente para a entrada do estúdio, e seguindo seu olhar vi quem ela encarava.

Confesso que nunca o tinha visto com um olhar tão frio. Tom olhava para Nic com tanta raiva que aquilo me assustou tanto quanto me irritou. Dei a volta novamente e fiquei de frente a Nic, que me olhou como se tivesse acabado de acordar, eu a abracei e a ajudei a entrar no carro e me voltei pra olhar onde Tom ainda permanecia parado. Seu olhar agora não tinha mais raiva, e sim tristeza, e se reconheci bem, também tinha dor. Eu retribui seu olhar com mais tristeza e dor do que conseguia expressar. Quando não consegui mais olhá-lo, entrei no carro e dei partida novamente, saindo o mais rápido que pude dali, sempre segurando uma das mão de Nicolle.

 

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_Flashback do Flashback -OFF_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

 

Então depois de algum tempo ela me olhou com um sorriso divertido e diferente nos lábios e me disse:

– Acho que cansei de esperar e fazer as coisas do seus jeito. – ela riu um pouco mais prossegui. – Agora eu vou fazer as coisas d-o m-e-u j-e-i-t-o. – ela terminou de dizer isso, puxando meu lábio inferior com a ponta da unha, para enfatizar bem as três ultimas palavras.

– E o que você pretende fazer? – eu perguntei abraçando-a.

– Ah não! Você não vai me fazer falar. – disse ela rindo mais. Eu gostava de vê-la assim, feliz. – se eu te contar vai estragar minha surpresa e ela não vai funcionar. – concluiu ela.

Com um único movimento eu nos girei na cama invertendo nossas posições. Fiquei apoiado no meu lado esquerdo enquanto minha mão direita brincava com umas mechas que ondulavam soltas no seu cabelo. Olhei em seus olhos e disse:

– Eu posso fazer você falar. – falei isso e desci minha mão dos seus cabelos para os laços de sua camisola. Mas sempre olhando em seus olhos.

Ela ria da minha provocação. Eu já havia desatado todos os laços quando ela parou de rir, e me olhando sedutoramente, puxou minha cabeça ate que nossas bocas ficaram a centímetros uma da outra e sussurrou:

– Eu duvido que você consiga!

 

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_Flashback- OFF_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

 

Como ela me disse não consegui descobrir quais eram os seus planos, mais nos divertimos tentando. Ri com essa ideia. Minha Nicolle.

Mas pensando no que ela me disse, eu acho que ela não vai mais precisar deles, afinal eu estava indo agora mesmo buscá-la para resolvermos essa historia de uma vez por todas.

Eu sentia falta  de Tom, sentia falta de suas brincadeiras e piadinhas, do seu jeito largado de se jogar em cima do sofá nos dias de gravação, mas acima de tudo, eu estava sentindo falta do MEU irmão. De brigar com ele, ficar horas a fio jogando conversas fora, sentia ate mesmo falta das suas historia depois que ele ficava com a sortuda da vez. Sentia também falta dos seus cuidados de irmão mais velho, dos seus abraços apertados. Eu queria poder ter as duas pessoas que eu mais amava do meu lado. Eu estava decidido a tentar uma ultima vez. Nem que eu precisasse amarrar Tom em uma cadeira eu iria reunir nos três para uma solução final. Nicolle iria amar e Tom odiar, seria difícil, mais ainda sim eu precisava tentar.

 

Assim que cheguei ao prédio de Nic, Sam, o porteiro, que já me conhecia abriu a porta da garagem para mim, com um sorriso e um bom dia muito educado. Eu não precisava tocar o interfone para subir, Nic havia me dado uma copia da chave assim que eu a pedi em casamento.

Quando finalmente cheguei ao seu apartamento - Nicolle amava alturas, então ela morava no ultimo andar de seu prédio, que tinha dez andares - abri a porta bem devagar e tentei não fazer muito barulho, já que eu queria lhe fazer uma surpresa. Mas havia algo estranho. O apartamento estava muito quieto e escuro demais, àquela hora Nicolle já deveria ter voltado da academia, então por que o apartamento estava desse jeito? Fui ate a sala e abri as pesadas cortinas que impediam que a luz de entrar na sala, abri também um pouco da janela e assim que um vento gelado bateu em meu rosto tive uma péssima sensação. Fui ate seu quarto e a encontrei deitada, com as cobertas ate o pescoço. Eram seis horas da tarde, muito longe da hora em que costumávamos dormir.

– Nicolle. – eu a chamei enquanto me sentava na beirada da cama.

Ela não respondeu e quando eu passei a mão por seus cabelos que cobriam seu rosto me assustei com sua temperatura, pois Nicolle estava com dois grossos edredons e estava tão fria quanto o vento que eu havia sentido. Um no se formou na minha garganta, mais eu o forcei para baixo, e tentei chamá-la mais uma vez.

– Nic... – minha voz se perdeu assim que eu coloquei a mão em seu pescoço para vira-la para mim. Sua respiração estava curta e seus batimentos muito fracos.

Imediatamente liguei para o Dr. De’Blass, o cardiologista de Nic, e ele me aconselhou agasalhá-la bem e ir imediatamente para clinica, que ele já estaria esperando.

O desespero já estava começando a tomar conta da minha mente quando ele terminou de falar, mais eu precisava ficar calmo. Vesti-a com uma de minhas jaquetas a peguei nos braços e desci.  Sam já nos esperava lá embaixo com a porta da garagem aberta, então ele pegou as chaves do meu carro e o abriu para que eu deitasse Nic no banco de trás.

 

A clínica ficava a trinta minutos da onde estávamos, mas consegui fazer em quinze, mas sempre tomando cuidado com Nic. Quando cheguei a clinica a equipe de De’Blass já estavam no estacionamento prontos para atendê-la.

Estacionei com todo o cuidado que a situação me permitia, sai do carro e com a ajuda de um enfermeiro coloquei Nicolle sobre uma maca. A equipe medica agiu rapidamente, colocaram alguns aparelhos em Nicolle e correram para dentro. Eu os acompanhei ate que entrassem na sala de emergências, e infelizmente De’Blass me disse que eu teria que esperar do lado de fora.

Fui entao ate a sala de espera, e mal reparando se estava sozinho ou não sentei-me em um sofá mais isolado, deitei meu rosto sobre as mãos e chorei. O desespero que eu havia me forçado a ignorar estava agora fora de controle. Eu não sei como conseguiria suportar aquilo sozinho, eu simplesmente não sabia.

 

Eu já estava a um bom tempo desse jeito quando senti uma mão em meu braço e alguém chamando meu nome.

– Bill?

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ok! Não me matem... Eu sei que o Bill e o Tom NUNCA brigariam por causa de uma garota e nem que eles se tornariam irresponsáveis por causa de tal. Eu vi eles falando isso em uma entrevista, mais foi preciso fazer isso aqui na fic. Eu sou meio do contra mesmo, então a fic ficou inversa na minha cabeça.
Mas espero que vocês tenham mesmo gostado desse primeiro capitulo.
Eu fiz como muito carinho...
Beijlitz e ate o próximo...

Ps.:Bem, quem me conhece sabe que dependendo da historia eu enrolo um pouquinho a postar, mais eu vou tentar ver se posto dois por semana. Não vou dar uma previsão de quantos capítulos vão ter por que eu to com o péssimo habito de planejar fic’s de três capítulos e eu acabo terminando eles com 7 ou 8.