my blue neighbourhood escrita por ohmyhulk


Capítulo 7
Capítulo 7 - SUBURBIA


Notas iniciais do capítulo

Eai peps?
Como estão? Espero que bem.
Segunda e capítulo novo. Espero que gostem.



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— Eu me lembro de quando éramos crianças.

Rachel observava as pessoas a sua frente. Todas aquelas pessoas tão parecidas com ela: parentes, amigos, colegas de trabalho. Todos eles faziam parte da vida que ela não havia participado.

— Eu, Quinn, Santana e Brittany morávamos em casas muito próximas. Eu nunca pude realmente brincar com elas, por causa dos meus pais, mas as três sempre arrumavam um jeito de me esconder dos respectivos pais.

O barulho de talheres batendo contra pratos parecia ritmar suas palavras. Ela havia ensaiado tanto as palavras. Olhou ao redor. Aquela mansão não parecia um lar. Não parecia de Quinn.

— Eu nunca entendi o porquê delas serem legais comigo quando mais novas. Mas eu agradeço: eu pude conviver com três pessoas maravilhosas, e enquanto durou, foi ótima a nossa amizade.

A taça que tinha em mãos não parecia importante. Mas era: era o que ainda a prendia a ela, aquele brinde que fazia era a penúltima etapa da sua despedida.

— Quando os Lopez perceberam que a sua garotinha havia passado o dia nos Berry, tudo se despedaçou. E de repente, o que era o quarteto inseparável, se tornou um trio. Elas se mudaram para outra vizinhança, enquanto minha família continuou no subúrbio.

Ela engoliu a seco, o olhar baixando para seus pés. Suas mãos começaram a tremer, e aquele fato teria passado em branco se não fosse o líquido se remexendo dentro da taça.

— Me desculpem se isso parecer irrelevante. Eu... Eu acho que existem coisas que são feitas para acontecer. Anos depois, eu me mudei, de casa e de escola. O McKinley High parecia um lugar saído de um filme. Era difícil não se sentir intimidada com toda aquela imponência. E eu a encontrei. Encontrei todas elas.

O choro ficou preso na sua garganta. Ela sentiu a voz se tornar insegura. Ela não podia compartilhar a verdade. Ela não podia compartilhar o amor que viveram. Ela não podia compartilhar o sentimento que levou a aquilo tudo.

— Elas estavam diferentes, maduras. E eu achei que elas nem fossem se lembrar de mim. Mas, diferente do que eu pensei, Quinn Fabray, a cheerleader, rainha do colégio Quinn Fabray se aproximou de braços abertos para me receber naquela nova aventura. Anos depois de nos separarmos.

Seu olhar se voltou a Finn. Ao primogênito deles. Como ele se parecia com ela. Seu coração se apertou mais dentro do peito.

— Ninguém tinha como prever a situação que nos reúne aqui hoje. Ninguém tem como imaginar como isso dói para cada um de nós. Mas tenho certeza em dizer que cada um aqui tem um momento assim, que é uma memória especial dela. Eu nunca vou esquecer do sorriso que ela me direcionou quando me viu na escola. Eu nunca vou me esquecer do quão generosa ela foi. De, apesar de parecer o contrário para a maioria do colégio, o quão carinhosa ela sempre foi comigo. Essa era a verdadeira Quinn Fabray. E é essa a memória que eu brindo. Essa a memória que eu saúdo e quero que vocês lembrem comigo.

Seu braço se levantou com dificuldade. Aquela taça parecia pesar nos seus dedos. Ela foi acompanhada pela maioria das pessoas que estavam a sua frente. Finn acenou, agradecendo pelas suas palavras. Rachel sentiu seus músculos relaxarem enquanto as pessoas voltaram sua atenção a Judy, que começou a falar ao seu lado. Santana veio logo depois, seguida de mais algumas pessoas.

Mas nada importava. Ela havia se despedido. E aquela sensação de não ter falado o suficiente não lhe abandonava.


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Notas finais do capítulo

Eai? Gostaram?
Espero que não tenho desagradado ninguém. Essa história se aproxima do fim. Serão mais dois ou três capítulos, e ela será encerrada. Espero que estejam gostando tanto quanto eu gosto de escrever para vocês. Me digam o que acharam, se tem algo que pode ser melhorado.
Beijões e até o próximo, ohmyhulk



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