The Marauder's Map escrita por QueenDoll


Capítulo 34
O Patrono


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal me desculpe pela demora, mas agora estou de volta.
Eu estava meio que em crise existencial então não estava conseguindo escrever nem uma linha.



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Eu estava com a Dorcas quando James passou correndo por nós, e Dorcas por alguns minutos o fez algumas perguntas e assim que ele respondeu (mesmo que entre os dentes) ele saiu correndo o mais rápido possível. Assim que ele saiu, Sirius e Lene apareceram apreensivos.

— Plano: Lene e eu vamos seguir o James, e vocês vão procurar a Lily – disse Sirius – Não pergunte apenas faça, depois explico. Vamos Lene!

Ele mal fechou a boca e saiu correndo atrás do James, Dorcas puxou meu braço e me fez descer rumo a Floresta pelo caminho ao contrario de Sirius.

— Sei onde a Lily está – ela falou – Ela me disse que iria pra orla da Floresta. Não sei o que Lene e Sirius estão tramando, mas pelo menos sei onde encontrar o nosso alvo.

— Está bem – falei. Continuamos descendo até que vi Pedro. – Pedro você está com o mapa?

— Não, o James pegou comigo hoje cedo – ele respondeu – Aconteceu algo?

— Vem com a gente – chamei e ele nos seguiu.

Andamos até onde Dorcas disse que Lily estaria, e vimos Sirius e Lene.

— Gente, eu acho melhor irmos juntos – disse Lene – Porque se eu não estou enganada, o James entrou pro mato com uma ruiva, a minha ruiva.

— O que? – gritei

— Psiu! – pediu Sirius – Por favor, vamos presenciar algo histórico.

Andamos cuidadosamente atrás deles, até que eles pararam de frente para um pequeno lago no meio da Floresta, eles ficaram parados conversando, e Lily o abraçou. Ficamos lá parados olhando um momento que deveria ser intimo dos dois. Dorcas me puxou pelo ombro e disse baixinho para todos nós.

— Isso é invasão de privacidade – ela falou e Lene com os olhos cheios de lagrimas concordou – Vamos embora, pelo menos agora sabemos que não estamos sendo trocados em vão.

...

— Bom dia, marotos – desejou James na manhã do dia seguinte – Remo como está? Fiquei olhando seu rosto antes de você levantar e vi que está mais abatido que o normal.

— Estou bem – respondi – A Lua só está próxima.

— Porque está tão feliz veado? – perguntou Sirius

— É cervo – ele retrucou – E só estou de bom humor.

— Onde foi ontem? – perguntei e ele arregalou os olhos – Depois do quadribol?

— Ah, eu estava na biblioteca.

— Não estava não – disse Pedro – Fui lá te procurar e você não estava.

— Deve ter ido depois que eu saí – ele respondeu dando um meio sorriso

— Acho que foi mesmo Pedro – disse Sirius no famoso tom de “eu sei o seu segredo” – Vi que assim que você entrou na biblioteca ele saiu com a Evans de lá.

— Com a Evans? – ele gritou

— Verdade Sirius, depois eles desceram lá pro Hagrid – falei sorrindo e Sirius caiu na gargalhada.

— O que querem dizer com isso? – ele perguntou

— Até quando achou que seu segredo ia ficar escondido? – perguntou Sirius zombando.

— Isso é invasão de privacidade – ele falou fechando a cara – Eu ia contar, mas estava pensando em contar quando eu tivesse certeza de que ficaria mais serio.

— Para de graça, Pontas! – gritei

— A Lily vai surtar comigo por causa disso – ele falou saindo para o banheiro.

POV REMO OFF*

Assim que eu desci para o Salão Principal Lily estava encostada na mesa da Grifinória, e assim que seus olhos encontraram os meus eu fui até ela. Quando me sentei vi as meninas rirem.

— Não liga não, só estão assim porque já sabem – ela falou me empurrando um prato de ovos mexidos e torrada. – Seus preferidos não são?

— Exatamente – respondi e ela sorriu.

Ficamos sentados lado a lado, tomando o café da manhã, até que no segundo seguinte os rapazes chegaram.

— Então Pontas, seu “surto” melhorou com a presença da Lily? – perguntou Sirius.

— Com certeza – respondeu Lily antes que eu pudesse pensar em algo – Está com inveja?

— Não, mas lembre-se que se vocês casarem, eu vou morar nem que seja embaixo da escada. – ele falou e ela sorriu.

— O James vai ter que escolher entre você e eu, se for assim – ela falou e todos me encararam.

— Sinto muito, Sirius! – falei e todos caíram na gargalhada

— Filho da mãe. - ele xingou ainda sorrindo – Que bom que eu ainda posso ir pra casa da Marlene.

— Minha casa não é abrigo de animais – ela retrucou e ele fechou a cara enquanto todos riam – Ai gente, isso não é bom?

— O quê? – perguntou Dorcas

— Todos os casais passam bem – ela falou abraçando Sirius.

— Não queima meu filme – ele falou tentando se separar das garras de Lene.

— Vou queimar a sua cara, se eu souber que está se esfregando com alguma cadela por ai – ela respondeu – Então que tal irmos para a aula?

Quando chegamos à aula de Defesa Contra as Artes o professor nos mandou formar um circulo, no qual ele ficou ao centro.

— Bom pessoal hoje nós vamos aprender o feitiço do patrono – ele falou – Ou seja, a aula de hoje será pratica.

—_... É um feitiço defensivo que conjura um patrono, um ser mágico feito de energia positiva que toma a forma de um animal prateado, único para cada bruxo. É a única defesa conhecida contra Dementadores e também para as Mortalhas-Vivas. Para conjurá-lo, é preciso concentrar-se em um pensamento positivo.  – ele explicou e Lily levantou a mão pedindo para falar – Sim, senhorita Evans?

— Gostaria apenas de acrescentar que muitos bruxos, inclusive os adultos não conseguem produzir um verdadeiro patrono, muito só produzem um escudo ou um fio de luz prateado. – ela falou e ele sorriu em aprovação – E existe um bruxo chamado Andros, que consegue  produzir seu patrono em forma gigante.

— Correto, senhorita Evans – ele falou – Então eu quero que vocês se concentrem e depois digam Expecto Patronum em alto e bom som sem suas varinhas, daqui alguns minutos  vocês poderão tentar com as varinhas. Estamos entendidos?

Todos nós ficamos treinando a entonação correta para o conjuramento, depois de alguns minutos, o professor voltou ao centro e conjurou o feitiço. Uma rajada de luz prateada se lançou pela sala e depois tomou forma de um cavalo.

— Isso é um patrono corpóreo – ele falou – Ele é a personificação do seu eu interior, a sua alma e a sua essência, por isso cada patrono tem uma forma para cada bruxo. E com isso, quem conseguir produzir um patrono corpóreo premiara sua casa com 50 pontos, se não conseguirem tenham calma, com o tempo vocês conseguiram. Sem neura e vamos lá!

Todos nós tentamos firmemente conjurar o feitiço, e eu estava focando em varias memorias ao mesmo tempo e nenhuma parecia funcionar. Até que institivamente me lembrei do dia em que eu finalmente pude estar em paz com Lily e o mesmo instante um feixe prateado saiu da minha varinha e aos poucos foi tomando forma e se transformou em minha forma animaga: um cervo grande e com galhadas longas. Fiquei paralisado o encarando e ele me olhava fixamente.

Outro jato prateado se lançou pela sala e um grande cão tinha invadido a sala. Olhei para Sirius e ele ria com um olhar de orgulho no rosto. Lily até então parecia atordoada e desinquieta ao meu lado.

— Vamos, tente Lírio – falei e ela me olhou com os olhos cheios de lagrimas e repetiu a tentativa. E no segundo seguinte um jato saiu da ponta de sua varinha no qual tomou forma de uma corsa. Lene deu um gritinho e Remo olhou assustado.

— Minha nossa, meus parabéns aos três – disse o professor aplaudindo e encarando meu patrono e o de Lily que estavam próximos, como se acolhessem um ao outro – Se as pessoas não soubessem que vocês dois se odeiam, poderíamos levantar uma hipótese de que vocês são complementares.

— Complementares? – perguntei

— Sim, especificamente dizendo vocês poderiam ser almas gêmeas – ele falou ainda encarando – Mas, vocês são James Potter e Lily Evans, então deveria dizer que é mera coincidência. Cinquenta pontos para cada um de vocês, Potter e Black devo acrescentar que me espanta saber que os piores alunos em questão disciplinar são os melhores em feitiços.

— Somos homens de vários talentos, professor – disse Sirius sorrindo, guardado a varinha no bolso fazendo com que assim seu patrono sumisse – Inclusive para confusões.

— Ótimo, vocês estão liberados – disse o professor – Daremos sequência na próxima aula.

Assim que ele falou Lily pegou sua bolsa e saiu correndo sem falar com ninguém. Nem eu e muito menos o restante do pessoal conseguiram entender o que aconteceu.

Não a vi o resto do dia, e a noite eu fui até o dormitório feminino, porém não obtive resposta. Logo depois, Lene me chamou no dormitório masculino e disse que ela estava falando algo sobre o cervo. Antes de dormir Remo me entregou um papel e disse que era uma carta de Lily. E ao ler o papel eu desesperei e vi que nessa noite eu mal conseguiria dormir. Reli diversas vezes para ver se meus olhos não me enganavam, mas todas as vezes que eu o lia continuava escrito com sua caligrafia fina e delicada:

Se quiser que fiquemos juntos, me conte exatamente tudo sem mentiras.


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