The Marauder's Map escrita por QueenDoll
POV MARLENE ON*
Assim que cheguei ao quarto, me deparei com ele todo escuro, e a cama de Lily estava com as cortinas fechadas. Estranhei o fato de ela estar deitada naquela hora, ainda era cedo. Caminhei até o banheiro e quando levei à mão a maçaneta da porta, eu escutei um soluço.
— Quem está ai? – perguntei caminhando até as camas, até que novamente ouvi o soluço e ele vinha da cama da Lily – Lily? Lily?
Fui andando em direção à cama dela e puxei as cortinas, e a vi deitada de bruços ainda com a roupa na qual ela estava no jogo.
— Lils o que foi? – perguntei – O que aconteceu?
— O James aconteceu – ela respondeu entre as lagrimas
— O que ele fez?
— Me elogiou – ela respondeu e eu institivamente arqueei uma sobrancelha – Lene eu não como reagir, mas perto dele. Eu não me sinto eu mesma quando estou com ele.
— Como assim? – perguntei me sentando ao seu lado
— Eu percebi que ele não é só lindo, ele também é gentil – ela começou e balançou a cabeça pra conter as lagrimas – Ele é encantador! E toda vez que eu penso nele meu peito arde e eu tenho vontade de chorar, na verdade já estou chorando. Lene me sinto uma estupida por ter sido uma idiota com ele esse tempo todo. O que eu faço?
— Lily, acho que você gosta do...
— Lene, por favor, não termine a frase – ela falou fechando os olhos, como se aquilo doesse – Estou tentando me entender, desde o ano passado. Lene será que isso é errado?
— Não, Lily longe disso – falei sorrindo e ela me olhou como se buscasse uma explicação – Isso é reciproco.
— Reciproco?
— Ele é apaixonado por você desde sempre, se você estiver... Bem você sabe – falei gesticulando – Isso vai ser a coisa mais feliz do mundo, pra vocês dois.
— Lene... eu tô com medo – ela falou me abraçando – E se eu for só mais uma?
— Olha, duvido muito que isso vá acontecer com você – falei – Se até o Sirius sossegou, imagine se o James não iria.
— Mais o Sirius encontrou você – ela disse sorrindo
— E o James você! – falei e ela ficou olhando esperançosa. Eu sempre soube que Lily bem no fundo tinha sim uma queda pelo James. Afinal quem não tinha?
— Lene, não conta pra ninguém – ela pediu e eu afirmei com a cabeça. - Nem mesmo pras meninas. Eu não sei o que fazer, então até eu entender realmente o que está acontecendo comigo, isso será o nosso segredo.
— Está certo. – falei e ela me abraçou – Mas, posso te falar uma coisa? – perguntei e ela assentiu – Que tal você beijar ele, só assim pra você saber se está afim dele de verdade.
— Não posso – ela falou – Lene, ele gosta de mim. Se eu fizer isso ele vai criar esperanças, e eu não quero chateá-lo.
— Você não vai – falei e a abracei novamente
POV MARLENE OFF*
— Anda logo Sirius, eu estou com fome! – gritei e Remo riu – Pedro já deve ter devorado as tortas de maças, então não me deixe perder os ovos com bacon.
— Vamos, vamos – ele falou ao se aproximar, passando por nos
— Almofadinhas tá estressado? – perguntou Remo
— Ah é a Lene – ele falou em tom fraco
— O que ela fez? – perguntei
— A sua amiguinha fica me torrando a paciência quando eu converso com alguma menina – ele falou – Mas ontem mesmo a maravilhosa estava arrastando a vassoura pro lado Oliver.
— Eles estavam conversando Almofadinhas – corrigiu Remo – Sabe o que eu acho vocês dois deveriam parar de ficar transando pelos corredores, e assumirem que se gostam de verdade.
— Não transamos pelos corredores – ele respondeu
— Mas vocês já...?
— Já – ele falou dando de ombros – Com a Lene é bem diferente de quando era com as outras. Por isso eu estou decidido a brigar com ela, e finalmente me libertar dela.
— Bom dia James e Remo – desejou Lene que passava por nós rapidamente – Jay você viu se a Lily já desceu?
— Creio que já – falei e ela agradeceu e continuou andando na nossa frente. Ela com certeza estava provocando o Sirius, e ele por sinal estava quieto demais.
Assim que chegamos até o Saguão Principal, vimos Oliver encostado numa das paredes, e quando ele viu Lene ele a cumprimentou e a abraçou. Ficamos parados olhando, ate que Oliver institivamente desceu sua mão para a cintura de Lene. Não vi, como e nem quando mas no segundo seguinte Sirius já estava lá segurando-o pelo pescoço, Lene tentava invalidamente os separar.
— Sirius solta ele cara – gritou Remo correndo até eles segurando Sirius. Eu corri até eles ajudando Remo a separa-los, porém Sirius era com certeza mais forte que nós.
— Almofadinhas para, o Oliver é nosso amigo – gritei e ele finalmente o soltou.
Oliver levou as mãos no pescoço recuperando o ar, e Lene se colocou ao seu lado conferindo se estava tudo bem.
— Sirius porque fez isso? – perguntou Oliver vindo em direção a Sirius. Ele se aproximou tanto que ficou cara a cara com Sirius – Somos amigos.
Sem dizer nada, Sirius sorriu e deu um soco no nariz de Oliver.
— Éramos – ele respondeu e saiu andando em direção a mesa da Grifinória.
— BLACK EU ODEIO VOCÊ! – berrou Lene e todos olharam pra onde estávamos. Sirius virou de costas e novamente sorriu antes de alcançar Pedro e sentar-se à mesa.
Lene não se deu por satisfeita, e correu até ele. Ele se levantou e em súbito a pegou pelo braço e seguiu andando.
— Sirius eu não posso deixar você levar a Lene, estando assim – falei me colocando no caminho.
— A menos que queria fazer um ménage, ai você vem junto – ele falou e ela arregalou os olhos. – Só vamos conversar, não tenho coragem de fazer nada com essa maldita.
— Maldita é a sua mãe, seu pulguento – ela rebateu – Jay, está tudo bem – ela falou se soltando das mãos de Sirius – Seu amigo que não entende porra nenhuma e já parte pra ignorância.
— Você estava quase dentro do Oliver, Marlene – ele falou e ela fechou a boca – Eu não posso nem espirrar que você fala que eu tô assobiando alguma menina, mas a santa Marlene Mckinnon pode fazer o que quer?
— Ele namora seu retardado, e somos amigos – ela falou sorrindo – Ele estava me perguntando se eu podia o ajudar a se declarar pra namorada. E sem falar que ele é mais novo que a gente. Se você que é mais velho que eu já tem uma mente bem infantil, imagine quem é mais novo?
— Vai se fuder Marlene – ele falou andando para fora do Castelo
— Não dá pra fazer essas coisas sozinhas – ela falou o seguindo – James avisa a Lily que eu não vou ir nas aulas hoje.
— Entendi – falei sorrindo e ela riu também.
— Não vou fazer o que acham que eu vou fazer – ela respondeu arqueando a sobrancelha - Vou resolver as coisas com o Sirius, quando ele fica estressado ele é um perigo ambulante pra qualquer um que se aproxima.
Assim que Remo e eu nos sentamo-nos à mesa, Lily pigarreou nos fazendo olhar pra ela.
— Que show foi aquele do casal Blackinnon? – ela perguntou baixinho
— Crise de ciúmes vindas do Sirius – respondi
— Eu falei pra Lene que isso ia acabar acontecendo – disse Dorcas – Só não imaginei que seria aqui, assim e principalmente que seria hoje.
— Os dois se amam, mas fingem que não – disse Lily – Não sabem como é bom amar e ser reciproco.
— E você sabe? – perguntei
— Estou aprendendo – ela falou e sorriu. Pra dizer a verdade eu não entendi muito bem, mas preferi sorrir de volta.
— Bom, eu vou indo – falei me levantando e Remo e Pedro se levantaram também. – Vejo vocês na aula.
...
— Então, essas serão as novas regras de monitoria – disse Lily – Espero que com um tratamento mais rígido, os alunos entendam que Hogwarts não é um parque de diversões.
— Concordo, e também não dá pra criar o “Projeto James Potter” com todo mundo – disse o monitor da Lufa-lufa.
— Projeto James Potter? – perguntei
— O único projeto que faz os alunos malfeitores criarem responsabilidade com poucos meses – respondeu o monitor da Corvinal sorrindo – É uma boa ideia pra se colocar como lei no Ministério.
— Não vi graça nisso – respondi – E eu não aprontava tanto assim.
— Claro que não – disse Lily em um tom cínico – Acho que as cinco gavetas com o seu nome e o de Black estão lá cheias de papeis atoa.
— Para, o que é a vida sem risco? – perguntei e ela sorriu – Vamos embora, estou com sono. Boa noite pessoal.
— Boa noite rapazes – disse Lily ao resto do pessoal – De um abraço nas meninas quando elas aparecerem.
— Damos sim – eles responderam e nos deram um sorriso. Assim que chegamos a porta, ouvi o monitor da Lufa-Lufa dizer “Eu disse, eles se tornaram um casal”. Ri um pouco com isso, e acho que Lily não tinha ouvido.
Ela caminhou em silencio o tempo todo, e quando chegamos a Grande Escadaria ela respirou fundo e se virou pra mim sorrindo.
— O que foi? – perguntei
— Não posso sorrir?
— Pra mim? – falei e ela deu de ombros ainda sorrindo.
— James, James o que eu faço com você? – ela perguntou, mas soava como se ela tinha se perguntado isso em voz alta.
— Depende do que você quer – respondi e ela riu – O que você quer fazer comigo?
— Se eu soubesse, eu não estaria perguntando – ela respondeu cruzando os braços, e ela ficava linda daquele jeito – Às vezes penso em te matar, outras em pelo menos te deixar inconsciente por uma semana e em outras eu quero...
— Quer...?
— Deixa pra lá – ela respondeu sorrindo sem graça
— Sabe que tal você me dar um abraço? – perguntei e ela me olhou com um tom divertido – Qual é?
— Tá bem – ela falou se aproximando e abrindo os braços. Foi impossível eu não rir.
Quando eu a abracei tudo a minha volta esquentou demais, e ao meu redor tudo parecia ter sumido. Era como se apenas existíssemos nós dois no mundo.
— É a primeira vez que você faz algo que eu peça pra você, sem questionar sabia? – perguntei e ela riu.
— Acho que não – ela respondeu e eu continuei a abraçando. Como eu estava a uns dois degraus abaixo de onde ela estava, tínhamos ficado da mesma altura. E eu não pude deixar de reparar que a respiração dela estava pesada demais.
— Lily...
— Shh! – ela falou – Fica calado pelo menos uma vez na vida. – ela mandou e eu sorri. Separamo-nos e eu a encarei, percebi que desta vez ela não estava recuando como sempre fazia. Ela estava me encarando pra valer, até que subitamente ela desviou o olhar – Vamos subir?
— OK – respondi dando um meio sorriso
Subimos e quando chegamos ao salão comunal ela sorriu pra mim e alertou que iria dormir.
— Eu também vou indo – avisei e por impulso a abracei novamente. Ela retribuiu meu abraço, se aninhando em meu peito. Foi impossível controlar a excitação que correu por todo o meu corpo. Eu queria muito beija-la, e juro que não ia conseguir me controlar por muito tempo. – Evans, eu posso te apertar?
— Pode, contanto que não me machuque – ela respondeu sorrindo, e eu a apertei. E sim eu não consegui me controlar. Beijei seu rosto próximo ao ouvido, e ouvi-a prender a respiração. Desci o beijo para a bochecha e no instante seguinte eu a beijei.
Foi um beijo rápido, quente e devorador. E como se não bastasse ela o retribuía com a mesma intensidade que eu transmitia. Separei-me dela, antes que as coisas ficassem ainda piores.
— Boa noite Lily – respondi indo em direção a escada que dava ao dormitório masculino.
— Boa noite James! – ela respondeu sorrindo e com um brilho no olhar que eu nunca tinha visto.
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