POV BLACK ON*

Alguém ai viu o James?

O miserável desapareceu desde ontem a noite, a Marlene tá muito puta com ele por causa de algo que eu não faço a mínima ideia, ate mesmo Emmeline e Dorcas disseram estar chateadas com ele. E a ruivinha está muito estranha, os olhos dela estão mais vermelhos que o cabelo. Vai entender né?

Eu consigo fazer o Remo perdoar o James, e ele vai e com certeza faz mais uma cagada. Quando se trata de Lily Evans o meu querido Pontas só faz merda!

Neste exato momento eu estava na mesa da Grifinoria, sentado ouvindo as meninas falando mau do James, até que o Remo chegou. E pensa, Emmeline contou tudo pra ele. O lado bom é que eu descobri o motivo de tanto ódio.

— Lily você está com ódio do James só por causa de um beijo? – perguntei

— Não é só por isso, ele estava chateado e descontou sua raiva toda em mim – ela respondeu.

— Vamos fingir que você está em uma consulta com um psicólogo, que neste caso sou eu – falei e ela me encarou – Acho que ele perguntaria assim: “ E quantas vezes você mesma já fez isso com o rapaz?”

— Eu não me lembro de ter descontado nada nele. – ela respondeu cruzando os braços.

— Mais eu lembro que no dia em que você tirou uma nota ruim em Aritmância, o James falou “Ei Ruivinha!” e você foi pra cima dele e o deu dois tapas na cara – disse Remo e ela e as meninas ficaram sem graça – E outra coisa: o cara gosta de você e do nada você o faz uma proposta tentadora de sair com ele, mas para isso você o faz ter que pegar um animal selvagem. Até eu surtaria se me falassem isso.

— Tá vendo, você é a culpada em pelo menos cinquenta por cento das coisas – falei

— E o beijo? – gritou Marlene – Não era necessário.

— Olha eu acho que ele beijou ela por sabe, que só vai conseguir isso se for um beijo roubado – falei e todas riram, principalmente a Evans.

— E onde ele está? – ela perguntou apreensiva

— Ninguém sabe – respondeu Pedro

— Como assim? – ela gritou – O garoto some e vocês não estão nem ai? Não dão queixa e nem procura por um professor?

— Lily calma – pediu Remo

— Achei que você estava com raiva dele – falei e ela ficou pensativa

— Acho que essa raiva passou – disse Lene – Né Lily?

— É diferente, se vocês se nomeiam melhores amigos dele vocês tem que se preocuparem, me admira todos serem sem noção – pronto! Hora do sermão! – Não esperava essa atitude de você Remo, Pedro todos sabemos que não liga e nem esquenta. E Sirius é um caso perdido!

— O Sirius já está entregue na mão de Merlin – disse Marlene e todos rirmos.

Merlin estava fazendo graças, se fosse ano passado e o James fizesse isso com a Evans, ela o mataria. E por falar em James, quando olhei para o lado eu o vi, e junto vi a cena mais ridícula da minha vida. Vocês já imaginaram ver James Potter, o chefe dos Marotos, capitão do time de quadribol e o segundo cara mais gostoso de Hogwarts carregando um buquê gigante com uma caixa de chocolate?

Eu também nunca pensei que viveria o bastante pra ver isso, mais Merlin me deu essa graça. Foi impossível me controlar e eu soltei a gargalhada mais escrota que eu já tinha dado na minha vida. Ele percebeu que eu ria dele, pois fechou a cara e espreitou os olhos. Quando ele se aproximou Lily e as meninas arregalaram os olhos, e a julgar pela cara da Dorcas, elas tinham achado aquilo tudo ‘romântico’. Até a Marlene estava com cara de ‘ nossa que fofo’.

— Potter... – começou Lily

— Lírio me desculpa, por ontem – ele falou estendendo a mão com todos os trecos que ele tinha nelas, e Lily parecia admirada? Sei lá não sou bom pra olhar expressões faciais de quem eu não me interesso. – Juro que nada disso está enfeitiçado. Perdoa-me, juro solenemente que não vou nem olhar pra sua cara mais. Só aceite minhas desculpas.

— James é que... – ela falou e depois começou a rir – Tudo bem, desculpas aceitas.

— Obrigado! – ele falou dando o famoso sorriso de ‘eu tenho 32 dentes’ – Bom eu vou indo, e Lene temos treino mais tarde.

POV SIRIUS OFF*

Eu definitivamente cheguei ao meu extremo ridículo hoje, mais tudo bem , era o mínimo que eu podia fazer depois de ter sido um extremo idiota. Fui diretamente para o campo de quadribol, e quando cheguei na sala do time, comecei a escrever as táticas e principalmente as minhas conclusões sobre o desenvolvimento de cada um.

Levei um baita susto quando Sirius e Lene entraram na sala.

— Então como anda seu amor próprio? – zombou Sirius

— Para com isso seu pulguento, eu achei até fofo ele ter pedido desculpas – disse Lene – É isso que se faz quando gosta de alguém. Jay você sabe né. Você é meu melhor amigo, pode contar comigo pra qualquer coisa.

— Qualquer coisa? – gritou Sirius – Gostei disso não.

— Cala a boca seu cachorro, o papo não chegou no canil ainda – ela respondeu, indo para o vestiário feminino.

— Quer ajuda pra tirar a roupa Lene? – gritou Sirius depois que ela fechou a porta e ela respondeu com algum palavrão – E você desde quando é o senhor fofura?

— Eu fiz algo errado, e foi à única ideia que o Hagrid me deu – falei.

— Você dormiu onde? – ele perguntou

— Na casa dos gritos, eu precisava de um momento comigo mesmo sem problemas e tal – respondi – Tinha que colocar juízo na minha própria cabeça. E eu juro que cansei, já faz seis anos e a Lily não corresponde. Eu estou absolutamente exausto de ficar tentando.

— Mais cara...

— Sirius olha o ponto que as coisas chegaram – falei – Isso tudo fugiu do meu controle, e eu sou obrigado a assumir isso.

— Meninos, eu tive uma ideia brilhante – disse Lene cortando nosso assunto. Eu tinha até me esquecido que ela estava lá.

— Que ideia? – perguntei

— Sábado depois do jogo, nos podíamos nos reunir no dormitório de vocês e jogarmos pôquer.

— Strip-poker –gritou Sirius – Eu aceito completamente.

— Fechado – respondi – Só que quem vai jogar?

— Vocês dois, o Remo, Pedro se quiser, eu e as meninas – ela respondeu.

— Duvido que Pedro e Dorcas aceitem – disse Sirius – Mais de qualquer forma, terá os casais que se interessam.

— Duvido que a Evans aceite – falei

— Acredite, ela vai estar lá, ou eu não me chamo Marlene Mckinnon – ela falou com um sorriso torto e maligno.

— Vá procurando por outro nome – falei e no mesmo instante o restante do time chegou. – Vamos treinar!